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MARIANA LUSTOSA DE CARVALHO
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VULNERABILIDADE FÍSICA EM IDOSOS HIPERTENSOS DE UM CENTRO DE CONVIVÊNCIA
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Orientador : MARIA DO LIVRAMENTO FORTES FIGUEIREDO
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Data: 22/12/2020
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Introdução: O envelhecimento populacional é um dos fenômenos mais notáveis da contemporaneidade e aponta repercussões e consequências relevantes para a sociedade e para os sistemas de saúde. No âmbito da saúde, o desenvolvimento de vulnerabilidade de natureza física tem seu risco aumentado com o envelhecimento, em decorrência do desgaste biológico característico da senescência. Objetivo: Analisar a prevalência e os fatores associados à vulnerabilidade física em idosos hipertensos de um Centro de Convivência. Métodos: Trata-se de um estudo do tipo analítico, de delineamento transversal, que utilizou os dados do projeto intitulado “Risco para Síndrome Locomotora em Idosos e fatores associados”. A coleta foi realizada em um Centro de Convivência de idosos no período de abril a agosto de 2018, por meio do Mini-Exame do Estado Mental, Formulário de caracterização sociodemográfica e clínica e o Protocolo de Identificação do Idoso Vulnerável- VES13. A amostra final totalizou em 142 idosos. Foram realizadas estatísticas descritivas e para verificar associação entre as variáveis qualitativas foi utilizado o teste qui-quadrado (²). Para as quantitativas, utilizou-se o coeficiente de correlação de Spearman. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Piauí, com parecer nº 2.654.133. Resultados: A prevalência de vulnerabilidade física em idosos hipertensos desse estudo foi de 30,3%. A maioria por idosos eram do sexo feminino (86,6%), de cor parda (60,6%), casados (44,4%), que moram com até 2 pessoas (42,9%), escolaridade ensino fundamental incompleto(38,0%), 93,0% possuem renda e a aposentadoria é a principal fonte para 70,4%. Quanto às condições clínicas, 9,9% relataram etilismo, 0,7% tabagismo, 85,9% a presença de outras patologias, 99,3% a prática de atividade física, sendo a mais comum ginástica (62,0%) 38% informaram episódio de queda no último ano e 12,7% hospitalização. Quanto à vulnerabilidade física, observou-se uma maior proporção em idosos do sexo masculino, de cor amarela, divorciados, que moram com até 2 pessoas, que não sabem ler/escrever, com escolaridade fundamental incompleta. Observou-se ainda maior proporção de vulneráveis entre os que não referiram etilismo, entre os que possuem hábito tabágico, outras patologias, que praticam atividade física ate 3 vezes na semana, episodio de queda no último ano, hospitalização e nos que utilizam recurso de apoio para andar e enxergar. Quanto a distribuição da vulnerabilidade física de idosos hipertensos segundo a idade, autopercepção da saúde, limitação física e incapacidades, 65,1% a consideram regular ou ruim e todos os itens relacionados às limitações físicas e incapacidades obtiveram maiores percentuais nos idosos vulneráveis em comparação aos não vulneráveis. Não se observou associação estatisticamente significativa entre as variáveis. Conclusão: Obtivemos dados relevantes a respeito da vulnerabilidade e das características mais prevalentes dentre essa população e os desfechos obtidos refletem recursos relevantes conforme contribuem para a reflexão a respeito desse tema nos espaços de promoção à saúde, sobretudo nos centros de convivência.
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HILLDA DANDARA CARVALHO SANTOS LEITE
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PREDITORES AMBIENTAIS PARA A OMISSÃO DOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM
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Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
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Data: 18/12/2020
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Introdução: O ambiente de trabalho da equipe de enfermagem nos hospitais geralmente é caracterizado como imprevisível, propício a interrupções e erros na assistência de enfermagem. Devido a isso, os cuidados quando omitidos, ocasionam maior ocorrência de infecções e quedas, pneumonia, aumento do tempo de internação, atraso na alta, aumento da dor, desconforto e desnutrição. Objetivo: Avaliar os preditores do ambiente organizacional para a omissão dos cuidados de enfermagem no contexto hospitalar. Método: Estudo transversal analítico, realizado em unidades de internação e unidades de terapia intensiva de um hospital universitário de Teresina, Piauí, Brasil. A coleta de dados ocorreu entre novembro de 2019 a fevereiro de 2020 e a amostra foi constituída por 220 participantes, sendo 72 enfermeiros assistenciais e 148 técnicos de enfermagem. Foram utilizados dois instrumentos validados para a coleta de dados Misscare-Brasil e Pratice Environment Scale - Versão Brasileira. A análise dos dados foi realizada com base nos princípios da estatística descritiva e inferencial. Na análise bivariada aplicaram-se os testes Qui quadrado de Pearson e t de Student. As correlações foram feitas por meio do coeficiente de correlação de Pearson. Este estudo atendeu as exigências da Resolução 466/12 e obteve aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí sob Parecer 3.563.800. Resultados: Na amostra verificou-se predomínio do sexo feminino (85,1%), idade média de 38,5±7,7 anos, com especialização na área de enfermagem (35,9%), maior número de profissionais de enfermagem na unidade de internação (78,6%), trabalhando no turno diurno/ vespertino (56,4%), com enfermeiros realizando maior número de horas extras 11,8±22,4, maior número de pacientes por turno 10,8±4,1 e técnicos perceberam menor adequação de profissionais (49,3%). Os enfermeiros e técnicos de enfermagem consideraram características desfavoráveis nos domínios: adequação da equipe e de recursos (57,7%) e prática profissional na dimensão referente à participação dos enfermeiros na discussão dos assuntos hospitalares (52,7%). Enfermeiros e técnicos concordam que o cuidado de prioridade mais alta omitido foi aspiração das vias aéreas (25,0%); o de prioridade intermediária, deambulação 3 vezes por dia (70,0%) e o de prioridade mais baixa, sentar o paciente (59,9%). Entre as principais razões para a omissão dos cuidados destacaram-se as dimensões recursos laborais e materiais. Conclusão: O hospital universitário foi considerado, de forma geral, ambiente favorável a prática dos cuidados de enfermagem. Na avaliação geral, detectou-se que os fundamentos de enfermagem voltados para a qualidade do cuidado é um forte preditor ambiental, quanto mais presente, menor a omissão dos cuidados. Evidenciou-se a importância da reestruturação do modelo assistêncial vingente no hospital, intensificação dos programas de garantia de qualidade, acompanhamento de recém contratados e realização de reuniões com os gestores para mensuração dos fatores ambientais que interferem a qualidade dos cuidados.
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LUIS FERNANDO PENAGOS CUBILLOS
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CUIDADO FAMILIAR A PESSOAS IDOSAS DEPENDENTES NO DOMICILIO: estudo comparativo Brasil/Colombia
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Orientador : MARIA DO LIVRAMENTO FORTES FIGUEIREDO
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Data: 18/12/2020
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Introdução: O envelhecimento populacional é uma realidade mundial em constante aumento, com prevalência nos países em desenvolvimento como Brasil e Colômbia. Como consequência disso, existe um crescimento paralelo da quantidade de pessoas idosas com dependência, cenário que convergiu na expansão da figura do cuidador familiar e sua normatização legal. Objetivo: Analisar o perfil sociodemográfico, clínico e situação de cuidado das pessoas idosas dependentes e seus cuidadores no Brasil e na Colômbia. Método: pesquisa comparativa de natureza qualitativa de tipo exploratório descritivo. A fundamentação metodológica foi baseada o orientação de Bereday com as seguintes fases: descrição, interpretação, justaposição e comparação. Foi aplicado um questionário sociodemográfico e uma entrevista semiestruturada cujo análise foi realizado pelo marco teórico compreensivo e crítico Hermenêutica-Dialética. Acolheram-se os princípios éticos nacionais e internacionais para o desenvolvimento da pesquisa. Resultados: foram entrevistados 250 participantes, no Brasil 52 pessoas idosas com dependência e 70 cuidadores familiares; na Colômbia 56 pessoas idosas com dependência e 72 cuidadores familiares. Houve predominância no sexo feminino dos dois países tanto nas pessoas idosas (68,5%) como nos cuidadores (83,8%). A partir dos códigos identificados nas falas das pessoas idosas, construiu-se seis categorias, as quais são: Sou um fardo, Quero ser autónomo, Já não sou quem era antes, Cumpri minha missão, Estou bem com Deus e Minha função na família. Da mesmo forma, dos discursos dos cuidadores familiares construiu-se as seguintes categorias: Como me tornei cuidador, O peso do cuidado sobre mim, Mudanças na nossa vida; Tenho um suporte, Tenho ajuda de Deus e Meus desafios como cuidador. Considerações finais: Os resultados da presente dissertação disponibilizam novos caminhos à pesquisa em pessoas idosas dependentes e os cuidadores familiares, necessidade de políticas efetivas de atenção às pessoas idosas dependentes e aos seus cuidadores tanto na realidade brasileira, quanto na Colômbia.
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IONARA HOLANDA DE MOURA
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STAPHYLOCOCCUS AUREUS RESISTENTE À METICILINA ENTRE ENFERMEIROS: interfaces com adesão às precauções padrão
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Orientador : MARIA ELIETE BATISTA MOURA
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Data: 16/12/2020
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Introdução: Nos últimos anos, os profissionais de saúde de todo o mundo têm enfrentado o sério desafio do surgimento e disseminação de Staphylococcus aureus Resistente à Meticilina (MRSA), patógeno nosocomial que causa morbidade e mortalidade graves em todo o mundo, reduz as alternativas terapêuticas e eleva os custos assistenciais. Objetivo: Avaliar a colonização por Staphylococcus aureus resistente à meticilina em profissionais de enfermagem e sua adesão às precauções padrão. Método: Estudo transversal analítico, realizado no período de março de 2019 a dezembro de 2020, em um hospital estadual público localizado na cidade de Picos, no Estado do Piauí. A população do estudo foi todos enfermeiros atuantes na unidade hospitalar (81); com aplicação de amostragem censitária. As variáveis do estudo compreenderam dados socioeconômicos, clínicos, profissionais e adesão às precauções padrão, além de informações sobre a colonização por MRSA; sendo que a coleta de dados aconteceu no próprio ambiente laboral e a análise da amostra de secreção, em laboratório terceirizado. A análise de dados envolveu estatística descritiva e inferencial, com execução através do software IBM SPSS. O projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, obtendo aprovação através do CAAE Nº 20506119.6.0000.5214 e cumpriu as diretrizes da Resolução 466/2012 e complementares do Conselho Nacional de Saúde. Resultados: Participaram deste estudo 70 enfermeiros, dos quais 2,9% apresentaram Staphylococcus aureus resistente à meticilina no vestíbulo nasal e a adesão às precauções padrão foi classificada como intermediária (3,61 ± 0,35), aferindo o escore global do instrumento aplicado. A presença de MRSA entre os enfermeiros não foi associada estatisticamente com a adesão às PP. Conclusão: Torna-se importante que mais investigações sobre a temática sejam conduzidas, tendo em vista a necessidade de identificar a colonização por MRSA entre profissionais de saúde e adotar as devidas medidas de controle das infecções. No âmbito da gestão das instituições de saúde, programas de vigilância ativa são uma importante estratégia para detecção de casos assintomáticos e contribuição no rompimento da cadeia de transmissão das IRAS.
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DIELLISON LAYSON DOS SANTOS LIMA
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USO DE ÁLCOOL E/OU OUTRAS DROGAS, TRANSTORNO MENTAL COMUM E VIOLÊNCIA ENTRE A POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA
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Orientador : MARCIA ASTRES FERNANDES
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Data: 16/12/2020
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Introdução: A sociedade é formada por diferentes segmentos populacionais, dentre os quais, existem a população em situação de rua. Esse grupo social é formado por todo ser humano sem lugar destinado a moradia, e que acaba pernoitando pelos logradouros, prédios abandonados e albergues, ou outros ambientes considerados impróprios para residir. São diversas as causas que contribuem para o aumento dessa população: pobreza, miséria, desemprego, dependência de substâncias psicoativas, conflitos familiares, existência de doença mental e dentre outras situações. Objetivo: Avaliar as relações entre o consumo de álcool e/ou outras drogas com transtorno mental comum e violência em pessoas que vivem em situação de rua no município de Teresina-PI. Metodologia: Estudo observacional do tipo transversal – analítico, com uma abordagem quantitativa, desenvolvido na cidade de Teresina, Piauí, Brasil, no período de outubro/2019 a março/2020. A amostra foi composta por 127 moradores em situação de rua. O formulário de coletas consistiu em informações sociodemográfica e econômica, condições de vida e condições de violência autorreferidas; e de dois instrumentos: Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test – ASSIST e Self-Reporting Questionnaire - SRQ-20, para avaliação do consumo de álcool e outras drogas e avaliação do Transtorno Mental Comum (TMC). Os dados foram analisados no Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 22.0, sendo realizada análise inferencial e exploratória-descritiva. Resultados: O segmento populacional na cidade estudada é formado predominantemente pelo sexo masculino 108 (85%), com a média de idade de 39,2 anos, solteiros 75 (59,1%), da raça/cor parda 77 (60,6%), com ensino fundamental 74 (58,2%), sem renda 49 (38,6%) e com filhos 69 (54,3%). Naturalidade teresinense 53 (41,7%), com média de 1 ano e 7 meses em situação de rua, sendo o conflito familiar 71 (39,4%) a causa básica para viverem nessas condições. As drogas mais usadas são: Álcool 121 (95,2%), Tabaco 111 (87,4%), Maconha 94 (74%) e Cocaína/ Crack 74 (58,3). A prevalência de sofrimento mental foi de 63% (80). E em relação à violência, destacou-se a psicológica 81 (36,3%) e a física 73 (32,7%), e quase metade da amostra já havia praticado atos de comportamento suicida 60 (47,6%). Houve associações estatisticamente significativas entre o sofrimento mental e o uso de tabaco (p=0,05), cocaína/crack (p=0,006), violência sexual (p=0,02) e autodirigida (p=0,02). Uso de álcool e a violência física (p=0,04), e patrimonial (p=0,005); tabaco – outros tipos de violência (p=0,01) e Maconha – violência psicológica (p=0,05), patrimonial (p=0,05), e outros tipos de violência (p=0,01). Entre as variáveis sociodemográfica, idade mostrou associação com o tabaco (p=0,05) e álcool (p<0,001) e a renda com alucinógenos (p=0,008) e opioides/opiáceos (p=0,05), bem como o sexo (p=0,04) e escolaridade (p=0,01) com sofrimento mental. Conclusão: O estudo evidenciou que existe uma relação entre o consumo de substâncias psicoativas e o aparecimento de transtornos mentais comuns, bem como a exposição em sofrer diferentes tipos de violência. Portanto, é necessária a elaboração de políticas que alcancem de fato as demandas desse segmento populacional.
