O presente trabalho estuda a maneira como as artes, principalmente o cinema, preservam e potencializam a difusão dos saberes ancestrais: seus modos de viver, manifestações religiosas e culturais, passadas de geração em geração, pelas vivências e relatos orais. Consideramos um ponto de encontro entre o olhar cinematográfico do oprimido e esses saberes, com foco no conceito de Confluência, criado por Nego Bispo que sempre defendeu a interface com a academia. Esse trabalho utiliza a série Ligas e as exibições itinerantes do Cinema Contracolonial, junto com a série Jenipapo na tentativa de transpor a mera exibição de cinemas e TVs, vivenciando com as Comunidades Quilombolas e indígenas, escolas e universidades, utilizando rodas de conversa, para debater temas como o colonialismo, racismo, intolerância religiosa a partir de uma perspectiva Contracolonial, também definida conceito criado também por Bispo. Durante esses muitos eventos, pudemos sentir a potência do audiovisual como extensão da oralidade, junto a mestres vivos, Encantados, seus descendentes onde tudo se iniciou e para onde se deve retornar sempre.