Dissertações/Teses

2024
Descrição
  • VIVIANE LEAL VELOSO
  • Avaliação do potencial anti-inflamatório do (E)-3-(3-metoxifenil) acrilato de pentila (3-MAP) sobre a síndrome respiratória aguda experimental em Rattus norvegicus.
  • Orientador : FRANCISCO DE ASSIS OLIVEIRA
  • Data: 13/12/2024
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  • A Síndrome Respiratória Aguda (SRA), também conhecida como Síndrome do Desconforto Respiratório
    Agudo (SDRA), é uma lesão pulmonar inflamatória aguda caracterizada por insuficiência respiratória hipoxêmica grave, opacidades bilaterais na imagem do tórax e baixa complacência pulmonar. Pode ser desencadeada por lesões pulmonares diretas, como aspiração ou problemas de inalação, ou indiretamente por condições como sepse. A inflamação é impulsionada por macrófagos e neutrófilos, que liberam vários mediadores inflamatórios. Apesar dos tratamentos existentes, como os corticosteroides que mostram eficácia variável, a SRA permanece como uma condição com alta morbidade e mortalidade, destacando a necessidade de novas opções terapêuticas. Há derivados do ácido ferúlico, como ferulato de etila, que mostram atividade anti-inflamatória. Notavelmente, um derivado do ácido ferúlico, como o (E)-3-(3-metoxifenil) acrilato de pentila (MAP) apresenta atividade anti-inflamatória, mas carece de estudos in vivo para possível tratamento na SRA. Portanto, o objetivo deste estudo foi investigar o
    potencial anti-inflamatório in silico e in vivo do (E) -3-(3- metoxifenil) acrilato de pentila sobre as alterações causadas pelo síndrome respiratória aguda induzido por modelo de isquemia e reperfusão intestinal (iI/R) em Rattus norvegicus. Um estudo in silico foi realizado para avaliar a predição dos efeito anti-inflamatório do MAP prevendo a afinidade de ligação e verificando as interações intermoleculares com alguns alvos moleculares. Para o protocolo do modelo da síndrome respiratória aguda experimental foram utilizados ratos Wistar machos de 8 semanas e pesando em média 200g obtidos do Biotério Central da Universidade Federal do Piauí (UFPI) mediante aprovação do Comitê de Ética no Uso de Animais (No 773/2023). A SRA foi induzida através do modelo de isquemia/reperfusão intestinal (iI/R), precedido pelo pré-tratamento com salina (sham), MAP (20, 40 e 60 mg/kg, v.o.) ou dexametasona (10 mg/kg, v.o.) (controle positivo) e um controle negativo (indução do modelo e sem tratamento) em Rattus norvegicus. No mesmo dia após a indução do protocolo os animais foram eutanasiados para a obtenção do lavado broncoalveolar (LBA), usado para contagem total e diferencial de leucócitos, dosagem de estresse oxidativo tecidual, dosagem de citocinas e teste de genotoxicidade aguda (cometa) versão alcalina, e dos pulmões onde foram confeccionadas lâminas para análise histológica. Todos os dados foram submetidos a análise de normalidade e em seguida tratados por análise de variância e pós-teste de Tukey, o valor de p< 0,05 foi considerado significativo. De acordo com as propriedades farmacocinéticas e toxicológicas avaliadas in silico, o MAP apresentou boa absorção por via oral e baixa toxicidade aguda. Além disso, mostrou capaz de interagir com os sítios ativos das principais proteínas alvo envolvidas na progressão da SRA por meio de docking molecular. Os resultados mostraram que houve redução significativa (p<0,05) da inflamação neutrofílica nos pulmões de ratos tratados com
    MAP, evidenciada pela contagem de células no lavado broncoalveolar. MAP também exibiu atividade antioxidante pulmonar, pois elevou significativamente o nível de glutationa reduzida (GSH) e catalase e, concomitantemente, depletou o nível de óxido nítrico. A dosagem de TNF-α, IL-1β e IL-6 e o dano alveolar, foram significativamente reduzidas nos animais tratados com o MAP. Além disso, ele não apresentou genotoxicidade aguda, isso é ainda mais corroborado pelo DL50 (analisado in silico) e classe de toxicidade, que retrata que o MAP pode ser seguro quando. A Síndrome Respiratória Aguda (SRA), também conhecida como Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA), é uma lesão pulmonar inflamatória aguda caracterizada por insuficiência respiratória hipoxêmica grave, opacidades bilaterais na imagem do tórax e baixa complacência pulmonar. Pode ser desencadeada por lesões pulmonares diretas, como aspiração ou problemas de inalação, ou indiretamente por condições como sepse. A inflamação é impulsionada por macrófagos e neutrófilos, que liberam vários mediadores inflamatórios. Apesar dos tratamentos existentes, como os corticosteroides que mostram eficácia variável, a SRA permanece como uma condição com alta morbidade e mortalidade, destacando a necessidade de novas opções terapêuticas. Há derivados do ácido ferúlico, como ferulato de etila, que mostram atividade anti-inflamatória. Notavelmente, um derivado do ácido ferúlico, como o (E)-3-(3-metoxifenil) acrilato de pentila (MAP) apresenta atividade anti-inflamatória, mas carece de estudos in vivo para possível tratamento na SRA. Portanto, o objetivo deste estudo foi investigar o potencial anti-inflamatório in silico e in vivo do (E) -3-(3- metoxifenil) acrilato de pentila sobre as alterações causadas pelo síndrome respiratória aguda induzido por modelo de isquemia e reperfusão intestinal (iI/R) em Rattus norvegicus. Um estudo in silico foi realizado para avaliar a predição dos efeito anti-inflamatório do MAP prevendo a afinidade de ligação e verificando as interações intermoleculares com alguns alvos moleculares. Para o protocolo do modelo da síndrome respiratória aguda experimental foram utilizados ratos Wistar machos de 8 semanas e pesando em média 200g obtidos do Biotério Central da Universidade Federal do Piauí (UFPI) mediante aprovação do Comitê de Ética no Uso de Animais (No 773/2023). A SRA foi induzida através do modelo de isquemia/reperfusão intestinal (iI/R), precedido pelo pré-tratamento com salina (sham), MAP (20, 40 e 60 mg/kg, v.o.) ou dexametasona (10 mg/kg, v.o.) (controle positivo) e um controle negativo (indução do modelo e sem tratamento) em Rattus norvegicus. No mesmo dia após a indução do protocolo os animais foram eutanasiados para a obtenção do lavado broncoalveolar (LBA), usado para contagem total e diferencial de leucócitos, dosagem de estresse oxidativo tecidual, dosagem de citocinas e teste de genotoxicidade aguda (cometa) versão alcalina, e dos pulmões onde foram confeccionadas lâminas para análise histológica. Todos os dados foram submetidos a análise de normalidade e em seguida tratados por análise de variância e pós-teste de Tukey, o valor de p< 0,05 foi considerado significativo. De acordo com as propriedades farmacocinéticas e toxicológicas avaliadas in silico, o MAP apresentou boa absorção por via oral e baixa toxicidade aguda. Além disso, mostrou capaz de interagir com os sítios ativos das principais proteínas alvo envolvidas na progressão da SRA por meio de docking molecular. Os resultados mostraram que houve redução significativa (p<0,05) da inflamação neutrofílica nos pulmões de ratos tratados com MAP, evidenciada pela contagem de células no lavado broncoalveolar. MAP também exibiu atividade antioxidante pulmonar, pois elevou significativamente o nível de glutationa reduzida (GSH) e catalase e, concomitantemente, depletou o nível de óxido nítrico. A dosagem de TNF-α, IL-1β e IL-6 e o dano alveolar, foram significativamente reduzidas nos animais tratados com o MAP. Além disso, ele não apresentou genotoxicidade aguda, isso é ainda mais corroborado pelo DL50 (analisado in silico) e classe de toxicidade, que retrata que o MAP pode ser seguro quando A Síndrome Respiratória Aguda (SRA), também conhecida como Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA), é uma lesão pulmonar inflamatória aguda caracterizada por insuficiência respiratória hipoxêmica grave, opacidades bilaterais na imagem do tórax e baixa complacência pulmonar. Pode ser desencadeada por lesões pulmonares diretas, como aspiração ou problemas de inalação, ou indiretamente por condições como sepse. A inflamação é impulsionada por macrófagos e neutrófilos, que liberam vários mediadores inflamatórios. Apesar dos tratamentos existentes, como os corticosteroides que mostram eficácia variável, a SRA permanece como uma condição com alta morbidade e mortalidade, destacando a necessidade de novas opções terapêuticas. Há derivados do ácido ferúlico, como ferulato de etila, que mostram atividade anti-inflamatória. Notavelmente, um derivado do ácido ferúlico, como o (E)-3-(3-metoxifenil) acrilato de pentila (MAP) apresenta atividade anti-inflamatória, mas carece de estudos in vivo para possível tratamento na SRA. Portanto, o objetivo deste estudo foi investigar o potencial anti-inflamatório in silico e in vivo do (E) -3-(3- metoxifenil) acrilato de pentila sobre as alterações causadas pelo síndrome respiratória aguda induzido por modelo de isquemia e reperfusão intestinal (iI/R) em Rattus norvegicus. Um estudo in silico foi realizado para avaliar a predição dos efeito anti-inflamatório do MAP prevendo a afinidade de ligação e verificando as interações intermoleculares com alguns alvos moleculares. Para o protocolo do modelo da síndrome respiratória aguda experimental foram utilizados ratos Wistar machos de 8 semanas e pesando em média 200g obtidos do Biotério Central da Universidade Federal do Piauí (UFPI) mediante aprovação do Comitê de Ética no Uso de Animais (No 773/2023). A SRA foi induzida através do modelo de isquemia/reperfusão intestinal (iI/R), precedido pelo pré-tratamento com salina (sham), MAP (20, 40 e 60 mg/kg, v.o.) ou dexametasona (10 mg/kg, v.o.) (controle positivo) e um controle negativo (indução do modelo e sem tratamento) em Rattus norvegicus. No mesmo dia após a indução do protocolo os animais foram eutanasiados para a obtenção do lavado broncoalveolar (LBA), usado para contagem total e diferencial de leucócitos, dosagem de estresse oxidativo tecidual, dosagem de citocinas e teste de genotoxicidade aguda (cometa) versão alcalina, e dos pulmões onde foram confeccionadas lâminas para análise histológica. Todos os dados foram submetidos a análise de normalidade e em seguida tratados por análise de variância e pós-teste de Tukey, o valor de p< 0,05 foi considerado significativo. De acordo com as propriedades farmacocinéticas e toxicológicas avaliadas in silico, o MAP apresentou boa absorção por via oral e baixa toxicidade aguda. Além disso, mostrou capaz de interagir com os sítios ativos das principais proteínas alvo envolvidas na progressão da SRA por meio de docking molecular. Os resultados mostraram que houve redução significativa (p<0,05) da inflamação neutrofílica nos pulmões de ratos tratados com MAP, evidenciada pela contagem de células no lavado broncoalveolar. MAP também exibiu atividade antioxidante pulmonar, pois elevou significativamente o nível de glutationa reduzida (GSH) e catalase e, concomitantemente, depletou o nível de óxido nítrico. A dosagem de TNF-α, IL-1β e IL-6 e o dano alveolar, foram significativamente reduzidas nos animais tratados com o MAP. Além disso, ele não apresentou genotoxicidade aguda, isso é ainda mais corroborado pelo DL50 (analisado in silico) e classe de toxicidade, que retrata que o MAP pode ser seguro quando consumido por via oral. Em suma, os resultados deste estudo demonstraram que o MAP possui atividade anti- inflamatória em estudos in silico e in vivo em modelo de isquemia/reperfusão intestinal em Rattus novergicus. Esta é a primeira demonstração que o MAP reduz os níveis de EROs, citocinas e danos alveolares no modelo de síndrome respiratória aguda por iI/R, abrindo perspectiva na utilização desta substância no tratamento da síndrome respiratória aguda.

