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VIVIANE LEAL VELOSO
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Avaliação do potencial anti-inflamatório do (E)-3-(3-metoxifenil) acrilato de pentila (3-MAP) sobre a síndrome respiratória aguda experimental em Rattus norvegicus.
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Orientador : FRANCISCO DE ASSIS OLIVEIRA
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Data: 13/12/2024
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A Síndrome Respiratória Aguda (SRA), também conhecida como Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA), é uma lesão pulmonar inflamatória aguda caracterizada por insuficiência respiratória hipoxêmica grave, opacidades bilaterais na imagem do tórax e baixa complacência pulmonar. Pode ser desencadeada por lesões pulmonares diretas, como aspiração ou problemas de inalação, ou indiretamente por condições como sepse. A inflamação é impulsionada por macrófagos e neutrófilos, que liberam vários mediadores inflamatórios. Apesar dos tratamentos existentes, como os corticosteroides que mostram eficácia variável, a SRA permanece como uma condição com alta morbidade e mortalidade, destacando a necessidade de novas opções terapêuticas. Há derivados do ácido ferúlico, como ferulato de etila, que mostram atividade anti-inflamatória. Notavelmente, um derivado do ácido ferúlico, como o (E)-3-(3-metoxifenil) acrilato de pentila (MAP) apresenta atividade anti-inflamatória, mas carece de estudos in vivo para possível tratamento na SRA. Portanto, o objetivo deste estudo foi investigar o potencial anti-inflamatório in silico e in vivo do (E) -3-(3- metoxifenil) acrilato de pentila sobre as alterações causadas pelo síndrome respiratória aguda induzido por modelo de isquemia e reperfusão intestinal (iI/R) em Rattus norvegicus. Um estudo in silico foi realizado para avaliar a predição dos efeito anti-inflamatório do MAP prevendo a afinidade de ligação e verificando as interações intermoleculares com alguns alvos moleculares. Para o protocolo do modelo da síndrome respiratória aguda experimental foram utilizados ratos Wistar machos de 8 semanas e pesando em média 200g obtidos do Biotério Central da Universidade Federal do Piauí (UFPI) mediante aprovação do Comitê de Ética no Uso de Animais (No 773/2023). A SRA foi induzida através do modelo de isquemia/reperfusão intestinal (iI/R), precedido pelo pré-tratamento com salina (sham), MAP (20, 40 e 60 mg/kg, v.o.) ou dexametasona (10 mg/kg, v.o.) (controle positivo) e um controle negativo (indução do modelo e sem tratamento) em Rattus norvegicus. No mesmo dia após a indução do protocolo os animais foram eutanasiados para a obtenção do lavado broncoalveolar (LBA), usado para contagem total e diferencial de leucócitos, dosagem de estresse oxidativo tecidual, dosagem de citocinas e teste de genotoxicidade aguda (cometa) versão alcalina, e dos pulmões onde foram confeccionadas lâminas para análise histológica. Todos os dados foram submetidos a análise de normalidade e em seguida tratados por análise de variância e pós-teste de Tukey, o valor de p< 0,05 foi considerado significativo. De acordo com as propriedades farmacocinéticas e toxicológicas avaliadas in silico, o MAP apresentou boa absorção por via oral e baixa toxicidade aguda. Além disso, mostrou capaz de interagir com os sítios ativos das principais proteínas alvo envolvidas na progressão da SRA por meio de docking molecular. Os resultados mostraram que houve redução significativa (p<0,05) da inflamação neutrofílica nos pulmões de ratos tratados com MAP, evidenciada pela contagem de células no lavado broncoalveolar. MAP também exibiu atividade antioxidante pulmonar, pois elevou significativamente o nível de glutationa reduzida (GSH) e catalase e, concomitantemente, depletou o nível de óxido nítrico. A dosagem de TNF-α, IL-1β e IL-6 e o dano alveolar, foram significativamente reduzidas nos animais tratados com o MAP. Além disso, ele não apresentou genotoxicidade aguda, isso é ainda mais corroborado pelo DL50 (analisado in silico) e classe de toxicidade, que retrata que o MAP pode ser seguro quando. A Síndrome Respiratória Aguda (SRA), também conhecida como Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA), é uma lesão pulmonar inflamatória aguda caracterizada por insuficiência respiratória hipoxêmica grave, opacidades bilaterais na imagem do tórax e baixa complacência pulmonar. Pode ser desencadeada por lesões pulmonares diretas, como aspiração ou problemas de inalação, ou indiretamente por condições como sepse. A inflamação é impulsionada por macrófagos e neutrófilos, que liberam vários mediadores inflamatórios. Apesar dos tratamentos existentes, como os corticosteroides que mostram eficácia variável, a SRA permanece como uma condição com alta morbidade e mortalidade, destacando a necessidade de novas opções terapêuticas. Há derivados do ácido ferúlico, como ferulato de etila, que mostram atividade anti-inflamatória. Notavelmente, um derivado do ácido ferúlico, como o (E)-3-(3-metoxifenil) acrilato de pentila (MAP) apresenta atividade anti-inflamatória, mas carece de estudos in vivo para possível tratamento na SRA. Portanto, o objetivo deste estudo foi investigar o potencial anti-inflamatório in silico e in vivo do (E) -3-(3- metoxifenil) acrilato de pentila sobre as alterações causadas pelo síndrome respiratória aguda induzido por modelo de isquemia e reperfusão intestinal (iI/R) em Rattus norvegicus. Um estudo in silico foi realizado para avaliar a predição dos efeito anti-inflamatório do MAP prevendo a afinidade de ligação e verificando as interações intermoleculares com alguns alvos moleculares. Para o protocolo do modelo da síndrome respiratória aguda experimental foram utilizados ratos Wistar machos de 8 semanas e pesando em média 200g obtidos do Biotério Central da Universidade Federal do Piauí (UFPI) mediante aprovação do Comitê de Ética no Uso de Animais (No 773/2023). A SRA foi induzida através do modelo de isquemia/reperfusão intestinal (iI/R), precedido pelo pré-tratamento com salina (sham), MAP (20, 40 e 60 mg/kg, v.o.) ou dexametasona (10 mg/kg, v.o.) (controle positivo) e um controle negativo (indução do modelo e sem tratamento) em Rattus norvegicus. No mesmo dia após a indução do protocolo os animais foram eutanasiados para a obtenção do lavado broncoalveolar (LBA), usado para contagem total e diferencial de leucócitos, dosagem de estresse oxidativo tecidual, dosagem de citocinas e teste de genotoxicidade aguda (cometa) versão alcalina, e dos pulmões onde foram confeccionadas lâminas para análise histológica. Todos os dados foram submetidos a análise de normalidade e em seguida tratados por análise de variância e pós-teste de Tukey, o valor de p< 0,05 foi considerado significativo. De acordo com as propriedades farmacocinéticas e toxicológicas avaliadas in silico, o MAP apresentou boa absorção por via oral e baixa toxicidade aguda. Além disso, mostrou capaz de interagir com os sítios ativos das principais proteínas alvo envolvidas na progressão da SRA por meio de docking molecular. Os resultados mostraram que houve redução significativa (p<0,05) da inflamação neutrofílica nos pulmões de ratos tratados com MAP, evidenciada pela contagem de células no lavado broncoalveolar. MAP também exibiu atividade antioxidante pulmonar, pois elevou significativamente o nível de glutationa reduzida (GSH) e catalase e, concomitantemente, depletou o nível de óxido nítrico. A dosagem de TNF-α, IL-1β e IL-6 e o dano alveolar, foram significativamente reduzidas nos animais tratados com o MAP. Além disso, ele não apresentou genotoxicidade aguda, isso é ainda mais corroborado pelo DL50 (analisado in silico) e classe de toxicidade, que retrata que o MAP pode ser seguro quando A Síndrome Respiratória Aguda (SRA), também conhecida como Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA), é uma lesão pulmonar inflamatória aguda caracterizada por insuficiência respiratória hipoxêmica grave, opacidades bilaterais na imagem do tórax e baixa complacência pulmonar. Pode ser desencadeada por lesões pulmonares diretas, como aspiração ou problemas de inalação, ou indiretamente por condições como sepse. A inflamação é impulsionada por macrófagos e neutrófilos, que liberam vários mediadores inflamatórios. Apesar dos tratamentos existentes, como os corticosteroides que mostram eficácia variável, a SRA permanece como uma condição com alta morbidade e mortalidade, destacando a necessidade de novas opções terapêuticas. Há derivados do ácido ferúlico, como ferulato de etila, que mostram atividade anti-inflamatória. Notavelmente, um derivado do ácido ferúlico, como o (E)-3-(3-metoxifenil) acrilato de pentila (MAP) apresenta atividade anti-inflamatória, mas carece de estudos in vivo para possível tratamento na SRA. Portanto, o objetivo deste estudo foi investigar o potencial anti-inflamatório in silico e in vivo do (E) -3-(3- metoxifenil) acrilato de pentila sobre as alterações causadas pelo síndrome respiratória aguda induzido por modelo de isquemia e reperfusão intestinal (iI/R) em Rattus norvegicus. Um estudo in silico foi realizado para avaliar a predição dos efeito anti-inflamatório do MAP prevendo a afinidade de ligação e verificando