Este estudo centra-se na análise das relações sociais de famílias com vítima de feminicídio sob a perspectiva racializada, no Brasil e no México, tendo como recorte temporal o período posterior a 2014, considerando o cenário marcado pela última crise econômica de 2014 e a ascensão da direita em 2016, com a organização do narcotráfico. Parte-se do pressuposto de que o sistema capitalista é um modelo de dominação masculina e de opressão-dominação das mulheres, em que ocorre primeiro com a família, com sua força de trabalho, poder e acumulação privada, acometida em constância para poucos, na qual, paralelo a isso, além de situações vistas como naturais, como a pobreza de muitos, em razão da dificuldade de acumular grandes capitais, há violências de todos os tipos, como o próprio feminicídio, que não é natural, e que faz com que muitas vidas culminem em morte apenas por serem mulheres.