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JARDEL NASCIMENTO DA CRUZ
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VALIDAÇÃO DE INSTRUMENTO SOBRE COMPETÊNCIAS DE ENFERMEIROS PARA PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÕES NA ATENÇÃO DOMICILIAR
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Orientador : ANDREIA RODRIGUES MOURA DA COSTA VALLE
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Data: 15/12/2020
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Introdução: A prevenção e controle de infecções no ambiente domiciliar levam a inúmeras investigações que são levantadas pelos pesquisadores. A formação em enfermagem deve contemplar a ampliação das competências, em especial dos enfermeiros, pois perfaz o cuidado contínuo e de qualidade aos pacientes. Objetivo: Validar um instrumento sobre as competências de enfermeiros para prevenção e controle de infecções na atenção domiciliar. Método: Trata-se de um estudo metodológico a luz da teoria psicométrica proposta por Pasquali, que percorreu três polos distintos; teórico, empírico e analítico. O instrumento foi avaliado quantitativamente por dois grupos de especialistas em duas etapas (rodadas) por meio da técnica Delphi e, qualitativamente, por meio da técnica brainstorming. Para cumprir o polo teórico, foram realizadas revisões da literatura. Para o polo empírico foi realizada a seleção dos dois primeiros juízes e na sequência, por meio da técnica snowboll (bola de neve), selecionou-se 15 juízes para participarem das análises quantitativa e qualitativa dos dados. Para a análise quantitativa dos dados utilizou-se os testes estatísticos Índice de Validade de Conteúdo (IVC) e Coeficiente Kappa (K) processados pelo software Statistical Package for the Social Science (SPSS) versão 22.0. Resultados: evidenciou-se 13 estudos na etapa de revisão da literatura para atualização do instrumento. Na primeira rodada de avaliações entre os juízes houve concordância no que tange a validade de conteúdo e aparência, porém o IVC indicou a necessidade de qualificação do construto, assim, reestruturou-se o instrumento com base na avaliação dos peritos. Na segunda rodada de avaliação de juízes o conteúdo e aparência do instrumento atingiu os scores desejados de IVC maior ou igual a 0,80 e K, maior ou superior a 0,60. Conclusão: o construto foi validado em território nacional (Brasil) sob opiniões de experts para ser utilizado na atenção domiciliar e avaliação de conhecimentos e práticas na enfermagem, atingindo os scores necessários para a avaliação de competências.
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JOYCE SOARES E SILVA
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VALIDAÇÃO DE CONTEÚDO E DE CONSTRUCTO DA VERSÃO BRASILEIRA DO CUESTIONÁRIO PARA DETECCIÓN DEL SÍNDROME DEL EDIFÍCIO ENFERMO PARA TRABALHADORES DE SAÚDE
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Orientador : MARCIA ASTRES FERNANDES
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Data: 15/12/2020
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Introdução: A Enfermagem no contexto social brasileiro tem colaborado para a melhoria da saúde e produtividade do trabalhador. Ao notar a dimensão que envolve a saúde do trabalhador, observam-se duas variáveis que se sobressaem sobre as demais: acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. As doenças ocupacionais, em especial, apresentam nível de preocupação elevado ao passo que se percebe exposição do trabalhador a agentes biológicos, químicos, problemas ergonômicos, poluição auditiva, poluição do ar, estresse e adoecimento mental, dentre outros. Dessa forma, o adoecimento que um trabalhador apresenta decorrente do ambiente de trabalho, por vezes um grupo também apresenta, essa semelhança caracteriza a Síndrome do Edifício Doente. Objetivo: Realizar a validação de conteúdo e de constructo da versão brasileira do Cuestionário para Detección del Síndrome del Edifício Enfermo para Trabalhadores de Saúde do Brasil. Referencial temático: O referencial temático é dividido em quatro capítulos: Síndrome do Edifício Doente: características, fatores preditores e sintomatologia associada aos trabalhadores de saúde; Intervenções preventivas e terapêuticas da Síndrome do Edifício Doente nas instituições de saúde; Clima organizacional como preditor às organizações doentes; e, Cuestionário para Detección del Síndrome del Edifício Enfermo: origem, tradução e adaptação transcultural para o Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo metodológico e transversal que consiste na validação do Cuestionário para Detección del Síndrome del Edifício Enfermo para o Brasil, e aplicação deste para trabalhadores de saúde, realizado entre os meses de Setembro de 2019 a Julho de 2020.O questionário foi validado por meio de dois eixos: conteúdo e constructo por grupos contrastados. Realizado na cidade de Teresina, Piauí, Brasil, e contou com a participação online de 14 juízes especialistas na etapa de validação de conteúdo. No que se refere à validação de constructo do instrumento, foi realizado em um Hospital de Ensino com uma amostra de 54 participantes. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, sob o parecer de número 4.563.795, e obteve parecer favorável sobre da instituição coparticipante. Resultados: A validação de conteúdo apresentou um índice de validade de conteúdo, gerado pela avaliação dos juízes, de 0,81. Índice Kappa de Fleiss apresentou concordância de 68,59%. Por meio da sugestão dos juízes e índice de validade de conteúdo houve exclusão de três itens do questionário original. Quanto à validação de constructo, houve análise por grupos contrastados envolvendo duas variáveis dependentes: tempo de trabalho no edifício e tempo de trabalho no setor, no qual percebeu-se associação significativa com variáveis independentes que se relacionavam ao adoecimento laboral de ordem coletiva. Conclusão: O questionário conseguiu ser validado quanto ao conteúdo e constructo, entretanto, ainda há necessidade de estudos que envolvam a averiguação dos scores e validade de face do instrumento.
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PEDRO SAMUEL LIMA PEREIRA
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ANÁLISE DOS FATORES ASSOCIADOS À SÍFILIS CONGÊNITA
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Orientador : ROSILANE DE LIMA BRITO MAGALHAES
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Data: 15/12/2020
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Introdução: A sífilis está entre as IST´s consideradas um problema de elevada magnitude mundialmente. É uma infecção causada pelo Treponema pallidum, pode evoluir de forma crônica e pode ter sequelas irreversíveis a longo prazo. É de notificação compulsória e sua forma congênita é responsável por altas taxas de morbidade e morbimortalidade. Objetivo: Analisar a ocorrência de sífilis congênita e fatores associados em mães com diagnóstico de sífilis na atenção primária. Método: Pesquisa analítica, com abordagem quantitativa realizado com 73 gestantes com diagnóstico de sífilis, em uma capital do nordeste do Brasil no período de maio de 2019 a junho de 2020. Foi aplicado um instrumento validado quanto à forma e conteúdo, contendo variáveis sociodemográficas, comportamentais, clínicas, de prénatal e parceria sexual e resultado da gestação. Inicialmente foi realizado levantamento e seleção das Unidades Básicas de Saúde, aplicabilidade do instrumento, de coleta de dados, durante a gestação e até 42 dias após o parto. Foram incluídas gestantes com o diagnóstico de sífilis em qualquer idade gestacional; cadastrada em uma ESF da zona urbana, com idade igual ou superior a 18 anos. Foram excluídas, após três tentativas, as participantes que não foram a consulta de pré-natal; as que tinham diagnóstico de transtorno mental e aquelas com diagnóstico de sífilis fosse após a primeira etapa da pesquisa. Os dados foram analisados no programa estatístico SAS versão 9.4 adotando-se α = 0,05 para significância estatística. Realizou-se frequências e percentuais, análise bivariada, tendo como variável dependente a ocorrência de sífilis congênita (sim/não), foi realizado o teste do qui-quadrado, ou teste de Fisher para casos nos quais o quiquadrado não fosse indicado e cálculo de Odds ratio. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí sob o número de parecer: 2.975.828. Resultados: Das 73 participantes, a maioria de 26-38 anos (n=39; 53.4%), menos de 12 anos de estudo (n=42; 57.5%), não brancas (n=69; 94.5%) e sem trabalho renumerado (n=56; 76.7%). Tiveram sua primeira relação sexual entre 13 e 15 anos (n=42; 57.5%), não usam álcool (n=62; 84.9%), realizaram teste rápido de sífilis (n=41; 56.2%) e o pré-natal (n=65; 89.0%), o enfermeiro predominou na realização da consulta de pré-natal (n=38; 52.1%) e a maioria realizou entre 6 e 7 consultas (n=47; 64.4%). Não usaram preservativo na presente gravidez (n=42; 57.5%), a maioria foi diagnosticada com sífilis no primeiro trimestre de gestação (n=33; 45.2%), iniciaram o tratamento após o diagnóstico (n=62; 85.0%), foram orientadas sobre o tratamento de sífilis na UBS, quase metade das parcerias sexuais (n=31; 42.5%) testaram positivo para sífilis. A ocorrência de sífilis congênita foi de 30(41,1%). Conclusão: A prevalencia da sífilis congênita foi considerada alta, se deu predominantemente em filhos de mulheres mais empobrecidas, com baixa escolaridade e não brancas. O uso do álccol foi o fator associado a sífilis congenita (p=0.0056). Mostra ainda que a realidade da assistência ao pré natal, ainda está distante do atendimento ideal e urge intervenção.
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CECILIA NATIELLY DA SILVA GOMES
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AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO E DA COMPLETUDE VACINAL CONTRA HEPATITE B EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE DA ATENÇÃO PRIMÁRIA
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Orientador : ROSILANE DE LIMA BRITO MAGALHAES
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Data: 14/12/2020
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Introdução: O vírus da hepatite tipo B (HBV) pode ocorrer por transmissão vertical, relações sexuais desprotegidas, procedimentos invasivos, compartilhamento de seringas, mais raramente por transfusão de sangue, além de outras formas como acidentes com materiais perfurocortantes, o que torna os profissionais de saúde vulneráveis devido ao maior risco de exposição a fluídos contendo vírus da Hepatite B. Objetivo: Avaliar o conhecimento e a completude vacinal contra hepatite B em profissionais de saúde da atenção primária. Método: Realizou-se um estudo transversal com profissionais de saúde da atenção primária, no município de Teresina, no Estado do Piauí no período de setembro de Agosto a setembro de 2020. A coleta de dados foi desenvolvida utilizando as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC’S) através da pesquisa de levantamento com survey seguindo as etapas: levantamento e formação de banco de contatos com whatasapp, e- mail, aplicação de um formulário estruturado, e nova tentativa para obtenção de retorno do formulário de pesquisa. Foi realizada a análise de frequência estatística descritiva e utilizado os testes de qui-quadrado e Wilcoxon. Essa pesquisa atendeu todos os preceitos éticos da resolução 466/12. Resultados: Foram enviados questionários para 150 profissionais, obteve-se retorno de 42 questionários, com predomínio de pessoas do sexo feminino (86,8%), 52,2% tinham entre 26 e 55 anos, a maioria solteira (73,2%), 20 (50%) relatou terem especializaçao completa. 22 (55%) informam que não participam por motivos não justificado, 23 (57, 5%) referiram uso de alcool por pelo menos uma vez na semana 15 (37,5), com frequência de três a cinco vezes na semana, há pelo menos 20 anos 1 (2,5 %). Com relação à notificação do acidente 8 (20, 0%) informou que não notificou o acidente no ano de 2019, 8(20, 0%) que usava Equipamento de Proteção Indivivual (EPI), sendo eles luvas de procedimento, gorro, avental, máscara cirúrgica e protetor facial. Conclusão: Este estudo mostrou elevada prevalência da cobertura vacinal contra hepatite B em profissionais de saúde da atenção primária e conhecimento inadequado sobre hepatite B. Além disso, estes têm praticas de risco no que tange a acidentes com materiais perfuro cortantes, onde não se têm adesão de notificação quanto sofrem algum tipo de acidente.
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VANESSA CAMINHA AGUIAR LOPES
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PODER PREDITIVO DOS VALORES ORGANIZACIONAIS SOBRE A OMISSÃO DOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM
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Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
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Data: 14/12/2020
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INTRODUÇÃO: Instituições hospitalares devem apresentar cultura organizacional que fortaleça a cultura de segurança do paciente e minimize erros, como a omissão dos cuidados de enfermagem. OBJETIVOS: Avaliar o poder preditivo dos valores organizacionais sobre a omissão dos cuidados de enfermagem em um hospital universitário. METODOLOGIA: Pesquisa multimétodos, desenvolvida em um hospital universitário do nordeste do Brasil, mediante dois subestudos, com coleta de dados no período de novembro/2019 a fevereiro/2020. O primeiro foi um desenho metodológico, no qual foram realizadas as análises teórica e empírica da Escala de Valores Organizacionais com base na Teoria de Valores Culturais de Schwartz no contexto do hospital universitário, com amostras de conveniência formadas por 15 enfermeiros e técnicos de enfermagem (análise semântica), nove especialistas em gestão hospitalar/administração em enfermagem (análise de juízes) e 263 enfermeiros e técnicos de enfermagem (análise fatorial). Os dados foram analisados por meio de Escalonamento Multidimensional e Análises Fatoriais. No segundo subestudo, foi conduzido um delineamento transversal analítico, com amostra de conveniência de 227 enfermeiros e técnicos de enfermagem. Foram utilizados o MISSCAREBrasil e a versão da escala de valores organizacionais obtida no primeiro subestudo. Foram realizadas análises bivariadas e regressão hierárquica. O estudo foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa. RESULTADOS: No primeiro subestudo, a análise semântica proporcionou alterações para termos mais próximos do contexto do público-alvo, que foram endossadas pelos especialistas. A análise fatorial confirmatória para os modelos de seis (nível cultural) e quatro (nível individual) fatores não demonstrou boas medidas de ajustes. Os dados da análise fatorial exploratória corroboraram com a teoria refinada de Schwartz, formando os fatores Crescimento e Autoproteção. No segundo subestudo, a amostra teve maioria do sexo feminino (81,9%) e alto nível de formação, com enfermeiros pós-graduados (94,9%) e técnicos de enfermagem graduados/pósgraduados (69,6%). A prevalência geral de omissão de cuidados foi de (44,9%). O cuidado mais omitido foi deambulação (70,9%). Na análise bivariada, setor/unidade (p<0,001) foi associado à omissão de cuidados. As correlações entre os valores organizacionais e a omissão de cuidados, isoladamente, foram fracas, com coeficientes variando de −0,138 (Cordialidade entre os colaboradores e Ser referência na área de atuação) a −0,228 (Autonomia dos colaboradores) no fator Crescimento. No fator Autoproteção, uma correlação foi verificada, com coeficiente 0,136 (Centralização das decisões). O modelo de regressão hierárquica mostrou que variáveis demográficas e ocupacionais explicaram 48,4% da variância da omissão de cuidados, aumentando 3,1% com a inclusão de variáveis de satisfação (p=0,061) e 2,3% com as razões de omissão (p=0,322). No quarto e último passo, os valores organizacionais proporcionaram um aumento significativo de 11,5% na explicação da variância (p<0,001). As variáveis preditoras no modelo final foram: unidade/setor, sexo, período de trabalho, turno, satisfação com o cargo e o fator Crescimento. CONCLUSÃO: A Escala de Valores Organizacionais para o hospital universitário apresentou estrutura fatorial que corrobora com o modelo refinado de valores de Schwartz, com medidas de consistência interna satisfatórias. Os valores organizacionais, em especial do fator Crescimento, predizem a omissão de cuidados de enfermagem.