  • FLAVIANO RIBEIRO PINHEIRO NETO
  • ATIVIDADE DO α-FELANDRENO NA ALODINIA ONCOLÓGICA: MECANISMOS E ASSOCIAÇÃO COM 5-FLUORURACILA
  • Orientador : FERNANDA REGINA DE CASTRO ALMEIDA
  • Data: 18/10/2024
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  • Devido à ampla variedade de causas associadas ao câncer, diferentes classes de agentes farmacológicos são frequentemente utilizadas no manejo da dor, que é caracterizada por uma neurobiologia complexa e multifatorial. Diante disso, a pesquisa farmacológica focada no desenvolvimento de novos agentes terapêuticos tem se tornado cada vez mais essencial, proporcionando alternativas mais eficazes e seguras para o alívio da dor em pacientes oncológicos. Neste contexto, o presente trabalho tem como principal objetivo investigar os mecanismos de ação antinociceptiva do α-Fel, bem como avaliar seus possíveis efeitos tóxicos e de quimioproteção no tratamento combinado com 5-Fluorouracila em modelos de alodinia oncológica. Para a indução da dor oncológica, células de sarcoma-180 foram inoculadas na região subaxilar de camundongos Balb/c. Os animais foram avaliados quanto aos parâmetros de alodinia e hiperalgesia mecânicas utilizando os filamentos de Von Frey. As avaliações antinociceptivas foram realizadas nos seguintes grupos: sham (NaCl 0,9% com Tween 80 a 2% v.o., sem inoculação de células S-180), veículo (NaCl 0,9% com Tween 80 a 2% v.o.), controle positivo (Duloxetina 30 mg/kg v.o.), α-Fel (25 mg/kg v.o.), 5-FU (10 mg/kg i.p.) e α-Fel + 5-FU (25 mg/kg v.o. / 10 mg/kg i.p.). As avaliações, realizadas tanto no tecido peritumoral quanto indiretamente na pata traseira direita, mostraram que o α-Fel reduziu significativamente a hipernocicepção causada pelo tumor S-180, assim como os demais tratamentos propostos. Houve evidência de maior eficácia no tratamento combinado de α-Fel + 5-FU (25 mg/kg v.o. / 10 mg/kg i.p.) em comparação aos outros grupos. Em seguida, foi analisada a massa bruta relativa dos tumores para avaliar o possível efeito antitumoral, com destaque para a combinação de tratamentos. O grupo tratado com α-Fel (25 mg/kg v.o.) apresentou uma redução de 37,4% na massa tumoral, enquanto o grupo 5-FU (10 mg/kg i.p.) mostrou uma redução de 23,5%. Por fim, observou-se uma redução de 66,7% em relação ao controle negativo. Para investigar possíveis efeitos tóxicos, foram realizados testes de letalidade com Artemia salina (CL50: 620,80) e Allium cepa, micronúcleo e Saccharomyces cerevisiae que demonstraram citotoxicidade. Além disso, testes de caquexia mostraram redução significativa da caquexia nos animais tratados em comparação ao controle negativo. Visando explorar os possíveis mecanismos de ação, verificou-se que o α-Fel modulou a produção de citocinas, com base em ensaios imunoenzimáticos (ELISA) realizados em homogenato de tecido tumoral e medula espinhal. O α-Fel foi capaz de reduzir os níveis de TNF-α em ambos os tecidos. Além disso, foram realizadas dosagens de proteína C-reativa (PCR) no plasma dos animais tratados, observando-se uma redução significativa dessa proteína inflamatória. O estudo também demonstrou que o α-Fel apresentou efeitos imunomoduladores significativos, aumentando os níveis de imunoglobulina M e C3 quando combinado com 5-FU. Estudos de docking molecular sugerem que sua atividade antinociceptiva pode estar relacionada à modulação de receptores opioides, VEGF, GABAa, COX-2, PPAR gama e TRPV-1. Além disso, o α-Fel apresentou 8 propriedades antioxidantes, marcada a marcação de mieloperoxidase no tumor de Sarcoma-180. Sua ação antitumoral e antiproliferativa foi demonstrada pela diminuição do Ki-67, enquanto a ação antiangiogênica foi associada à modulação do VEGF. O aumento do recrutamento de macrófagos e a modulação de COX-2 reforçam seu potencial anti-inflamatório

     

  • LARA PRISCILA FREITAS FERREIRA
  • EFEITO ANTIOXIDANTE DO ÁCIDO ASCÓRBICO NOS DANOS CARDÍACOS ASSOCIADOS À DOXORRUBICINA EM CARCINOMA DE MAMA MURINO
  • Orientador : DALTON DITTZ JUNIOR
  • Data: 03/06/2024
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  • A doxorrubicina (DOX) é um dos medicamentos anticancerígenos mais eficazes no tratamento de diferentes formas de câncer, como o adenocarcinoma de mama, mas a sua utilidade terapêutica é severamente limitada pela sua associação aguda ou cardiotoxicidade crônica. O estresse oxidativo está relacionado não apenas à cardiotoxicidade da DOX, mas também a etiologia do câncer. Este trabalho teve como objetivo analisar as propriedades antioxidantes do ácido ascórbico e seu efeito in vitro em células de adenocarcinoma de mama (4T1). Foi realizada a padronização do dano cardíaco causado pela DOX (37,5 mg/Kg) em camundongos Balb-c e posterior protocolo de cotratamento com ácido ascórbico (2,5 mg/Kg, 25 mg/Kg e 100 mg/Kg), comparando-se animais tratados com animais não tratados por meio de eletrocardiograma (ECG), testes bioquímicos, hematológicos e análises histológicas. O ácido ascórbico (AA), em concentrações de 2 - 14 ug/mL, teve sua propriedade antioxidante investigada através dos ensaios DPPH e ABTS, comparando=se ao Trolox nas mesmas concentrações. O efeito antioxidante em 50% dos radicais (CE50) por AA foi de 1.500 ug/mL e 53,19 ug/mL nos ensaios DPPH e ABTS, respectivamente. Enquanto a EC50 do Trolox foi de 14,88 ug/mL e 12.107 ug/mL nos ensaios DPPH e ABTS, respectivamente. A citotoxicidade do AA foi avaliada pelo ensaio MTT. As células de adenocarcinoma de mama foram expostas a AA (20-0,04 ug/mL) ou DOX (6 – 0,012 ug/mL) por 72h. A concentração de citotoxicidade de 50% (IC50) de AA em células 4T1 foi superior a 20 ug/mL. Nas mesmas células, a IC50 da DOX é 0,47 µg/mL. Os animais tratados com DOX apresentaram alterações no ECG em relação aos animais controle nos parâmetros: intervalo(s) R-R, frequência cardíaca (bpm), intervalo QT (ms) e intervalo QRS (ms), indicando o estabelecimento de dano cardíaco através da dose administrada e tratamento com AA. Além disso, os animais tratados com DOX em associação de AA, apresentaram melhoras em todos os índices citados anteriormente. Assim, conclui-se que o ácido ascórbico possui atividade antioxidante e menor citotoxicidade em células de carcinoma de mama, além de diminuição do dano cardíaco avaliado por ECG.

  • CLAILSON DA SILVA PINHEIRO
  • MODULAÇÃO DA ATIVIDADE AUTONÔMICA COLINÉRGICA VIA EXERCÍCIO FÍSICO, β-BLOQUEADOR E INIBIDOR DA ACETILCOLINESTERASE SOBRE AS ALTERAÇÕES CARDÍACAS E GASTRINTESTINAIS EM RATAS COM SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO
  • Orientador : ALDEIDIA PEREIRA DE OLIVEIRA
  • Data: 18/04/2024
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  • Introdução: A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é um distúrbio endócrino metabólico que afeta cerca de 6 a 20% das mulheres em idade reprodutiva, sendo responsável por 70 a 80% de todas as ocorrências de infertilidade no mundo. É definida por hiperandrogenismo, juntamente com ovários císticos, ciclo menstrual irregular, resistência à insulina, obesidade e hiperatividade simpática. Assim sendo, algumas alternativas, como exercício fisico, devem ser implementadas para recuperar os efeitos da SOP no trato gastrintestinal e sistema nervoso autônomo. Ademais, o uso de piridostigmina, e atenolol promoveu melhora na redução da retenção gástrica, bem como, no aumento da retenção intestinal. Entretanto, esses mecanismos ainda não foram elucidados na literatura em relação a SOP. Objetivo: O objetivo do estudo foi avaliar a modulação do sistema nervoso autônomo fisio-farmacologicamente sobre as repercussões cardíacas e gastrintestinais em ratas com síndrome do ovário policístico induzido por letrozol. Metodologia: Fêmeas Wistar, (190-220 g), separadas em grupo controle, SOP, SOP+Exercício, SOP+piridostigmina 22 mg/kg e SOP+atenolol 20 mg/kg. A SOP foi induzida por letrozol (1 mg/kg via p.o), por 21 dias consecutivos. O exercício físico foi o treino de natação (com 5% do peso corporal), 1h/dia/21 dias. Avaliamos a retenção gástrica, retenção intestinal no duodeno, jejuno, e íleo, frequência cardíaca, intervalo R-R”, intervalo QRS, intervalo QT, intervalo QTc, variabilidade da frequência cardíaca no componente LF (nu), componente HF (nu), e relação LF/HF. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética no Uso de Animais (CEUA-UFPI nº 599/19). Resultados: A SOP promoveu diminuição significativa (p<0,05) no esvaziamento gástrico quando comparado ao controle (51,83 ± 0,67 % vs. 61,37 ± 2,39 %) e o exercício fisico recuperou de maneira significativa (p<0,05) esse efeito em relação a SOP (59,35 ± 1,82 % vs. 51,83 ± 0,67 %). A administração de piridostigmina, e atenolol promoveu de forma significativa o aumento do esvaziamento gástrico quando comparado a SOP. Piridostigmina (65,63 ± 2,87 % vs. 51,83 ± 0,67 %). Atenolol (76,21 ± 4,73 % vs. 51,83± 0,67 %). A SOP reduziu de forma significativa (p<0,05) a retenção intestinal. O exercício físico recuperou de forma significativa (p<0,05) esse efeito, bem como, a administração de piridostigmina, e atenolol. O tratamento com exercio fisico, assim como, a piridostigmina, e atenolol, reverteram de forma significativa (p<0,05) as alterações na frequência cardíaca (FC), intervalo R-R”, intervalo QRS, intervalo QT, e intervalo QTc. Bem como, a variabilidade da frequência cardíaca observada no componente LF (nu), HF (nu), e relação LF/HF. Conclusões: A SOP promove alterações no trato gastrintestinal, e sistema nervoso autônomo. O tratamento com exercício fisico, administração de piridostigmina, e atenolol recuperam esses efeitos promovidos pela SOP.

  • GABRIELLA PACHECO
  • IMUNO-FARMACOLOGIA E TOXICOLOGIA NA COVID-19: UM ESTUDO TRANSLACIONAL, EPIDEMIOLÓGICO E META-ANÁLISE.
  • Orientador : JAND VENES ROLIM MEDEIROS
  • Data: 25/03/2024
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  • O uso de medicamentos como hidroxicloroquina (HD), azitromicina (AZ) e ivermectina (IV) (Kit-COVID),
    sem evidências de eficácia para o tratamento da COVID-19, levanta preocupações sobre efeitos adversos
    particularmente no trato gastrointestinal (GI). Além disso, é importante destacar a pequena quantidade de fármacos comprovadamente eficazes. Em adição, é crucial pesquisar novas terapias para modular a cascata inflamatória associada à doença. Diante disso, objetivamos elucidar possíveis efeitos GI do Kit-COVID. Em adição, visamos investigar terapias alternativas, como o aceturato de diminazeno (DIMI), com o objetivo de reduzir os parâmetros inflamatórios da infecção por Sars-Cov-2. Inicialmente avaliamos a correlação entre o uso do Kit-COVID e o desenvolvimento de sintomas GI a partir de um estudo epidemiológico por meio da aplicação do questionário Gastrointestinal Symptom Rating Scale (GSRS) e meta-análise de rede. Na segunda parte do estudo, investigamos o papel do DIMI na inflamação induzida pela proteína spike (Spk) de Sars-Cov-2. Inicialmente, realizou-se o experimento de permeabilidade vascular em um modelo murino de peritonite induzida por Spk e pré-tratamento com DIMI (10mg/Kg, v.o). A partir de leucócitos humanos isolados avaliamos o efeito do pré-tratamento com DIMI (10, 50 e 100 μg/mL) sobre a liberação de armadilhas extracelulares de DNA (NETs/DETs) induzidas por Spk (2 μg/m) e os níveis de citocinas inflamatórias (TNF-α e IL-6). Por fim, por meio da docagem molecular avaliamos a afinidade de ligação do DIMI com moléculas correlacionadas a adesão e migração de leucócitos (integrina β2 e selectinas) e liberação de NETs/DETs (PI3K e PAD2). A partir do estudo epidemiológico evidenciou-se que os parâmetros dor abdominal, dor de fome, diarreia, e urgência de defecação (p<0,05) foram significativamente maiores no grupo tratamento. No entanto, a partir da realização de uma meta-análise, não foram encontradas evidências de diarreia, dor abdominal e vômito a partir da utilização de HD e AZ. Os estudos com o DIMI demonstraram que esse fármaco melhorou a função de barreira vascular, inibiu a liberação de NETs/DETs induzidas por Spk e reduziu a produção de citocinas (TNF-α e IL-6) em leucócitos. As análises de docagem molecular demonstram fortes interações entre o DIMI, integrina β2, PI3K e PAD2. Concluímos a partir dos nossos dados epidemiológicos que o Kit-COVID pode estar associado ao desenvolvimento de sintomas GI. No entanto, os resultados da meta-análise de rede vão contra esses dados, o que nos leva a inferir que os dados epidemiológicos possam estar enviesados devido a concepções políticas. Nossas análises com o DIMI o colocam como um fármaco promissor para auxiliar no processo inflamatório induzido por Sars-Cov-2,atuando na migração e rolamento de neutrófilos e liberação de NETs/DETs.

