Notícias

Banca de DEFESA: SUZIANNE JACKELINE GOMES DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SUZIANNE JACKELINE GOMES DOS SANTOS
DATA: 27/06/2019
HORA: 08:30
LOCAL: SALA DE VIDEO 1 - CCHL
TÍTULO: "NÃO QUERO TER MAIS FILHOS": RELAÇÕES DE GÊNERO NA TRAJETÓRIA DE MULHERES LAQUEADAS
PALAVRAS-CHAVES: relações de gênero; laqueadura; narrativas de vida.
PÁGINAS: 200
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
RESUMO:

A realização da laqueadura se destaca na sociedade brasileira como uma das principais formas utilizadas no controle da fecundidade por mulheres. Em Teresina, a busca frequente por este método chamou atenção para as motivações presentes por trás das narrativas de “não quero ter mais filhos(as)”. Esta pesquisa tem como objetivo analisar como as relações sociais de gênero perpassam e se configuram no processo de escolha de mulheres pela laqueadura como forma de controle de fecundidade. Os aportes teóricos centram-se nos estudos de gênero (CONNELL, PEARSE, 2015) e sobre direitos reprodutivos e contracepção (SCAVONE, 2004; SOIHET, 2015). Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com a utilização da técnica de narrativas de vida a fim de conhecer a experiência reprodutiva e contraceptiva de mulheres que vivenciam a maternidade e realizaram a laqueadura pela rede pública de saúde em Teresina (BOLÍVAR, 2012; MORIÑA, 2017; FRASER, 2004). Os resultados demonstraram que as relações de gênero provocaram deslocamentos em suas trajetórias de vida, influenciando na decisão pela laqueadura conforme essas mulheres vivenciaram e refletiram sobre a trajetória reprodutiva, a negociação contraceptiva, a maternidade e cuidado dos(as) filhos(as), a divisão sexual do trabalho e a organização da assistência em saúde no planejamento reprodutivo e no trabalho de parto. Seus relatos são marcados por relações assimétricas de gênero no ambiente domiciliar, pela predominância da masculinidade hegemônica em seus parceiros e de regimes de gênero junto a profissionais de saúde, por um padrão social sobre a conduta da “boa mãe” e por feminilidades que aspiram mais autonomia. Os seus anseios enquanto mulheres ficam em segundo plano diante de seus cotidianos enquanto mães, esposas, donas de casa e trabalhadoras. O protagonismo na decisão pela laqueadura representou uma forma de apropriarem-se do seu corpo, tempo e vida e, assim, ampliarem o seu campo de possibilidades. A realização da laqueadura produziu significados que remetem à liberdade, segurança e autonomia. Mesmo que a laqueadura não modifique diretamente as dinâmicas das relações de gênero no ambiente familiar, foi um meio para várias finalidades, colaborando com mudanças em suas vivências cotidianas.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1446998 - ELIZANGELA BARBOSA CARDOSO
Presidente - 1167589 - FRANCISCO DE OLIVEIRA BARROS JUNIOR
Interno - 4221710 - MARIA ROSANGELA DE SOUZA
Notícia cadastrada em: 17/06/2019 10:51
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - STI/UFPI - (86) 3215-1124 | © UFRN | sigjb05.ufpi.br.instancia1 09/10/2024 14:14