as interações intermoleculares com alguns alvos moleculares. Para o protocolo do modelo da síndrome respiratória aguda experimental foram utilizados ratos Wistar machos de 8 semanas e pesando em média 200g obtidos do Biotério Central da Universidade Federal do Piauí (UFPI) mediante aprovação do Comitê de Ética no Uso de Animais (No 773/2023). A SRA foi induzida através do modelo de isquemia/reperfusão intestinal (iI/R), precedido pelo pré-tratamento com salina (sham), MAP (20, 40 e 60 mg/kg, v.o.) ou dexametasona (10 mg/kg, v.o.) (controle positivo) e um controle negativo (indução do modelo e sem tratamento) em Rattus norvegicus. No mesmo dia após a indução do protocolo os animais foram eutanasiados para a obtenção do lavado broncoalveolar (LBA), usado para contagem total e diferencial de leucócitos, dosagem de estresse oxidativo tecidual, dosagem de citocinas e teste de genotoxicidade aguda (cometa) versão alcalina, e dos pulmões onde foram confeccionadas lâminas para análise histológica. Todos os dados foram submetidos a análise de normalidade e em seguida tratados por análise de variância e pós-teste de Tukey, o valor de p< 0,05 foi considerado significativo. De acordo com as propriedades farmacocinéticas e toxicológicas avaliadas in silico, o MAP apresentou boa absorção por via oral e baixa toxicidade aguda. Além disso, mostrou capaz de interagir com os sítios ativos das principais proteínas alvo envolvidas na progressão da SRA por meio de docking molecular. Os resultados mostraram que houve redução significativa (p<0,05) da inflamação neutrofílica nos pulmões de ratos tratados com MAP, evidenciada pela contagem de células no lavado broncoalveolar. MAP também exibiu atividade antioxidante pulmonar, pois elevou significativamente o nível de glutationa reduzida (GSH) e catalase e, concomitantemente, depletou o nível de óxido nítrico. A dosagem de TNF-α, IL-1β e IL-6 e o dano alveolar, foram significativamente reduzidas nos animais tratados com o MAP. Além disso, ele não apresentou genotoxicidade aguda, isso é ainda mais corroborado pelo DL50 (analisado in silico) e classe de toxicidade, que retrata que o MAP pode ser seguro quando consumido por via oral. Em suma, os resultados deste estudo demonstraram que o MAP possui atividade anti- inflamatória em estudos in silico e in vivo em modelo de isquemia/reperfusão intestinal em Rattus novergicus. Esta é a primeira demonstração que o MAP reduz os níveis de EROs, citocinas e danos alveolares no modelo de síndrome respiratória aguda por iI/R, abrindo perspectiva na utilização desta substância no tratamento da síndrome respiratória aguda.
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FLAVIANO RIBEIRO PINHEIRO NETO
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ATIVIDADE DO α-FELANDRENO NA ALODINIA ONCOLÓGICA: MECANISMOS E ASSOCIAÇÃO COM 5-FLUORURACILA
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Orientador : FERNANDA REGINA DE CASTRO ALMEIDA
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Data: 18/10/2024
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Devido à ampla variedade de causas associadas ao câncer, diferentes classes de agentes farmacológicos são frequentemente utilizadas no manejo da dor, que é caracterizada por uma neurobiologia complexa e multifatorial. Diante disso, a pesquisa farmacológica focada no desenvolvimento de novos agentes terapêuticos tem se tornado cada vez mais essencial, proporcionando alternativas mais eficazes e seguras para o alívio da dor em pacientes oncológicos. Neste contexto, o presente trabalho tem como principal objetivo investigar os mecanismos de ação antinociceptiva do α-Fel, bem como avaliar seus possíveis efeitos tóxicos e de quimioproteção no tratamento combinado com 5-Fluorouracila em modelos de alodinia oncológica. Para a indução da dor oncológica, células de sarcoma-180 foram inoculadas na região subaxilar de camundongos Balb/c. Os animais foram avaliados quanto aos parâmetros de alodinia e hiperalgesia mecânicas utilizando os filamentos de Von Frey. As avaliações antinociceptivas foram realizadas nos seguintes grupos: sham (NaCl 0,9% com Tween 80 a 2% v.o., sem inoculação de células S-180), veículo (NaCl 0,9% com Tween 80 a 2% v.o.), controle positivo (Duloxetina 30 mg/kg v.o.), α-Fel (25 mg/kg v.o.), 5-FU (10 mg/kg i.p.) e α-Fel + 5-FU (25 mg/kg v.o. / 10 mg/kg i.p.). As avaliações, realizadas tanto no tecido peritumoral quanto indiretamente na pata traseira direita, mostraram que o α-Fel reduziu significativamente a hipernocicepção causada pelo tumor S-180, assim como os demais tratamentos propostos. Houve evidência de maior eficácia no tratamento combinado de α-Fel + 5-FU (25 mg/kg v.o. / 10 mg/kg i.p.) em comparação aos outros grupos. Em seguida, foi analisada a massa bruta relativa dos tumores para avaliar o possível efeito antitumoral, com destaque para a combinação de tratamentos. O grupo tratado com α-Fel (25 mg/kg v.o.) apresentou uma redução de 37,4% na massa tumoral, enquanto o grupo 5-FU (10 mg/kg i.p.) mostrou uma redução de 23,5%. Por fim, observou-se uma redução de 66,7% em relação ao controle negativo. Para investigar possíveis efeitos tóxicos, foram realizados testes de letalidade com Artemia salina (CL50: 620,80) e Allium cepa, micronúcleo e Saccharomyces cerevisiae que demonstraram citotoxicidade. Além disso, testes de caquexia mostraram redução significativa da caquexia nos animais tratados em comparação ao controle negativo. Visando explorar os possíveis mecanismos de ação, verificou-se que o α-Fel modulou a produção de citocinas, com base em ensaios imunoenzimáticos (ELISA) realizados em homogenato de tecido tumoral e medula espinhal. O α-Fel foi capaz de reduzir os níveis de TNF-α em ambos os tecidos. Além disso, foram realizadas dosagens de proteína C-reativa (PCR) no plasma dos animais tratados, observando-se uma redução significativa dessa proteína inflamatória. O estudo também demonstrou que o α-Fel apresentou efeitos imunomoduladores significativos, aumentando os níveis de imunoglobulina M e C3 quando combinado com 5-FU. Estudos de docking molecular sugerem que sua atividade antinociceptiva pode estar relacionada à modulação de receptores opioides, VEGF, GABAa, COX-2, PPAR gama e TRPV-1. Além disso, o α-Fel apresentou 8 propriedades antioxidantes, marcada a marcação de mieloperoxidase no tumor de Sarcoma-180. Sua ação antitumoral e antiproliferativa foi demonstrada pela diminuição do Ki-67, enquanto a ação antiangiogênica foi associada à modulação do VEGF. O aumento do recrutamento de macrófagos e a modulação de COX-2 reforçam seu potencial anti-inflamatório
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LARA PRISCILA FREITAS FERREIRA
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EFEITO ANTIOXIDANTE DO ÁCIDO ASCÓRBICO NOS DANOS CARDÍACOS ASSOCIADOS À DOXORRUBICINA EM CARCINOMA DE MAMA MURINO
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Orientador : DALTON DITTZ JUNIOR
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Data: 03/06/2024
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A doxorrubicina (DOX) é um dos medicamentos anticancerígenos mais eficazes no tratamento de diferentes formas de câncer, como o adenocarcinoma de mama, mas a sua utilidade terapêutica é severamente limitada pela sua associação aguda ou cardiotoxicidade crônica. O estresse oxidativo está relacionado não apenas à cardiotoxicidade da DOX, mas também a etiologia do câncer. Este trabalho teve como objetivo analisar as propriedades antioxidantes do ácido ascórbico e seu efeito in vitro em células de adenocarcinoma de mama (4T1). Foi realizada a padronização do dano cardíaco causado pela DOX (37,5 mg/Kg) em camundongos Balb-c e posterior protocolo de cotratamento com ácido ascórbico (2,5 mg/Kg, 25 mg/Kg e 100 mg/Kg), comparando-se animais tratados com animais não tratados por meio de eletrocardiograma (ECG), testes bioquímicos, hematológicos e análises histológicas. O ácido ascórbico (AA), em concentrações de 2 - 14 ug/mL, teve sua propriedade antioxidante investigada através dos ensaios DPPH e ABTS, comparando=se ao Trolox nas mesmas concentrações. O efeito antioxidante em 50% dos radicais (CE50) por AA foi de 1.500 ug/mL e 53,19 ug/mL nos ensaios DPPH e ABTS, respectivamente. Enquanto a EC50 do Trolox foi de 14,88 ug/mL e 12.107 ug/mL nos ensaios DPPH e ABTS, respectivamente. A citotoxicidade do AA foi avaliada pelo ensaio MTT. As células de adenocarcinoma de mama foram expostas a AA (20-0,04 ug/mL) ou DOX (6 – 0,012 ug/mL) por 72h. A concentração de citotoxicidade de 50% (IC50) de AA em células 4T1 foi superior a 20 ug/mL. Nas mesmas células, a IC50 da DOX é 0,47 µg/mL. Os animais tratados com DOX apresentaram alterações no ECG em relação aos animais controle nos parâmetros: intervalo(s) R-R, frequência cardíaca (bpm), intervalo QT (ms) e intervalo QRS (ms), indicando o estabelecimento de dano cardíaco através da dose administrada e tratamento com AA. Além disso, os animais tratados com DOX em associação de AA, apresentaram melhoras em todos os índices citados anteriormente. Assim, conclui-se que o ácido ascórbico possui atividade antioxidante e menor citotoxicidade em células de carcinoma de mama, além de diminuição do dano cardíaco avaliado por ECG.
