O trabalho analisa a circulação de saberes e produtos da quina do Piauí nas diretrizes do Reformismo Ilustrado. Especificamente, explicamos como a exploração desta árvore representou (1) um projeto de inventariação da natureza inspirado no Reformismo Ilustrado. Somado a isso, (2) a dinâmica atlântica e global das trocas de informação e materiais na qual a capitania do Piauí estava inserida. Finalmente, (3) um encontro de saberes indígenas, africanos e europeus nos domínios portugueses. É inviável traçar um recorte temporal preciso para o Reformismo Ilustrado. Qualquer delimitação seria imprecisa e falha, assim como a tentativa de analisá-lo em sua totalidade. Resta-nos informar que nossas fontes foram produzidas entre os anos de 1763 e 1806 e que pertencem ao contexto iluminista, fazendo, pois, parte de um processo mais amplo do que suas datações indicam. Outrossim, achamos por bem esclarecer que, além de transcrevermos os textos escritos da documentação, os trouxemos para o português contemporâneo.