  • DEYNA FRANCÉLIA ANDRADE MARTINS
  • Investigação da atividade antinociceptiva do isopulegol em modelo animal de dor neuropática induzida por paclitaxel
  • Orientador : FERNANDA REGINA DE CASTRO ALMEIDA
  • Data: 15/03/2024
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  • A dor neuropática ou neurogênica está relacionada a uma lesão primária e disfuncional ao nível do sistema nervoso central. A lesão provocada no nervo tanto ao nível central quanto periférico desencadeia uma série de alterações na plasticidade neuronal que provoca descargas rápidas, intensas e prolongadas induzindo à respostas inadequadas e anormais de sinalização entre os neurônios periféricos, gerando dor neuropática. A dor neuropática periférica é aquela provocada por uma injúria ou enfermidade do sistema nervoso periférico, como por exemplo, podemos citar a neuropatia diabética e aquela induzida por fármacos quimioterápicos como o paclitaxel (PTX). O tratamento da dor neuropática é limitado pela pouca eficácia dos fármacos utilizados e pelos sérios efeitos adversos tais como desenvolvimento de tolerância com seu uso em longo prazo no caso dos opiódes, os anti-inflamatórios não esteroidais - AINES causam eventos cardiovasculares, toxicidade gastrointestinal e disfunção renal e hepática, entre outras medicações. O isopulegol - ISO é um monoterpeno álcool monocíclico presente nos óleos essenciais de várias plantas aromáticas, intermediário na preparação do (-)-mentol, e apresenta várias atividades farmacológicas tais como, antitumoral, antioxidante, ansiolítico, agente anticonvulsivo, além de atividade gastroprotetora, antinociceptiva na dor aguda, anti-inflamatória e anti-hiperalgésica. O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antinociceptiva do ISO em modelo animais de dor neuropática induzida por paclitaxel. Foram utilizados camundongos (Mus musculus) albinos, fêmeas, da linhagem Swiss, pesando entre 25 e 35 g. Os animais foram mantidos à temperatura de 24 ± 1ºC e ciclo claro/escuro de 12 h com água e ração ad libitum. Todos os procedimentos relacionados aos protocolos experimentais e eutanásia foram submetidos e aprovados pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal (CEUA) da Universidade Federal do Piauí sob nº. 740/2022. A dor neuropática foi induzida pela administração intraperitoneal contínua de PTX 2 mg/Kg por 4 dias consecutivos. A avaliação da nocicepção mecânica (teste Von Frey), ao frio (teste acetona) foi realizada para verificar a instalação e manutenção da neuropatia e a eficácia do ISO. Para isso, os animais foram divididos em 6 grupos (n = 6 animais/grupo). No tratamento agudo, os animais receberam uma dose de ISO em grupos distintos (6.25, 12.5, 25, 50 e 100 mg/kg, v.o.), veículo (controle negativo, tween 80 a 2% e NaCl 0,9%, v.o) ou morfina (10 mg/Kg, s.c.) e as avaliações comportamentais foram realizadas nos tempos 0, 1, 2, 3, 4 e 24 horas. No tratamento subagudo, os animais receberam, diariamente, 5 doses de ISO em grupos distintos (6.25, 12.5, 25, 50 e 100 mg/Kg, v.o), veiculo ou duloxetina (30 mg/Kg, v.o.) e as avaliações foram realizadas a cada dois dias, a contar do 9º até 19º do protocolo experimental. Para investigação do mecanismo de ação do ISO, foram avaliadas a participação da via gabaérgica, a quantificação de citocinas TNF-α, liberação de GABA e glutamato em medula. Para análise da toxicidade foram realizados testes de hemólise hipotônica em eritrócitos de ratos e viabilidade celular em linhagens de glioblastoma U87.  ISO nas doses de 25, 50 e 100 mg/kg aumentou o limiar nociceptivo mecânico dos animais neuropáticos comparados com o grupo do controle negativo e em todas as doses diminuiu a sensibilidade térmica ao aumentar a latência de resposta ao estímulo térmico. No tratamento subagudo, ISO 25, 50 e 100 mg/kg aumentou de forma significativa o limiar nociceptivo mecânico e reduziu a sensibilidade ao frio nas doses 12.5, 25, 50 e 100 mg/Kg quando comparado ao controle. O efeito antinociceptivo do ISO 25 mg/Kg foi revertido pelo pré-tratamento com flumazenil, e mostrou eficaz em reduzir os níveis de TNF-α no nervo ciático e no soro dos animais tratados. O ISO reduziu a liberação de glutamato e aumentou a descarga de GABA na medula óssea de ratos. O ISO apresentou efeito estabilizador de membranas e baixa citotoxicidade. Diante desses resultados, podemos sugeri que o efeito antinociceptivo do ISO se dá, em parte por ação gabaérgica, e envolve a estabilização das membranas plasmáticas neuronais levando a um desequilíbrio na liberação de neurotransmissores, favorecendo a inibição mediada pelo GABA em detrimento da excitação glutamatérgica. Além disso, o ISO reduziu a concentração de citocinas como o TNF-α e apresentou baixa toxicidade em células neuronais.

     

  • JOSIENE FELIX DE MOURA MACEDO
  • ESTUDO DO EFEITO DO (-)-CARVEOL SOBRE O PERFIL GLICÊMICO, MARCADORES DA FUNÇÃO HEPÁTICA E ESTRESSE OXIDATIVO NO FÍGADO EM RATAS COM DIABETES MELLITUS TIPO 1
  • Orientador : MARIA DO CARMO DE CARVALHO E MARTINS
  • Data: 29/02/2024
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  • Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos do (-)-Carveol em marcadores bioquímicos de controle glicêmico, função hepática e estresse oxidativo em ratas com diabetes experimental com características semelhantes ao diabetes mellitus tipo 1 (DM1). Foram utilizados 70 Rattus norvegicus Wistar, femêas, com idade média de seis meses e peso corporal variando de 220 a 250g. Os animais foram submetidos a jejum de 12 horas e posteriormente a indução de DM1 por meio da aplicação intraperitoneal (i.p) de estreptozotocina (STZ) (45 mg/kg) em tampão citrato de sódio 0,1 mM pH 4,5. Foram considerados diabéticos os animais com glicemia capilar ≥250 mg/dL, os quais foram divididos em 5 grupos: CD (controle diabético), CV12,5, CV25 e CV50 [(-)-Carveol 12,5, 25 e 50 mg/kg] tratados por via oral (v.o) e INS (insulina humana NPH 6 UI/animal/dia), por via subcutânea (s.b). Diariamente calculou-se a ingestão hídrica (mL/dia) e alimentar (g/dia), o ganho de peso corporal e glicemia capilar foram verificadas semanalmente. Ao final do tratamento avaliou-se os seguintes parâmetros: marcadores de controle glicêmico (glicose sérica e hemoglobina glicada (HbA1c)), marcadores da função hépatica, (aspartato aminotransferase (AST), alanina aminotransferase (ALT), gama-glutamil transferase (GGT), fosfatase alcalina (FA) e albumina). Determinou-se ainda parâmetros de perfil lipídico e análise histopatológica do fígado e pâncreas e os marcadores de estresse oxidativo no fígado (malondialdeído (MDA), mieloperoxidase (MPO) e superóxido dismutase (SOD)). A análise estatística foi realizada por meio de análise de variância Two Way/One Way ANOVA seguida de pós-teste de Tukey para comparações múltiplas, quando cabível. O nível de significância foi estabelecido em p<0,05. Pode-se analisar que o (-)-Carveol nas doses de 25mg/kg e 50mg/kg proporcionou uma redução significativa nos níveis glicêmicos, assim como nos parâmetros bioquímicos de função hepática e estresse oxidativo no fígado. Observou-se ainda redução significativa no conteúdo de triglicerídeos e colesterol total, por fim, um aumento significativo na concentração de glicogênio no fígado, assim como das células β e das ilhotas pancreáticas. Sugere-se que o tratamento com (-)-Carveol nas doses de 25mg/kg e 50mg/kg no tempo de tratamento aqui utilizado, apresenta efeito antidiabético, antioxidante e hepatoprotetor, como evidenciado  pela redução de parâmetros relacionados ao controle glicêmico, perfil lipídico, marcadores de função hepática e estresse oxidativo no fígado, assim como pelo efeito na recuperação das ilhotas pancreáticas e aumento das células β.  

  • PRISCYLA MARIA VIEIRA MENDES
  • EFEITO DO EXTRATO ETANÓLICO DE Cnidoscolus quercifolius POHL E DA FILACANTONA NA CONTRATILIDADE UTERINA DE ROEDORES
  • Orientador : RITA DE CASSIA MENESES OLIVEIRA
  • Data: 23/02/2024
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  • A dismenorreia primária (DP) é uma das doenças ginecológicas mais prevalentes que gera incapacidade em mulheres de idade reprodutiva, ocasionada pelo aumento da contração uterina idiopática. Assim, terapias que visam o relaxamento da musculatura uterina com menos efeitos colaterais são alvos de investigação, destacando-se as plantas medicinais. A espécie Cnidoscolus quercifolius Pohl (Euphorbiaceae) possui propriedades analgésica e anti-inflamatória com relatos na literatura, tendo a Filacantona como constituinte majoritário. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do extrato etanólico (Cq-EtOH) e da filacantona obtidos das cascas de Cnidoscolus quercifolius Pohl na contratilidade uterina de roedores e os possíveis mecanismos envolvidos na resposta evidenciada. Material e métodos: Pesquisa aprovada pelo CEUA com o parecer nº 722/2022. Para investigação do efeito relaxante em útero isolado de rata (in vitro) foram utilizadas ratas Wistar (Rattus norvegicus) virgens. Para o estudo in vivo foram utilizados camundongos Swiss (Mus musculus) fêmeas virgens. Todos os animais foram estimulados com estradiol antes dos experimentos. As contrações uterinas, em órgão isolado, foram monitoradas por um transdutor de tensionamento de força conectado a um amplificador de sinal, onde foi feita a dissecação do órgão e seus cornos foram isolados, permanecendo sob tensão de 1g. Os estudos foram realizados em útero isolado de rata pré-contraídos com Ocitocina (10-2 UI/mL) ou KCl (60 mM) em diferentes concentrações, individuais ou cumulativas (0,1 – 1000 µg/mL) do extrato da C. quercifolius ou da Filacantona. Para esclarecimento dos possíveis mecanismos de ação, foi feita a curva de CaCl2 (10-5M – 10-2M) na ausência e na presença do extrato para investigar a participação de canais de Ca2+ e a curva de ocitocina (10-6M – 10-1M) na ausência e na presença da filacantona para averiguar a participação dos receptores de ocitocina. Para investigar o efeito do extrato e da filacantona in vivo foi utilizado o teste de contorção induzida por ocitocina, os animais foram eutanasiados e o útero foi retirado em seguida para pesagem. Adicionalmente, foi feita a ancoragem molecular para verificar as interações intermoleculares da Filacantona com os receptores de estrogênio beta, COX-2 e ocitocina. Os valores obtidos foram expressos como média ± erro padrão da média e avaliados por teste t de Student para os protocolos in vitro e in sílico e Anova com pós-teste de Tukey para os protocolos in vivo, considerados significativos para *p<0,05. As análises estatísticas e plotagem dos gráficos foram realizadas utilizando o programa estatístico GraphPad PrismTM 8.0. A contração uterina induzida tanto por ocitocina como por KCl foi reduzida com a utilização do extrato (CE50= 14,73 ± 4,39 μg/mL e CE50= 16,61 ± 3,65 μg/mL, respectivamente) ou com a Filacantona (CE50= 6,70 ± 3,08 μg/mL e CE50= 18,78 ± 9,57 μg/mL), em preparações diferentes, dependente de concentração, mas não diferentes estatisticamente os valores de CE50, sugerindo que um possível mecanismo de ação seja a via comum aos dois agentes contráteis utilizados. Houve efeito inibitório significativo do extrato (500 μg/mL) frente às contrações induzidas por CaCl2 e a presença da Filacantona (81, 243 e 500 μg/mL) também inibiu a curva de ocitocina, comprovando que o mecanismo de ação tocolítico é composto. O estudo in vivo demonstrou que ambos, extrato nas doses de 25 (20,5 ± 3,70*), 50 (17,5 ± 2,06*), 100 (8,0 ± 2,64*) 200 (3,75 ± 2,83*), 400 (21,0 ± 1,15*) mg/kg ou Filacantona 25 (13,50 ± 3,22*) e 50 (14,75 ± 6,25*) mg/kg, reduziram significativamente o número de contorções induzidas por ocitocina (36,75 ± 1,93). Em relação à pesagem dos órgãos, apenas o grupo da dose de 50 mg/kg de Filacantona apresentou um peso maior (0,170 ± 0,01g*) quando comparado com o controle (0,12 ± 0,00g) ou com o tratamento padrão ibuprofeno (0,11 ± 0,00g). No estudo in sílico, a filacantona apresenta afinidade de ligação significativa para os receptores de estrogênio beta, COX-2 e OT. O presente estudo é inédito na constatação do efeito terapêutico do extrato da C. quercifolius e da Filacantona na dismenorreia primária, comprovando seu efeito tocolítico na musculatura uterina em resultados prévios de estudos in vitro, in vivo e in sílico, por bloqueio dos canais de Ca2+ e por redução da contratilidade induzida pela ocitocina.