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CLAILSON DA SILVA PINHEIRO
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MODULAÇÃO DA ATIVIDADE AUTONÔMICA COLINÉRGICA VIA EXERCÍCIO FÍSICO, β-BLOQUEADOR E INIBIDOR DA ACETILCOLINESTERASE SOBRE AS ALTERAÇÕES CARDÍACAS E GASTRINTESTINAIS EM RATAS COM SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO
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Orientador : ALDEIDIA PEREIRA DE OLIVEIRA
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Data: 18/04/2024
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Introdução: A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é um distúrbio endócrino metabólico que afeta cerca de 6 a 20% das mulheres em idade reprodutiva, sendo responsável por 70 a 80% de todas as ocorrências de infertilidade no mundo. É definida por hiperandrogenismo, juntamente com ovários císticos, ciclo menstrual irregular, resistência à insulina, obesidade e hiperatividade simpática. Assim sendo, algumas alternativas, como exercício fisico, devem ser implementadas para recuperar os efeitos da SOP no trato gastrintestinal e sistema nervoso autônomo. Ademais, o uso de piridostigmina, e atenolol promoveu melhora na redução da retenção gástrica, bem como, no aumento da retenção intestinal. Entretanto, esses mecanismos ainda não foram elucidados na literatura em relação a SOP. Objetivo: O objetivo do estudo foi avaliar a modulação do sistema nervoso autônomo fisio-farmacologicamente sobre as repercussões cardíacas e gastrintestinais em ratas com síndrome do ovário policístico induzido por letrozol. Metodologia: Fêmeas Wistar, (190-220 g), separadas em grupo controle, SOP, SOP+Exercício, SOP+piridostigmina 22 mg/kg e SOP+atenolol 20 mg/kg. A SOP foi induzida por letrozol (1 mg/kg via p.o), por 21 dias consecutivos. O exercício físico foi o treino de natação (com 5% do peso corporal), 1h/dia/21 dias. Avaliamos a retenção gástrica, retenção intestinal no duodeno, jejuno, e íleo, frequência cardíaca, intervalo R-R”, intervalo QRS, intervalo QT, intervalo QTc, variabilidade da frequência cardíaca no componente LF (nu), componente HF (nu), e relação LF/HF. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética no Uso de Animais (CEUA-UFPI nº 599/19). Resultados: A SOP promoveu diminuição significativa (p<0,05) no esvaziamento gástrico quando comparado ao controle (51,83 ± 0,67 % vs. 61,37 ± 2,39 %) e o exercício fisico recuperou de maneira significativa (p<0,05) esse efeito em relação a SOP (59,35 ± 1,82 % vs. 51,83 ± 0,67 %). A administração de piridostigmina, e atenolol promoveu de forma significativa o aumento do esvaziamento gástrico quando comparado a SOP. Piridostigmina (65,63 ± 2,87 % vs. 51,83 ± 0,67 %). Atenolol (76,21 ± 4,73 % vs. 51,83± 0,67 %). A SOP reduziu de forma significativa (p<0,05) a retenção intestinal. O exercício físico recuperou de forma significativa (p<0,05) esse efeito, bem como, a administração de piridostigmina, e atenolol. O tratamento com exercio fisico, assim como, a piridostigmina, e atenolol, reverteram de forma significativa (p<0,05) as alterações na frequência cardíaca (FC), intervalo R-R”, intervalo QRS, intervalo QT, e intervalo QTc. Bem como, a variabilidade da frequência cardíaca observada no componente LF (nu), HF (nu), e relação LF/HF. Conclusões: A SOP promove alterações no trato gastrintestinal, e sistema nervoso autônomo. O tratamento com exercício fisico, administração de piridostigmina, e atenolol recuperam esses efeitos promovidos pela SOP.
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GABRIELLA PACHECO
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IMUNO-FARMACOLOGIA E TOXICOLOGIA NA COVID-19: UM ESTUDO TRANSLACIONAL, EPIDEMIOLÓGICO E META-ANÁLISE.
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Orientador : JAND VENES ROLIM MEDEIROS
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Data: 25/03/2024
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O uso de medicamentos como hidroxicloroquina (HD), azitromicina (AZ) e ivermectina (IV) (Kit-COVID), sem evidências de eficácia para o tratamento da COVID-19, levanta preocupações sobre efeitos adversos particularmente no trato gastrointestinal (GI). Além disso, é importante destacar a pequena quantidade de fármacos comprovadamente eficazes. Em adição, é crucial pesquisar novas terapias para modular a cascata inflamatória associada à doença. Diante disso, objetivamos elucidar possíveis efeitos GI do Kit-COVID. Em adição, visamos investigar terapias alternativas, como o aceturato de diminazeno (DIMI), com o objetivo de reduzir os parâmetros inflamatórios da infecção por Sars-Cov-2. Inicialmente avaliamos a correlação entre o uso do Kit-COVID e o desenvolvimento de sintomas GI a partir de um estudo epidemiológico por meio da aplicação do questionário Gastrointestinal Symptom Rating Scale (GSRS) e meta-análise de rede. Na segunda parte do estudo, investigamos o papel do DIMI na inflamação induzida pela proteína spike (Spk) de Sars-Cov-2. Inicialmente, realizou-se o experimento de permeabilidade vascular em um modelo murino de peritonite induzida por Spk e pré-tratamento com DIMI (10mg/Kg, v.o). A partir de leucócitos humanos isolados avaliamos o efeito do pré-tratamento com DIMI (10, 50 e 100 μg/mL) sobre a liberação de armadilhas extracelulares de DNA (NETs/DETs) induzidas por Spk (2 μg/m) e os níveis de citocinas inflamatórias (TNF-α e IL-6). Por fim, por meio da docagem molecular avaliamos a afinidade de ligação do DIMI com moléculas correlacionadas a adesão e migração de leucócitos (integrina β2 e selectinas) e liberação de NETs/DETs (PI3K e PAD2). A partir do estudo epidemiológico evidenciou-se que os parâmetros dor abdominal, dor de fome, diarreia, e urgência de defecação (p<0,05) foram significativamente maiores no grupo tratamento. No entanto, a partir da realização de uma meta-análise, não foram encontradas evidências de diarreia, dor abdominal e vômito a partir da utilização de HD e AZ. Os estudos com o DIMI demonstraram que esse fármaco melhorou a função de barreira vascular, inibiu a liberação de NETs/DETs induzidas por Spk e reduziu a produção de citocinas (TNF-α e IL-6) em leucócitos. As análises de docagem molecular demonstram fortes interações entre o DIMI, integrina β2, PI3K e PAD2. Concluímos a partir dos nossos dados epidemiológicos que o Kit-COVID pode estar associado ao desenvolvimento de sintomas GI. No entanto, os resultados da meta-análise de rede vão contra esses dados, o que nos leva a inferir que os dados epidemiológicos possam estar enviesados devido a concepções políticas. Nossas análises com o DIMI o colocam como um fármaco promissor para auxiliar no processo inflamatório induzido por Sars-Cov-2,atuando na migração e rolamento de neutrófilos e liberação de NETs/DETs.
