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Banca de DEFESA: RODRIGO LOPES GOMES GONÇALVES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RODRIGO LOPES GOMES GONÇALVES
DATA: 23/10/2018
HORA: 14:30
LOCAL: Auditório do Núcleo de Pesquisas em Plantas Medicinais-Bloco 15
TÍTULO: INVESTIGAÇÃO DO EFEITO DO α-FELANDRENO NO DANO VESICAL INDUZIDO POR IFOSFAMIDA: POSSÍVEIS MECANISMOS DE AÇÃO
PALAVRAS-CHAVES: Cistite Hemorrágica; α-felandreno; Quimioterapia antineoplásica monoterpeno
PÁGINAS: 86
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Farmacologia
RESUMO:

A Cistite hemorrágica é o principal efeito adverso dose-limitante do uso clínico das oxazafosforinas, incluindo a Ifosfamida. Tal evento ocorre através da formação da acroleína, metabólito responsável pela urotoxicidade desses fármacos, resultando em aumento do stress oxidativo e produção de citocinas pró-inflamatórias, que culminam na degradação tecidual do tecido vesical. Diante desta realidade, identifica-se uma necessidade que abre margem para o desenvolvimento de um citoprotetor eficaz que possa vir a ser utilizado como adjuvante na terapia oncológica com oxazafosforinas. Neste contexto, sabe-se que o α-felandreno possui efeito antiedamatogênico e anti-inflamatório, o que indica que este monoterpeno é potencialmente útil na pesquisa de novos protótipos que possam combater reações inflamatórias agudas. O modelo de cistite hemorrágica foi induzido por dose única do antineoplásico ifosfamida (400 mg/kg i.p.) precedido de pré-tratamento com salina e α-felandreno (6,25; 12,5; 25; 50 e 100 mg/kg, i.p.) em Mus musculus (CEUA 279/2016). Para analisar a redução do dano foi avaliado o peso úmido vesical (PUV), teor de hemoglobina e o extravasamento do corante azul de evans na matriz vesical. Para caracterizar o envolvimento da migração neutrofílica, peroxidação lipídica e envolvimento dos antioxidantes enzimáticos e não enzimáticos endógenos foi avaliado os marcadores teciduais Mieloperoxidase (MPO), Malondialdeído (MDA), Nitrito/Nitrato (NOx), Superóxido dismutase (SOD) e Glutationa Reduzida (GSH), respectivamente. As citocinas inflamatórias (TNF- α e IL-1β) foram dosadas por técnica de imunoensaio ELISA. Os dados de inibição foram calculados por normalização em relação ao controle negativo (CN) e significâncias calculadas considerando p<0,05. Os resultados mostram que o pré-tratamento com o α-felandreno (12,5 e 25 mg/kg) restringiu significativamente em 31,59±0,8 e 29,90±0,3 %, respectivamente, o PUV em comparação ao CN. As análises espectrofotométricas mostraram que o pré-tratamento atenuou de forma significativa em 65,7±4 % a hemorragia e em 39,3±8 % o extravasamento vascular de proteínas na melhor dose testada (25 mg/kg).  As avaliações dos marcadores teciduais de inflamação/stress oxidativo mostraram que na melhor dose testada (25 mg/kg) o α-felandreno reduziu MPO (62,13±1 %), MDA (25,9 ± 2 %) e NOx (15,89 ± 0,1 %), significativamente em relação ao CN (p<0,05). A prevenção da depleção dos antioxidantes endógenos pelo α-felandreno foi significante e teve percentual de 88,2±18% e 108,1±10 % nos níveis de SOD e GSH respectivamente. Na avaliação de citocinas, o α-felandreno foi capaz de reduzir significativamente os níveis TNF-α (28,45±11,5 %), mas não alterou de forma significativa os níveis de IL-1β (22,7±4 %). Assim pode-se concluir que o monoterpeno α-felandreno foi capaz de atenuar a cistite hemorrágica induzida por ifosfamida e apresentou potencial inibição de parâmetros de stress oxidativos e redução nos níveis de TNF-α.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1167629 - FERNANDA REGINA DE CASTRO ALMEIDA
Presidente - 2246074 - FRANCISCO DE ASSIS OLIVEIRA
Externo ao Programa - 1638239 - PAULO MICHEL PINHEIRO FERREIRA
Notícia cadastrada em: 04/10/2018 16:03
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