     

     

  • DANIEL BARBOSA NUNES
  • EFEITOS DO EXTRATO DA Arnica montana Linnaeus NA INFLAMAÇÃO AGUDA DO TENDÃO CALCÂNEO DE RATOS WISTAR INDUZIDA POR COLAGENASE
  • Orientador : RITA DE CASSIA MENESES OLIVEIRA
  • Data: 20/02/2024
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  • Introdução: As tendinopatias (TP) consistem em condições degenerativas dos tendões preferencialmente crônicas, resultantes de um acúmulo de microtrauma ao longo do tempo compreende os distúrbios mais patológicos dos tendões. A progressão desses microtraumas expõem produtos da degradação do tecido. Esse Padrões moleculares associados a danos (DAMPs) são reconhecidos por receptores Toll-like (TLRs) em células tendíneas, células endoteliais vasculares, macrófagos e mastócitos, promovendo a produção de mediadores pró-inflamatórias. Oriunda de fatores intrínsecos e fatores extrínsecos a TP tem sua maior ocorrência entre os atletas de alta performance sendo responsáveis por 30-50% de todas as lesões no esporte. A Arnica montana L. uma planta originária das regiões montanhosas do norte da Europa conhecida popularmente no Brasil como: quina-dos-pobres, tabaco-dos-alpes, tabaco-da-montanha, erva-dos pregadores e veneno de leopardo apresenta como principais constituintes ativos flavonóides como a quercetina e seus derivados, lactonas sesquiterpênicas, álcoois, óleo essencial, taninos, entre outros, com algumas propriedades antibacterianas, antifúngicas, anti-inflamatórias e antioxidantes alguns desses constituintes químicos. Diante disso, buscou-se avaliar o efeito do extrato da Arnica montana L. na inflamação aguda do tendão calcâneo de ratos wistar induzida por colagenase. Métodos: Os grupos experimentais foram divididos em animais sadios, controle negativo, meloxican (0,1 mg/kg), extrato de Arnica montana (12,5 mg/kg; 25 mg/kg e 50 mg/kg), tratados por via oral, diariamente, e a espessura da pata foi medida com um paquímetro digital na região do tendão calcâneo, no dia zero (D0), seguida de medidas nos dias D7, D14 e D21, após tratamento. A tendinite foi induzida por injeção intratendínea de colagenase e as avaliações se deram através da medida da espessura do tendão, déficit de sustentação de peso na pata ipsilateral, teste de deambulação espontânea, determinação semi-quantitativa dos níveis de Proteína C-Reativa (PCR) e os aspectos histopatológicos do tecido. Os dados foram analisados utilizando-se ANOVA One-Way seguida dos pós testes de Dunnett para multiplas comparações e Kruskal - Wallis e a significância estatística considerada para valores de *p<0,05 (GraphPad Prism software 6.0, San Diego, CA). Resultados: O extrato de A. montana promoveu a redução significativa da espessura da lesão em todas as doses utilizadas e em todos os períodos avaliados: 7 dias (A. montana 12,5 mg/kg (0,33 ± 0,06 mm); 25 mg/kg (0,14 ± 0,06 mm) e 50 mg/kg (0,09 ± 0,05 mm); 14 dias e (12,5 mg/kg (0,05 ± 0,03 mm); 25 mg/kg (0,09 ± 0,03 mm) e 50 mg/kg (0,13 ± 0,04 mm) 21 dias (12,5 mg/kg (0,08 ± 0,05 mm); 25 mg/kg (0,05 ± 0,02 mm) e 50 mg/kg (0,03 ± 0,01 mm) quando comparados ao controle negativo com média ± E.P.M para 7 (1,50 mm ± 0,13 mm); 14 (0,86 mm ± 0,11 mm) e 21 (0,66 mm ± 0,14 mm) dias respectivamente. A Arnica montana melhorou a distribuição do peso sobre a pata afetada quando comparado com o grupo controle negativo, 7 dias 25 mg/kg (50,43% ± 2,75%) e 50 mg/kg (50,15% ± 1,12%); 14 dias (25 mg/kg (51,31% ± 2,36%) e 50 mg/kg (53,35% ± 2,78%); 21 dias 12,5 mg/kg (53,96% ± 1,15%); 25 mg/kg (50,60%± 2,43%) e 50 mg/kg (52,21% ± 2,17%). enquanto os animais não tratados apresentaram 42,85% ± 1,25%; 42,18% ± 1,92% e 38,85% ± 1,55% respectivamente. Entretanto a dose de 12,5 mg/kg que apesar de melhorado a distribuição só apresentou diferença estatística após 21 dia de tratamento. Na avaliação da deambulação espontânea houve um aumento na velocidade média dos animais tratados embora não tenha apresentado significância estatística. Histologicamente o tratamento com A. montana promoveu uma melhora nos parâmetros de arranjo das fibras tendíneas da hipercelularidade e no arredondamento do núcleo dos fibroblastos. Entretanto, não houve a presença de infiltrados inflamatórios e neoangiogênese em nenhum dos grupos. Conclusão: Diante disso, é evidente o potencial anti-inflamatório da A. montana no modelo em estudo.

  • JOSÉ GABRIEL FONTENELE GOMES
  • ANÁLISE DOS EFEITOS ANTIANGIOGÊNICO E CITOTÓXICO DA DIHIDROMIRICETINA EM MODELOS PRÉ-CLÍNICOS
  • Orientador : GUILHERME BARROSO LANGONI DE FREITAS
  • Data: 16/02/2024
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  • A complexidade do câncer continua a demandar novos tratamentos, incentivando a busca por terapias mais específicas e de menor toxicidade, sendo a descoberta de novos fármacos essencial para superar esses desafios. Os flavonoides destacam-se como substâncias promissoras a novos medicamentos, apresentando uma ampla variedade de atividades biológicas, e.g. antioxidante, anti-inflamatória e antineoplásica. A dihidromiricetina (DHM), um flavonoide presente nas folhas da Hovenia dulcis e Ampelopsis grossedentata, mostrou-se promissor em estudos prévios devido à atividade antitumoral. O presente estudo analisou a DHM em análises in vitro, in silico e in vivo para avaliar os efeitos na angiogênese e viabilidade celular. O estudo em membrana corioalantoide foi desenvolvido com 6 grupos (n=8), sendo aplicadas as concentrações de 2, 4, 8 e 10.5% da DHM, além de dexametasona a 5% como controle positivo e água destilada como controle negativo. A análise de viabilidade celular foi desenvolvida com as linhagens de carcinoma mamário murino estágio IV (4T1), e células de fibroblastos murinos não tumorais (L929), nas concentrações de 0,78-1,56-3,12-6,25-12,50-25- 50 e 100µg/mL, empregando ainda doxorrubicina como controle positivo. O estudo in silico envolveu modelagem comparativa, docking molecular e predição farmacocinética e toxicológica da DHM. O docking foi realizado com os receptores do fator de crescimento de fibroblastos (1 e 2), epidérmico (2 e 3), derivado de plaquetas (A e B) e vasculares (1 e 2), que foram previamente modelados. O alinhamento das sequências dos receptores revelou alta similaridade estrutural com poucas mutações nos resíduos do sítio ativo de cada quinase, bem como os modelos gerados foram validados por gráficos de Ramachandran. O blind docking realizado com a DHM e inibidores experimentais, selecionados em revisão de literatura, indica que a DHM é capaz de interagir com o sítio ativo de todos os receptores, com ligações entre os resíduos do sítio ativo ou próximo a eles, onde em alguns casos a DHM mostra-se com melhor energia de interação que os inibidores. As análises farmacocinéticas e toxicológicas indicaram propriedades de absorção e distribuição limitadas, ligação com a glicoproteína-P, não interação com enzimas do CYP450 e baixa toxicidade. A permeabilidade no sistema nervoso central é limitada para a DHM, em virtude de sua área de superfície polar e baixa lipofilicidade. O estudo em membrana corioalantoide, evidenciou que a DHM é capaz de inibir in vivo a angiogênese, com redução nos parâmetros de área total dos vasos, comprimento, espessura e pontos de ramificações. Além disso, o ensaio de viabilidade celular demonstrou que a DHM é capaz de inibir a proliferação de células tumorais 4T1, e também de células normais da linhagem L929, com IC50 de 29,23 e 15,16 µg/mL respectivamente. É possível concluir que a DHM apresenta efeitos promissores nos processos de angiogênese e viabilidade celular. Suas características farmacocinéticas e toxicológicas de modo geral apresentam bons resultados, e somando-se aos resultados in vitro e in vivo, destacam a DHM como um potencial agente farmacológico futuro na terapia antineoplásica. Pretende-se realizar maiores estudos para compreender o real mecanismo da DHM na fisiologia celular. O presente estudo contribuiu para uma melhor elucidação dos efeitos da DHM na angiogênese e progressão tumoral.

  • EMERSON PORTELA SENA
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE CARDIOVASCULAR E HIPOGLICEMIANTE DA FRAÇÃO ÁCIDA DA RESINA DE Protium heptaphyllum March EM MODELO EXPERIMENTAL DE HIPERTENSÃO
  • Orientador : ALDEIDIA PEREIRA DE OLIVEIRA
  • Data: 15/02/2024
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  • A hipertensão é umas das maiores causas de morte no Brasil e no mundo. A espécie vegetal Protium heptaphyllum March (Burseraceae), conhecida como Almécega, tem uso popular para fins analgésico e cicatrizante e contém uma resina extraída do caule composta de uma mistura de terpenos. Assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da fração ácida obtida da resina de almécega (F.A.R.A.) sobre o sistema cardiovascular em animais normotensos e hipertensos (SHR), bem como avaliar o seu potencial citotóxico e hipoglicemiante. A avaliação da citotoxicidade foi investigada através de teste de viabilidade celular (MTT) em células tronco mesenquimais extraídas da medula óssea de ratas SHR. Foram testadas concentrações da F.A.R.A de 0.1 -1000µg/mL e os grupos veículo (cremophor 1%) e DMSO. Para os testes in vivo (pletismografia de cauda e efeito hipoglicemiante) foram utilizados ratos Wistar (n=5) e ratos SHR (n=5). Para a avaliação da atividade hipotensora e anti-hipertensiva foram administradas as doses de 25, 50, 100mg/Kg da fração, captopril 10mg/Kg,  Ee o veículo 1% em grupos animais distintos. Na atividade hipoglicemiante da F.A.R.A. as doses utilizadas foram as mesmas já mencionadas. A fim de avaliar o possível efeito vasorrelaxante da fração ácida foram realizados testes in vitro/ex vivo de reatividade vascular (n=5), em que os anéis de aorta de ratas SHR que foram pré-contraídos com Fenilefrina 10-6M e em seguida administradas concentrações da F.A.R.A. (0,1-1000µg/mL). Após verificação do feito vasorrelaxante da F.A.R.A, realizou-se experimento com Bay K 8644 (10-6M) um ativador de CavL, a fim de verificar o mecanismo de ação relacionado ao efeito vasorrelaxante. Todos os protocolos experimentais foram aprovados pelo Comitê de Ética em Uso de Animais da UFPI (CEUA 739/2022). Os resultados demonstram que: nos testes in vitro de MTT não houve evidência de citotoxicidade nos diferentes nos intervalos de 24, 48 e 72h. Observou-se ainda que a taxa média de viabilidade celular foi maior nas concentrações de 81 a 750 µg/mL no tempo de 72h. Na investigação de parâmetros hemodinâmicos da fração em ratos Wistar (normotensos) a fração ácida apresentou efeito hipotensor de maneira dose dependente. E que após 30 minutos do tratamento os valores pressóricos basais dos grupos: controle (125,85 mmHg) e captopril (93,05mmHg), mostraram diferença significativa quando comparados com as doses da F.A.R.A (PAS: 115; 94; 79mmHg) para as doses de (25 50 e 100mg/Kg, respectivamente), sem alterações na frequência cardíaca. Para os animais SHR (hipertensos) a F.A.R.A demonstrou efeito anti-hipertensivo dose dependente e bradicardico de forma não dependente de dose. Os valores de pressão arterial após 120 minutos foram de: 168 mmHg (controle), 125mmHg (captopril), e 155; 134 e 123 mmHg para as doses (25, 50 e 100mg/Kg, respectivamente). Os valores de frequência cardíaca foram de 393 bpm (controle); 389 (captopril) e 375; 390; 353bpm para as doses (25, 50 e 100mg/Kg, respectivamente). A fração também demonstrou efeito hipoglicêmico, dose-dependente, nos modelos animais testados com redução dos valores basais [149,75mg/dL] em animais Wistar na dose de 25mg/Kg [125,80mg/dL], 50mg/Kg [99,80mg/dL] e 100mg/Kg [74,00mg/dL]. Para os animais SHR após 120 minutos da administração os índices basais [96,00mg/dL] foram reduzidos nas doses de 25mg/Kg [82,00mg/dL]; 50 mg/Kg [74,4 mg/dL] e 100mg/Kg [63,00mg/dL]. No teste de reatividade vascular a F.A.R.A demonstrou efeito vasorrelaxante de maneira dependente de concentração, com valores de Emax137,54 ± 24,66 na presença do endotélio (CE50 = 121,10± 2,0 μg/mL) e Emax129,73 ±27,52 na ausência do endotélio (CE50 = 132,3 ± 2,1μg/mL) sem diferença significativa. Na investigação do possível mecanismo vasorrelaxante da F.A.R.A. com Bay K8644 os resultados evidenciaram que a concentração de 243µg/mL promoveu uma reversão total (CE50 = 84,8 ± 1,9 μg/mL) dos valores de contração induzidas pelo Bay K8644, demonstrando que o efeito inibidor da fração foi potencializado (>200%) na ativação desses canais em comparação aos resultados na presença (79,50%) e ausência do endotélio vascular (58,89%). Os resultados obtidos permitem inferir que a fração possui atividade sobre o sistema cardiovascular, apresentando certa margem de segurança em sua utilização. 

