O presente trabalho tem como objetivo apresentar o processo de extensão do cárcere, dentro do conceito de Prisionização, e avaliar os impactos causados nas constituições familiares na sua ambientação com o sistema penitenciário, alcançando as necessidades explícitas para os visitantes das pessoas encarceradas no locus da pesquisa na Penitenciária Mista de Parnaíba, localizada na região litoral do estado. Nesse sentindo, buscou-se compreender como o princípio da intranscendência da pena é não observado e não respeitado pelo Estado em relação às famílias dos encarcerados. Percebe-se que a estigmatização ganha contornos severos, configurando como efeito extensivo da prisão o social, psicológico/emocional e financeiro. Utilizou-se uma abordagem qualitativa na qual foi realizado uma revisão bibliográfica e entrevistas semiestruturadas que, por sua vez, foram analisadas por meio do método de interpretação de sentidos. A partir de uma perspectiva criminológica, realizou-se um estudo bibliográfico que, somado ao levantamento do DEPEN/MJ, trazem um panorama real da população carcerária no Brasil. A pesquisa analisa a trajetória de cinco visitantes que experenciam essas vivências extensivas do cárcere. Procedeu-se à narrativa de suas histórias de vida, relatadas sob a perspectiva delas próprias. Tais discursos possibilitaram a análise real dos efeitos colaterais da prisão, focalizando nas estratégias e sofrimentos das visitantes ouvidas.