A temática que envolve racismo, patriarcalismo e classismo em uma perspectiva interseccional
considera que essas opressões não se manifestam sozinhas, mas que se entrelaçam formando
sistemas de opressões, junto ao capitalismo. Esses formam os eixos de desigualdades de raça,
gênero e classe, no qual a raça é um dos principais eixos causadores das desigualdades e
definidor das hierarquias sociais. Esse assunto tem sido pouco considerado nas políticas de
educação, visto que essas políticas não ponderam um entrelaçamento ao tratar sobre machismo e
racismo, pois esses são eixos abordados separadamente por quem elabora as políticas públicas de
educação, dando a sensação de que essas opressões, em momento algum, se interseccionam
dentro do contexto escolar. Com isso, a pesquisa tem como objetivo compreender de que forma a
cultura racista intersectada pelo machismo e classismo se manifesta na escola municipal de
Teresina, levando em conta a interseccionalidade a partir das experiências e vivências entre
alunas/alunos, professoras/professores e gestoras/gestores na perspectiva das relações sociais.
Para isso, a pesquisa utilizará a abordagem qualitativa, junto ao método da interseccionalidade
criada por Crenshaw (2002), pois ela permite ir além de uma abordagem das desigualdades de
classe social e mostra outros sistemas de opressões sociais, tais como patriarcado e racismo. A
teoria Histórica Dialética também será usada, pois de acordo com Minayo (2008) a mesma
possibilita uma visão de mundo crítica permitindo desvendar as contradições postas na realidade
estudada, sendo esta do tipo exploratório e baseados em pesquisas bibliográficas, documental e
de campo.