  • BRUNO DE SOUSA BARBOSA
  • EFEITO DO MONOTERPENO α-PINENO SOBRE PARAMETROS TECIDUAIS E SISTÊMICOS EM MUCOSITE INTESTINAL INDUZIDA POR 5-FU EM CAMUNDONGOS
  • Orientador : RITA DE CASSIA MENESES OLIVEIRA
  • Data: 15/02/2024
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  • A mucosite intestinal resulta de ulcerações nas mucosas do trato gastrointestinal, causadas por tratamentos quimioterápicos, como o 5-fluorouracil (5-FU). A alta taxa proliferativa das mucosas torna-as suscetíveis a danos induzidos pelo 5-FU, que age causando danos ao DNA, levando à necrose e apoptose das células da mucosa intestinal, principalmente no intestino delgado. Atualmente, as abordagens terapêuticas disponíveis não conseguem efetivamente tratar ou prevenir a mucosite. Dessa forma os compostos naturais surgem como uma grande fonte de biomoléculas, para o desenvolvimento de fármacos. O monoterpeno α-Pineno se destaca, com suas propriedades benéficas, destacando-se por apresentar atividades antibacteriana, anti-inflamatória, antioxidante, antiulcerogênica e antiapoptótica.. Diante dessa premissa, o presente estudo avaliou o efeito do monoterpeno α-Pineno na mucosite intestinal induzida por 5-FU em camundongos. Foram utilizados camundongos swiss machos (30 - 40g). Os parâmetros ponderais, histopatológicos e morfométricos foram avaliados por análise às cegas e/ou técnicas de processamento de imagens, e os parâmetros bioquímicos foram avaliados por reações cromogênicas doseáveis espectrofotometricamente, e parâmetros imunológicos foram avaliados
    por imunoturbidimetria. Os dados foram analisados por ANOVA, seguido de teste de comparações múltiplas de Bonferroni, significâncias foram calculadas para p&lt;0,05*. Na análise ponderal, o α-Pineno foi capaz de atenuar a perda de massa corporal de 7 gramas (g) para 5g aproximadamente, na dose de 10 mg/kg. Na avaliação da morfologia intestinal, o α-Pineno foi capaz de atenuar a perda da arquitetura intestinal nas doses de 50 e 100 mg/kg. Para as análises morfometricas, o α-Pineno conseguiu atenuar a redução da morfometria das vilosidades de 500 µm para aproximadamente 1000 µm, nas doses de 50 e 100 mg/kg. Na análise das criptas intestinais, o tratamento com α-Pineno atenuou a redução do tamanho das criptas de 500 µm para aproximadamente 800 µm nas doses de 0.1, 1, 10, 50, 100 mg/kg. Para a disrruptura epitelial, avaliada através da liberação luminal da enzima Lactato Desidrogenase (LDH), o tratamento com α-Pineno exibiu redução de 38,48+/- 34,11; 65,02 +/- 14,81; 75,50 +/- 10,77 e 78,83 +/- 14,82 % para as doses 0,1; 1,0; 10; 50 e 100 mg/kg. O aumento dos níveis séricos de Proteína C Reativa (PCR) também foram atenuados pela administração de α-Pineno (22,93±0,5; 85,56±0,1; 79,29±; 82,56±0,1 e 86,10±0,1 µg/ml) para as doses 0.1, 1, 10, 50 e 100 mg/kg. Para leucopenia induzida pelo 5-FU, o α-Pineno elevou a leucometria em 50 mg/kg (9488±824 células/mm³) e 100 mg/kg e (14758±1627). O α-Pineno se mostrou capaz também de atenuar o aumento dos níveis de MPO de 22,93±2,8 para 11,24±2 uMPO/mg nas doses de 1, 10, 50 e 100 mg/kg
    respectivamente. Na avaliação in sílico ADMET, foi demonstrado que o α-Pineno apresenta uma boa absorção gastrointestinal, biodisponibilidade favorável, não se mostrou substrato nem inibidor previsto para as enzimas da superfamília do citocromo P450 (CYP450), além de demonstrar baixa toxicidade. A molécula respeitou todos os parâmetros da regra de lipinski, favorecendo-o como um possível fármaco a ser administrado pela via oral. O docking molecular foi realizado com os receptores (TNF-α, TNFR1, IL-1β, IL-1R1, IL-6, IL-6R, COX-2, iNOS, MMP-2, MMP-9, MMP-12), onde foi observado que o α-Pineno é capaz de interagir com o sítio ativo de quase todos os receptores, com ligações entre os resíduos do sítio ativo ou próximo a eles. Dessa forma, o α-Pineno se mostra como uma molécula promissora a ser um possível fármaco ou adjuvante no tratamento da mucosite intestinal induzida por 5-FU, mediante suas características ADMET e físico químicas, assim como sua capacidade de interagir com os principais alvos mediadores da progressão da mucosite, e exibir um efeito protetor contra o quadro inflamatório e dano oxidativo presente nessa patologia.

  • MAISA CAMPÊLO DE SOUSA
  • ATIVIDADE GASTROPROTETORA DE EXTRATOS E FRAÇÕES DE Mouriri guianensis Aubl.
  • Orientador : RITA DE CASSIA MENESES OLIVEIRA
  • Data: 14/02/2024
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  • A úlcera péptica é a lesão induzida por ácido no trato digestivo, que se caracteriza pelo distúrbio de integridade da mucosa e se configura como um problema de saúde mundial, visto que as possibilidades terapêuticas atualmente conhecidas apresentam diversas limitações e não impedem a sua reincidência. Produtos naturais têm se mostrado como promissoras alternativas preventivas, muitos deles escolhidos em decorrência da sua utilização na medicina tradicional. As folhas e cascas de Mouriri guianensis Aubl. são utilizadas empiricamente para o tratamento de ulcerações, mas ainda não se tem estudos sobre suas atividades farmacológicas. O objetivo do presente estudo foi investigar a atividade protetora gástrica do extrato etanólico das folhas (Mg-EtOHf), suas frações hidrometanólica (Mg-MeOH) e hexânica (Mg-Hex), e do extrato etanólico dos galhos (Mg-EtOHg) de M. guianensis Aubl. e os possíveis mecanismos envolvidos nesse efeito em modelos experimentais de indução de lesão gástrica in vivo. A caracterização fitoquímica apontou nas amostras a presença de constituintes como taninos condensados, triterpenos e esteroides, catequinas, sitosterol e estigmasterol, flavonoides e antraquinonas. Na avaliação da toxicidade aguda em larvas de Tenebrio molitor, a administração de diferentes doses de todas as amostras indicou baixa toxicidade para a dose mais alta testada (3000 mg/kg). O pré-tratamento com Mg-MeOH (12,5; 25 e 50 mg/kg, v.o.) reduziu em 52, 50 e 54% a área de lesão gástricas induzidas por etanol e com Mg-EtOHg (25; 50 e 100 mg/kg, v.o.) reduziu em 47, 51 e 64%, respectivamente, quando comparados ao grupo veículo (p<0,05). A avaliação mecanística das amostras envolveu aumento do conteúdo de muco gástrico aderido, dos níveis de óxido nítrico e ação antioxidante. Na análise da atividade antioxidante in vitro, todas as amostras testadas induziram à redução do radical DPPH, sendo a melhor concentração efetiva de 59,55 ± 7,31 μg/mL para o Mg-EtOHg. O pré-tratamento com todas as amostras testadas reduziu a área de lesões gástricas induzidas por isquemia e reperfusão (p<0,05). Entre os extratos etanólicos e frações das folhas, o efeito mais pronunciado foi de Mg-Hex (6,25; 12,5 e 25 mg/kg, v.o.), que reduziu em 82, 87 e 90% a área de lesão, respectivamente, quando comparado ao grupo veículo. O extrato etanólico dos galhos (12,5; 25 e 50 mg/kg, v.o.) reduziu a área de lesão em 96, 98 e 92%, respectivamente, apresentando o efeito mais pronunciado dentre todas as amostras. Extratos e frações de Mouriri guianensis Aubl. exibiram efeitos gastroprotetores frente a lesões agudas em modelos in vivo, possivelmente por mecanismos de potencialização do sistema antioxidante. Os resultados apontam para um potencial preventivo e terapêutico de derivados da planta frente à úlcera gástrica. Esta é uma investigação relevante e pioneira, por elucidar as primeiras evidências científicas para o efeito gastroprotetor de Mouriri guianensis Aubl. 
     
     
  • NAIANA DEODATO DA SILVA
  • Efeito vasorrelaxante e anti-hipertensivo do chá das folhas de Moringa oleifera lamarck em ratos normotensos e hipertensos SRH.
  • Orientador : ALDEIDIA PEREIRA DE OLIVEIRA
  • Data: 25/01/2024
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  • A espécie Moringa oleifera Lamarck pertence em FHOI et al., 2020), opril á família Moringaceae conhecida popularmente como Moringa, possui propriedades biológicas, dentre elas atividade sobre o sistema cardiovascular. O objetivo deste estudo foi avaliar a ação citotóxica, vasorrelaxante e anti-hipertensiva do chá das folhas de M. oleifera em modelo animal. Utilizou-se ratos Wistar machos (Rattus norvegicus) com peso entre 250-300g e ratos hipertensos SHR (230 – 250g), proveniente do Biotério – BS2/UFPI. Os protocolos experimentais foram aprovados pelo (CEUA/UFPI-562/19). A Moringa foi coletada no NUPLAM/CCA/UFPI (SISGEN - A0ABD12), e após higienização e secagem as folhas foram trituradas para obtenção do pó. Para o preparo do chá partiu-se de 3g de pó para 100ml de água fervente (100ºC), após foi congelado em freezer -80 e posterior liofilizado obtendo-se o (CMo-lio 3%). Realizou-se teste de citotoxidade (MTT) em células-tronco mesenquimais obtidas da medula óssea (BMMSC) de ratas SHR, as células  foram tratadas com  CMo-lio 3% (1 a 1000µg/ml) nos tempos de 24, 48 e 72h. Em outra série de experimentos, após eutanásia dos animais (tiopental sódico 100mg/kg), removeu-se a artéria aorta torácica que foi, limpa e seccionada em anéis (3-4mm), e mantendo-se o tecido adiposo perivascular (PVAT+) e/ou anéis sem o tecido adiposo perivascular (PVAT-) que foram imersos em cuba para órgão isolado contendo solução de KREBS a 37ºC, aerados com carbogênio, sob tensão inicial de 1,5g/f/1h. Os registros de tensões isométricas foram obtidos através de trandutores de força (TRI210-Panlab) acoplado a amplificador de sinal, conectado a computador com sistema AQCAD (AVS-PROJETOS-SP). O vasorrelaxamento foi determinado em anéis de aorta com e sem endotélio na presença e na ausência do PVAT, após pré-contração com fenilefrina (1µM) e ou KCl 60 mM, e na fase tônica das contrações adicionou-se o CMo-lio 3% (0,1 a 750 µg/ml). A influência da enzima eNOS na resposta do CMo-lio 3% foi avaliada na presença de L-NAME 100 µM em preparações com endotélio vascular e com e sem PVAT. Em outra análise, pré incubou-se concentrações (81, 243 e 500 µg/mL), antes da indução de contrações por fenilefrina (10-9–10-5 M). Na avaliação do efeito do CMo-lio 3%, sobre a hipertensão induzida por fenilefrina (1mg/kg i.v), após 24 hs a implantação de cateter de polietileno na veia cava e artéria femoral esquerda, sob anestesia (xilasina e cetamina), o cateter arterial foi conectado a transdutor de pressão para registros dos valores de PAM e FC e o cateter venoso foi usado para administração das doses da Moringa (12,5, 25 e 50 mg/kg, i.v.). Na verificação do efeito anti-hipertensivo, utilizou-se ratos SHR tratados com o chá fluido 3% por via oral, outro grupo com captopril (10mg/kg) e salina (grupo controle) e registrou-se os valores de PAS e FC por 120min. Em outra análise associou-se-o (5 mg/kg captopril + CMo-lio 3%).  Todos os registros de pressão direta e ou indireta foram obtidos usando o (PowerLab - AD-INSTRUMENTS). Os resultados demonstram que o CMo-lio 3% não apresenta citotoxicidade em células (BMMSC) de ratas em nenhum dos tempos de análise. Na verificação da resposta vasorrelaxante da CMo-lio 3% na ausência do endotélio vascular e presença do PVAT, observou-se que o intervalo de confiança da EC50 foi de (ICCE50: 442,0 - 693,7 μg/ml) e o efeito máximo (Emax= 78,5 ± 5,5%), já na ausência do PVAT, o intervalo de confiança da EC50 foi de (ICCE50: 375,7 a 657,9 μg/ml) e com maior redução do efeito máximo (Emax= 61,7± 7%). Para as preparações com endotélio sem o PVAT e em preparações com endotélio e com PVAT, observa-se uma potência vasorrelaxante de (CE50: 12,31 ± a 1,09 μg/ml) e sem PVAT (CE50= 9,70 ± 0,9 μg/ml). O CMo-lio 3% não promoveu vasorrelaxamento sobre as contrações induzidas por despolarização-KCl 60mM (Emax= 6,5 ± 1,8%). A participação do óxido nítrico, foi observada na presença do L-NAME, preparações com endotélio na presença e na ausência do PVAT. E observou-se que a resposta vasorrelaxante foi completamente abolida em preparações sem PVAT e atenuada com redução do efeito máximo na presença do PVAT. CMo-lio 3% também foi capaz de reduzir as contrações induzida pela adição cumulativa de fenilefrina de maneira não dependente da concentração. Na avaliação de parâmetros hemodinâmicos, a fenilefrina promoveu efeito hipertensor (PAM= 58,6%) e taquicardia reflexa (56%) e o tratamento agudo com CMo-lio 3% nas doses (12,5, 25 e 50mg/kg), reduziu a resposta hipertensora (12,4; 15,2 e 23%, respectivamente) e taquicardica reflexa (22,7; 35,2 e 30,8%, respectivamente). Em animais SHR (PAS = 176 ± 7 mmHg), o chá fluido 3% reduziu a PAS (125 ± 9 mmHg), sem alterar FC no tempo de até 120 minutos. Em ratos SHR, observou-se sinergismo entre captopril e o CMo-lio 3%. Uma vez que o grupo Captopril (5 mg/kg + CMo-lio 3%), apresentou equivalência de efeito antihipertensivo sem diferença estatística entre os grupos. Indicativo que podem possuir a mesma resposta (*p<0.05). Concluimos que CMo-lio 3% não demonstrou citoxicidade em cálulas tronco e demonstra ação anti-hipertensiva que pode em decorrência da redução da resistência vascular periférica por liberação do óxido nítrico e modulação do tecido adiposo perivascular.

