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Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIANA ROCHA MENEZES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIANA ROCHA MENEZES
DATA: 29/04/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO: A FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM SERVIÇO SOCIAL NO PIAUÍ: UM OLHAR SOB OS CURSOS DE GRADUAÇÃO PRESENCIAIS
PALAVRAS-CHAVES: Graduação em serviço social. Piauí (1976). ABEPSS. Ditadura civil-militar.
PÁGINAS: 62
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Serviço Social
RESUMO:

O primeiro curso de graduação em serviço social no Piauí (1976) remonta ao contexto da década de 1970, período de ditadura civil-militar no Brasil. O curso foi fundado, nos primeiros cinco anos de vigência da universidade federal do Piauí, em um cenário de disputa por hegemonia entre as elites dominantes, no âmbito da política local, mas pleno acordo e consenso dessas com o governo central (Passos, 2006). Além disso, utilizava-se da perseguição e de ações repressivas para tolher as insurgências ocorridas no estado, bem como manifestações de discordância com o direcionamento da burguesia no poder. Nesse contexto, a formação profissional na época, ainda com hegemonia do viés conservador e influência da igreja católica, baseado na teoria social positivista, aproximava-se, paulatinamente, de um caráter mais técnico. Logo, a profissão, após superar o modelo europeu, franco-belga, que remonta à gênese do serviço social brasileiro, passou a seguir o modelo norte-americano do serviço social de casos, grupo e comunidade, o qual foi estruturante dos currículos até as últimas duas décadas do século XX (Cardoso, 2016). A ditadura civil-militar (1964-1985), não foi um período fértil para uma mudança de paradigma na profissão, mesmo com a luta de alguns/algumas assistentes sociais, o que vai ocorrer apenas no período de redemocratização do país, quando esse modelo entra em crise. O enrijecido conservadorismo, hegemônico no serviço social por cerca de meio século, deixa de ser protagonista, enquanto norte da formação e exercício profissional, em meados de 1980, na intenção de ruptura, última fase da renovação do serviço social no cenário nacional. A partir daí, a profissão se entrelaça com a teoria marxista, utilizando do método materialista histórico-dialético para compreender a realidade, em vista de superar o modo de sociabilidade capitalista. Por essa perspectiva, fincada na ideia de emancipação humana, organiza-se, sobretudo na década de 1990, o arcabouço normativo da profissão, dentre eles as diretrizes curriculares da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS) de 1996. Esta estabelece o direcionamento para a formação, segundo radicalidade teórico-crítica e ético-política, coletivamente pensada, em defesa de um processo formativo presencial, gratuito e de qualidade.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CRISTIANA COSTA LIMA - UFMA
Interno - 423621 - LUCIA CRISTINA DOS SANTOS ROSA
Presidente - 1232990 - SOFIA LAURENTINO BARBOSA PEREIRA
Notícia cadastrada em: 17/04/2024 14:46
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