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ERIKA MORGANNA NEVES DE OLIVEIRA
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PERFIL DE RESISTÊNCIA DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS NA CAVIDADE NASAL DE ESTUDANTES DA ÁREA DA SAÚDE
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Orientador : MARIA ELIETE BATISTA MOURA
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Data: 14/12/2020
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INTRODUÇÃO: A infecção por Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) é uma preocupação mundial, dada a sua presença mesmo em indivíduos saudáveis e não hospitalizados, como estudantes universitários. Os estudantes da área de saúde desenvolvem importante papel na epidemiologia e patogênese da infecção por S. aureus, pois podem estar expostos a pacientes e outros profissionais de saúde durante a sua rotação clínica. Dessa forma, esses alunos podem agir como fonte de disseminação tanto na comunidade quanto no ambiente hospitalar e ainda no carreamento das bactérias de um desses ambientes para o outro. OBJETIVO: Analisar o perfil de resistência de cepas de Staphylococcus aureus em estudantes da graduação em Medicina e Odontologia, com ênfase no processo de colonização. MATERIAL E MÉTODO: Realizou-se uma análise das evidências disponíveis na literatura sobre a prevalência da colonização por MRSA entre estudantes da área da saúde e em seguida a análise da ocorrência de cepas de Staphylococcus aureus resistentes ou não à meticilina, entre estudantes da graduação em Medicina e Odontologia. Para a revisão integrativa, A busca dos estudos primários foi realizada nas bases de informação: Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem on-line, Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature, Web of Science, Scopus e Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde. Os descritores utilizados foram aplicados de acordo com particularidades de cada base de dados e obtidos por consulta nos Descritores de Ciências em Saúde e Medical Subject Headings. A análise laboratorial/experimental tratou-se de estudo transversal de prevalência, realizado com 164 estudantes de odontologia e 229 estudantes de medicina. As amostras biológicas da cavidade nasal foram coletadas em 2019, utilizando-se swabs estéreis, posteriormente submetidos a testes confirmatórios de Gram, de catalase e coagulase. Os Staphylococcus aureus isolados tiveram seus perfis de sensibilidade determinados por meio da técnica de difusão de disco. RESULTADOS: A revisão foi composta por 27 estudos. Na análise das amostras as pesquisas encontraram prevalências variando de 0,0% a 15,3% de infecção nos estudantes. A segunda fase da pesquisa apontou prevalência de S. aureus e de MRSA de 21,2% e 10,9, respectivamente. Na investigação da correlação estatística entre colonização por MRSA e outras variáveis independentes, os blocos gênero (p= 0,01), uso de antibiótico no momento (p= 0,03), período atual (p= 0,02) e carga horária nos serviços de saúde (p= 0,04) apresentaram-se estatisticamente significante. No que se refere às cepas multiresistentes, houve associação nos blocos curso e carga horária nos serviços de saúde CONCLUSÃO: Os indicadores da revisão integrativa e os achados da fase experimental da pesquisa, evidenciam que esforços devem ser feitos para implementar normas e rotinas destinadas a limitar a disseminação de cepas de MRSA entre estudantes. Sugere-se, portanto que a educação e a discussão sobre as medidas de controle de infecção nos cursos de graduação da área de saúde são necessárias.
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IOLANDA GONÇALVES DE ALENCAR FIGUEIREDO
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CONSTRUÇÃO E AVALIAÇÃO DE AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM PARA ENSINO DE SEGURANÇA DO PACIENTE NA TERAPIA MEDICAMENTOSA PARA GRADUANDOS DE ENFERMAGEM
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Orientador : FERNANDA VALERIA SILVA DANTAS AVELINO
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Data: 11/12/2020
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Introdução: O Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) é uma Tecnologia da Informação e da Comunicação compreendida por sistemas que sintetizam a funcionalidade de software para comunicação, mediada por computador e métodos de entrega de material de cursos online, cujo espaço permite interatividade na práxis pedagógica. Objetivo: Construir e avaliar com juízes especialistas em enfermagem em segurança do paciente e informática um AVA para ensino de segurança do paciente na terapia medicamentosa para graduandos em enfermagem. Método: Estudo foi desenvolvido em três etapas: revisão integrativa da literatura, estudo metodológico para construção e, avaliação do AVA. A construção se deu em cinco fases: análise, design, desenvolvimento, implementação e avaliação sistematizada, conforme o Design Instrucional Contextualizado de Andreia Filatro (2015), e subsidiada pelo levantamento das necessidades de aprendizado junto aos graduandos de enfermagem sobre segurança do paciente na terapia medicamentosa. Na terceira etapa foi realizada a avaliação pedagógica e de usabilidade do AVA por juízes enfermeiros, através do instrumento o Learning Object Review Instrument (LORI) e por juízes em Informática, a partir do instrumento contendo as 10 heurísticas de Nielsen, entre os meses de junho e julho de 2020. A Validade do Conteúdo baseou-se nas classificações de cada item feito pelos juízes, e essas classificações foram utilizadas para calcular o percentual de concordância dos mesmos. Resultado: Denominou-se AVA-SPTEME o ambiente virtual construído, disponível na internet com hospedagem na plataforma moodle cloud, modo básico, no qual se encontra duas unidades de ensino: Segurança do paciente e Segurança na Terapia medicamentosa, elaboradas com materiais e mídias diversas: vídeos, histórias em quadrinhos, infográficos, caça-palavras, quis, fórum, chats e sala de videoconferência. Foi avaliado por 12 juízes em enfermagem com média total do percentual de concordância de 91,7%. Com exceção da variável “Acessibilidade”, todas as demais obtiveram percentual de concordância acima de 80%, com destaque para as variáveis “qualidade do conteúdo”, “Alinhamento dos objetivos de aprendizagem”, “Feedback e Adaptação”, “motivação” e Conformidade com os Padrões que obtiveram um percentual de 100%. O percentual de concordância dos juízes em informática foi de 90% e a maioria inclinou para as categorias de “erro não importante” e “erro simples” nas heurísticas avaliadas. As recomendações sugeridas pelos juízes foram, em parte, atendidas. Conclusão: O AVA SPTEME foi validado e avaliado positivamente pelos juízes especialistas, os quais consideraram uma tecnologia educacional favorável ao ensino de segurança do paciente na terapia medicamentosa para graduando de enfermagem.
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ANA LÍVIA CASTELO BRANCO DE OLIVEIRA
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SÍNDROME DO EDIFÍCIO DOENTE PARA TRABALHADORES DE SAÚDE: um modelo teórico
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Orientador : MARCIA ASTRES FERNANDES
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Data: 08/12/2020
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Introdução: a sociedade contemporânea vem enfrentando fenômenos em saúde de difícil manejo, logo, estudos teórico-práticos para o desvelamento de conceitos em saúde merecem ser melhor explorados pela comunidade científica. Destaca-se, a Síndrome do Edifício Doente, um complexo de sintomas comuns ao adoecimento em grupo de trabalhadores em um mesmo edifício, proposto inicialmente pela Organização Mundial de Saúde. Contudo surgem novas demandas de compreensão, mediante as constantes transformações da sociedade em padrões culturais e mesmo de adoecimento do trabalhador. Nesta perspectiva, a construção de teorias de médio alcance aponta como alternativa para a exploração de fenômenos em saúde de interesse da população. Assim, defende-se que é uma necessidade premente a proposição de teorias e modelos que permitam investigar e desenvolver uma especificidade da interação estabelecida por trabalhadores da saúde em contexto de adoecimento. Objetivo: desenvolver um modelo teórico explicativo sobre a Síndrome do Edifício Doente (SED), no contexto de trabalhadores de saúde hospitalares brasileiros. Metodologia: estudo do tipo teórico à luz do interacionismo simbólico. A abordagem metodológica escolhida foi a pesquisa qualitativa sob orientação dos conceitos da Teoria Fundamentada nos Dados. A coleta de dados aconteceu entre julho e agosto de 2020 mediada por plataforma digital, por meio da gravação e transcrição de falas a partir de vídeos consentidos pelos participantes, perfazendo 18 horas no total. Utilizou a amostragem teórica formada no decorrer do estudo, em bola de neve, resultando em 11 participantes de diferentes categorias e setores, dentro da equipe multiprofissional de saúde do hospital estadual, local de pesquisa. Os participantes foram selecionados, considerando o tempo de trabalho superior a 6 meses e apo concordarem com os termos da pesquisa. Este estudo possui consentimento do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí e do Hospital local de estudo, parecer n. 3.993.900. Resultados: cada entrevista resultou em um memorando individual, em seguida as falas foram transcritas e submetidas a codificações sucessivas do tipo aberta e axial, por vezes retroativas, resultando em hipóteses e diagramas individuais. Ao final realizou-se a codificação integradora dos dados, o que deu origem a apenas um diagrama autoexplicativo e a aos pressupostos básicos do modelo teórico. Emergiu então a categoria central e suas subjacências. O interacionismo simbólico foi o fio condutor da explicação das categorias e conceitos encontrados, facilitando a busca pela compreensão do fenômeno Síndrome do Edifício Doente. A pesquisa aconteceu em um momento de pandemia por Covid-19, sendo evidenciado exacerbação do adoecimento coletivo do trabalhador de saúde, contudo, os elementos norteadores do adoecimento estão há muito tempo presentes no contexto hospitalar sendo alvo de críticas reflexivas dos participantes deste estudo. Conclusão: O modelo teórico explicativo sobre a Síndrome do Edifício Doente adequa-se ao contexto de trabalhadores de saúde hospitalares brasileiros, considerando os elementos saúde e adoecimento a partir de conceitos apreendidos no ambiente de trabalho, bem como condicionantes de saúde prévios e relacionados ofício.
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ANA BEATRIZ MENDES RODRIGUES
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PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE INFECÇÕES COMUNITÁRIAS EM CRIANÇAS NO BRASIL
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Orientador : ANDREIA RODRIGUES MOURA DA COSTA VALLE
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Data: 25/11/2020
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Introdução: No Brasil, estatisticamente as crianças correspondem a 17,1% da população de 207 milhões de pessoas. Nesse sentido, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) foi instituída para orientar e qualificar as ações e serviços de saúde no território nacional visando a efetivação de medidas que garantam o pleno desenvolvimento na infância considerando as vulnerabilidades e riscos para o adoecimento. Assim, ressalta-se que as infecções comunitárias são agravos clínicos que acometem à saúde das crianças e estão associadas à altas taxas de morbimortalidade despertando o interesse de pesquisadores no desenvolvimento de investigações científicas que possibilitem a identificação de microorganismos, fatores associados e estratégias de controle. Objetivo: analisar a literatura científica sobre as infecções comunitárias em crianças no contexto brasileiro. Método: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, que utilizou as estratégias propostas por Whittemore e Knafl para aprimorar o rigor do estudo. A questão norteadora do estudo foi elaborada a partir da estratégia PICo que resultou em: “Qual a produção científica sobre infecções comunitárias em crianças no contexto brasileiro?”. A busca de dados ocorreu de janeiro a março de 2020, nas bases de dados Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Medical Literature Analysis and Retrieval System Online, Web of Science, Scopus, Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature e Base de Dados de Enfermagem. Para busca nas bases de dados, utilizou-se descritores controlados e não controlados cruzados entre si pelos operadores OR e/ou AND. A avaliação de dados dos estudos foi realizada por meio da extração de dados a partir de um instrumento com informações-chaves e por meio da utilização da estratégia proposta por Beyea. Para a análise dos dados utilizou-se as fases de redução de dados, exibição de dados, comparação de dados, desenho e verificação da conclusão propostas por Whittemore e Knafl. A apresentação dos dados foi a partir de tabelas, gráficos e categorias considerando o objeto e objetivos do estudo. Resultados: Do universo de 372 estudos encontrados, 61 fizeram parte da amostra que compôs a revisão. A maioria estavam em inglês e o ano com maior número de publicações foi 2016. A maioria (90,16%) dos estudos estavam indexados em revistas da área de saúde. Ganharam destaque os periódicos: Journal of medical virology, PloS neglected tropical diseases e BMC Pediatrics. Quanto ao nível de evidência, predominou os estudos de nível IV (87,1%). As evidências científicas apontaram que o controle das infecções comunitárias em crianças no contexto brasileiro perpassam por ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem principalmente as medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento. Assim, os estudos foram agrupados e, posteriormente, discutidos a partir categorias: 1. A prevenção para o controle das infecções comunitárias em crianças; 2. O diagnóstico para o controle das infecções comunitárias em crianças; 3. O tratamento para o controle das infecções comunitárias em crianças. Conclusão: As evidências científicas sobre as infecções comunitárias em crianças no contexto brasileiro envolvem principalmente as medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento dos agravos. Nos três contextos, as infecções respiratórias foram destaque, com ênfase nas pneumonias adquiridas na comunidade. Além disso, destaca-se que a produção científica sobre a problemática tem sido heterogênea e que, portanto, tem considerado as especificidades de cada região do país.
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CYNTHIA ROBERTA DIAS TORRES SILVA
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INTERVENÇÃO EDUCATIVA E MOTIVACIONAL PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE DE IDOSOS EM RISCO DE FRAGILIDADE
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Orientador : MARIA DO LIVRAMENTO FORTES FIGUEIREDO
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Data: 13/11/2020
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Introdução: O estilo de vida determina a heterogeneidade do envelhecimento. E as práticas educativas em saúde associadas a recursos motivacionais são fundamentais no processo de adaptação a mudanças psicofisiológicas e adoção e manutenção de comportamentos saudáveis em idosos. Objetivo: Avaliar a eficácia de uma intervenção educativa e motivacional na promoção da saúde de idosos em risco de fragilidade. Método: Estudo multimétodos, composto por pesquisa metodológica e Ensaio Clínico Randomizado (ECR) na Atenção Primária à Saúde de Teresina, Piauí, Brasil. No estudo metodológico, ocorreu construção de vídeo educativo “Prosa de um recém idoso” sobre fragilidade em idosos. O vídeo foi validado por 22 juízes especialistas e avaliado por 22 idosos. Os dados foram analisados pelo Índice de Validação de Conteúdo (IVC) e teste binomial. O ECR teve amostra de 108 idosos, divididos em dois grupos distintos, distribuídos randomicamente. O Grupo Intervenção (GI) (n=55) participou de intervenção educativa e motivacional, subsidiada pelo vídeo educativo e por entrevista motivacional breve; e Grupo Controle (GC) (n=53) recebeu orientações verbais de rotina nos serviços de atenção primária a saúde. Os desfechos avaliados foram a capacidade de autocuidado, autopercepção de saúde, senso de autoeficácia e prontidão para mudança de comportamento, por meio de questionário semi-estruturado e pela Escala para Avaliar a Capacidade de Autocuidado (EACAC). A coleta de dados ocorreu no domicílio e nas unidades básicas de saúde, em dois momentos: pré-teste e aplicação da intervenção e pós-teste, após 30 dias, tendo como referencial teórico-metodológico o Modelo de Promoção da Saúde de Nola Pender. Os testes estatísticos foram realizados com nível de significância de 5% e intervalo de confiança de 95%. Foram utilizados os softwares R versão 3.5.1 e o Statistical Package for the Social Sciences versão 21.0. O estudo seguiu a regulamentação do Conselho Nacional de Saúde, através da Resolução 466/12 e os resultados cadastrados no Registro Brasileiro de Ensaios Clínico. Resultados: A versão final do vídeo é composta por 11 minutos e 25 segundos e aborda as recomendações para idosos em risco de fragilização e hábitos promotores da saúde. Foi verificada concordância superior a 90% em todos os itens avaliados pelos juízes e pelo públicoalvo. No ECR, os grupos mostraram-se homogêneos na linha de base quanto às variáveis sociodemográficas, econômicas e clínicas (p>0,05). Na comparação intergrupo, verificam-se efetividade clínica quanto a capacidade de autocuidado, autopercepção de saúde e prontidão para mudança de comportamento. Na análise intragrupo, o GI apresentou aumento da capacidade de autocuidado (p<0,001) e do senso de autoeficácia (p<0,001), melhoria da autopercepção de saúde (p=0,001) e evolução para fase de ação motivacional (p=0,001), com diferenças estatisticamente significativas. E o GC apresentou melhoria significativa apenas no senso de autoeficácia (p<0,001). Conclusão: A intervenção educativa e motivacional para promoção da saúde de idosos em risco de fragilidade apresentou eficácia clínica superior as orientações verbais de rotina, ocasionando diferença na capacidade de autocuidado, autopercepção de saúde, prontidão para mudança de comportamento e senso de autoeficácia.