2023
Descrição
  • CERES LIMA BATISTA
  • EFEITO GASTROPROTETOR DA FRAÇÃO PROTEOLÍTICA DE Vasconcellea cundinamacensis ASSOCIADA À BETACICLODEXTRINA EM MODELO DE ÚLCERA GÁSTRICA INDUZIDA POR ETANOL
  • Orientador : DALTON DITTZ JUNIOR
  • Data: 13/12/2023
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  • Mesmo diante das inovações tecnológicas e do alto desenvolvimento da medicina moderna, a utilização dos produtos naturais tem grande relevância no tratamento da saúde, visto que são bastante utilizados como remédios caseiros em todo o mundo, sejam como uma alternativa terapêutica ou complementar. Nesse contexto, a planta medicinal Vasconcellea cundinamarcensis, surge como uma alternativa promissora, visto que uma das frações proteolíticas do látex, P1G10, tem apresentado atividades farmacológicas contra carcinoma de mama inflamatório, melanoma, tumor ascítico, além de indícios de atividade anti-inflamatória em modelos murinos de colite, e atividade na proteção/cicatrização gástrica, reduzindo o tamanho e a gravidade das úlceras induzidas, mostrando uma aceleração no processo de cicatrização das lesões com redução do infiltrado inflamatório, aumento da proliferação celular nos bordos das lesões e estímulo da recuperação tecidual. No que tange a pesquisa e desenvolvimento de medicamentos, a descoberta de novos fármacos é um grande desafio para a indústria farmacêutica. Tecnologias farmacêuticas tem sido utilizadas para manter a integridade estrutural e atividades biológicas de moléculas ativas, as ciclodextrinas são uma das tecnologias mais aplicadas nos sistemas de proteção e liberação controlada de substâncias. Os distúrbios gástricos aparecem como importantes problemas de saúde pública, visto que seu diagnóstico muitas vezes é tardio levando o paciente à um prognóstico ruim. Tendo em vista a alta demanda de fármacos para o tratamento de doenças do trato gastrintestinal, o estudo na busca de novas substâncias se faz necessário, visando maior direcionamento para etapas de cicatrização.. Para avaliar atividade gastroprotetora de P1G10 associada à ciclodextrina camundongos Swiss foram submetidos à um jejum de 18h, posteriormente receberam um tratamento prévio de solução salina (grupo sham), sucralfato (controle positivo), P1G10 pura 10 mg/kg, 0,1 P1G10 + BCD, 1 P1G10 + BCD e 10 P1G10 + BCD, 60 min antes da indução de 0,2 mL de etanol 99,6%, após 30 min os animais foram eutanasiados. As amostras coletadas foram analisadas macroscopicamente no que diz respeito a área ulcerada, o grau das lesões foram avaliados pela análise histológica, e avaliação dos mecanismos possivelmente envolvidos foi realizada pela dosagem de mieloperoxidade (MPO) e N-acetilglicosaminidase (NAG). Os resultados obtidos pela análise macroscópica dos estômagos coletados demonstraram boa atividade de 10 mg/kg P1G10 quando comparada ao grupo controle negativo, dentre as doses da formulação com β-ciclodextrina a melhora no desenvolvimento da úlcera foi mais significante na dose de 0,1 mg/kg P1G10. Partindo da melhor dose da formulação, o ensaio de dosagem de MPO demonstrou que houve significativa redução da proliferação de polimorfonucleares na dose de 0,1 mg/kg P1G10 associada à βCD quando comparado ao grupo controle negativo, mas não reduziu tanto quanto o grupo sucralfato e 10 mg/kg P1G10. Os resultados já identificados até agora mostram que a associação de P1G10 à β-ciclodextrina possibilita a redução da dose de P1G10 mantendo-se a eficácia na resposta contra desenvolvimento da úlcera gástrica induzida por etanol. Dados dos protocolos de NAG e da histologia, encontram-se em análise no presente momento. Como perspectivas futuras na investigação dos possíveis mecanismos envolvidos na resposta obtida pela formulação de P1G10 associada à β ciclodextrina protocolos de dosagem de glutationa reduzida (GSH), dosagem de citocinas, marcadores de proliferação celular e de angiogênese por imunohistoquímica, avaliação de presença de mucina por análise histológica com ácido periódico de Schiff (PAS) encontram-se em processamento.

  • LUIS PAULO DA SILVA DIAS
  • ATIVIDADE DO MOLIBIDATO DE PRATA (β-Ag2MoO4) MODIFICADO COM COBRE NA MODULAÇÃO DA RESISTÊNCIA ANTIBIÓTICA DE Klebsiella pneumoniae PRODUTORA DE CARBAPENAMASE (KPC)
  • Orientador : MARIA JOSE DOS SANTOS SOARES
  • Data: 05/12/2023
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  • A utilização irrestrita e abusiva dos antimicrobianos tem contribuído, significativamente, para a emergência de microrganismos resistentes a estes fármacos. Este fenômeno pode ser ilustrado por cepas da bactéria Klebsiella pneumoniae produtoras de enzimas denominadas de carbapenemases (KPC), que são capazes de inativar os antibióticos carbapenêmicos e cuja ação envolve também todos os demais beta-lactâmicos disponíveis. Este fato se agrava pois comumente cepas de K. pneumoniae KPC apresentam perfil de multirresistência. Assim, o desenvolvimento de novos agentes com propriedades antimicrobianas se torna imprescindível sendo que, dentre as opções atuais, destacam-se agentes inorgânicos, contendo metais como prata ou cobre, sob a forma de cristais de molibdato. Deste modo, este estudo avaliou a atividade antimicrobiana e modulatória da resistência antibiótica in vitro de cristais de molibdato de prata puro (Ag2MoO4) e modificados com 1% ou 3% de cobre (Ag2MoO4Cu/1% ou 3%) frente a cepa padrão de K. pneumoniae ATCC1705, produtora de carbapenemase (KPC), bem como a citotoxicidade sobre células-tronco murinas. Os cristais foram preparados pelo método hidrotérmico convencional e caracterizados por difração de Raio-X (RDX), espectrometria Ramam e microscopia eletrônica de varredura. O potencial antimicrobiano dos molibdatos foram testados por meio da determinação das concentrações inibitórias e bactericidas mínimas (CIMs/CBMs), utilizando a técnica de diluição em caldo, frente a concentrações variando de 128 a 2 μg/mL. A capacidade modulatória para reconstituir o perfil de sensibilidade desta cepa aos antibióticos carbapenêmicos e aminoglicosídeos, foi avaliada sob concentrações sub-inibitórias de 1/2 e 1/4 das CIMs dos molibdatos acrescidos ao ágar e sobre o inóculo microbiano foram depositados discos dos antibióticos meropenem, imipenem e amicacina. A ação modulatória dos molibdatos sobre a resistência antimicrobiana, também foi realizada pela técnica de microdiluição em caldo, sob concentrações sub-inibitórias dos molibdatos sobre as CIMs do meropenem, imipenem e amicacina, para a determinação do índice de concentração inibitória fracional. A citotoxicidade destes agentes inorgânicos foi avaliada para as concentrações variando de 256 a 32 μg/mL, por meio do teste metabólico de redução do MTT (brometo de difeniltetrazólio), sobre células-tronco derivadas de medula óssea de ratos. Para a análise estatística dos testes de formação de halos e da citotoxicidade (n=3) utilizou-se a análise de variância de duas vias, seguida do teste de múltiplas comparações de Dunnet (intervalo de confiança de 95%). Como principais resultados, verificou-se que as CIMs do Ag2MoO4; Ag2MoO4/Cu1% e Ag2MoO4/Cu3% foram, respectivamente, 32, 16 e 16 μg/mL, valores que coincidiram com as respectivas CBMs, caracterizando efeito bactericida. Observou-se a ação modulatória de todas os agentes sobre os antibióticos testados, tanto pela técnica de difusão em disco como pela técnica de microdiluição em caldo. O Ag2MoO4 foi o mais promissor no tocante à modulação da resistência dos três antibióticos testados, chegando a apresentar efeito sinérgico. Os molibdatos só apresentaram uma diminuição significativa na viabilidade celular na concentração de 256 μg/mL, valor este oito vezes maior que o efeito bactericida. Portanto, os molibdatos avaliados apresentaram atividade antimicrobiana promissora, bem como contribuíram para potencializar a atividade, antes inativa, dos antibióticos testados. Também se apresentaram biocompatíveis no teste de citotoxicidade. Deste modo, tais observações demonstram que os agentes inorgânicos testados possam ser uma alternativa promissora para auxiliar no combate deste microrganismo.

