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Banca de DEFESA: PEDRO HENRIQUE SOARES MELO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PEDRO HENRIQUE SOARES MELO
DATA: 22/02/2021
HORA: 15:00
LOCAL: https://meet.google.com/gmu-qqid-hce
TÍTULO: Regime de fogo nas terras indígenas do Cerrado maranhense
PALAVRAS-CHAVES: Incêndios; Índice de Queimada Normalizada; Clima; Sensoriamento Remoto.
PÁGINAS: 63
GRANDE ÁREA: Outra(s)
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:

O fogo é um dos principais agentes promotores de distúrbio e estresse em diferentes biomas, bem como um potencial modelador da diversidade, distribuição e composição de espécies. O Cerrado tem sido classificado como um bioma dependente do fogo, sendo uma dinâmica com forte influência do clima e que varia de acordo com a fitofisionomia local. As atuais práticas agropecuárias e os conflitos agrários têm alterado o regime de fogo na região. Neste sentido, nem todos os incêndios possuem algum tipo de benefício ecológico, podendo, inclusive, agravar a degradação ambiental. Historicamente, as terras indígenas do Cerrado maranhense têm registrado a ocorrência de incêndios florestais, e o diagnóstico destes eventos é de fundamental importância para se entender as relações entre os regimes de queima nessas áreas e suas consequências. Assim, o objetivo geral desse trabalho foi estudar o regime de fogo nas terras indígenas do Cerrado maranhense e entorno no período 2008-2017. Os objetivos específicos foram os seguintes: i) determinar a duração, começo e final das estações chuvosas e secas para cada ano no período; ii) identificar e caracterizar as cicatrizes de área queimada por meio de séries temporais de imagens orbitais de sensoriamento remoto; iii) caracterizar a dinâmica sazonal da ocorrência de incêndios florestais. Para a delimitação das cicatrizes foi utilizada a série temporal das imagens Landsat (resolução 30 m) disponíveis no catálogo do Google Earth Engine. As análises foram baseadas no Índice de Queimada Normalizada. Para definição das estações chuvosas e secas, utilizou-se dados de precipitação provenientes de estações meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia e da Agência Nacional de Águas. Os resultados mostraram que durante o período estudado a área queimada total nas terras indígenas e entorno foi 2.599.393 hectares, distribuída em 26.282 cicatrizes. A área queimada anual foi bem diferente nos dez anos estudados, sendo que 70% da área de estudo queimou ao menos uma vez no período.  Os anos de 2012 e 2017 foram os que tiveram mais área queimada. Os anos com menor área queimada foram 2008 e 2011. A estação seca média (ESM) concentra 85% do acumulado de área queimada nos anos estudados. A temporada de incêndios começa no mês de junho e termina em novembro. Quase não há ocorrências de área queimada nos meses de dezembro a maio. Agosto, setembro e outubro respondem por 81% da área queimada. As áreas com maior recorrência de queimadas estão localizadas majoritariamente nas bordas das Terras indígenas. Os padrões descritos constituem o primeiro passo para o entendimento dos regimes do fogo na região e para estabelecer direções com o fim de melhorar estratégias de manejo e orientar políticas públicas. 


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 302.181.523-53 - FRANCISCO SOARES SANTOS FILHO - UESPI
Presidente - 2098982 - GIOVANA MIRA DE ESPINDOLA
Interno - 423289 - JOAO BATISTA LOPES
Externo à Instituição - REURYSSON CHAGAS DE SOUSA MORAIS - IFPI
Externo à Instituição - VALDIRA DE CALDAS BRITO VIEIRA - IFPI
Notícia cadastrada em: 10/02/2021 11:43
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