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RAQUEL VILANOVA ARAÚJO
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O EFEITO DA MEDITAÇÃO NO NÍVEL DE DISTRESS E ANSIEDADE DE MULHERES COM NEOPLASIA MAMÁRIA: ESTUDO CLÍNICO RANDOMIZADO
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Orientador : INEZ SAMPAIO NERY
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Data: 27/10/2020
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A Meditação, é uma das Práticas Integrativas e Complementares - PICs que vem sendo usada na oncologia com a finalidade de ajudar no enfrentamento da doença e no gerenciamento das emoções como distress e ansiedade, comuns em pacientes oncológicos, em especial nas mulheres com câncer de mama que precisam lidar com sentimentos difíceis de serem administrados, como o estigma social, preconceito, vergonha e medo da morte. O objetivo do estudo foi avaliar o efeito da meditação no nível de distress e ansiedade de mulheres com neoplasia mamária. Trata-se de um estudo experimental, do tipo Ensaio Clínico Controlado Randomizado (ECR), com Grupo Intervenção (GI) - Meditação e o Grupo Controle (GC)-Atividades Educativas. O estudo foi desenvolvido seguindo as recomendações do Consolidated Standards of Reposting Trial (CONSORT) para Intervenções não-farmacológicas e realizado na Unidade de alta complexidade em oncologia (Unacon) do Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí entre fevereiro a dezembro de 2019, com 50 mulheres (GI=25 e GC=25) e seguimento de quatro semanas. O distress foi avaliado com Termômetro de distress e a ansiedade com a escala Hospitalar de ansiedade, no início e final do seguimento. A pressão arterial sistólica e diastólica, frequência cardíaca e oximetria de pulso, foram mensuradas ao início e termino de cada intervenção. Para avaliar a melhoria dos níveis de distress e ansiedade foi utilizado o teste t pareado e o teste de Wilcoxon. A avaliação dos desfechos, foi utilizado análise de covariância e regressão múltipla. Verificou-se homogeneidade nos grupos em relação as variáveis quantitativa “idade”, e as variáveis qualitativas “procedência, raça, estado civil, escolaridade, ocupação, renda familiar. A média de idade das participantes foi de 47 (40,8-56) anos. A maioria das participantes era branca Md 36(72%), com companheiro Md 27 (54,0%), alta escolaridade Md 38(76,0%), ocupação remunerada Md 32 (64,0%), renda mensal de até um (SM) Md 33 (66,0%), católicas Md 36 (72,0%), não praticavam atividade física,38 (76,0) 20 (80,0)(GI), estavam com sobrepeso 18 (72,0) (GC) 22 (44,0) 12 (48,0)(GI) e 10 (40,0) (GC), não realizaram cirurgia na mama 43 (86,0) 22(88,0) (GI) e 21(84,0) (GC). fizeram quimioterapia 48(96,0) 23(92,0) (GI) e 25(110) (GC), não tinham metástase 43(86,0) 21(84,0)(GI) e 22(88,0)(GC) e estavam em tratamento neoadjuvante 37(74,0) 18(72,0) (GI) e 19(76,0) (GC), (52%) tiveram estadiamento inicial do câncer de mama (IA e IIB) e (48%) estadiamento avançado (IIIA e IV). Verificou-se melhora estatisticamente significativa (p=0,002) do nível de Distress e ansiedade no (GI) pós-intervenção e dos sintomas relacionados. Verificouse significância estatística forte (P<0,001) na redução dos valores da (PAS), (PAD), (FC) e (SPO2) na última intervenção do (GI). No (GC). Observou-se efeito da Meditação Rajayoga na redução do nível de Distress e ansiedade de mulheres com câncer de mama durante o tratamento quimioterápico.
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PHELLYPE KAYYAÃ DA LUZ
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HISTÓRIA EM QUADRINHOS PARA ADOLESCENTES SOBRE SUPORTE BÁSICO DE VIDA: CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO
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Orientador : ELAINE MARIA LEITE RANGEL ANDRADE
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Data: 26/10/2020
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Introdução: A parada cardiorrespiratória extra hospitalar é a emegência mais grave e de pior prognóstico. Entretanto, o ensino e treinamento do suporte básico de vida para leigos, inclusive o adolescente, proporcionou a redução da mortalidade por este agravo. Ao buscar intervenções educacionais para aumentar o conhecimento de leigos sobre SBV, em especial o adolescente, surgiu o seguinte questionamento: uma história em quadrinhos sobre suporte básico de vida para adolescentes é válida, segundo juízes, quanto ao conteúdo educacional em saúde? Objetivo: Construir e validar uma História em Quadrinhos para adolescentes sobre suporte básico de vida. Método: Trata-se de estudo multimétodo realizado em duas etapas: préprodução e produção da história em quadrinhos. Na primeira, realizou-se revisão integrativa da literatura e identificação das necessidades de aprendizagem. Ne segunda etapa, por meio de estudo metodológico, foi construído e validado o conteúdo educacional do storyboard sob a égide dos pressupostos da Teoria da Aprendizagem com Significância e produzida a HQ. Para validação, 23 juízes julgaram a HQ mediante o Instrumento de Validação de Conteúdo Educacional em Saúde. Os juízes foram classificados pela plataforma lattes quanto aos critérios de expertise de Benner, Tanner e Chesla. Para validar o conteúdo da HQ, utilizou-se o Índice de Validade de Conteúdo e o teste binomial para verifica se a proporção de concordância foi, estatisticamente, igual ou superior ao ponto de corte estabelecido 0,80. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com o parecer de número: 3.697.960. Resultados: A revisão integrativa da literatura não identificou tecnologia do tipo história em quadrinhos para ensino do suporte básico de vida ao adolescente. No entanto, evidenciou quatro modalidades de tecnologias desenvolvidas quais sejam, cursos web/on-line, aplicativos, realidade virtual e o vídeo. O levantamento das necessidades de aprendizagem evidenciou a necessidade de aprendizagem (por parte do público-alvo) sobre conteúdos referentes aos três primeiros elos de atendimento a uma parada cardíaca extra hospitalar. Na parte introdutória da história, fez-se uma breve contextualização sobre os personagens da história. Na complicação e solução, estruturou-se o conteúdo educacional de modo a contemplar o reconhecimento de uma parada cardíaca/acionamento do serviço médico de emergência, reanimação cardiopulmonar imediata de alta qualidade e rápida desfibrilação (conteúdo este referente aos três primeiros elos de uma parada cardíaca extra-hospitalar). Na validação, dezessete (17) dos dezoito (18 itens) do instrumento de validação do conteúdo educacional em saúde receberam I-CVI máximo. O item que recebeu menor aprovação referia-se à adequação do material ao processo de ensino e aprendizado, ainda assim, este item obteve ICV-I de 0,95. Conclusão: A HQ é válida quanto ao conteúdo educacional para juízes em suporte básico de vida.
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RUTH CARDOSO ROCHA
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FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM E A SEGURANÇA DO PACIENTE
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Orientador : BENEVINA MARIA VILAR TEIXEIRA NUNES
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Data: 06/10/2020
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Introdução: Nas últimas décadas, as questões associadas à segurança do paciente tornaram-se um dos assuntos prioritários na área da saúde. Assim, é recomendado pela Organização Mundial de Saúde que as instituições de ensino priorizem o processo de formação dos envolvidos na assistência na perspectiva da promoção da segurança do paciente, especificamente, dos técnicos de enfermagem, por sua representatividade e importância para o cuidado seguro. Objetivo: Analisar a formação de técnicos de enfermagem para a segurança do paciente. Método: Abordagem multimétodos, conduzida em três etapas. A Etapa 1, composta pela análise documental balizada pelo projeto pedagógico, matriz curricular, ementários e planos de disciplinas dos cursos técnicos de enfermagem de uma instituição pública de ensino do Piauí. Foram denominados de Curso A, B e C. Na Etapa 2 correspondente ao estudo qualitativo, realizou-se entrevista semiestruturada com 24 docentes a fim de compreender como eles desenvolviam o ensino da segurança do paciente. Foi realizada análise temática na perspectiva de Minayo e a interpretação dos resultados à luz do Guia Curricular de Segurança do Paciente e dos conceitos do teórico Paulo Freire. Na Etapa 3 efetuou-se estudo quantitativo do tipo survey, com 84 discentes para identificação dos conteúdos relacionados à segurança do paciente na formação, utilizando-se instrumento validado. Para análise dos dados realizou-se estatística descritiva e analítica. A coleta de dados ocorreu entre junho de 2018 a dezembro de 2019, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí. Resultados: Na Etapa 1, os documentos foram analisados, constatando-se a inexistência do termo “segurança do paciente” nos projetos dos três cursos. A segurança do paciente não foi abordada de forma explícita, na amplitude e profundidade devidas, revelando um currículo fragmentado. Os itens “Prevenção e controle da infecção” e “Melhora na segurança da medicação” foram os mais identificados nos três cursos. Na Etapa 2, referente ao estudo qualitativo, emergiram três categorias: Compreensão dos docentes acerca do tema Segurança do Paciente na formação do técnico de enfermagem; Aplicação do tema Segurança do Paciente na formação do técnico de enfermagem; Projeções dos docentes quanto ao ensino da Segurança do Paciente na formação do técnico de enfermagem. Na Etapa 3, referente ao estudo quantitativo, dos 46 termos rastreadores, no Curso A 36(78,3%) foram identificados no contexto teórico prático e 10(21,7%) no teórico. No Curso B, 19 (41,3%) foram predominantes no ensino teórico prático, 26 (56,5%) no ensino teórico e 1(2,2%) desconhecido. No Curso C, 25 (54,3%) termos rastreadores foram identificados no ensino teórico prático, 20 (43,5%) no ensino teórico e 1(2,2%) desconhecido. O teste de Kruskal-Wallis mostrou que há efeito do local do curso realizado sobre o número de termos rastreadores no contexto teórico prático e teórico. Conclusão: A formação do discente técnico de enfermagem demonstrou não contemplar, integralmente, em seu processo ensino aprendizagem, questões de segurança do paciente. Portanto, esse aspecto configura-se ainda como um desafio para instituições de ensino de curso técnico em enfermagem que devem atentar-se a essa questão a fim de formar profissionais aptos a proporcionar uma assistência com segurança.
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ROGÉRIO DA CUNHA ALVES
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COLONIZAÇÃO BACTERIANA NO TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR DE CRIANÇAS ATENDIDAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
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Orientador : ANDREIA RODRIGUES MOURA DA COSTA VALLE
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Data: 25/09/2020
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Introdução: A microbiota humana é formada por um conjunto de microrganismos (bactérias, fungos e vírus) que vivem em interação com o hospedeiro sem que lhe cause danos à saúde. Nesse ecossistema diversificado, há várias interações do tipo microbiota-microbiota e microbiota-hospedeiro, as quais favorecem a homeostasia e o equilíbrio para manutenção da saúde humana. Uma alteração desse equilíbrio causa desde infecções locais (amigdalite) até complicações sistêmicas (choque bacteriológico). Objetivo: Determinar a colonização bacteriana no trato respiratório superior de crianças atendidas na estratégia saúde da família. Método: estudo observacional de corte transversal, no qual foram coletados 40 swabs de nasofaringe de crianças no dia da consulta médica ou de enfermagem numa Unidade Básica de Saúde da região norte de Teresina-PI. Resultados: verificou-se a presença maior de crianças do sexo masculino (55%); com uma prevalência maior de crianças entre 1 a 5 anos (57,5%); quanto à escolaridade, 70% das crianças que ainda não frequentava a escola. Foi observada uma prevalência de 17,5% de crianças colonizadas por Staphylococcus aureus e de 10% de colonização por Staphylococcus epidermidis. Metade das crianças que tiveram febre nos últimos 2 dias e 20% das que apresentavam coriza nasal ou congestão nasal ou tosse seca estavam com colonização da nasofaringe por Staphylococcus aureus. Em relação à idade das crianças que apresentaram colonização por Staphylococcus aureus, a prevalência em menores de 3 anos foi de 13,3% e em maiores de 3 anos foi de 30% (OR 2,78; IC 0,50 – 15,4). Quando a analise levou em consideração o sexo, houve uma maior prevalência no sexo feminino com 22,2% quando comparada ao sexo masculino com 13,6% (OR 1,81; IC 0,34 – 9,40); a prevalência em crianças asmáticas foi de 50% (OR 0,18; IC 0,01 – 3,42). Evidenciou-se que o não uso de antimicrobianos apresentou uma associação de risco para a presença de S. aureus na nasofaringe das crianças participantes do estudo (OR 1,23; IC 1,05 – 1,44). Porém, em um universo de 40 crianças, apenas duas destas foi evidenciado a presença de doenças crônicas. Por fim, Todos os Staphylococcus aureus coletados na região nasofaringe das crianças atendidas apresentaram resistência à ampicilina e à penicilina G; 28,5% dos Staphylococcus aureus apresentaram resistência à clindimicina, eritromicina e ao trimetoprim / sufametoxazol. todos os S. aureus presentes nos swabs nasofaríngeos foram resistentes a ampicilina e a penicilina G. Conclusão: Houve uma alta taxa de resistência microbiana aos antibióticos de primeira escolha no tratamento das infecções estafilocócica de vias aéreas superiores no ambiente comunitário. Embora no estudo o uso prévio de antibiótico tenha evidenciado uma associação com a não colonização de S. aureus na nasofaringe de crianças, há um uso irracional de antimicrobianos no ambiente comunitário, principalmente por automedicação.