  • VINÍCIUS DUARTE PIMENTEL
  • EFEITO ANTI-INFLAMATÓRIO DE Anadenanthera colubrina var. cebil (Griseb.) Altschul NO ENFISEMA PULMONAR EXPERIMENTAL INDUZIDO POR ELASTASE EM RATOS
  • Orientador : FRANCISCO DE ASSIS OLIVEIRA
  • Data: 30/11/2023
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  • Enfisema é uma doença inflamatória crônica caracterizada pela destruição de paredes alveolares, aumento dos espaços aéreos distais ao bronquíolo terminal e perda do recuo elástico do pulmão associado ou não ao acumulo de colágeno. As causas dessa enfermidade são associadas ao tabagismo e exposição a poluentes ambientais. A terapia disponível atualmente para enfisema baseia-se no uso de broncodilatadores inalatórios de longa duração, associado a um corticoide a depender da gravidade. Apesar do tratamento melhorar a qualidade de vida dos pacientes, não impede a progressão da doença, sendo necessário buscar por fármacos mais eficazes. Uma alternativa em potencial para o tratamento de enfisema pulmonar baseia-se no uso de plantas medicinais. Anadenanthera colubrina, uma espécie do bioma Caatinga no nordeste brasileiro, é amplamente reconhecida e utilizadas tradicionalmente para o
    tratamento de doenças pulmonares e destaca-se por sus propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. O objetivo deste estudo foi investigar o potencial anti-inflamatório do extrato etanólico bruto de A. colubrina var. cebil (Griseb.) Altschul nas alterações causadas por enfisema pulmonar experimental induzido em ratos. As cascas do caule do vegetal foram coletadas em Pimenteiras-PI e extraídas por remaceração utilizando etanol 70%, o extrato bruto obtido foi concentrado em evaporador rotativo. Parte do extrato foi submetida à analises fitoquímicas com CCD e HPLC. Para o protocolo de enfisema pulmonar foram utilizados ratos Wistar machos de 8 semanas e pesando ± 200 g obtidos mediante aprovação do comitê de ética no uso de animais (nº 718/2022). O enfisema pulmonar foi induzido através da instilação de elastase por via orotraqueal e o tratamento com extrato de A. colubrina ou dexametasona ocorreu concomitante à indução. Vinte e oito dias após o início do protocolo os animais foram eutanasiados para a obtenção das amostras biológicas, o sangue foi coletado e o plasma utilizado para dosagem de citocinas, o lavado broncoalveolar (LBA) usado para contagem total e diferencial de leucócitos e dos pulmões confeccionaram-se as lâminas para analise histológica e também dosaram-se marcadores de estresse oxidativo tecidual. Todos os dados foram submetidos analise de normalidade e em seguida tratados por analise de variância e pós-teste de Tukey, o valor de p &lt; 0,05 foi considerado significativo. Observamos redução significativa (p &lt; 0,05) da inflamação neutrofílica nos pulmões de ratos tratados com extrato, evidenciada pela contagem de células no tecido e no LBA. O extrato também exibiu atividade antioxidante pulmonar, com a diminuição significativa (p &lt; 0,05) na atividade de mieloperoxidase, malondialdeído e nitrito. A dosagem de TNFα, IL-1β e IL-6 e o dano alveolar, foi significativamente reduzida em tratados com o extrato de A. colubrina. As analises fitoquímicas identificaram a presença de compostos fenólicos e taninos hidrolisáveis no extrato de A. colubrina. Essas substâncias possuem propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, o que pode explicar os efeitos benéficos do extrato que foram observados. Em conclusão, os resultados deste estudo destacam o potencial do extrato etanólico das cascas de Anadenanthera colubrina como uma abordagem terapêutica complementar para o tratamento de enfisema. Suas propriedades observadas oferecem uma perspectiva otimista para a utilização desta planta medicinal no desenvolvimento de terapias para o manejo de enfisema pulmonar.

  • BIANCA DE SOUSA LEAL
  • ATIVIDADE DA PROTEASE CMS2MS3 EM DIFERENTES ETAPAS DO PROCESSO DE METÁSTASE DE MELANOMA MURINO EM MODELO IN VITRO B16F10
  • Orientador : DALTON DITTZ JUNIOR
  • Data: 14/11/2023
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  • Os melanomas são tumores que apresentam alta capacidade de disseminação no organismo e mortalidade, embora pouco incidentes. Apesar do grande número de substâncias com potencial efeito antitumoral, ainda carecemos de fármacos mais específicos e com atividade antimetastática no tratamento do câncer. A cisteino protease CMS2MS3 é obtida por processos cromatográficos do látex de Vasconcellea cundinamarcensis e promove indução de apoptose decorrente da perda de adesão mediada pela integrina VLA-4 em células de melanoma. Além disso, frações enzimáticas contendo CMS2MS3 reduzem a adesão, migração e invasão de diferentes células tumorais e possuem efeito antimestático em melanoma murino. O objetivo deste trabalho foi avaliar, in vitro, a atividade da protease CMS2MS3 e o envolvimento da integrina VLA-4 em etapas da metástase de melanoma B16F10. CMS2MS3 10 µg/mL por 24h não alterou significativamente a viabilidade de células que expressam (B16F10) ou não (B16F10-VLA-4-kd) VLA-4, embora promova maior desadesão de B16F10 do que de B16F10-VLA-4-kd. Nas mesmas condições, CMS2MS3 promoveu 60% de redução da adesão de B16F10 em fibronectina, efeito não observado em B16F10-VLA-4-kd. Em B16F10, após 72h de exposição à CMS2MS3 1 µg/mL, o tempo médio para a migração celular foi 25% maior que o controle. Células B16F10-VLA-4-kd tiveram um tempo médio de migração 54% menor que B16F10 e o tratamento com CMS2MS3 1 µg/mL não foi capaz de alterar esse comportamento, indicando que a integrina VLA-4 é importante para o efeito da protease. A adesão de B16F10, tratadas com CMS2MS3, em células endoteliais SVEC4-10 foi reduzida em aproximadamente 30%. O tratamento com a protease por 24h foi capaz de reduzir a transmigração de células B16F10 sobre células SVEC4-10 em 60%. Além disso, 10 µg/mL da protease  reduziu em mais de 99% a clonogenicidade de B16F10 após 48h. Células B16F10-VLA-4-kd possuem menor capacidade de formação de colônias do que células B16F10 e o tratamento com CMS2MS3 por até 24h não alterou essa característica, reforçando a dependência de VLA-4 para a ação da protease. Em conjunto, os resultados mostram que CMS2MS3 atua em diferentes etapas da metástase de células B16F10, nas quais a integrina VLA-4 está envolvida apresentando-se, também, como um possível alvo de ação para a protease.

  • ANDREI LEAL DA COSTA MAGALHÃES
  • FARMACOTERAPIA NA OBESIDADE: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA E META-ANÁLISE DE ENSAIOS CLÍNICOS RANDOMIZADOS DE MEDICAMENTOS ANTIOBESIDADE.
  • Orientador : FRANCISCO LEONARDO TORRES LEAL
  • Data: 10/11/2023
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  • Atualmente, há evidências insuficientes, especialmente em ensaios clínicos randomizados, para determinar a eficácia dos medicamentos na perda de peso em pacientes com sobrepeso e obesidade. Esta pesquisa busca utilizar uma revisão sistemática e meta-análise para determinar a eficácia do Cetilistat, Semaglutide, Amylin e Setmelanotide nesse contexto. Foi conduzida uma revisão sistemática registrada no PROSPERO (número de registro: CRD42022350468), com busca sistemática nas bases de dados MEDLINE, Scopus e Web of Science. Foram incluídos dezenove ensaios clínicos randomizados, totalizando 8.485 pacientes elegíveis. A análise dos dados permitiu a realização de uma meta-análise para comparar a eficácia desses medicamentos. Semaglutide (11,5 kg), Amylin (7,6 kg), Cetilistat (3,7 kg) e Setmelanotide (3,07 kg) demonstraram uma perda média de peso estatisticamente significativa em comparação com o placebo. Cetilistat, Semaglutide e Amylin estiveram consistentemente associados a uma perda de peso mínima de 5% em adultos com sobrepeso ou obesidade. Semaglutide e Amylin apresentaram a maior probabilidade de redução de peso, alcançando taxas de 10% e 15%, respectivamente, do peso total perdido. De acordo com a meta-análise e revisão sistemática, o Cetilistat, Semaglutide, Amylin e Setmelanotide controlam efetivamente o sobrepeso e a obesidade, resultando em uma perda de peso significativa em comparação com o placebo. Esses resultados confiáveis apoiam o uso desses medicamentos no tratamento dessas condições. O Semaglutide e o Amylin, que demonstraram maior perda de peso, sendo muito vantajosos para os pacientes. Nossos resultados sugerem que o uso desses medicamentos no manejo da obesidade e sobrepeso pode aprimorar o tratamento.

  • BIANCA DE SOUSA LEAL
  • ATIVIDADE DA PROTEASE CMS2MS3 EM DIFERENTES ETAPAS DO PROCESSO DE METÁSTASE DE MELANOMA MURINO EM MODELO IN VITRO B16F10
  • Orientador : DALTON DITTZ JUNIOR
  • Data: 17/10/2023
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  • Os melanomas são tumores que apresentam alta capacidade de disseminação no organismo e mortalidade, embora pouco incidentes. Apesar do grande número de substâncias com potencial efeito antitumoral, ainda carecemos de fármacos mais específicos e com atividade antimetastática no tratamento do câncer. A cisteino protease CMS2MS3 é obtida por processos cromatográficos do látex de Vasconcellea cundinamarcensis e promove indução de apoptose decorrente da perda de adesão mediada pela integrina VLA-4 em células de melanoma. Além disso, frações enzimáticas contendo CMS2MS3 reduzem a adesão, migração e invasão de diferentes células tumorais e possuem efeito antimestático em melanoma murino. O objetivo deste trabalho foi avaliar, in vitro, a atividade da protease CMS2MS3 e o envolvimento da integrina VLA-4 em etapas da metástase de melanoma B16F10. Em células de melanoma que expressam (B16F10) VLA-4, CMS2MS3 10 µg/mL por 24h não alterou a viabilidade celular, embora promova maior desadesão de B16F10 do que B16F10-VLA-4-kd. Nas mesmas condições, CMS2MS3 promoveu 60% de redução da adesão de B16F10 em fibronectina, efeito não observado em B16F10-VLA-4-kd. Em B16F10, após 72h de exposição à CMS2MS3 1 µg/mL, o tempo médio para a migração celular foi 25% maior que o controle. Células B16F10-VLA-4-kd tiveram um tempo médio de migração 54% menor que B16F10 e o tratamento com CMS2MS3 1 µg/mL não foi capaz de alterar esse comportamento, indicando que a integrina VLA-4 é importante para o efeito da protease. A adesão de B16F10, tratadas com CMS2MS3, em células endoteliais SVEC4-10 foi reduzida em aproximadamente 30%. Além disso, 10 µg/mL da protease reduziu em mais de 99% a clonogenicidade de B16F10 após 48h. Células B16F10-VLA-4-kd possuem menor capacidade de formação de colônias do que células B16F10 e o tratamento com CMS2MS3 por até 24h não alterou essa característica, reforçando a dependência de VLA-4 para a ação da protease. Em conjunto, os resultados mostram que CMS2MS3 atua em diferentes etapas da metástase de células B16F10, nas quais a integrina VLA-4 está envolvida apresentando-se, também, como um possível alvo de ação para a protease

  • CARLOS EDUARDO DA SILVA MENESES
  • AVALIAÇÃO DO EFEITO GASTROPTOTETOR E CICATRIZANTE DO TIMOL EM MODELO in vivo e in vitro
  • Orientador : RITA DE CASSIA MENESES OLIVEIRA
  • Data: 06/10/2023
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  • A úlcera gástrica é uma lesão benigna de múltiplas etiologias, associada a um desequilíbrio entre fatores protetores gástricos e agressores. Os métodos terapêuticos atualmente compreendem os antiácidos, citoprotetores, antagonistas de H2, inibidores da bomba de prótons (IBPs), entretanto apresentam alta taxa de recorrência. O timol é um composto natural monoterpênico presente no óleo essencial do Thymus vulgaris L., conhecido como tomilho, utilizado para o tratamento de feridas, por possuir propriedades anti-inflamatórias e cicatrizante. O estudo investigou-se a atividade gastroprotetora e cicatrizante do Timol complexado em βeta-Ciclodextrina (Timol β-CD) em modelos experimentais “in vivo”, “in vitro”, e interações com alvos farmacológicos. Foram utilizados para os experimentos, camundongos (Mus musculus) da linhagem Swiss, machos (Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí (Protocolo CEUA - UFPI n°008/23). Os animais foram divididos em 05 grupos (n=09), foi feito a administração oral do agente ulcerogênico etanol absoluto em um volume de 0,3 ml nos animais pré-tratados com veículo, Timol β-CD (10; 20, 40 mg/kg) ou Pantoprazol (15 mg/kg). Foram utilizadas amostras (N:3 animais/grupo) de estômagos dos grupos que receberam veículo, Pantoprazol (15 mg/kg) e Timol β-CD (40 mg/kg) para análises histológicas coradas com hematoxilina/eosina e ácido periódico de shift (PAS). Para os testes in vitro, foram cultivadas células de fibroblastos murinos da linhagem L929 para análise do efeito citotóxico do timol β-CD e a migração celular. As estruturas Timol, Ranitidina e Escopolamina foram obtidas do site PubChem em formato (.sdf) e submetidas à otimização de geometria através do software Avogadro versão 1.2.0 para análise via Docking no autodck vina 1.2 tb. O etanol absoluto em camundongos foi capaz de produzir uma grande área ulcerada (33,8 ± 3,56 %) no estômago, nos grupos tratados com Timol β-CD, observou-se significativa redução na área da lesão nas doses de 20 mg/kg (20,72 ± 3,69 %) e 40 mg/kg (17,79 ± 2,51 %) com percentual da gastroproteção de 38% e 47% e pantoprazol (15 mg/kg) para (7,97 ± 2,65 %) 76%. As alterações histológicas observaram-se que o Timol β-CD reduziu de forma significativa na dose de 40mg/kg (10.67 ± 3.48%) os infiltrados leucocitários comparados com o grupo veículo (23,33 ± 2.40%) assim como Timol β-CD ou Pantoprazol apresentaram significativo aumento no conteúdo de muco gástrico (16,03 ± 0,33 % e 11,1 ± 1,08%). O Timol β-CD não promoveu alterações na viabilidade de células L929, em ensaio com MTT de forma significativas, e nas concentrações de 1; 2,5; 5 e 10µm estimulou de forma significativa o fechamento da fenda (81 ± 1,4; 82,26 ± 0,84; 81,93 ± 1,34 e 82,39 ± 1,58 % respectivamente). Observou-se que Timol β-CD (-5,42 ± 0,16%) apresentou uma afinidade estatisticamente superior a Ranitidina (-4,25 ± 0,17%) para o receptor H2, já Escopolamina (-6,75 ± 0,09%) mostrou uma afinidade significativamente melhor que o timol (-6,26 ± 0,03%). Sendo assim o timol apresentou uma redução no volume das lesões gástricas, apresentando um potencial efeito gastroprotetora e cicatrizante

