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Banca de QUALIFICAÇÃO: IVALDA SILVA RODRIGUES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: IVALDA SILVA RODRIGUES
DATA: 12/02/2015
HORA: 15:00
LOCAL: Sala de Reunião do PPGEnf
TÍTULO:

VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA: realidades e desafios


PALAVRAS-CHAVES:

Maus-tratos ao idoso. Violência. Idoso. Enfermagem


PÁGINAS: 101
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO:

O envelhecimento é um processo que ocorre naturalmente de diminuição progressiva da reserva funcional das pessoas. Além do fenômeno natural desse processo, como as modificações fisiológicas e patologias consideradas típicas da velhice, essa faixa etária, infelizmente, também está passível à violência, que tem provocado consequências devastadoras para essas pessoas. Este estudo objetivou analisar os casos de violência contra a pessoa idosa. Trata-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa e qualitativa, sendo desenvolvido em dois momentos. A amostra da etapa quantitativa foi constituída por 225 casos registrados de violência contra a pessoa idosa no CEVI em Teresina-PI, e a etapa qualitativa foi constituída por 17 sujeitos que foram entrevistados em seus domicílios. Os dados da primeira etapa foram coletados por meio de um formulário, e na segunda fase foi utilizado um roteiro de entrevista. Os dados quantitativos foram analisados utilizando o Statistical Package for the Social Sciences (SPSS, versão 18.0) e os qualitativos através da análise temática. Como resultado, obteve-se que 66,2% das pessoas idosas eram do sexo feminino, a média de idade de 76,3 anos (desvio padrão= 9,5), 30,7% era analfabetos, 36% eram viúvos, 84,9% procedentes da capital do Estado, 76,4% eram aposentados, 35,1% ganhavam até um salário mínimo, constatou-se que 18,2% das vítimas residiam com 3 a 4 pessoas, 34,7% moravam com outros familiares, e 63,9% tinham doenças crônicas. Em relação à violência sofrida pelas pessoas idosas, a maioria sofreu violência psicológica (54,7%) seguida de abuso financeiro/econômico (38,2%) e negligência (31,1%), 84,9% foram violentados na própria residência, 94,2% foram violentados em Teresina e 75,3% não moravam mais com o agressor. No que se refere às informações relativas ao agressor, 84,2% eram agressor familiar sendo destes 68% eram os filhos, a média da idade de 43,2 anos (desvio padrão de 16,5 anos), 60,4% do sexo masculino e 15,8% fizeram uso de bebidas alcoólicas ou outras drogas. Após a análise dos dados qualitativos, foi possível a formulação de três categorias temáticas, sendo: Marcas e repercussões da violência na vida das pessoas idosas; Da raiva ao perdão expressado pelas pessoas idosas em relação ao agressor; e Redes de apoio às pessoas idosas vítimas de violência. O que mais marcou na vida das pessoas idosas foi: o abandono dos filhos, o fato de ter sido enganado, a falta de bens matérias que foram roubados, falta de amor dos familiares, e o desrespeito. Constataram-se algumas repercussões físicas, emocionais e sociais da violência na vida dos depoentes. Os sentimentos em relação ao agressor foram: raiva, medo, saudade, pena, amor, e tristeza. O apoio buscado pelas pessoas idosas para resolver a situação foram na própria família, na DSPI e no CEVI. Portanto, diante das discussões dos achados desta investigação, evidenciam-se possibilidades de contribuições para a assistência, o ensino e pesquisas congêneres, especialmente na Enfermagem. Também, é preciso envolver outros seguimentos da sociedade como: os profissionais de saúde, os familiares, os governantes, e a própria sociedade, assim, traçar estratégias que possam prevenir e resolver os danos causados pela violência contra a pessoa idosa.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 423632 - MARIA DO LIVRAMENTO FORTES FIGUEIREDO
Interno - 1167726 - CLAUDETE FERREIRA DE SOUZA MONTEIRO
Interno - 6422249 - MARIA HELENA BARROS ARAUJO LUZ
Externo à Instituição - MARIA CECILIA DE SOUZA MINAYO - ENSP
Notícia cadastrada em: 27/01/2015 14:54
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