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ANOUCHEKA JULIEN
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ANÁLISE DAS EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS SOBRE HEPATITE B NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
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Orientador : ROSILANE DE LIMA BRITO MAGALHAES
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Data: 23/09/2020
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Objetivo: Analisar a produção científica internacional sobre hepatite B na atenção primária. Método: Trata-se de uma pesquisa bibliométrica, realizada na ISI Web of Knowledge/Web of Sciencetm, no recorte temporal entre os anos 1992 e 2020, utilizando-se os descritores: " Hepatitis B;Knowledge;Health Personnel; Primary Health Care", efetuada a partir da exportação destes dados para o software de análise bibliométrica HistCiteTM. Resultados: Foram identificados 1808 registros de publicações, em 705 periódicos distintos, escritos por 9617 autores que possuem vínculos com 3085 instituições, localizados em 128 países. Ao longo dos anos o número de publicações manteve-se ascendente, com leves oscilações em alguns períodos. A partir do ano de 2010, percebe-se um crescimento constante nas pesquisa, atingindo um pico em 2018, com 170 publicações, e em seguida apresentou perfil descendente em relação a quantidade de publicações por ano, com maior número de citações em revistas específicas. Conclusão: Foram identificados dois picos de publicações registradas na Web of Science sobre hepatite B, o primeiro em 2010 com 65 publicações e o segundo em 2018 com 170 publicações. Conclusão: Há necessidade de construção de redes de conhecimento mais fortalecidas na área, que possibilitem mais estudos capazes de contribuir para melhorar o enfrentamento da hepatite B na atenção primária no mundo.
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BRENDA KELLY DA SILVA MONTE
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COMPARAÇÃO DA REALIZAÇÃO DO CURATIVO COM BOTA DE UNNA POR ALUNOS QUE PARTICIPARAM DE SIMULAÇÃO CLÍNICA E AULA EXPOSITIVA
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Orientador : GRAZIELLE ROBERTA FREITAS DA SILVA
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Data: 17/09/2020
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O processo formativo em enfermagem tem encontrado nos princípios das boas práticas de enfermagem o embasamento para direcionar sua atuação. A preocupação cada vez mais crescente com a redução nas falhas e eventos adversos evitáveis exige dos profissionais competências que favoreçam a eficácia de procedimentos técnicos. Exemplo de metodologia de ensino ativa baseada em competências é a Simulação Clínica, que configura uma técnica de ensino que antecipa situações reais para um cenário controlado. É frequente acontecer de profissionais de enfermagem recém-formados chegarem à assistência sem ter tido contato com procedimentos básicos, como é o caso de alguns curativos de feridas complexas, a exemplo, as úlceras vasculogênicas, o que se torna um risco à segurança do paciente, vista a complexidade dessas lesões. Dessa forma, o objetivo do estudo é comparar o uso da simulação clínica com a aula expositiva como estratégias de ensino aprendizagem da prática do curativo de úlcera venosa com Bota de Unna. Trata-se de um estudo quase experimental com delineamento interparticipantes antes e depois realizado de março a dezembro de 2019 em um Laboratório de Simulação de Práticas Clínicas em Enfermagem e Saúde localizado em uma Universidade Pública no Nordeste do Brasil. A amostra foi composta por 22 estudantes do quarto período de graduação em enfermagem. A coleta de dados ocorreu mediante a observação dos curativos realizados pelos estudantes. Estes foram submetidos a aula teórica e demonstrativa de úlceras venosas e aplicação de Bota de Unna. O Grupo Experimental participou ainda de Simulação Clínica. Foi realizada a comparação dos dois grupos em dois momentos: O Grupo Controle avaliado após a aula teórica e 30 dias após e o Grupo Experimental após aula teórica e após simulação clínica. Foi utilizado para verificar a realização do curativo o check list Índice de Positividade na realização do curativo dividido em etapas: Preparação, Execução e Organização. Foi utilizada a Escala do design da simulação para verificar a percepção do Grupo Experimental sobre a simulação. A escala do tipo Likert é dividida em duas subescalas: a primeira sobre o design da simulação e a segunda sobre a importância do item para o participante. As subescalas apontam cinco fatores que avaliam: 1) Os objetivos e informações; 2) O apoio; 3) A resolução de problemas; 4) O feedback e reflexão; 5) O realismo. Os dados foram transcritos utilizando o aplicativo Microsoft Excel e exportados e analisados no software estatístico livre R, versão 3.2.0. Realizou-se análise descritiva e ainda foram aplicados os testes t de student, ANOVA e Teste de Tukey para a análise estatística inferencial, considerando intervalo de confiança de 95% e nível de significância de 5%. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí sob CAAE 03745418.5.0000.5214. Comparando os momentos pré e pós, o grupo experimental obteve maiores médias na positividade de realização do procedimento nas fases de preparo e execução do curativo, sendo essa diferença estatisticamente significativa na fase de execução (p=0,044). Em relação ao momento pós-intervenção, em todos os domínios pode-se observar que o grupo experimental obteve maiores médias na positividade de realização do procedimento com diferenças significativas. Houve redução do tempo global de realização do curativo nos dois grupos, sendo estatisticamente significante no grupo experimental (p).Verificou-se que as dimensões de feedback/reflexão e realismo apresentaram maior nível de concordância que na dimensão de apoio em relação ao design da simulação.
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ANA RAQUEL BATISTA DE CARVALHO
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COLONIZAÇÃO NASOFARÍNGEA POR STAPHYLOCOCCUS AUREUS EM ESTUDANTES DA ÁREA DA SAÚDE
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Orientador : MARIA ELIETE BATISTA MOURA
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Data: 15/09/2020
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INTRODUÇÃO: O Staphylococcus aureus é um microrganismo gram positivo, considerado o principal agente etiológico de infecções nosocomiais e comunitárias, dada a sua presença mesmo em indivíduos saudáveis e não hospitalizados, como estudantes universitários. Os estudantes da área de saúde desenvolvem importante papel na epidemiologia e patogênese da infecção por S. aureus, pois podem estar expostos a pacientes e outros profissionais de saúde durante a sua rotação clínica. Dessa forma, esses alunos podem agir como fonte de disseminação tanto na comunidade quanto no ambiente hospitalar e ainda no carreamento das bactérias de um desses ambientes para o outro. OBJETIVO: Investigar a colonização por de Staphylococcus aureus na nasofaringea em estudantes da área da saúde.. MATERIAL E MÉTODO: Realizou-se uma análise das evidências disponíveis na literatura sobre a prevalência da colonização por Staphylococcus aureus entre estudantes da área da saúde e em seguida a análise da ocorrência de cepas de Staphylococcus aureus, entre estudantes da graduação em Medicina e Odontologia. Para a revisão bibliométrica, A busca dos estudos primários foi realizada nas bases de informação: Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem on-line, Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature, Web of Science, Scopus e Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde. Os descritores utilizados foram aplicados de acordo com particularidades de cada base de dados e obtidos por consulta nos Descritores de Ciências em Saúde e Medical Subject Headings. A análise laboratorial/experimental tratou-se de estudo transversal de prevalência, realizado com 164 estudantes de odontologia e 229 estudantes de medicina. As amostras biológicas da cavidade nasal foram coletadas em 2019, utilizando-se swabs estéreis, posteriormente submetidos a testes confirmatórios de Gram, de catalase e coagulase. Os Staphylococcus aureus isolados tiveram seus perfis de sensibilidade determinados por meio da técnica de difusão de disco. RESULTADOS: A revisão foi composta por 30 estudos. Na análise das amostras as pesquisas encontraram prevalências variando de 0,0% a 15,3% de infecção nos estudantes. Os Staphylococcus aureus isolados tiveram seu perfil de sensibilidade determinados por meio da técnica de difusão de disco. Para o curso de odontologia, a prevalência de S. aureus foi de 24,6%. Com relação ao perfil de resistência, 42,5% das cepas de S. aureus foram consideradas para a Penicilina. Observou-se multirresistência em 42,5% dos estudantes colonizados pelo S. aureus. Para a graduação em medicina, 18,3% dos estudantes estavam colonizados com S.aureus. Todos os isolados de S.aureus foram analisados quanto ao teste de resistência antimicrobiana. CONCLUSÃO: A prevalência de colonização de MRSA em estudantes da área da saúde apontada na revisão integrativa variou de 0,0 a 15, 3%. Na fase experimental, maiores taxas de transporte nasal de MRSA foram determinadas para estudantes do sexo feminino, de períodos intermediários, que relataram uso de antibiótico no período da entrevista e com carga horária nos serviços de saúde maior que 40 horas.
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GUILHERME GUARINO DE MOURA SÁ
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EFETIVIDADE DE VÍDEO EDUCATIVO E ORIENTAÇÕES VERBAIS DE ENFERMAGEM NA PERCEPÇÃO DE IDOSOS SOBRE OS RISCOS DE QUEDA: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO
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Orientador : ANA MARIA RIBEIRO DOS SANTOS
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Data: 21/08/2020
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Introdução: As quedas constituem importante causa de morbimortalidade em idosos, cuja prevenção perpassa pelo protagonismo de perceber a exposição aos riscos de cair. Nesse cenário, as orientações verbais de enfermagem e tecnologias educacionais, como o vídeo, possibilitam multiplicação de informações e podem contribuir em intervenções educativas sobre riscos de queda. Objetivo: Avaliar a efetividade do uso de vídeo educativo e de orientações verbais de enfermagem na percepção de idosos sobre os riscos de queda. Método: Estudo multimétodos, composto por pesquisa metodológica e Ensaio Clínico Randomizado (ECR) realizados na área de abrangência da Atenção Primária à Saúde de Bom Jesus, Piauí, Brasil. No estudo metodológico, ocorreu construção e validação de vídeo educativo para idosos sobre riscos de queda, a partir das fases de pré-produção, produção e pós-produção. A validação ocorreu por meio da avaliação de 22 juízes e 22 idosos. Os dados foram analisados pelo Índice de Validação de Conteúdo (IVC) e teste binomial. O ECR teve amostra de 138 idosos, alocados de forma randômica, com taxa de 1:1, em Grupo Intervenção (GI) (n=69), que assistiu ao vídeo educativo, e Grupo Controle (GC) (n=69), que recebeu orientações verbais de enfermagem. A coleta de dados ocorreu em dois momentos: 1º – pré-teste e aplicação das intervenções; 2º – pós-teste (após 30 dias). Para caracterização dos idosos utilizouse estatística descritiva. A homogeneidade entre os grupos foi verificada pelos testes t de Student para amostras independentes, U de Mann-Whitney, Qui-quadrado para proporção e exato de Fischer. Para comparar a percepção dos riscos de queda, intragrupo, utilizaram-se os testes t de Student para amostras dependentes e McNemar. Na comparação intergrupo empregaram-se os testes t de Student para amostras independentes, Qui-quadrado para proporção e exato de Fisher. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí (parecer nº 3.334.943) e cadastrado no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (RBR-8nfggd). Resultados: O vídeo foi construído a partir dos princípios da Teoria Cognitiva da Aprendizagem Multimídia, composto por animação digital e narração em áudio, possuiu dez minutos e cinco segundos e contemplou riscos biológicos, socioeconômicos, comportamentais e ambientais para quedas e cuidados para evitá-los. Os itens avaliados obtiveram IVC superior a 0,8, de forma que o vídeo foi considerado válido. No ECR, os grupos mostraram-se homogêneos na linha de base (p>0,05). Na análise intragrupo, os dois grupos tiveram aumento da percepção dos riscos de queda, entre o pré e pós-teste, com diferenças estatisticamente significativas (GI=0,001; GC<0,001). Na análise intergrupo, mostraram-se com médias semelhantes no pré-teste (p=0,559), enquanto no pós-teste a média do GC foi estatisticamente superior à do GI (p=0,013). Conclusão: Conclui-se que o uso do vídeo educativo e orientações verbais de enfermagem promoveram aumento da percepção de idosos sobre riscos de queda. No entanto, a orientação verbal foi a estratégia educativa mais efetiva para elevar a percepção dos idosos.
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ANA KARINE DA COSTA MONTEIRO
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DESENVOLVIMENTO, VALIDAÇÃO E AVALIAÇÃO DE INTERVENÇÃO EM AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM PARA PESSOAS COM COLOSTOMIA E CUIDADORES
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Orientador : ELAINE MARIA LEITE RANGEL ANDRADE
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Data: 22/06/2020
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Introdução: O Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) é uma das tecnologias cada vez mais frequentes no ensino, na pesquisa e assistência de enfermagem, além do ensino de pacientes, podendo envolvê-los nos próprios cuidados hospitalares, diminuir readmissões, melhorar a qualidade de vida e promover autocuidado. Isto pode ser importante para pessoas com colostomia, uma vez que experienciam complexidade de mudanças com o processo de estomização, e cuidadores que enfrentam modificações advindas da prestação do cuidado. No Brasil, até o momento, não há estudos sobre intervenção em AVA para pessoas com colostomia e cuidadores, portanto, pesquisas desta natureza são necessárias. Objetivo: Desenvolver, validar e avaliar intervenção em Ambiente Virtual de Aprendizagem para pessoas com colostomia e cuidadores. Método: Estudo realizado em três fases: revisão sistemática da literatura, estudo metodológico para o desenvolvimento e validação do AVA e descritivo e transversal para avaliação do AVA pelas pessoas com colostomia e cuidadores. A revisão sistemática da literatura foi cadastrada no International Prospective Register of Systematic Reviews. O desenvolvimento do AVA seguiu as etapas adaptadas de Chee et al., (2014), validado quantos aos aspectos pedagógicos por peritos em Enfermagem, por meio do instrumento Learning Object Revew Instrument; e por peritos em Informática, quanto à usabilidade, por meio do Guia para Análise do Design de Interface. A avaliação do AVA ocorreu de setembro de 2019 a fevereiro de 2020 e incluíram todas as pessoas com colostomia residentes em Teresina e cadastradas no Centro Ambulatorial do Piauí, que avaliaram a usabilidade do AVA, por meio da Escala de Usabilidade do Sistema (SUS) e do questionário previamente validado e adaptado. Na fase 2, procederam-se a estatísticas, cuja concordância dos peritos foi definida por meio do Percentual de Concordância (PC) e do teste binomial. Na fase 3, realizaram-se estatísticas descritivas, quantitativas e medidas de variância. Na análise univariada, aplicaram-se o teste Qui-quadrado, teste Exato de Fisher ou Correlação de Spearman; e na análise multivariada, adotou-se a regressão logística múltipla. Resultados: Após revisão sistemática, desenvolveu-se o Colostomia virtual, constituído por cinco módulos e vídeos, fóruns, quiz, podcast e o box “Saiba Mais”. O AVA foi validado por 21 peritos de Enfermagem e cinco de Informática, sendo a média total do PC de 93,5% e 90, 7%, respectivamente. As recomendações dos peritos foram atendidas quase em totalidade. A avaliação do AVA foi constituída por 52 participantes, sendo 20 pessoas com colostomia e 32 cuidadores. Todos os participantes tinham acesso à internet e 85,0% das pessoas com colostomia e 84,4% dos cuidadores acessaram pelo celular. A média de escore da Escala SUS foi 69,8. Os participantes avaliaram o Colostomia Virtual como excelente (65,4%), linguagem considerada compreensível (53,8%), visual adequado (51,9%), útil (84,6) e navegação nem fácil e nem difícil pelas pessoas com colostomia (35%) e fácil para os cuidadores (37,5%). Conclusão: O Colostomia Virtual foi validado e avaliado positivamente pelos participantes, considerado recurso confiável para suporte e fornecimento de de orientações às pessoas com colostomia e cuidadores.
