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Banca de DEFESA: PABLO CAVALCANTE COSTA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PABLO CAVALCANTE COSTA
DATA: 27/02/2020
HORA: 15:00
LOCAL: SALA 323G - CCHL
TÍTULO: A VOZ DO MORRO: TERRITORIALIDAE E RESISTÊNCIA NO SAMBA DE BEZERRA DA SILVA
PALAVRAS-CHAVES: Territorialidade. Samba. Bezerra da Silva. Modernidade
PÁGINAS: 162
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
RESUMO:

Esse trabalho aborda como o Samba, em especial, o samba de Bezerra da Silva, enquanto manifestação artística do povo negro como resistência à lógica do projeto de mundo moderno ocidental, contrariando os planos de uma pretensa racionalidade desvinculada de qualquer subjetividade como quer a tradição epistêmica colonial. Nesse sentido, indaga-se: como se expressa a territorialidade negra no samba de Bezerra da Silva? A hipótese a ser desenvolvida a partir da questão posta, leva em consideração que o samba de Bezerra de Silva, ao expressar a territorialidade negra, consegue ir contra o que pretende o projeto de modernidade, e unir razão (objetividade) e emoção (subjetividade), com fundamento em Luís Alberto Warat, bem como associa resistências, denúncias e pensamentos expressos em versos, com o sentir do ritmo batucado, das festas e danças típicas do gênero. O objetivo geral segue a proposta de debater a questão da territorialidade negra a partir do discurso musical presente nos sambas de Bezerra da Silva, buscando constatar os elementos de reencontro entre razão e emoção que aparentemente se distanciaram a partir do projeto da modernidade. Já os objetivos específicos encaminham-se em: compreender como o projeto da modernidade empenhou-se em causar a ruptura entre razão e emoção, demonstrando para tanto as evidências de que razão e emoção de fato não se separaram na modernidade; analisar como o samba de Bezerra da Silva, passou de produto criminalizado a patrimônio cultural e examinar como a territorialidade negra é retratada nos sambas de Bezerra da Silva. A metodologia empregada no trabalho leva em conta o modelo quadripolar de Bruyne, Herman e Schoutheete (1977). Esse modelo metodológico estrutura a dinâmica da pesquisa no âmbito das ciências sociais em quatro polos, quais sejam: morfológico, epistemológico, teórico e técnico. O polo epistemológico orienta a perspectiva adotada, que é a da racionalidade moderna questionada em seus fundamentos divisionistas, portanto com Mignolo (2008) orienta-se por uma “desobediência epistemológica”. O polo teórico orientou-se pela abordagem dos fenômenos sociais sob viés crítico quanto à separação entre razão e emoção e pela negação dos sentimentos como algo fora da racionalidade com base em Luis Alberto Warat, Eduardo Gonçalves Rocha, Anibal Quijano, Arturo Escobar e outros. Já o polo morfológico, buscando a organização e articulação do fenômeno pesquisado, foi adotado o campo simbólico de Bourdieu, que rompe com a visão sistêmica funcional e apresenta uma separação que mantem os elos que estruturam a racionalidade, portanto que não se separa efetivamente, o que revela o diálogo entre razão e emoção. Por fim, o polo técnico adotado se deu através de uma pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo juntamente com a análise dos 10 (dez) sambas selecionados, a partir dos critérios metodológicos propostos e de um itinerário analítico que leva em conta o pertencimento territorial. O resultado foi a percepção de que o samba une razão e emoção e que a resistência por meio do samba afirma a territorialidade por meio dos vínculos contínuos como parte da nação brasileira.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1581663 - MARIA SUELI RODRIGUES DE SOUSA
Interno - 1756788 - SAMUEL PIRES MELO
Externo à Instituição - SILVANA MARIA PANTOJA DOS SANTOS - UESPI
Notícia cadastrada em: 13/02/2020 18:01
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