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DEYNA FRANCÉLIA ANDRADE MARTINS
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Investigação da atividade antinociceptiva do isopulegol em modelo animal de dor neuropática induzida por paclitaxel
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Orientador : FERNANDA REGINA DE CASTRO ALMEIDA
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Data: 15/03/2024
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A dor neuropática ou neurogênica está relacionada a uma lesão primária e disfuncional ao nível do sistema nervoso central. A lesão provocada no nervo tanto ao nível central quanto periférico desencadeia uma série de alterações na plasticidade neuronal que provoca descargas rápidas, intensas e prolongadas induzindo à respostas inadequadas e anormais de sinalização entre os neurônios periféricos, gerando dor neuropática. A dor neuropática periférica é aquela provocada por uma injúria ou enfermidade do sistema nervoso periférico, como por exemplo, podemos citar a neuropatia diabética e aquela induzida por fármacos quimioterápicos como o paclitaxel (PTX). O tratamento da dor neuropática é limitado pela pouca eficácia dos fármacos utilizados e pelos sérios efeitos adversos tais como desenvolvimento de tolerância com seu uso em longo prazo no caso dos opiódes, os anti-inflamatórios não esteroidais - AINES causam eventos cardiovasculares, toxicidade gastrointestinal e disfunção renal e hepática, entre outras medicações. O isopulegol - ISO é um monoterpeno álcool monocíclico presente nos óleos essenciais de várias plantas aromáticas, intermediário na preparação do (-)-mentol, e apresenta várias atividades farmacológicas tais como, antitumoral, antioxidante, ansiolítico, agente anticonvulsivo, além de atividade gastroprotetora, antinociceptiva na dor aguda, anti-inflamatória e anti-hiperalgésica. O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antinociceptiva do ISO em modelo animais de dor neuropática induzida por paclitaxel. Foram utilizados camundongos (Mus musculus) albinos, fêmeas, da linhagem Swiss, pesando entre 25 e 35 g. Os animais foram mantidos à temperatura de 24 ± 1ºC e ciclo claro/escuro de 12 h com água e ração ad libitum. Todos os procedimentos relacionados aos protocolos experimentais e eutanásia foram submetidos e aprovados pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal (CEUA) da Universidade Federal do Piauí sob nº. 740/2022. A dor neuropática foi induzida pela administração intraperitoneal contínua de PTX 2 mg/Kg por 4 dias consecutivos. A avaliação da nocicepção mecânica (teste Von Frey), ao frio (teste acetona) foi realizada para verificar a instalação e manutenção da neuropatia e a eficácia do ISO. Para isso, os animais foram divididos em 6 grupos (n = 6 animais/grupo). No tratamento agudo, os animais receberam uma dose de ISO em grupos distintos (6.25, 12.5, 25, 50 e 100 mg/kg, v.o.), veículo (controle negativo, tween 80 a 2% e NaCl 0,9%, v.o) ou morfina (10 mg/Kg, s.c.) e as avaliações comportamentais foram realizadas nos tempos 0, 1, 2, 3, 4 e 24 horas. No tratamento subagudo, os animais receberam, diariamente, 5 doses de ISO em grupos distintos (6.25, 12.5, 25, 50 e 100 mg/Kg, v.o), veiculo ou duloxetina (30 mg/Kg, v.o.) e as avaliações foram realizadas a cada dois dias, a contar do 9º até 19º do protocolo experimental. Para investigação do mecanismo de ação do ISO, foram avaliadas a participação da via gabaérgica, a quantificação de citocinas TNF-α, liberação de GABA e glutamato em medula. Para análise da toxicidade foram realizados testes de hemólise hipotônica em eritrócitos de ratos e viabilidade celular em linhagens de glioblastoma U87. ISO nas doses de 25, 50 e 100 mg/kg aumentou o limiar nociceptivo mecânico dos animais neuropáticos comparados com o grupo do controle negativo e em todas as doses diminuiu a sensibilidade térmica ao aumentar a latência de resposta ao estímulo térmico. No tratamento subagudo, ISO 25, 50 e 100 mg/kg aumentou de forma significativa o limiar nociceptivo mecânico e reduziu a sensibilidade ao frio nas doses 12.5, 25, 50 e 100 mg/Kg quando comparado ao controle. O efeito antinociceptivo do ISO 25 mg/Kg foi revertido pelo pré-tratamento com flumazenil, e mostrou eficaz em reduzir os níveis de TNF-α no nervo ciático e no soro dos animais tratados. O ISO reduziu a liberação de glutamato e aumentou a descarga de GABA na medula óssea de ratos. O ISO apresentou efeito estabilizador de membranas e baixa citotoxicidade. Diante desses resultados, podemos sugeri que o efeito antinociceptivo do ISO se dá, em parte por ação gabaérgica, e envolve a estabilização das membranas plasmáticas neuronais levando a um desequilíbrio na liberação de neurotransmissores, favorecendo a inibição mediada pelo GABA em detrimento da excitação glutamatérgica. Além disso, o ISO reduziu a concentração de citocinas como o TNF-α e apresentou baixa toxicidade em células neuronais.
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JOSIENE FELIX DE MOURA MACEDO
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ESTUDO DO EFEITO DO (-)-CARVEOL SOBRE O PERFIL GLICÊMICO, MARCADORES DA FUNÇÃO HEPÁTICA E ESTRESSE OXIDATIVO NO FÍGADO EM RATAS COM DIABETES MELLITUS TIPO 1
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Orientador : MARIA DO CARMO DE CARVALHO E MARTINS
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Data: 29/02/2024
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Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos do (-)-Carveol em marcadores bioquímicos de controle glicêmico, função hepática e estresse oxidativo em ratas com diabetes experimental com características semelhantes ao diabetes mellitus tipo 1 (DM1). Foram utilizados 70 Rattus norvegicus Wistar, femêas, com idade média de seis meses e peso corporal variando de 220 a 250g. Os animais foram submetidos a jejum de 12 horas e posteriormente a indução de DM1 por meio da aplicação intraperitoneal (i.p) de estreptozotocina (STZ) (45 mg/kg) em tampão citrato de sódio 0,1 mM pH 4,5. Foram considerados diabéticos os animais com glicemia capilar ≥250 mg/dL, os quais foram divididos em 5 grupos: CD (controle diabético), CV12,5, CV25 e CV50 [(-)-Carveol 12,5, 25 e 50 mg/kg] tratados por via oral (v.o) e INS (insulina humana NPH 6 UI/animal/dia), por via subcutânea (s.b). Diariamente calculou-se a ingestão hídrica (mL/dia) e alimentar (g/dia), o ganho de peso corporal e glicemia capilar foram verificadas semanalmente. Ao final do tratamento avaliou-se os seguintes parâmetros: marcadores de controle glicêmico (glicose sérica e hemoglobina glicada (HbA1c)), marcadores da função hépatica, (aspartato aminotransferase (AST), alanina aminotransferase (ALT), gama-glutamil transferase (GGT), fosfatase alcalina (FA) e albumina). Determinou-se ainda parâmetros de perfil lipídico e análise histopatológica do fígado e pâncreas e os marcadores de estresse oxidativo no fígado (malondialdeído (MDA), mieloperoxidase (MPO) e superóxido dismutase (SOD)). A análise estatística foi realizada por meio de análise de variância Two Way/One Way ANOVA seguida de pós-teste de Tukey para comparações múltiplas, quando cabível. O nível de significância foi estabelecido em p<0,05. Pode-se analisar que o (-)-Carveol nas doses de 25mg/kg e 50mg/kg proporcionou uma redução significativa nos níveis glicêmicos, assim como nos parâmetros bioquímicos de função hepática e estresse oxidativo no fígado. Observou-se ainda redução significativa no conteúdo de triglicerídeos e colesterol total, por fim, um aumento significativo na concentração de glicogênio no fígado, assim como das células β e das ilhotas pancreáticas. Sugere-se que o tratamento com (-)-Carveol nas doses de 25mg/kg e 50mg/kg no tempo de tratamento aqui utilizado, apresenta efeito antidiabético, antioxidante e hepatoprotetor, como evidenciado pela redução de parâmetros relacionados ao controle glicêmico, perfil lipídico, marcadores de função hepática e estresse oxidativo no fígado, assim como pelo efeito na recuperação das ilhotas pancreáticas e aumento das células β.