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PAULA LIMA DA SILVA
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FATORES ASSOCIADOS À PERDA DO SEGUIMENTO DE GESTANTES EXPOSTAS À SÍFILIS
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Orientador : ROSILANE DE LIMA BRITO MAGALHAES
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Data: 14/05/2020
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Estima-se a ocorrência de mais de um milhão de casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) por dia, mundialmente. Em relação a sífilis, trata-se de um grave problema de saúde pública, considerando prevalências elevadas e de difícil controle e persistência em diversas populações. O estudo teve como objetivo analisar os fatores associados à perda do seguimento clínico em gestantes expostas à sífilis. Pesquisa analítica, abordagem quantitativa realizada no município de Teresina – PI, no período de maio a dezembro de 2019, com 73 gestantes com diagnóstico de sífilis. Foi utilizado um formulário, validado quanto a face e conteúdo, com variáveis sociodemográficas, comportamento sexual, características clínicas, adesão ao tratamento da gestante e parceria sexual. Primeiramente foi realizado um levantamento e seleção das Unidades Básicas de Saúde; aplicabilidade do instrumento de coleta de dados em relação as variáveis de interesse e o desfecho da gestação, até 42 dias pós-parto. Os dados foram processados pelo programa SPSS, versão 25.0. Foram utilizados os testes exato de Fisher e teste de qui-quadrado de Pearson para testar associação entre a perda de seguimento com as variáveis relativas a características sociodemográficas, comportamentais, clínicas e sífilis na gestação. O nível de significância estabelecido foi de 0,05 e nível de confiança de 95% em todos os testes. As variáveis que obtiveram valor de p menor que 0,05 nos testes bivariados foram utilizadas no modelo de regressão logística múltiplo, para obtenção da força, Odds Ratio (OR) para explicar a perda de seguimento. Do total de 73 gestantes com diagnóstico de sífilis, a idade média foi de 27 anos e desvio padrão de 6,3 anos. A perda de seguimento ocorreu em 48(65,7%) participantes. Desse total 22(45,8%) tinham de 21 a 30 anos, 43(58,9%) menos de 12 anos de estudo, 69(94,5%) se autodeclaram de cor não branca com perda de seguimento de 44(91,7%), renda percapta foi menos de um salário mínimo em 61(93,9%) das participantes com perda de seguimento em 39(95,1%) e 56(76,7%) sem trabalho remunerado (valor de p = 0,248). A perda do seguimento apresentou associação significativa com as variáveis ter companheiro afetivo (p=0,012), diagnóstico feito no primeiro trimestre de gestação (p=0,041), inicio do tratamento no momento do diagnóstico (p=0,023) e pré-natal realizado por dois profissionais, médico(a) e enfermeiro(a) (p=0,039). Desse modo, o estudo mostrou baixa prevalência da sífilis em gestantes adultas jovens e empobrecidas com elevado desfecho desfavorável. A análise dos fatores associados a perda do seguimento em gestantes identificou que ter um companheiro afetivo, iniciar o tratamento no momento do diagnóstico e no primeiro trimestre tem significância estatística em relação a redução da perda do seguimento. Recomenda-se o planejamento de estratégias para alcance do manejo da sífilis de qualidade, capacitação profissional contínua, com foco na melhoria do tratamento do parceiro, rastreamento de casos de sífilis gestacional ainda no primeiro trimestre e possibilidades de discussão da temática com profissionais da área da saúde para com vista a eliminação da transmissão vertical.
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MÁRCIA DAIANE FERREIRA DA SILVA
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REDUÇÃO DO ESTRESSE LABORAL EM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM
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Orientador : MARCIA TELES DE OLIVEIRA GOUVEIA
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Data: 08/05/2020
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Introdução: O estresse ocupacional coloca em risco a saúde dos profissionais e tem como consequência o baixo desempenho, alta rotatividade, absenteísmo e violência no local de trabalho. Intervenções foram desenvolvidas com a finalidade de reduzir os sintomas de depressão, ansiedade e estresse para melhorar o bem-estar geral. E apesar da literatura mostrar resultados significativos na diminuição do estresse, ainda há poucos estudos que analisem a eficácia da intervenção a longo prazo. Objetivo: analisar os níveis de estresse entre profissionais na enfermagem no ambiente de trabalho. Método: Trata-se de um estudo transversal, observacional, analítico. População foi composta por Enfermeiros e técnicos de enfermagem de um hospital universitário. A amostra final foi composta por 30 profissionais de enfermagem, na qual 15 profissionais compuseram o grupo da intervenção (GI) e 15 foram selecionados por amostragem aleatória simples para compor o grupo controle (GC). Os participantes foram informados dos procedimentos do estudo e realizaram leitura e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Na coleta de dados foram aplicados: formulário de caracterização do perfil sociodemográfico e laboral e a Escala de Estresse no Trabalho (EET). A intervenção consistiu em um programa, com foco no trabalhador, estruturado em quatro sessões, com periodicidade quinzenal e duração de dois meses. As informações coletadas para o estudo foram digitadas por dupla entrada em planilhas Excel e posteriormente processamento pelo Statistical Package for the Social Sciences (SPSS - versão 20.0). Foi aplicado o teste de Shapiro-Wilk para teste de normalidade das variáveis numéricas. No tocante as comparações entre os grupos foram utilizados o teste t de Student para amostras independentes para os dados paramétricos e o teste U de Mann-Whitney para dos dados não paramétricos. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Piauí com o número do parecer: 3.189.631. Resultados: A amostra dos grupos foi composta 20 enfermeiros e 10 técnicos de enfermagem, predominantemente mulheres, com a média de 35,06±5,71U.A. (grupo controle) e 37,1±5,2U.A. (grupo intervenção). Quanto ao número de vínculos no grupo controle 67,7% possuíam dois empregos bem como 86,7% do grupo intervenção. Por meio do teste U de Mann-Whitney pode-se comparar o nível de estresse entre os grupos, no qual observou-se diferença estatística do nível de estresse entre o grupo controle (3,34±0,71 U.A.); grupo intervenção (2,52 ±0,59 U.A.), p=0,002, sugerindo que a intervenção contribuiu para a redução dos níveis de estresse no ambiente de trabalho. Conclusão: Comparando o nível de estresse geral entres os grupos controle e intervenção constata-se que a intervenção diminuiu significativamente o nível de estresse nos profissionais, foi possível ainda identificar os estressores dos profissionais por meio da Escala de Estresse em Profissionais.
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NICOLE MARIA BRANDIM DE MESQUITA ALENCAR
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CARGA DE TRABALHO E ESTRESSE OCUPACIONAL EM DOCENTES DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA
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Orientador : MARCIA ASTRES FERNANDES
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Data: 08/05/2020
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Introdução: As novas tecnologias e os avanços na área da informação trouxeram para o ambiente de trabalho, transformações, incluindo a atividade educacional e o trabalho docente. Tais transformações afirmam a necessidade de atualização e modernização do ensino, uma vez que a excessiva carga de trabalho e inúmeras atividades pode desencadear a exaustão física e mental do trabalhador. Com isso, o problema de pesquisa consiste em: Qual a prevalência do estresse ocupacional e sua relação com a carga de trabalho em docentes de pós-graduação stricto sensu de uma universidade pública? Objetivo: Analisar a carga de trabalho e a ocorrência de estresse ocupacional em docentes de pós-graduação stricto sensu de uma universidade pública. Método: Trata-se de um estudo com delineamento analítico e transversal, desenvolvido com 90 docentes de pós-graduação stricto sensu de uma Universidade Pública do estado do Piauí. A coleta de dados ocorreu entre os meses de fevereiro a outubro de 2019, por meio da aplicação de um questionário próprio elaborado pela pesquisadora e dois instrumentos: Questionário da Carga de Trabalho Docente de Nível Superior (CATRA - DNS) e Escala de Estresse no Trabalho (EET). Para a análise dados, utilizou-se o programa Statistical Package for the Social Sciences – SPSS, versão 22.0. Foram realizadas estatísticas descritivas, tais como medidas de tendência central e medidas de dispersão. O teste de Kolmogorov-Smirnov, o teste não paramétrico de Mann-Whitney, o teste de Kruskal-Wallis e o coeficiente de correlação de Spearman foram utilizados neste estudo. Para verificar a associação entre as variáveis bivariadas qualitativas, utilizou-se o teste qui quadrado (x²) e exato de Fischer. Resultados: Os dados revelam que a amostra foi constituída majoritariamente pelo sexo masculino com 55,6%, destacando-se a prevalência de adultos de meia idade, entre 40 e 60 anos. Declararam-se casados ou em união estável 67,8% dos participantes e 62,2% relataram possuir filhos com faixa etária média de 2 anos. Quanto ao tempo de formação expresso em anos houve uma média de 18,7 anos. 65,6% dos participantes relataram um tempo atuação ≥ 5 anos na pós-graduação. A maioria dos entrevistados 94,4% trabalha no regime de dedicação exclusiva (DE) 40 horas e 91,1% não possuem outra atividade remunerada. A renda mensal esteve na média de treze salários mínimos. A maioria dos docentes, 75,6%, atuou em cargos administrativos nos últimos cinco anos. Quanto às condições de saúde autorreferidas, 72,2% dos docentes relataram praticar atividade física; 77,8% realizam exames de saúde periodicamente e 20,0% tem se automedicado para superar condições adversas no trabalho. Quanto à carga de trabalho, 87,7% da amostra estudada obtiveram uma classificação de moderada a alta. Quanto ao estresse, 25,6% dos docentes apresentaram nível de estresse considerado. As variáveis sexo e atuação em cargos administrativos nos últimos 5 anos associaram-se significativamente à classificação do nível da carga de trabalho docente, (p=0,044 e p<0,001, respectivamente). Evidenciou-se que o risco de apresentar um nível de carga de trabalho docente moderado é 4,295 maior no sexo masculino e que o risco de apresentar uma carga de trabalho docente considerada alta é 1,985 maior no sexo masculino. Conclusão: Há presença de níveis significativos de carga de trabalho no corpo docente, porém não associada ao estresse ocupacional na amostra estudada.
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BRUNA SABRINA DE ALMEIDA SOUSA
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HISTÓRIA DE VIDA DE DOCENTES DO CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM
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Orientador : BENEVINA MARIA VILAR TEIXEIRA NUNES
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Data: 06/05/2020
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Introdução: O docente de curso técnico de enfermagem, como mediador do processo de construção do aprendizado, tem o compromisso para com os discentes de fomentar conhecimentos teóricos, habilidades técnicas. Sabe-se que que a trajetória de cada indivíduo como sujeito social é construída a partir de vivências, fases, sentimentos distintos, crenças e valores. À vista disso, é importante refletir sobre a história de vida desses docentes do curso técnico de enfermagem, para compreender a complexidade do seu papel de educador, os obstáculos rotineiros e a trajetória profissional. Objetivos: Descrever, analisar e discutir a história de vida de docentes do curso técnico de enfermagem. Método: Trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho sócio-histórico, utilizando-se da História Oral de Vida como referencial teórico. Realizou-se entrevistas com nove enfermeiros docentes do curso técnico em enfermagem de um de um colégio técnico vinculado a uma universidade federal que se localiza na capital de um estado da região nordeste do Brasil. Para a produção dos dados procedeu-se com as fases de transcrição, textualização e transcriação; em seguida, os dados foram analisados à luz da “Coletânea de Narrativas” proposta por Paul Thompson. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, sob Parecer nº 2.927.504. Resultados: A memória está associada a momentos e impressões pessoais, então se acredita que cada história relatada possui lembranças, concepções e sentimentos distintos. Emergiram quatro categorias temáticas a partir dos relatos dos participantes: A formação do enfermeiro professor, Atuação profissional, Docência: a aptidão do enfermeiro para educar, e Relação entre professor, aluno e ensino em um contexto social. Ao relembrar e relatar suas histórias de vida, os docentes tiveram a oportunidade de repensar sobre suas experiências, opiniões, formação e sua prática pedagógica, pois suas vivências pessoais e profissionais desencadearam uma reflexão perante o campo de atuação no qual estão inseridos. Considerações finais: Os docentes são preparados, possuem pós-graduações, experiência na área do ensino e alguns deles começaram a lecionar no ensino técnico ainda durante a graduação. A escolha pela docência surgiu por vocação e por inspiração em outros professores. No entanto, a falta de reconhecimento, de valorização e a sobrecarga de trabalho do setor assistencial também estimularam a busca pelo magistério. os docentes se deparam com o desinteresse e resistência dos alunos, situação que lhes causa desânimo e dificulta o processo de ensino-aprendizagem. O maior obstáculo encontrado se refere às dificuldades sociais dos alunos, porém os professores tem um olhar holístico e buscam compreendê-los e apoiá-los tanto com recursos físicos disponíveis na escola, quanto com apoio emocional e dedicação.
