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Banca de QUALIFICAÇÃO: ANA CAROLINE JARDIM OLIVEIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA CAROLINE JARDIM OLIVEIRA
DATA: 24/02/2022
HORA: 16:00
LOCAL: AMBIENTE VIRTUAL
TÍTULO: PROCESSOS DE CONSTRUÇÃO DA AUTONOMIA ENTRE LICENCIADOS EM CIÊNCIAS SOCIAIS DA UESPI - CAMPUS POETA TORQUATO NETO
PALAVRAS-CHAVES: Autonomia docente. Profissionalidade. Formação de professores. Ciências Sociais. UESPI
PÁGINAS: 159
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
RESUMO:

As intermitências da Sociologia na educação básica e sua reintrodução no currículo escolar através da lei Lei n. 11.684/08 impactaram o ensino da disciplina de duas formas: i) dificuldade em determinar teorias e métodos para seu ensino; e ii) expansão tardia dos cursos de formação de professores de Sociologia. Em 2013 — 5 anos após o retorno da disciplina ao currículo —, é criada a licenciatura em Ciências Sociais da Universidade Estadual do Piauí – Campus Poeta Torquato Neto, uma das mais recentes do país. A distância de 28 anos entre a implementação desta licenciatura na outra IES que oferta vagas presenciais no estado do Piauí (a Universidade Federal do Piauí – UFPI) e de, no mínimo,15 anos entre as licenciaturas da mesma instituição/campus atrasou seu processo de consolidação. Ao identificarmos uma quantidade reduzida de disciplinas didático-pedagógicas na matriz curricular do curso, assim como dificuldades educativas decorrentes do pouco contato com o âmbito escolar durante minha formação inicial, decidimos analisar como os licenciandos em fase de conclusão de curso mobilizam (ou não) estratégias para suprir necessidades formativas na licenciatura em Ciências Sociais da UESPI/TN. Em busca na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), identificamos que a maioria das pesquisas sobre o tema é voltada para a educação básica (18) em detrimento do ensino superior (9), e que o estudo mais próximo dos objetivos deste estudo analisou a matriz curricular de cursos de licenciatura na área, documentos oficiais e não relatos discentes. Nesse sentido, o presente estudo possui como objetivo geral compreender o processo de construção de autonomia entre licenciandos do referido curso e campus. Seus objetivos específicos incluem: i) identificar como as práticas docentes observadas na licenciatura influenciam o agir discente destes futuros professores; ii) descrever posturas de autonomia dos licenciandos; iii) demonstrar como as práticas destes estudantes divergem ou assemelham-se às expectativas educativas externadas pelos mesmos. Como hipótese inicial estipulamos que, devido à formação pedagógica insuficiente para enfrentar os desafios encontrados na profissão docente, os licenciandos que exercem sua autonomia de forma mais crítica o fazem por terem contato com algumas dessas práticas reflexivas e transformadoras durante a licenciatura. Para tanto, realizamos uma revisão bibliográfica acerca dos eixos estruturantes da autonomia profissional, conforme José Contreras (2012): i) modelos de professores (CONTRERAS, 2012); ii) profissionalidade docente (GIMENO SACRISTÁN, 1999; CONTRERAS, 2012; ROLDÃO, 2005); iii) reflexividade (DORIGON; ROMANOWSKI, 2008; SCHÖN, 1997; DOMINGUES, 2002; GIDDENS, 1991); iv) autonomia profissional (CONTRERAS, 2012). A coleta de dados ocorreu através de entrevistas semiestruturadas (via Google Meet e Whatsapp) com licenciandos do último (8º) período, sobre a trajetória escolar e acadêmica dos discentes, além da relação com os professores, currículo do curso e experiências nos Estágios Curriculares. Para confrontar os relatos com suas práticas, realizamos observação participante online nas aulas do referido curso entre os meses de agosto-setembro/2021. Após a transcrição e posterior revisão pela pesquisadora, construímos um Quadro de referência com sínteses dos conceitos abordados para melhor categorizar as falas e identificar o fenômeno da construção de autonomia entre licenciandos do curso. Concluímos que os licenciandos em Ciências Sociais da UESPI/TN consideram insuficiente sua formação didático-pedagógica no curso e a criticam por focar-se nas disciplinas teóricas específicas e em pesquisa. Também demonstramos que valorizam a resposta criativa a situações-problema através de metodologias que atraiam o aluno para a disciplina de Sociologia, além de garantir a construção de conhecimento de forma relacional e significativa, ao passo em que rejeitam posturas docentes autoritárias. Contudo, até o momento, tais posturas de autonomia referem-se, em sua maioria, ao seu futuro trabalho docente, refletidas nas expectativas externadas pelos mesmos. Assim, reconhecemos que este estudo, enquanto instrumento avaliativo do curso, pode auxiliar na implementação de novas oportunidades didático-pedagógicas para os licenciandos, para que forme professores comprometidos com um ensino democrático e transformador


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1167736 - ANA BEATRIZ MARTINS DOS SANTOS SERAINE
Externo à Instituição - CRISTIANO DAS NEVES BODART - UFAL
Presidente - 1756788 - SAMUEL PIRES MELO
Notícia cadastrada em: 09/02/2022 19:13
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