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PRISCYLA MARIA VIEIRA MENDES
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EFEITO DO EXTRATO ETANÓLICO DE Cnidoscolus quercifolius POHL E DA FILACANTONA NA CONTRATILIDADE UTERINA DE ROEDORES
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Orientador : RITA DE CASSIA MENESES OLIVEIRA
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Data: 23/02/2024
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A dismenorreia primária (DP) é uma das doenças ginecológicas mais prevalentes que gera incapacidade em mulheres de idade reprodutiva, ocasionada pelo aumento da contração uterina idiopática. Assim, terapias que visam o relaxamento da musculatura uterina com menos efeitos colaterais são alvos de investigação, destacando-se as plantas medicinais. A espécie Cnidoscolus quercifolius Pohl (Euphorbiaceae) possui propriedades analgésica e anti-inflamatória com relatos na literatura, tendo a Filacantona como constituinte majoritário. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do extrato etanólico (Cq-EtOH) e da filacantona obtidos das cascas de Cnidoscolus quercifolius Pohl na contratilidade uterina de roedores e os possíveis mecanismos envolvidos na resposta evidenciada. Material e métodos: Pesquisa aprovada pelo CEUA com o parecer nº 722/2022. Para investigação do efeito relaxante em útero isolado de rata (in vitro) foram utilizadas ratas Wistar (Rattus norvegicus) virgens. Para o estudo in vivo foram utilizados camundongos Swiss (Mus musculus) fêmeas virgens. Todos os animais foram estimulados com estradiol antes dos experimentos. As contrações uterinas, em órgão isolado, foram monitoradas por um transdutor de tensionamento de força conectado a um amplificador de sinal, onde foi feita a dissecação do órgão e seus cornos foram isolados, permanecendo sob tensão de 1g. Os estudos foram realizados em útero isolado de rata pré-contraídos com Ocitocina (10-2 UI/mL) ou KCl (60 mM) em diferentes concentrações, individuais ou cumulativas (0,1 – 1000 µg/mL) do extrato da C. quercifolius ou da Filacantona. Para esclarecimento dos possíveis mecanismos de ação, foi feita a curva de CaCl2 (10-5M – 10-2M) na ausência e na presença do extrato para investigar a participação de canais de Ca2+ e a curva de ocitocina (10-6M – 10-1M) na ausência e na presença da filacantona para averiguar a participação dos receptores de ocitocina. Para investigar o efeito do extrato e da filacantona in vivo foi utilizado o teste de contorção induzida por ocitocina, os animais foram eutanasiados e o útero foi retirado em seguida para pesagem. Adicionalmente, foi feita a ancoragem molecular para verificar as interações intermoleculares da Filacantona com os receptores de estrogênio beta, COX-2 e ocitocina. Os valores obtidos foram expressos como média ± erro padrão da média e avaliados por teste t de Student para os protocolos in vitro e in sílico e Anova com pós-teste de Tukey para os protocolos in vivo, considerados significativos para *p<0,05. As análises estatísticas e plotagem dos gráficos foram realizadas utilizando o programa estatístico GraphPad PrismTM 8.0. A contração uterina induzida tanto por ocitocina como por KCl foi reduzida com a utilização do extrato (CE50= 14,73 ± 4,39 μg/mL e CE50= 16,61 ± 3,65 μg/mL, respectivamente) ou com a Filacantona (CE50= 6,70 ± 3,08 μg/mL e CE50= 18,78 ± 9,57 μg/mL), em preparações diferentes, dependente de concentração, mas não diferentes estatisticamente os valores de CE50, sugerindo que um possível mecanismo de ação seja a via comum aos dois agentes contráteis utilizados. Houve efeito inibitório significativo do extrato (500 μg/mL) frente às contrações induzidas por CaCl2 e a presença da Filacantona (81, 243 e 500 μg/mL) também inibiu a curva de ocitocina, comprovando que o mecanismo de ação tocolítico é composto. O estudo in vivo demonstrou que ambos, extrato nas doses de 25 (20,5 ± 3,70*), 50 (17,5 ± 2,06*), 100 (8,0 ± 2,64*) 200 (3,75 ± 2,83*), 400 (21,0 ± 1,15*) mg/kg ou Filacantona 25 (13,50 ± 3,22*) e 50 (14,75 ± 6,25*) mg/kg, reduziram significativamente o número de contorções induzidas por ocitocina (36,75 ± 1,93). Em relação à pesagem dos órgãos, apenas o grupo da dose de 50 mg/kg de Filacantona apresentou um peso maior (0,170 ± 0,01g*) quando comparado com o controle (0,12 ± 0,00g) ou com o tratamento padrão ibuprofeno (0,11 ± 0,00g). No estudo in sílico, a filacantona apresenta afinidade de ligação significativa para os receptores de estrogênio beta, COX-2 e OT. O presente estudo é inédito na constatação do efeito terapêutico do extrato da C. quercifolius e da Filacantona na dismenorreia primária, comprovando seu efeito tocolítico na musculatura uterina em resultados prévios de estudos in vitro, in vivo e in sílico, por bloqueio dos canais de Ca2+ e por redução da contratilidade induzida pela ocitocina.
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DANIEL BARBOSA NUNES
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EFEITOS DO EXTRATO DA Arnica montana Linnaeus NA INFLAMAÇÃO AGUDA DO TENDÃO CALCÂNEO DE RATOS WISTAR INDUZIDA POR COLAGENASE
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Orientador : RITA DE CASSIA MENESES OLIVEIRA
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Data: 20/02/2024
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Introdução: As tendinopatias (TP) consistem em condições degenerativas dos tendões preferencialmente crônicas, resultantes de um acúmulo de microtrauma ao longo do tempo compreende os distúrbios mais patológicos dos tendões. A progressão desses microtraumas expõem produtos da degradação do tecido. Esse Padrões moleculares associados a danos (DAMPs) são reconhecidos por receptores Toll-like (TLRs) em células tendíneas, células endoteliais vasculares, macrófagos e mastócitos, promovendo a produção de mediadores pró-inflamatórias. Oriunda de fatores intrínsecos e fatores extrínsecos a TP tem sua maior ocorrência entre os atletas de alta performance sendo responsáveis por 30-50% de todas as lesões no esporte. A Arnica montana L. uma planta originária das regiões montanhosas do norte da Europa conhecida popularmente no Brasil como: quina-dos-pobres, tabaco-dos-alpes, tabaco-da-montanha, erva-dos pregadores e veneno de leopardo apresenta como principais constituintes ativos flavonóides como a quercetina e seus derivados, lactonas sesquiterpênicas, álcoois, óleo essencial, taninos, entre outros, com algumas propriedades antibacterianas, antifúngicas, anti-inflamatórias e antioxidantes alguns desses constituintes químicos. Diante disso, buscou-se avaliar o efeito do extrato da Arnica montana L. na inflamação aguda do tendão calcâneo de ratos wistar induzida por colagenase. Métodos: Os grupos experimentais foram divididos em animais sadios, controle negativo, meloxican (0,1 mg/kg), extrato de Arnica montana (12,5 mg/kg; 25 mg/kg e 50 mg/kg), tratados por via oral, diariamente, e a espessura da pata foi medida com um paquímetro digital na região do tendão calcâneo, no dia zero (D0), seguida de medidas nos dias D7, D14 e D21, após tratamento. A tendinite foi induzida por injeção intratendínea de colagenase e as avaliações se deram através da medida da espessura do tendão, déficit de sustentação de peso na pata ipsilateral, teste de deambulação espontânea, determinação semi-quantitativa dos níveis de Proteína C-Reativa (PCR) e os aspectos histopatológicos do tecido. Os dados foram analisados utilizando-se ANOVA One-Way seguida dos pós testes de Dunnett para multiplas comparações e Kruskal - Wallis e a significância estatística considerada para valores de *p<0,05 (GraphPad Prism software 6.0, San Diego, CA). Resultados: O extrato de A. montana promoveu a redução significativa da espessura da lesão em todas as doses utilizadas e em todos os períodos avaliados: 7 dias (A. montana 12,5 mg/kg (0,33 ± 0,06 mm); 25 mg/kg (0,14 ± 0,06 mm) e 50 mg/kg (0,09 ± 0,05 mm); 14 dias e (12,5 mg/kg (0,05 ± 0,03 mm); 25 mg/kg (0,09 ± 0,03 mm) e 50 mg/kg (0,13 ± 0,04 mm) 21 dias (12,5 mg/kg (0,08 ± 0,05 mm); 25 mg/kg (0,05 ± 0,02 mm) e 50 mg/kg (0,03 ± 0,01 mm) quando comparados ao controle negativo com média ± E.P.M para 7 (1,50 mm ± 0,13 mm); 14 (0,86 mm ± 0,11 mm) e 21 (0,66 mm ± 0,14 mm) dias respectivamente. A Arnica montana melhorou a distribuição do peso sobre a pata afetada quando comparado com o grupo controle negativo, 7 dias 25 mg/kg (50,43% ± 2,75%) e 50 mg/kg (50,15% ± 1,12%); 14 dias (25 mg/kg (51,31% ± 2,36%) e 50 mg/kg (53,35% ± 2,78%); 21 dias 12,5 mg/kg (53,96% ± 1,15%); 25 mg/kg (50,60%± 2,43%) e 50 mg/kg (52,21% ± 2,17%). enquanto os animais não tratados apresentaram 42,85% ± 1,25%; 42,18% ± 1,92% e 38,85% ± 1,55% respectivamente. Entretanto a dose de 12,5 mg/kg que apesar de melhorado a distribuição só apresentou diferença estatística após 21 dia de tratamento. Na avaliação da deambulação espontânea houve um aumento na velocidade média dos animais tratados embora não tenha apresentado significância estatística. Histologicamente o tratamento com A. montana promoveu uma melhora nos parâmetros de arranjo das fibras tendíneas da hipercelularidade e no arredondamento do núcleo dos fibroblastos. Entretanto, não houve a presença de infiltrados inflamatórios e neoangiogênese em nenhum dos grupos. Conclusão: Diante disso, é evidente o potencial anti-inflamatório da A. montana no modelo em estudo.