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AUGUSTO CEZAR ANTUNES DE ARAUJO FILHO
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AVALIAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE OFERTADA A CRIANÇAS MENORES DE UM ANO DO MUNICÍPIO DE TERESINA-PI
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Orientador : SILVANA SANTIAGO DA ROCHA
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Data: 22/04/2020
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Atenção Primária à Saúde apresenta impactos positivos nos indicadores e na saúde da população, configurando-se como importante aliada para a saúde da criança, pois propicia melhorias na redução da morbimortalidade infantil. Neste sentido, considera-se fundamental sua avaliação a fim de buscar elucidar pontos que ainda necessitam de melhorias. Objetivou-se avaliar a Atenção Primária à Saúde ofertada a crianças menores de um ano no município de Teresina-PI, por meio da aplicação do instrumento Primary Care Assessment Tool (PCATool), versão criança, aos cuidadores de crianças menores de um ano. Trata-se de estudo avaliativo, descritivo, de delineamento transversal e abordagem quantitativa. Foi realizado nas Unidades Básicas de Saúde da zona urbana de Teresina-PI. A amostra foi composta por 383 cuidadores de crianças menores de um ano. Foram aplicados dois instrumentos: o formulário com dados sociodemográficos dos cuidadores e com dados sociodemográficos e de saúde das crianças; e Primary Care Assessment Tool, versão criança. A coleta de dados ocorreu no período entre os meses de dezembro de 2018 e abril de 2019, através de entrevista, por meio da aplicação dos instrumentos supracitados. Realizou-se a análise descritiva, e a força de associação entre as variáveis foi analisada através dos testes de Kruskal-Wallis com post-hoc de Dunn, para comparação das medianas, o teste qui-quadrado de Pearson ou Exato de Fisher, e na análise multivariada foi utilizada a regressão de Poisson com variância robusta dos erros-padrão. Este estudo foi aprovado pela Comissão de Ética da Fundação Municipal de Saúde e pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, sob parecer nº. 3.000.761. As mães constituem a maioria dos cuidadores (93,2%), as quais viviam com companheiros (79,4%). A maior parte dos cuidadores possuía idade entre 25 e 40 anos (54,6%), ensino médio como grau de escolaridade (62,9%), de raça parda (67,1%), exercia atividades domésticas (63,4%) e tinha renda familiar de até um salário mínimo (62,1%). Predominaram crianças do sexo feminino (50,4%), da faixa etária entre zero e três meses (39,4%) e de raça parda (62,4%), que nasceram com normopeso (80,7%) e a termo (68,1%). Quanto aos aspectos de saúde das crianças, 95,8% haviam sido amamentadas, 87,2% estavam com a situação vacinal atualizada e 89,3% não haviam sido hospitalizadas. A maioria das mães, 97,7%, realizaram pré-natal, das quais 76,5% compareceram a mais de seis consultas. A avaliação da Atenção Primária à Saúde de crianças menores de um ano de Teresina-PI evidenciou altos escores médios essencial e geral. Entretanto, embora na cidade de Teresina-PI exista cobertura de 100% da ESF, torna-se importante destacar que o componente acessibilidade, do atributo acesso de primeiro contato, e o componente serviços prestados, do atributo integralidade, bem como os atributos derivados, orientação familiar e orientação comunitária, receberam escores médios abaixo do ponte de corte.
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NALMA ALEXANDRA ROCHA DE CARVALHO
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TECNOLOGIA EDUCATIVA DO TIPO CARTILHA PARA AUTOEFICÁCIA MATERNA NO CUIDADO DO RECÉM-NASCIDO PREMATURO: ELABORAÇÃO E VALIDAÇÃO
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Orientador : SILVANA SANTIAGO DA ROCHA
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Data: 06/03/2020
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Introdução: Ao se considerar as taxas atuais de morbimortalidade de prematuros, especialmente aqueles de muito baixo peso, torna-se prudente desenvolver ações que envolvam o apoio, a orientação e a instrumentalização dos pais ou acompanhantes para os cuidados cotidianos com o prematuro no ambiente domiciliar. Essas ações deverão acontecer desde a admissão na UTI e serem reforçadas durante toda internação hospitalar, levando em consideração as individualidades e capacidade de compreensão de cada família, a fim de fortalecer o enfrentamento na alta hospitalar. Objetivo: Validar uma tecnologia educativa do tipo cartilha construída para a promoção da autoeficácia materna no cuidado do recém-nascido prematuro pós-alta hospitalar no contexto piauiense. Método: Estudo com desenvolvimento metodológico, no qual foi elaborado e validado uma tecnologia educativa do tipo cartilha destinada às mães de prematuro no cuidado de seus filhos no domicílio. O processo de construção e validação da cartilha obedeceu às seguintes fases: 1) elaboração do projeto de desenvolvimento e submissão ao Comitê de Ética e Pesquisa (CEP); 2) levantamento bibliográfico; 3) diagnóstico situacional (Brainstorming); 4) elaboração do material educativo e 5) qualificação ou validação do material por especialistas no assunto. Essa tecnologia foi validada por 12 juízes de conteúdo, sendo cinco docentes e sete assistenciais. Para validação do material foi utilizado um instrumento que avaliou cada página da cartilha individualmente quanto a clareza da linguagem, pertinência prática e relevância teórica, além disso foi utilizado o instrumento Suitability Assesment of Materials (SAM). Este estudo teve aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa, com parecer nº. 2.883.281. Resultados: A cartilha, intitulada: “O que você precisa saber sobre o cuidado do prematuro em casa” foi elaborada utilizando-se linguagem simples e direta, com ilustrações que retratavam a realidade da população e layout que pudesse favorecer na compreensão das informações contidas no material, sendo dividida em seis tópicos (1. Higiene; 2. Alimentação; 3. Crescimento e desenvolvimento; 4. Cuidados diários; 5. Cuidados especiais/intercorrências e 6. Consultas e vacinas). Após a construção, a cartilha foi validada por 12 especialistas no assunto, intitulados juízes de conteúdo, que validaram o material utilizando dois instrumentos. Na análise da consistência interna do primeiro instrumento todos os itens foram avaliados significativamente, com Alfa de Cronbach: 0,980. Já na análise da consistência interna do instrumento de Validação SAM, com base em itens padronizados, obteve coeficiente de alpha de Cronbach alto: 0,819. No SAM ainda foi calculado a análise percentual dos escores (dividindo a pontuação total das respostas do SAM pela pontuação total possível para esse material). A pontuação média para a cartilha foi de 65,54%, esses achados evidenciaram que o material educacional final foi classificado como “adequado", de acordo com a classificação do instrumento. Conclusão: Foi elaborada uma tecnologia educativa do tipo cartilha baseada em revisão de literatura integrativa e diagnóstico situacional com o público alvo. Ela foi considerada válida por juízes docentes e assistenciais em ambos os instrumentos utilizados. De acordo com análise, essa cartilha tem resultados consistentes para a autoeficácia materna no cuidado do recém-nascido prematuro. Acredita-se que essa tecnologia pode ser usada como instrumento educativo para mães de prematuro no cuidado domiciliar, minimizando reinternações e consequentemente os índices de mortalidade nesse público.
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LAYNARA MARIA DAS GRAÇAS ALVES LOBO
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FATORES ASSOCIADOS A ADIÇÃO DE SMARTPHONE EM UNIVERSITÁRIOS DE ENFERMAGEM
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Orientador : ELAINE MARIA LEITE RANGEL ANDRADE
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Data: 05/03/2020
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Introdução: A adição de smartphone ou nomofobia é um transtorno da sociedade moderna que compromete a saúde. Objetivo: analisar os fatores associados a adição de smartphone em universitários de Enfermagem. Método: Estudo descritivo, correlacional e quantitativo, realizado em duas Universidades públicas do Piauí, no período de abril a junho de 2019. A amostra foi obtida por conveniência e constituída por 298 universitários de Enfermagem e para coleta de dados foram utilizados os seguintes instrumentos: caracterização sociodemográfica, Alcohol Use Disorder Identification Test (AUDIT), Pittsburg Sleep Quality Index (PSQI) e a escala Smartphone Addiction Inventory (SPAI). Os dados foram analisados por meio de estatísticas descritivas, teste Qui quadrado e Exato de Fisher que verificaram associação entre as variáveis independentes com adição de smartphone e teste de Mann Whitney que comparou a classificação do PSQI global e subcategorias com adição de smartphone. O nível de significância adotado foi 0,05. Resultado: A maioria dos universitários de Enfermagem era do sexo feminino 239 (80,2%) e tinha idade média de 22 anos. Cento e sessenta e cinco (55,4%) se autodeclararam pardos, 236 (79,2%) apenas estudavam e 11 (37,2%) tinham um a dois salários mínimos como renda familiar. Em relação ao estado civil 277 (93,0%) eram solteiros e 168 (56,4%) moravam com os pais. Duzentos e dois (67,8%) não praticavam atividade física e 269 (90,3%) nunca fumaram ou estavam fumando a um período menor que um mês. A prevalência global da adição de smartphone entre os universitários de Enfermagem foi de 142 (47,7%). O consumo de álcool, a pontuação global da qualidade do sono, qualidade subjetiva do sono, latência do sono, uso de medicamentos e disfunção durante o dia apresentaram diferenças estatisticamente significativas em relação a adição de smartphone. Conclusão: Concluiu-se que há necessidade de construir intervenções educativas para uso racional do smartphone dentro e fora das Universidades e desenvolver políticas públicas de promoção da saúde e prevenção da adição de smartphone e comorbidades relacionadas.
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GLÍCIA CARDOSO NASCIMENTO
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ANALISE MICROBIOLOGICA DE DISPOSITIVO INVASIVO EM PACIENTES CRITICOS
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Orientador : MARIA ELIETE BATISTA MOURA
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Data: 28/02/2020
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Introdução: As infecções são a principal e mais importante causa de morbimortalidade entre os pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). A intubação orotraqueal é comum no cuidado de pacientes graves e está frequentemente associada a complicações. Procurando contribuir com um cuidado mais seguro ao paciente crítico este estudo tem como objeto determinação da frequência da espécie e o perfil de sensibilidade dos microrganismos em tubos orotraqueais de pacientes críticos de hospitais públicos de referência da região Nordeste. Objetivo: Realizar análise microbiológica de tubos orotraqueais utilizados por pacientes críticos e relacionar os resultados com dados clínicos. Materiais e Métodos: Foram selecionados 40 pacientes aleatórios internados na unidade de terapia intensiva em ventilação mecânica por mais de três dias. O período do estudo foi de um seis meses. O swabestério depois de friccionado no lúmen interno do tubo orotraquealfoi cultivada 24 horas e a cultura desse foi realizada após a incubação. Também foi testada a sensibilidade de isolados bacterianos desse esfregaço a antibióticos comumente usados. Todos os dados foram registrados e inseridos no Microsoft Excel (Microsoft Corporation). Todas as entradas foram verificadas duas vezes quanto a possíveis erros. As variáveis categóricas foram resumidas em porcentagens. Resultados: Um total de 40 indivíduos foram incluídos no estudo. vinte pacientes foram excluídos do estudo. A colonização bacteriana estava presente em 20 pacientes. Três organismos colonizadores mais comuns isolados foram Bacilos Gram-Negativos não fermentativos, incluindo Pseudomonasaeruginosa, Acinetobacterbaumanniie Klebsiellapneumoniae. Essas bactérias encontradas, 14(70%)dos gram negativos não fermentadores, incluindo 7,14% Acinetobacter e 64,29% de Pseudomonas, eram sensíveis ao cefalosporina de 2ª, 3ª e 4ª geração, Imipenem e tigeciclina. Entre os pacientes com pneumonia associada à ventilação mecânica, a pneumonia por Acinetobacter foi o isolado mais comum. Conclusão: Os organismos mais comumente isolados foram gram negativos, incluindo Acinetobacterbaumannii, Pseudomonasaeruginosa e Klebsiellapneumoniae. A maioria dos organismos isolados era sensível aos antibióticos cefalosporinas e Imipenem.
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JULYANNE DOS SANTOS NOLETO
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FRAGILIDADE EM IDOSOS ACIDENTADOS NO TRÂNSITO ATENDIDOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM URGÊNCIA
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Orientador : ANA MARIA RIBEIRO DOS SANTOS
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Data: 27/02/2020
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Introdução: A fragilidade representa síndrome com múltiplas causas, caracterizada pela diminuição da força, resistência e redução da função fisiológica. Relevante problemática de saúde pública em particular entre os idosos, uma vez que está diretamente associada a maior risco de queda, hospitalização, incapacidade funcional, institucionalização e óbito. Diante do exposto é necessário salientar que os problemas de saúde e óbitos desse grupo etário, além de estarem frequentemente relacionados às doenças crônico-degenerativas e as síndromes, os agravos por causas externas merecem destaque, principalmente as quedas e os acidentes de trânsito. Objetivo: Avaliar a fragilidade em idosos atendidos por acidente de trânsito em um hospital de referência em urgência. Método: Estudo observacional, analítico e transversal realizado em hospital de urgência, referência no atendimento ao trauma, situado em Teresina (PI). A população do estudo constituiu-se por 234 idosos que sofreram acidente de trânsito e foram atendidos nesse hospital no período da coleta de dados (setembro de 2018 a setembro de 2019). A amostragem foi não probabilística, em sequência. Adotou-se como instrumentos na coleta de dados o Mini Exame do Estado Mental, formulário para a caracterização dos participantes e a Escala de Fragilidade Edmonton. Foi realizada a análise descritiva e inferencial, aplicaram-se Teste Qui-quadrado, Teste Exato de Fisher e Regressão Logística. Em todas as análises, adotou-se o nível de significância de p<0,05. Este estudo obteve aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, com o parecer 2.817.389. Resultados: Verificou-se que entre os idosos atendidos por acidente de trânsito, a prevalência da fragilidade correspondeu 35,9%, enquanto 35,5% eram aparentemente vulneráveis e 28,6% não apresentavam fragilidade. Os fatores associados à fragilidade foram: sexo (p=0,038), cor da pele (p=0,039), estado civil (p=0,002), escolaridade (p=0,039), fonte de renda pensão (p=0,022), renda individual (p=0,018), renda familiar (p=0,006), composição familiar (p=0,032), não possui doença de base (p=0,019), hospitalização no último ano (p=<0,001), uso de medicamento no último mês (p=0,018), número de medicamentos (p=0,002), automedicação (p=0,025), outras dores (p=0,014), número de doenças (p=0,006), diabetes (p=0,005), catarata (p=0,007), depressão (p=0,016), uso de antidiabético (p=0,022) e antimicrobiano (p=0,038). Na regressão, as variáveis hospitalização no último ano (p=<0,001; OR: 4,536; IC: 2,173-9,468), renda individual até um salário mínimo (p=0,007; OR: 2,633, IC: 1,298-5,341) e automedicação (p=0,027; OR: 2,011; IC: 1,083-3,737) apresentaram mais chances para a condição de fragilidade. E, ser casado/união estável (p=0,002; OR: 0,182; IC: 0,063-0,524) e não possuir catarata (p=0,022; OR: 0,339; IC: 0,134-0,855) consistiram em fatores de proteção para a fragilidade. Conclusão: Evidenciou-se presença e vulnerabilidade em percentual significativo de fragilidade em idosos acidentados no trânsito. Desse modo, torna-se imprescindível o rastreamento precoce dessa síndrome para posterior planejamento de ações de saúde que visem prevenir ou minimizar incapacidades na saúde dos idosos. Ademais, a pesquisa propiciou o conhecimento acerca dos fatores de risco associados à fragilidade, o que permite identificar as condições passíveis de intervenção e, por conseguinte evitar desfechos clínicos adversos nesta população.
