O setor da construção civil é responsável pelo crescimento das cidades, além de movimentar grande parte da economia brasileira, representando 44,4% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial. Para tentar reduzir e mensurar os impactos causados pelo setor, na década de 1990 surgiu o conceito de Green Building, edifício verde, está voltado para edificações e espaços urbanos que, durante a sua execução e utilização, busquem a criação de ambientes saudáveis e produtivos para as pessoas que ali irão utilizar o ambiente, baseando-se em critérios de sustentabilidade social e ambiental. É possível observar o aumento constante da população brasileira e, também, o surgimento de novas necessidades e novos equipamentos da sociedade atual, que demandam maior consumo de energia. Mesmo ao se considerar o uso de fontes alternativas e renováveis para geração de energia, ainda, é por meio da energia hidrelétrica, que se abastece a maior parte do país, cuja produção apresenta impactos negativos, tanto ambientais como sociais. Então, percebe-se a importância de estudos voltados para a para a eficiência energética e redução do consumo de energia. Entre os instrumentos voltados para a sustentabilidade, pode ser destacado a eficiência energética, que ao longo dos últimos anos vem ganhando destaque nos debates nacionais, internacionais, governamentais e não governamentais, principalmente após a Conferência das Nações Unidas em prol do Meio ambiente em 2015, em que foi criada a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, popularmente conhecida como Agenda 2030, que traz 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), destacando-se entre eles o ODS7: Energia Limpa e Acessível. A partir do surgimento de conceitos envolvendo construção sustentável, foi iniciada na década de 1990, a implantação de certificações sustentáveis para edificações, nesse estudo é ressaltado a importância desses programas e como elas podem beneficiar direta ou indiretamente o consumo da energia elétrica, por meio do seu uso. Como sistemas de certificações mais utilizados no Brasil tem-se o Leadership in Energy and Environmental Design (LEED), certificação AQUA-HQE, Selo Casa Azul e PBE Edifica. Diante da realidade do aumento do consumo de energia elétrica no Brasil e considerando os impactos provenientes de sua geração, destaca-se a necessidade de desenvolvimento de estudos que possam contribuir para a divulgação e adequação à realidade do Brasil, de ações e programas voltados para eficiência energética. Dessa forma, neste estudo tem-se como objetivo geral analisar criticamente o desempenho dos sistemas de certificações ambientais PBE Edifica e LEED-Leadership in Energy and Environmental Deseing, usados na construção civil brasileira, em relação à melhoria da eficiência energética. Como metodologia, está sendo realizada abordagem qualiquantitativa, do tipo descritiva, por meio de pesquisa documental, buscando dados quantitativos sobre as certificações LEED e PBE Edifica, em residências brasileiras. Para análise dos programas LEED e PBE Edifica, em relação a sua eficiência energética, será realizado mapeamento conceitual, destacando as diferenças e similaridades entre os dois programas. Foi verificado que, até o ano de 2020, a região Sudeste foi a que mais se destacou em emissões de certificados, tendo emitido 4.510 certificações/etiquetas, de LEED e de PBE Edifica, das quais 4.373 certificações foram emitidas em São Paulo. Enquanto, as regiões com menores emissões foram Norte, Nordeste e Centro Oeste, sendo que, por exemplo, estados como Amazonas, Acre e Bahia não dispõem de nenhuma certificação emitida.