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JOSÉ GABRIEL FONTENELE GOMES
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ANÁLISE DOS EFEITOS ANTIANGIOGÊNICO E CITOTÓXICO DA DIHIDROMIRICETINA EM MODELOS PRÉ-CLÍNICOS
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Orientador : GUILHERME BARROSO LANGONI DE FREITAS
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Data: 16/02/2024
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A complexidade do câncer continua a demandar novos tratamentos, incentivando a busca por terapias mais específicas e de menor toxicidade, sendo a descoberta de novos fármacos essencial para superar esses desafios. Os flavonoides destacam-se como substâncias promissoras a novos medicamentos, apresentando uma ampla variedade de atividades biológicas, e.g. antioxidante, anti-inflamatória e antineoplásica. A dihidromiricetina (DHM), um flavonoide presente nas folhas da Hovenia dulcis e Ampelopsis grossedentata, mostrou-se promissor em estudos prévios devido à atividade antitumoral. O presente estudo analisou a DHM em análises in vitro, in silico e in vivo para avaliar os efeitos na angiogênese e viabilidade celular. O estudo em membrana corioalantoide foi desenvolvido com 6 grupos (n=8), sendo aplicadas as concentrações de 2, 4, 8 e 10.5% da DHM, além de dexametasona a 5% como controle positivo e água destilada como controle negativo. A análise de viabilidade celular foi desenvolvida com as linhagens de carcinoma mamário murino estágio IV (4T1), e células de fibroblastos murinos não tumorais (L929), nas concentrações de 0,78-1,56-3,12-6,25-12,50-25- 50 e 100µg/mL, empregando ainda doxorrubicina como controle positivo. O estudo in silico envolveu modelagem comparativa, docking molecular e predição farmacocinética e toxicológica da DHM. O docking foi realizado com os receptores do fator de crescimento de fibroblastos (1 e 2), epidérmico (2 e 3), derivado de plaquetas (A e B) e vasculares (1 e 2), que foram previamente modelados. O alinhamento das sequências dos receptores revelou alta similaridade estrutural com poucas mutações nos resíduos do sítio ativo de cada quinase, bem como os modelos gerados foram validados por gráficos de Ramachandran. O blind docking realizado com a DHM e inibidores experimentais, selecionados em revisão de literatura, indica que a DHM é capaz de interagir com o sítio ativo de todos os receptores, com ligações entre os resíduos do sítio ativo ou próximo a eles, onde em alguns casos a DHM mostra-se com melhor energia de interação que os inibidores. As análises farmacocinéticas e toxicológicas indicaram propriedades de absorção e distribuição limitadas, ligação com a glicoproteína-P, não interação com enzimas do CYP450 e baixa toxicidade. A permeabilidade no sistema nervoso central é limitada para a DHM, em virtude de sua área de superfície polar e baixa lipofilicidade. O estudo em membrana corioalantoide, evidenciou que a DHM é capaz de inibir in vivo a angiogênese, com redução nos parâmetros de área total dos vasos, comprimento, espessura e pontos de ramificações. Além disso, o ensaio de viabilidade celular demonstrou que a DHM é capaz de inibir a proliferação de células tumorais 4T1, e também de células normais da linhagem L929, com IC50 de 29,23 e 15,16 µg/mL respectivamente. É possível concluir que a DHM apresenta efeitos promissores nos processos de angiogênese e viabilidade celular. Suas características farmacocinéticas e toxicológicas de modo geral apresentam bons resultados, e somando-se aos resultados in vitro e in vivo, destacam a DHM como um potencial agente farmacológico futuro na terapia antineoplásica. Pretende-se realizar maiores estudos para compreender o real mecanismo da DHM na fisiologia celular. O presente estudo contribuiu para uma melhor elucidação dos efeitos da DHM na angiogênese e progressão tumoral.
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EMERSON PORTELA SENA
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AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE CARDIOVASCULAR E HIPOGLICEMIANTE DA FRAÇÃO ÁCIDA DA RESINA DE Protium heptaphyllum March EM MODELO EXPERIMENTAL DE HIPERTENSÃO
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Orientador : ALDEIDIA PEREIRA DE OLIVEIRA
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Data: 15/02/2024
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A hipertensão é umas das maiores causas de morte no Brasil e no mundo. A espécie vegetal Protium heptaphyllum March (Burseraceae), conhecida como Almécega, tem uso popular para fins analgésico e cicatrizante e contém uma resina extraída do caule composta de uma mistura de terpenos. Assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da fração ácida obtida da resina de almécega (F.A.R.A.) sobre o sistema cardiovascular em animais normotensos e hipertensos (SHR), bem como avaliar o seu potencial citotóxico e hipoglicemiante. A avaliação da citotoxicidade foi investigada através de teste de viabilidade celular (MTT) em células tronco mesenquimais extraídas da medula óssea de ratas SHR. Foram testadas concentrações da F.A.R.A de 0.1 -1000µg/mL e os grupos veículo (cremophor 1%) e DMSO. Para os testes in vivo (pletismografia de cauda e efeito hipoglicemiante) foram utilizados ratos Wistar (n=5) e ratos SHR (n=5). Para a avaliação da atividade hipotensora e anti-hipertensiva foram administradas as doses de 25, 50, 100mg/Kg da fração, captopril 10mg/Kg, Ee o veículo 1% em grupos animais distintos. Na atividade hipoglicemiante da F.A.R.A. as doses utilizadas foram as mesmas já mencionadas. A fim de avaliar o possível efeito vasorrelaxante da fração ácida foram realizados testes in vitro/ex vivo de reatividade vascular (n=5), em que os anéis de aorta de ratas SHR que foram pré-contraídos com Fenilefrina 10-6M e em seguida administradas concentrações da F.A.R.A. (0,1-1000µg/mL). Após verificação do feito vasorrelaxante da F.A.R.A, realizou-se experimento com Bay K 8644 (10-6M) um ativador de CavL, a fim de verificar o mecanismo de ação relacionado ao efeito vasorrelaxante. Todos os protocolos experimentais foram aprovados pelo Comitê de Ética em Uso de Animais da UFPI (CEUA 739/2022). Os resultados demonstram que: nos testes in vitro de MTT não houve evidência de citotoxicidade nos diferentes nos intervalos de 24, 48 e 72h. Observou-se ainda que a taxa média de viabilidade celular foi maior nas concentrações de 81 a 750 µg/mL no tempo de 72h. Na investigação de parâmetros hemodinâmicos da fração em ratos Wistar (normotensos) a fração ácida apresentou efeito hipotensor de maneira dose dependente. E que após 30 minutos do tratamento os valores pressóricos basais dos grupos: controle (125,85 mmHg) e captopril (93,05mmHg), mostraram diferença significativa quando comparados com as doses da F.A.R.A (PAS: 115; 94; 79mmHg) para as doses de (25 50 e 100mg/Kg, respectivamente), sem alterações na frequência cardíaca. Para os animais SHR (hipertensos) a F.A.R.A demonstrou efeito anti-hipertensivo dose dependente e bradicardico de forma não dependente de dose. Os valores de pressão arterial após 120 minutos foram de: 168 mmHg (controle), 125mmHg (captopril), e 155; 134 e 123 mmHg para as doses (25, 50 e 100mg/Kg, respectivamente). Os valores de frequência cardíaca foram de 393 bpm (controle); 389 (captopril) e 375; 390; 353bpm para as doses (25, 50 e 100mg/Kg, respectivamente). A fração também demonstrou efeito hipoglicêmico, dose-dependente, nos modelos animais testados com redução dos valores basais [149,75mg/dL] em animais Wistar na dose de 25mg/Kg [125,80mg/dL], 50mg/Kg [99,80mg/dL] e 100mg/Kg [74,00mg/dL]. Para os animais SHR após 120 minutos da administração os índices basais [96,00mg/dL] foram reduzidos nas doses de 25mg/Kg [82,00mg/dL]; 50 mg/Kg [74,4 mg/dL] e 100mg/Kg [63,00mg/dL]. No teste de reatividade vascular a F.A.R.A demonstrou efeito vasorrelaxante de maneira dependente de concentração, com valores de Emax137,54 ± 24,66 na presença do endotélio (CE50 = 121,10± 2,0 μg/mL) e Emax129,73 ±27,52 na ausência do endotélio (CE50 = 132,3 ± 2,1μg/mL) sem diferença significativa. Na investigação do possível mecanismo vasorrelaxante da F.A.R.A. com Bay K8644 os resultados evidenciaram que a concentração de 243µg/mL promoveu uma reversão total (CE50 = 84,8 ± 1,9 μg/mL) dos valores de contração induzidas pelo Bay K8644, demonstrando que o efeito inibidor da fração foi potencializado (>200%) na ativação desses canais em comparação aos resultados na presença (79,50%) e ausência do endotélio vascular (58,89%). Os resultados obtidos permitem inferir que a fração possui atividade sobre o sistema cardiovascular, apresentando certa margem de segurança em sua utilização.