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DINARA RAQUEL ARAUJO SILVA
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MATURIDADE DA GESTÃO EM SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE SEGUNDO O MODELO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO PÚBLICA
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Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
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Data: 19/02/2020
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INTRODUÇÃO:Maturidade da gestão refere-se ao desempenho geral da organização diante das atividades administrativas desenvolvidas e os resultados obtidos. O serviço público de saúde exibe múltiplas composições organizacionais, cercadas por um ambiente de transformações rápidas, diante da complexidade do setor o planejamento e a avaliação das ações é primordial. OBJETIVO: Avaliar a maturidade da gestão em serviços públicos de saúde segundo o Modelo de Excelência em Gestão Pública. MATERIAL E MÉTODOS: Delineamento transversal analítico, realizado com gestores municipais de saúde do território Entre Rios e Cocais do estado do Piauí, de janeiro a outubro de 2019, nas reuniões da Comissão Intergestora Regional, com coleta de dados por meio de questionário de caracterização da rede de saúde do município, perfil dos gestores e do Instrumento de Diagnóstico da Maturidade em Serviços Públicos, criado pelo Ministério do Planejamento. Participaram da pesquisa 28 gestores que estavam no cargo em período superior a seis meses. Os dados foram processados no IBM® SPSS® e foram calculadas estatísticas uni e bivariadas. O estudo foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa obtendo parecer favorável com o número: 2.817.519. RESULTADOS:Profissionais de enfermagem representaram 53,5% da amostra de gestores municipais. O escore global de maturidade de gestão dos municípios apresentou média de 38,28 (±16,58) pontos, variando de 18,35 a 73,90 pontos, portanto a maioria estava no nível inicial a intermediário de maturidade da gestão. Municípios com número maior de habitantes, maior número de profissionais da saúde, que possuíam nível de atenção de média complexidade, com Plano Municipal de Saúde atualizado tiveram escore global de maturidade significativamente maior (p<0,05), bem como quando os gestores possuíam especialização na área de gestão em saúde e experiência anterior em cargo de gestão (p<0,05).As dimensões com menor desempenho foram “Resultados” e “Governança”, refletindo as dificuldades do planejamento em saúde e a necessidade de capacitação dos gestores para maior compreensão dos mecanismos de liderança CONCLUSÃO:O nível de maturidade da gestão municipal de saúde nos municípios, sofreu influência das características locais e do perfil dos gestores. Houve aderência entre as características do modelo de excelência em gestão e os processos gerenciais realizados nos municípios.
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MARIA DO CARMO SANTOS FERREIRA
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CONHECIMENTO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E USUÁRIOS ACERCA DO SISTEMA DE IDENTIFICAÇÃO DE PACIENTES
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Orientador : FERNANDA VALERIA SILVA DANTAS AVELINO
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Data: 17/02/2020
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A identificação do paciente é uma estratégia crucial para segurança do paciente, considerando-se que visa oferecer o tratamento correto para o paciente certo. A realização da mesma garante o início do cuidado seguro e uma assistência de qualidade com a finalidade de reduzir danos desnecessários ao usuário. O trabalho teve como objetivo descrever o conhecimento de profissionais e usuários acerca do sistema de identificação do paciente. Trata-se de um estudo observacional, descritivo, transversal desenvolvido em um Hospital Universitário do Nordeste. A população envolvida foi de usuários e profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, técnicos de enfermagem, assistentes sociais e farmacêuticos). Além disso, foram avaliadas as notificações relacionadas a identificação do paciente, no Sistema de Notificação do referido serviço, o VIGIHOSP. A amostra de usuários foi de 340, de profissionais 213 e de notificações 504. Foram utilizados três formulários para coleta de dados durante o período de novembro/2018 a julho/2019. Para análise dos dados quantitativos utilizou-se a estatística descritiva e para as questões abertas a análise de conteúdo. A pesquisa recebeu aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Piauí sob o parecer nº 3.143.243. O perfil dos pacientes foi de 53,5% do sexo feminino e 50,9% na faixa etária igual ou acima de 60 anos e a média de internação foi de 14 dias. Durante a observação 90,6% utilizavam a pulseira, 94,8% delas estavam adequadas e todas as pulseiras avaliadas tinham pelo menos dois identificadores. Em relação, ao conhecimento dos pacientes quanto a pulseira de identificação 92,1% relataram que não receberam nenhuma orientação sobre o propósito dela e 56,2% disseram que os profissionais não conferem os dados da pulseira antes de realizar algum cuidado. Entre os profissionais, 76,1% eram do sexo feminino e 98,6% estavam na faixa etária de 25 a 59 anos e uma média de 5 anos de tempo de serviço na instituição. Observou-se que 74,3% reconheceram que o serviço possui um protocolo de identificação. Dentre os problemas que eles mais citaram em relação a reação de usuários e profissionais ao uso da pulseira de identificação estão o desconforto com a pulseira, qualidade do material e que atrapalha em alguns procedimentos, como punção de acesso. Na visão dos profissionais em relação ao processo de identificação do paciente no serviço, três pontos foram elencados: qualidade do material, falhas no processo e cultura/ educação. No que se refere as notificações, 499 foram classificadas como incidentes sem danos e os maiores notificadores foram os estudantes. Em resposta aos objetivos deste trabalho a discussão foi subdividida em: Perfil dos envolvidos no cuidado; Conhecimento dos usuários sobre a sua identificação no serviço de saúde; Falhas no processo de identificação; Estratégias dos profissionais de saúde para a identificação correta dos pacientes, analisamos as conformidades com o protocolo de identificação; e Notificações: lacunas e melhorias. Concluiu-se que para melhorar o processo, o serviço deve investir mais na educação continuada multiprofissional, sensibilizar profissionais e pacientes mediante as consequências da utilização incorreta da pulseira de identificação e na disseminação da cultura justa.
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LORENA UCHÔA PORTELA VELOSO
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VALIDAÇÃO DO ÍNDICE NURSES GLOBAL ASSESSMENT RISK SUICIDE PARA A POPULAÇÃO ADULTA ATENDIDA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
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Orientador : CLAUDETE FERREIRA DE SOUZA MONTEIRO
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Data: 14/02/2020
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INTRODUÇÃO: O comportamento suicida é um fenômeno de etiologia multifatorial, e inclui em seu continuum a ideação suicida, tentativa de suicídio e suicídio em si. A prevenção ao suicidio é hoje uma das principais estratégias para auxiliar a população sobre o tema e na identificação de possíveis suicidários. Entre as ações a serem desenvolvidas, destaca-se a avaliação do risco de suicídio em serviços de atenção primária. OBJETIVO: Realizar validação do índice Nurse Global Assessment Risk Suicide para a população adulta brasileira atendida nos serviços de atenção primária à saúde. MATERIAL E MÉTODO: Estudo metodológico de adaptação e validação do instrumento Nurse Global Assessment Risk Suicide, desenvolvido em duas fases, nas Unidades Básicas de Saúde no município de Teresina. Para adaptação cultural, foi formado comitê de nove especialistas, das áreas de suicidiologia, saúde mental na atenção básica e estudos metodológicos. Foram realizadas avaliações qualitativas (pertinência das sugestões/alterações) e quantitativas (calculo do índice de validade de conteúdo). Na fase de verificação de propriedades psicométricas, foi utilizada amostra de 391 indivíduos, em que se analisou a confiabilidade, responsividade e validade do instrumento. Os dados foram analisados no software Statistical Package for the Social Science, versão 20.0 com o cálculo: alpha de Cronbach; Teste t pareado; Regressão linear; Teste t de Student; Análise fatorial com rotação ortogonal Varimax. Para todas as análises realizadas, foi adotado o nível de significância de 0,05. RESULTADOS: Na etapa de validação de conteúdo, manteve-se a quantidade de itens (15) da versão original com a associação de itens semelhantes, inclusão de preditivas (história de violências interpessoais e história de preconceito), inclusão de termos aos itens, além de aumento na pontuação do item relacionado à ideação/intenção suicida. Todos os itens da versão final alcançaram índice de validade de conteúdo igual ou superior a 0,78. Na etapa de validação psicométrica, o índice apresentou alpha de Cronbach geral de 0,73, forte associação linear positiva significativa (R=0,855; p <0,001) com as medidas referências para avaliação do risco de suicídio e sensível ao apontar a diferença entre os grupos de pessoas com/sem sintomatologia ansiosa e depressiva (p=0,000). Pela análise fatorial, as 15 variáveis preditivas foram explicadas em 49,73% em quatro fatores comuns. CONCLUSÃO: O instrumento mostrou-se confiável, responsivo e válido em termos de critério e construto, o que permite a recomendação como instrumento para a mensuração do risco de comportamento suicida em adultos atendidos em serviços de atenção primária à saúde, em termos de rastreio inicial e avaliação de seguimento/adequabilidade de ações em um protocolo de atenção, ao favorecer intervenções de Enfermagem mais seguras e consentâneas às necessidades de cada indivíduo.
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ALINE RAQUEL DE SOUSA IBIAPINA
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INTERVENÇÃO EM PACIENTES COM SINTOMAS DE ANSIEDADE: TÉCNICA DE RELAXAMENTO MUSCULAR DE JACOBSON
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Orientador : CLAUDETE FERREIRA DE SOUZA MONTEIRO
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Data: 13/02/2020
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INTRODUÇÃO: Sintomas de ansiedade causam ruptura no funcionamento normal das atividades desenvolvidas pelos indivíduos. As técnicas de intervenção visam prevenir doenças e promover a saúde. Entre elas, destaca-se a terapia de relaxamento muscular progressivo de Jacobson. OBJETIVO: Avaliar a aplicação da técnica de relaxamento muscular progressivo de Jacobson na população adulta com sintomas de ansiedade assistidas na Atenção Primária à Saúde do município de Teresina-Piauí. MATERIAL E MÉTODO: Ensaio clínico não randomizado (quase experimental), desenvolvido com 391 usuários com sintomas de ansiedade (mínimo, leve, moderado e grave). Foram aplicados os instrumentos: Inventário de Ansiedade de Beck e questionário para dados sociodemográficos, condições de saúde e hábitos de vida. 108 participantes apresentaram sintomas leves e moderados e foram convidados para compor o grupo experimental (41) e grupo controle (67). Os dados foram coletados de março a agosto de 2019. O grupo experimental recebeu a técnica de relaxamento muscular progressivo de Jacobson e o grupo controle palestras. Em ambos os grupos o Inventário de Ansiedade de Beck foi aplicado em dois momentos (pré-teste/pós-teste). Para análise estatística, utilizou-se o software Statistical Package for the Social Science versão 22.0 e estatísticas descritivas (medidas de tendência central) e inferenciais (Teste Quadrado de Pearson, Exato de Fisher, Mann-Whitney e Wilcoxon). RESULTADOS: A prevalência de sintomas de ansiedade foi observada em toda a amostra, sendo 68,1% nível mínimo, 18,4% leve, 9,2% moderado e 4,3% grave. Dos 108 participantes dos grupos (experimental e controle) a predominância foi do sexo feminino (83,3%), faixa etária de 20|-|39 anos, casadas (50,0%), com filhos (81,5%), cor parda (48,1%), média de 10 anos de estudo, renda mensal de até 2 salários mínimos (83,3%), sem emprego formal (60,2%), e religião (88%). Quanto às condições de saúde e hábitos de vida, frequentam os serviços de saúde uma vez ao mês (39,8%), presença de hipertensão (44,2%) e diabetes mellitus (14,0%), eventos estressores recentes (66,7%), problemas com sono (62%), consumo de substâncias ilícitas e/ou licitas (26,9%), tratamento psiquiátrico (27,8%), tratamento alternativo (6,5%), prática de atividade física (40,7%) e histórico de violência (32,4%). No primeiro momento os grupos apresentaram homogeneidade em relação as características (p= 0,707) e aos escores dos níveis de ansiedade (p-valor: 0,463). No segundo momento mostraram heterogeneidade e independência relacionado as características (p= 0,001) e aos escores (p= 0,001). A aplicação do teste Wilcoxon mostrou que com a aplicação da técnica houve melhoria dos sintomas ansiosos do grupo experimental (p= 0,001), com maior efetividade nos participantes com sintomas leves (p= 0,010), sexo feminino, adulto jovem, histórico de situação estressora recente e problemas com sono (p<0,001). CONCLUSÃO: A técnica de relaxamento muscular progressivo de Jacobson se mostrou efetiva em relação à melhoria dos sintomas ansiosos quando aplicada a pessoas com sintoma de ansiedade leve e moderada. Recomenda-se a adoção dessa estratégia interventiva como medida de prevenção e promoção da saúde em usuários com sintomas de ansiedade leve e moderado.
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CLARA ANANDA PIMENTEL DE SOUSA SANTOS
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NÍVEIS DE IDEAÇÃO SUICIDA ASSOCIADOS AO USO DE ÁLCOOL
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Orientador : CLAUDETE FERREIRA DE SOUZA MONTEIRO
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Data: 13/02/2020
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Introdução: Ideação suicida é um termo referido a pensamentos e planos suicidários e considerado importante indicador para o risco de suicídio. Dentre os fatores de risco para o surgimento da ideação suicida encontra-se o uso de álcool. Objetivo: Analisar a associação entre ideação suicida e uso de álcool em população adulta atendida na atenção primária à saúde de Teresina/Piauí. Método: Estudo observacional, analítico e transversal, realizado com 380 adultos em 11 Unidades Básicas de Saúde segundo a territorialização dos NASF. A coleta de dados ocorreu entre junho e setembro de 2019, com aplicação de três instrumentos: questionário sociodemográficas, Escala de Ideação Suicida de Beck e Alcohol Use Desorders Identification Test. Para análise estatística, utilizou-se o software Statistical Package for the Social Science, versão 20.0 e análises descritiva e inferencial com nível de significância de 0,05. O estudo obteve aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí (Parecer n°. 2.404.139). Resultados: A prevalência de ideação suicida na amostra foi 17,9%. Dentre estes 39,7% apresentam ideação suicida clinicamente significante. O de uso de álcool teve prevalência de 41,1%, com 69,9% em binge. O padrão de uso de álcool mostrou 15,3% em uso de risco, 2,1% nocivo, 3,2% possível dependência e 79,5% abstinência ou baixo risco. A prevalência de uso de álcool por pessoas com ideação suicida foi de 42,6% e com ideação suicida clinicamente significante de 44,4%. Em indivíduos com provável dependência observou-se um aumento na prevalência de ideação suicida e ideação suicida clinicamente significante, 33,3% e 16,7%, respectivamente. A ideação suicida foi predominante entre mulheres (82,8%), com idade entre 30 e 39 anos (51,7%), com companheiro/convívio no mesmo lar (48,3%). Não ter companheiro apresentou 1,4 vezes mais chances de presença de ideação suicida e histórico de discriminação 1,9 mais chances. A ideação suicida clinicamente significante esteve ligada em maioria também nas mulheres em idades menores, entre 20 e 29 anos (58,3%) e sem companheiro (50,0%). O sexo feminino apresentou três vezes mais chances de presença de ideação suicida clinicamente significativa, sem companheiro, com casamento anterior quatro vezes mais e sem companheiro 2,9 vezes mais chances. Ter tido evento estressor aumenta as chances de ideação suicida clinicamente significante em 3,1 vezes e problemas com sono em 2,9 vezes. Histórico de discriminação apresentou 3,7 mais chances de presença de ideação suicida clinicamente significativa. Conclusão: O uso de álcool exerceu influência para presença de ideação suicida na amostra. Os resultados obtidos podem fornecer subsídios para o planejamento de ações políticas e programas direcionados a essas problemáticas.
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