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Banca de QUALIFICAÇÃO: LUCIANA DA SILVA RAMOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUCIANA DA SILVA RAMOS
DATA: 18/11/2022
HORA: 09:00
LOCAL: AMBIENTE VIRTUAL
TÍTULO: CARNAÚBA AMARELA: MEMÓRIA, ORALIDADE E CONSTRUÇÃO IDENTITÁRIA
PALAVRAS-CHAVES: identidade; memória; quilombo; remanescentes de quilombo
PÁGINAS: 94
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
RESUMO:

Esta dissertação propõe estudar o processo de autoidentificação da comunidade quilombola Carnaúba Amarela, localizada na zona rural da cidade de Batalha, no estado do Piauí. A partir do Decreto nº 4.887/2003, as comunidades remanescentes de quilombos passaram a ter autonomia referente ao seu passado. Em junho de 2006, a Fundação Cultural Palmares (FCP), órgão vinculado ao Ministério da Cultura, do governo federal, concedeu a certidão de autorreconhecimento à Carnaúba Amarela, identificando-a como comunidade remanescente de quilombo. Dessa forma, o objetivo desta investigação é compreender o processo de autoidentificação e reinterpretar a história de Carnaúba Amarela. Nessa direção, utiliza-se a História Oral como método de pesquisa, recorrendo à técnica da entrevista para a aquisição de informações, priorizando a oralidade do grupo e dando ênfase às vivências dos sujeitos participantes para a construção de sua própria história. Recorre-se, principalmente, às epistemologias sobre a temática para investigar o processo da identidade quilombola. Por oportuno, levantam-se discussões conceituais sobre os termos que norteiam e dão sentido ao estudo proposto, a exemplo de: memória; identidade étnica; quilombo; e remanescentes de quilombo. Com base nas literaturas e as narrativas orais do grupo, concebe-se que, possivelmente, a comunidade não se formou de um quilombo de escravizados fugidos, como no caso do Quilombo dos Palmares. Atualmente, a identidade da comunidade é positiva, construída na luta pelo reconhecimento como ‘remanescente de quilombo’. A propósito, a comunidade tem orgulho dessa nova identidade, e deixou no campo das memórias o passado de dor, sofrimento e humilhação. Ademais, a comunidade em apreço preserva algumas manifestações do passado, embora tenha agregado novos festejos relacionados à conquista da certidão emitida pela FCP. A comunidade recebeu orientações que vieram de fora (padre, agente do Estado) na organização embrionária, visando ao reconhecimento como “remanescente de quilombo”. Os moradores organizam-se em pequenas roças, onde cultivam produtos para a subsistência e comercializam o excedente. Os benefícios da Previdência Social (aposentadoria) compõem a renda dos moradores. Percebe-se que a comunidade sente orgulho da nova identidade.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ADELMIR FIABANI - UFFS
Presidente - 1167770 - FRANCISCO PEREIRA DE FARIAS
Interno - 1585600 - ROSSANA MARIA MARINHO ALBUQUERQUE
Notícia cadastrada em: 17/11/2022 10:10
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