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BRUNO DE SOUSA BARBOSA
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EFEITO DO MONOTERPENO α-PINENO SOBRE PARAMETROS TECIDUAIS E SISTÊMICOS EM MUCOSITE INTESTINAL INDUZIDA POR 5-FU EM CAMUNDONGOS
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Orientador : RITA DE CASSIA MENESES OLIVEIRA
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Data: 15/02/2024
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A mucosite intestinal resulta de ulcerações nas mucosas do trato gastrointestinal, causadas por tratamentos quimioterápicos, como o 5-fluorouracil (5-FU). A alta taxa proliferativa das mucosas torna-as suscetíveis a danos induzidos pelo 5-FU, que age causando danos ao DNA, levando à necrose e apoptose das células da mucosa intestinal, principalmente no intestino delgado. Atualmente, as abordagens terapêuticas disponíveis não conseguem efetivamente tratar ou prevenir a mucosite. Dessa forma os compostos naturais surgem como uma grande fonte de biomoléculas, para o desenvolvimento de fármacos. O monoterpeno α-Pineno se destaca, com suas propriedades benéficas, destacando-se por apresentar atividades antibacteriana, anti-inflamatória, antioxidante, antiulcerogênica e antiapoptótica.. Diante dessa premissa, o presente estudo avaliou o efeito do monoterpeno α-Pineno na mucosite intestinal induzida por 5-FU em camundongos. Foram utilizados camundongos swiss machos (30 - 40g). Os parâmetros ponderais, histopatológicos e morfométricos foram avaliados por análise às cegas e/ou técnicas de processamento de imagens, e os parâmetros bioquímicos foram avaliados por reações cromogênicas doseáveis espectrofotometricamente, e parâmetros imunológicos foram avaliados por imunoturbidimetria. Os dados foram analisados por ANOVA, seguido de teste de comparações múltiplas de Bonferroni, significâncias foram calculadas para p<0,05*. Na análise ponderal, o α-Pineno foi capaz de atenuar a perda de massa corporal de 7 gramas (g) para 5g aproximadamente, na dose de 10 mg/kg. Na avaliação da morfologia intestinal, o α-Pineno foi capaz de atenuar a perda da arquitetura intestinal nas doses de 50 e 100 mg/kg. Para as análises morfometricas, o α-Pineno conseguiu atenuar a redução da morfometria das vilosidades de 500 µm para aproximadamente 1000 µm, nas doses de 50 e 100 mg/kg. Na análise das criptas intestinais, o tratamento com α-Pineno atenuou a redução do tamanho das criptas de 500 µm para aproximadamente 800 µm nas doses de 0.1, 1, 10, 50, 100 mg/kg. Para a disrruptura epitelial, avaliada através da liberação luminal da enzima Lactato Desidrogenase (LDH), o tratamento com α-Pineno exibiu redução de 38,48+/- 34,11; 65,02 +/- 14,81; 75,50 +/- 10,77 e 78,83 +/- 14,82 % para as doses 0,1; 1,0; 10; 50 e 100 mg/kg. O aumento dos níveis séricos de Proteína C Reativa (PCR) também foram atenuados pela administração de α-Pineno (22,93±0,5; 85,56±0,1; 79,29±; 82,56±0,1 e 86,10±0,1 µg/ml) para as doses 0.1, 1, 10, 50 e 100 mg/kg. Para leucopenia induzida pelo 5-FU, o α-Pineno elevou a leucometria em 50 mg/kg (9488±824 células/mm³) e 100 mg/kg e (14758±1627). O α-Pineno se mostrou capaz também de atenuar o aumento dos níveis de MPO de 22,93±2,8 para 11,24±2 uMPO/mg nas doses de 1, 10, 50 e 100 mg/kg respectivamente. Na avaliação in sílico ADMET, foi demonstrado que o α-Pineno apresenta uma boa absorção gastrointestinal, biodisponibilidade favorável, não se mostrou substrato nem inibidor previsto para as enzimas da superfamília do citocromo P450 (CYP450), além de demonstrar baixa toxicidade. A molécula respeitou todos os parâmetros da regra de lipinski, favorecendo-o como um possível fármaco a ser administrado pela via oral. O docking molecular foi realizado com os receptores (TNF-α, TNFR1, IL-1β, IL-1R1, IL-6, IL-6R, COX-2, iNOS, MMP-2, MMP-9, MMP-12), onde foi observado que o α-Pineno é capaz de interagir com o sítio ativo de quase todos os receptores, com ligações entre os resíduos do sítio ativo ou próximo a eles. Dessa forma, o α-Pineno se mostra como uma molécula promissora a ser um possível fármaco ou adjuvante no tratamento da mucosite intestinal induzida por 5-FU, mediante suas características ADMET e físico químicas, assim como sua capacidade de interagir com os principais alvos mediadores da progressão da mucosite, e exibir um efeito protetor contra o quadro inflamatório e dano oxidativo presente nessa patologia.
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MAISA CAMPÊLO DE SOUSA
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ATIVIDADE GASTROPROTETORA DE EXTRATOS E FRAÇÕES DE Mouriri guianensis Aubl.
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Orientador : RITA DE CASSIA MENESES OLIVEIRA
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Data: 14/02/2024
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A úlcera péptica é a lesão induzida por ácido no trato digestivo, que se caracteriza pelo distúrbio de integridade da mucosa e se configura como um problema de saúde mundial, visto que as possibilidades terapêuticas atualmente conhecidas apresentam diversas limitações e não impedem a sua reincidência. Produtos naturais têm se mostrado como promissoras alternativas preventivas, muitos deles escolhidos em decorrência da sua utilização na medicina tradicional. As folhas e cascas de Mouriri guianensis Aubl. são utilizadas empiricamente para o tratamento de ulcerações, mas ainda não se tem estudos sobre suas atividades farmacológicas. O objetivo do presente estudo foi investigar a atividade protetora gástrica do extrato etanólico das folhas (Mg-EtOHf), suas frações hidrometanólica (Mg-MeOH) e hexânica (Mg-Hex), e do extrato etanólico dos galhos (Mg-EtOHg) de M. guianensis Aubl. e os possíveis mecanismos envolvidos nesse efeito em modelos experimentais de indução de lesão gástrica in vivo. A caracterização fitoquímica apontou nas amostras a presença de constituintes como taninos condensados, triterpenos e esteroides, catequinas, sitosterol e estigmasterol, flavonoides e antraquinonas. Na avaliação da toxicidade aguda em larvas de Tenebrio molitor, a administração de diferentes doses de todas as amostras indicou baixa toxicidade para a dose mais alta testada (3000 mg/kg). O pré-tratamento com Mg-MeOH (12,5; 25 e 50 mg/kg, v.o.) reduziu em 52, 50 e 54% a área de lesão gástricas induzidas por etanol e com Mg-EtOHg (25; 50 e 100 mg/kg, v.o.) reduziu em 47, 51 e 64%, respectivamente, quando comparados ao grupo veículo (p<0,05). A avaliação mecanística das amostras envolveu aumento do conteúdo de muco gástrico aderido, dos níveis de óxido nítrico e ação antioxidante. Na análise da atividade antioxidante in vitro, todas as amostras testadas induziram à redução do radical DPPH, sendo a melhor concentração efetiva de 59,55 ± 7,31 μg/mL para o Mg-EtOHg. O pré-tratamento com todas as amostras testadas reduziu a área de lesões gástricas induzidas por isquemia e reperfusão (p<0,05). Entre os extratos etanólicos e frações das folhas, o efeito mais pronunciado foi de Mg-Hex (6,25; 12,5 e 25 mg/kg, v.o.), que reduziu em 82, 87 e 90% a área de lesão, respectivamente, quando comparado ao grupo veículo. O extrato etanólico dos galhos (12,5; 25 e 50 mg/kg, v.o.) reduziu a área de lesão em 96, 98 e 92%, respectivamente, apresentando o efeito mais pronunciado dentre todas as amostras. Extratos e frações de Mouriri guianensis Aubl. exibiram efeitos gastroprotetores frente a lesões agudas em modelos in vivo, possivelmente por mecanismos de potencialização do sistema antioxidante. Os resultados apontam para um potencial preventivo e terapêutico de derivados da planta frente à úlcera gástrica. Esta é uma investigação relevante e pioneira, por elucidar as primeiras evidências científicas para o efeito gastroprotetor de Mouriri guianensis Aubl.
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NAIANA DEODATO DA SILVA
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Efeito vasorrelaxante e anti-hipertensivo do chá das folhas de Moringa oleifera lamarck em ratos normotensos e hipertensos SRH.
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Orientador : ALDEIDIA PEREIRA DE OLIVEIRA
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Data: 25/01/2024
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A espécie Moringa oleifera Lamarck pertence em FHOI et al., 2020), opril á família Moringaceae conhecida popularmente como Moringa, possui propriedades biológicas, dentre elas atividade sobre o sistema cardiovascular. O objetivo deste estudo foi avaliar a ação citotóxica, vasorrelaxante e anti-hipertensiva do chá das folhas de M. oleifera em modelo animal. Utilizou-se ratos Wistar machos (Rattus norvegicus) com peso entre 250-300g e ratos hipertensos SHR (230 – 250g), proveniente do Biotério – BS2/UFPI. Os protocolos experimentais foram aprovados pelo (CEUA/UFPI-562/19). A Moringa foi coletada no NUPLAM/CCA/UFPI (SISGEN - A0ABD12), e após higienização e secagem as folhas foram trituradas para obtenção do pó. Para o preparo do chá partiu-se de 3g de pó para 100ml de água fervente (100ºC), após foi congelado em freezer -80 e posterior liofilizado obtendo-se o (CMo-lio 3%). Realizou-se teste de citotoxidade (MTT) em células-tronco mesenquimais obtidas da medula óssea (BMMSC) de ratas SHR, as células foram tratadas com CMo-lio 3% (1 a 1000µg/ml) nos tempos de 24, 48 e 72h. Em outra série de experimentos, após eutanásia dos animais (tiopental sódico 100mg/kg), removeu-se a artéria aorta torácica que foi, limpa e seccionada em anéis (3-4mm), e mantendo-se o tecido adiposo perivascular (PVAT+) e/ou anéis sem o tecido adiposo perivascular (PVAT-) que foram imersos em cuba para órgão isolado contendo solução de KREBS a 37ºC, aerados com carbogênio, sob tensão inicial de 1,5g/f/1h. Os registros de tensões isométricas foram obtidos através de trandutores de força (TRI210-Panlab) acoplado a amplificador de sinal, conectado a computador com sistema AQCAD (AVS-PROJETOS-SP). O vasorrelaxamento foi determinado em anéis de aorta com e sem endotélio na presença e na ausência do PVAT, após pré-contração com fenilefrina (1µM) e ou KCl 60 mM, e na fase tônica das contrações adicionou-se o CMo-lio 3% (0,1 a 750 µg/ml). A influência da enzima eNOS na resposta do CMo-lio 3% foi avaliada na presença de L-NAME 100 µM em preparações com endotélio vascular e com e sem PVAT. Em outra análise, pré incubou-se concentrações (81, 243 e 500 µg/mL), antes da indução de contrações por fenilefrina (10-9–10-5 M). Na avaliação do efeito do CMo-lio 3%, sobre a hipertensão induzida por fenilefrina (1mg/kg i.v), após 24 hs a implantação de cateter de polietileno na veia cava e artéria femoral esquerda, sob anestesia (xilasina e cetamina), o cateter arterial foi conectado a transdutor de pressão para registros dos valores de PAM e FC e o cateter venoso foi usado para administração das doses da Moringa (12,5, 25 e 50 mg/kg, i.v.). Na verificação do efeito anti-hipertensivo, utilizou-se ratos SHR tratados com o chá fluido 3% por via oral, outro grupo com captopril (10mg/kg) e salina (grupo controle) e registrou-se os valores de PAS e FC por 120min. Em outra análise associou-se-o (5 mg/kg captopril + CMo-lio 3%). Todos os registros de pressão direta e ou indireta foram obtidos usando o (PowerLab - AD-INSTRUMENTS). Os resultados demonstram que o CMo-lio 3% não apresenta citotoxicidade em células (BMMSC) de ratas em nenhum dos tempos de análise. Na verificação da resposta vasorrelaxante da CMo-lio 3% na ausência do endotélio vascular e presença do PVAT, observou-se que o intervalo de confiança da EC50 foi de (ICCE50: 442,0 - 693,7 μg/ml) e o efeito máximo (Emax= 78,5 ± 5,5%), já na ausência do PVAT, o intervalo de confiança da EC50 foi de (ICCE50: 375,7 a 657,9 μg/ml) e com maior redução do efeito máximo (Emax= 61,7± 7%). Para as preparações com endotélio sem o PVAT e em preparações com endotélio e com PVAT, observa-se uma potência vasorrelaxante de (CE50: 12,31 ± a 1,09 μg/ml) e sem PVAT (CE50= 9,70 ± 0,9 μg/ml). O CMo-lio 3% não promoveu vasorrelaxamento sobre as contrações induzidas por despolarização-KCl 60mM (Emax= 6,5 ± 1,8%). A participação do óxido nítrico, foi observada na presença do L-NAME, preparações com endotélio na presença e na ausência do PVAT. E observou-se que a resposta vasorrelaxante foi completamente abolida em preparações sem PVAT e atenuada com redução do efeito máximo na presença do PVAT. CMo-lio 3% também foi capaz de reduzir as contrações induzida pela adição cumulativa de fenilefrina de maneira não dependente da concentração. Na avaliação de parâmetros hemodinâmicos, a fenilefrina promoveu efeito hipertensor (PAM= 58,6%) e taquicardia reflexa (56%) e o tratamento agudo com CMo-lio 3% nas doses (12,5, 25 e 50mg/kg), reduziu a resposta hipertensora (12,4; 15,2 e 23%, respectivamente) e taquicardica reflexa (22,7; 35,2 e 30,8%, respectivamente). Em animais SHR (PAS = 176 ± 7 mmHg), o chá fluido 3% reduziu a PAS (125 ± 9 mmHg), sem alterar FC no tempo de até 120 minutos. Em ratos SHR, observou-se sinergismo entre captopril e o CMo-lio 3%. Uma vez que o grupo Captopril (5 mg/kg + CMo-lio 3%), apresentou equivalência de efeito antihipertensivo sem diferença estatística entre os grupos. Indicativo que podem possuir a mesma resposta (*p<0.05). Concluimos que CMo-lio 3% não demonstrou citoxicidade em cálulas tronco e demonstra ação anti-hipertensiva que pode em decorrência da redução da resistência vascular periférica por liberação do óxido nítrico e modulação do tecido adiposo perivascular.
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