     

  • BORIS TIMAH ACHA
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA E MECANISMO DE AÇÃO DO TERPINOLENO EM MODELO MURINO DE DOR NEUROPÁTICA INDUZIDA POR ANTINEOPLÁSICO
  • Orientador : DALTON DITTZ JUNIOR
  • Data: 17/04/2023
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  • A dor neuropática, resultado da neuropatia periférica induzida por quimioterápicos é um importante efeito adverso da maioria dos agentes antitumorais, incluindo o paclitaxel (PTX). Atualmente o tratamento para essa condição possui eficácia limitada e efeitos colaterais importantes. O terpinoleno (TPO) é um monoterpeno monocíclico, naturalmente encontrado no óleo essencial de várias plantas aromáticas e exibe atividades farmacológicas como a inseticida, antinociceptiva, anti-inflamatória, antifúngica, antioxidante e antibacteriana. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antinociceptiva do terpinoleno em modelo murino de dor neuropática induzida por paclitaxel. Foram utilizados camundongos Swiss machos e fêmeas (Comitê de Ética em Experimentação Animal - UFPI No 736/2022). A dor neuropática foi induzida pela administração intraperitoneal contínua de PTX 2 mg/Kg por 4 dias consecutivos. A avaliação da nocicepção mecânica (teste von Frey), ao frio (teste acetona) e térmica (teste da placa quente) foi realizada para verificar a instalação e manutenção da neuropatia, além da eficácia do terpinoleno. Para isso, os animais foram divididos em 6 grupos (n = 6 animais/grupo). No tratamento agudo, os animais receberam uma dose de TPO em grupos distintos (50, 100 ou 200 mg/Kg, v.o), veiculo (controle negativo, tween 80 a 2% e NaCl 0,9%, v.o) ou morfina (10 mg/Kg, ip) e as avaliações comportamentais foram realizadas nos tempos 0, 60, 120, 180 e 240 minutos. No tratamento subagudo, os animais reeberam, diariamente, 3 doses de TPO em grupos distintos (50, 100 e 200 mg/Kg, v.o), veiculo ou pregabalina (10 mg/Kg, ip) e as avaliações foram realizadas em dias alternadas, a contar do 9o até 19o do protocolo experimental. Posteriormente, foram realizados estudos de docking molecular através do AutoDockVina e BIOVIA Discovery Studio para verificar as interações de TPO com alvos biológicos envolvidos na nocicepção (receptores de serotonina, canabinoides, gabaérgico, opioide, vanilóide e canais de potássio). Para investigação do mecanismo de ação do TPO, foram avaliados os níveis de superóxido dismutase (SOD), glutationa redutase (GSH) e malondialdeído (MDA) no soro dos animais e a participação das vias opioidérgica, gabaérgica, serotoninérgica, L-arginina/óxido nítrico, canais de K+ e Na+, utilizando seus respectivos antagonistas (naloxona, flumazenil, centaserina, L-NOARG, glibenclamida e fenitoína, respectivamente). TPO 200 mg/Kg aumentou o limiar nociceptivo mecânico dos animais neuropáticos comparados com o grupo do controle negativo. No tratamento subagudo, TPO aumentou de forma significativa o limiar nociceptivo mecânico e reduziu a sensibilidade ao frio em todas as doses avaliadas quando comparado ao controle negativo. Adicionalmente, TPO 200 mg/Kg diminuiu a sensibilidade térmica ao aumentar a latência de resposta aos estímulos térmicos. O docking molecular mostrou que TPO possui menor energia de interação para os receptores serotoninérgicos (5HT-3) e subunidade α2δ de canais de cálcio voltagem-dependentes, comparado com ligantes controles. Na avaliação do mecanismo de ação, o TPO 200 mg/Kg aumentou os níveis de GSH no soro dos animais. O efeito antinociceptivo do TPO 200 mg/Kg foi revertido pelo pré-tratamento com naloxona, centaserina, ondansetrona, L-arginina e glibenclamida, sugerindo a participação dos sistemas opioide e serotoninérgico, da via L-arginina/óxido nítrico assim como os canais K+ATP e L-arginina/óxido nítrico no efeito antinociceptivo do monoterpeno sobre a dor neuropática induzida pelo paclitaxel. 

  • FRANCISCO ASSIS DOS SANTOS MOREIRA
  • Determinação dos Potenciais Antioxidante e Anti-Inflamatório Tópico de um Gel à Base de Momordica charantia L. em Modelos Animais.
  • Orientador : FRANCISCO DE ASSIS OLIVEIRA
  • Data: 01/02/2023
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  • A artrite reumatoide (AR) é exemplo de doença inflamatória autoimune sistêmica que promove a destruição e incapacidade das articulações por afetar o tecido sinovial. Onde o tratamento farmacológico disponível são os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) e glicocorticoides (GC). No entanto, esses fármacos possuem várias reações adversas, dentre elas pode-se destacar atividade imunossupressora, irritação gástrica, formação de úlcera, redução da taxa de filtração glomerular, fluxo sanguíneo renal e ação antiproliferativa. Ainda como opção farmacológica muito utilizada estão os anti-reumáticos modificadores da doença (DMARDs), cerca de 20 a 40% dos pacientes não conseguem ter êxito na terapia com os DMARDs, devido à resistência terapêutica adquirida, falha secundária ou intolerância. Nesse contexto tem-se a necessidade de novas opções terapêuticas, como o uso de espécies vegetais e produção de formulações à base de plantas medicinais como opções mais seguras e com índice menor de efeitos adversos. No presente trabalho investigou-se o potencial anti-inflamatório e antioxidante de uma formulação gel à base de extrato glicólico de Mormordica charantia L (Gel MCH) em ratos. Inicialmente, foi realizado o ensaio de toxicidade em ratas e em seguida foram avaliadas as ações antiedematogênica e anti-inflamatória em modelos de edema de pata induzido por carragenina, dextrana, histamina e prostaglandina, bem como artrite induzida por Adjuvante Completo de Freund (CFA) em ratos, onde foram avaliados a espessura do edema com paquímetro digital e incapacidade articular, também foram coletadas amostras de tecido para confecção de laminas histológicas e sangue para doseamento de marcadores de estresse oxidativo (GSH, MPO, Nitrito e TBARS). O tratamento com Gel MCH (2000mg/kg) não desenvolveu sinais de toxicidade dérmica ou irritação cutânea visíveis macro ou microscopicamente. A formulação Gel MCH (200 mg/kg) foi capaz de reduzir o edema induzido por carragenina (*** p<0,001), histamina (**p<0,01), dextrana (**p<0,01) e prostaglandina E2 (***p<0,001), assim como reduziu tempo de elevação de pata (TEP) (p< 0,001) e edema (*** p< 0,001) no protocolo de artrite induzida por ACF. Os animais tratados com o Gel MCH (200 mg/kg) apresentaram melhora nos níveis séricos de GSH (* p<0,05) e redução de MPO (** p<0,01), TBARS (* p<0,05) e Nitrito (* p<0,05). Os resultados obtidos indicam que a formulação à base de M. chatantia L. exerce ação anti-inflamatória delineada pela redução do estresse oxidativo, redução da infiltração neutrofílica (evidenciado pelo doseamento de MPO), redução da atividade de histamina e prostaglandina E2.

  • YASMIM DE ANDRADE GOMES
  • Influência do Exercicio Físico e do Sistema Purinergico via Receptor P2X7 Sobre a Cardiotoxicidade e Dismotilidade Gastrica em Ratos Tratatados com Cisplatina.
  • Orientador : MOISES TOLENTINO BENTO DA SILVA
  • Data: 31/01/2023
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  • INTRODUÇÃO: A cisplatina possui considerável toxicidade sobre os sistemas, destaca-se sua  cardiotoxicidade que interfere na terapia, bem como a disfunção autonômica responsável por consequências gastrintestinais, como aumento da retenção gástrica e trânsito intestinal. Nessa perspectiva, sugerimos que o exercício físico moderado e o tratamento farmacológico (BBG e ATP) possa atenuar os efeitos adversos provocados no sistema cardiovascular e no Trato Gastrointestinal, além de verificar o papel do receptor P2X7 na motilidade gastrintestinal. OBJETIVO: Verificar a cardiotoxicidade da cisplatina e investigar mecanismos do receptor P2X7 sobre a dismotilidade gástrica e intestinal induzida por cisplatina em ratos. METODOLOGIA: Para a avaliação do eletrocardiograma (ECG), os animais foram divididos em quatro grupos (controle, cisplatina, exercício e cisplatina+exercício), em que foram verificados a frequência cardíaca (FC), variabilidade da frequências cardíaca (VFC) e análise dos componentes do ECG. A indução de dismotilidade gástrica ocorreu com cisplatina (3mg/Kg), uma vez por semana durante cinco semanas administrada via intraperitoneal. Ao mesmo tempo, era realizado o treinamento físico de natação com sobrecarga de 5% do peso corporal durante cinco dias na semana. Após cinco semanas de abordagem farmacológica ou de exercício, foram avaliados os parâmetros de retenção gástrica e trânsito intestinal,sendo os animais divididos nos grupos: controle, cisplatina, exercício, cisplatina+exercício, BBG, ATP, cis+BBG, cis+ATP, cis+BBG+ATP, cis+exer+BBG, cis+exer+ATP e cis+exer+BBG+ATP. RESULTADOS: O intervalo RR do grupo cisplatina aumentou significativamente (p <0,05) quando comparado ratos do grupo controle (Cis: 198,8 ± 12,01 s vs. Cont: 148,0 ± 3,42 s). A FC do grupo cisplatina diminuiu significativamente (Cis: 327,8 ± 17,74 bpm vs. Cont: 407,6 ± 9,382 bpm). Além disso, na retenção gástrica, houve um aumento significativo (p<0,05), dos animais tratados com cisplatina, comparado ao grupo controle (61,11 ± 4,1 % vs 33,07 ± 1,5 %), e foi atenuado pelo exercício físico (Cis: 61,11 ± 4,1 % vs Cis + Exer 5%: 32,6 ± 3,1 %). Esse efeito também foi prevenido pelo ATP (Cis: 61,1 ± 4,1 % vs cis +ATP: 40,7 ± 2,6 %). Nos resultados de trânsito intestinal, foi observado um aumento significativo (p<0,05) no segmento proximal dos ratos que foram tratados com cisplatina, quando comparado aos do grupo controle (proximal: 66,67 ± 5,84 % vs 43,93 ± 2,05 %). O grupo cisplatina + exercício apresentou um efeito preventivo (p<0,05) sobre o aumento da retenção gástrica dos ratos tratados somente com cisplatina (Cisplatina: 61,11 ± 4,1 % vs Cisplatina + Exercício: 32,6 ± 3,1 %). O grupo cis+ATP apresentou um efeito preventivo no segmento proximal comparado ao grupo cis (proximal: 39,53 ± 2,39 % vs 66,67 ± 5,84 %). CONCLUSÃO: Há uma possível cardiotoxicidade pelo uso do quimioterápico, a qual foi prevenida pelo exercício físico. O aumento da retenção gástrica e do trânsito intestinal foram melhorados pelo exercício físico e pelo ATP.

2022
Descrição
  • DANIELLY SILVA DE MELO
  • AVALIAÇÃO IN SILICO DO POLIFENOL GALATO DE ISOPROPILA E INVESTIGAÇÃO DO SEU POTENCIAL ANTILEISHMANIA, CITOTÓXICO E IMUNOMODULADOR
  • Orientador : FERNANDO AECIO DE AMORIM CARVALHO
  • Data: 08/09/2022
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  • O Galato de Isopropila (GIP) é um polifenol obtido a partir de alterações na molécula do ácido gálico por via catálise ácida ou por catálise enzimática. O ácido gálico (ácido 3,4,5-trihidroxibenzoico) apresenta atividade antioxidante, citotóxica, anti-inflamatória, antimicrobiana, antimutagênica, anticarcinogênica, antinociceptiva, antiulcerogênica e antileishmania. Neste contexto, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a atividade in sílico do GIP e investigar seu potencial antileishmania, citotóxico e imunomodulador através de modelos experimentais in vitro. Para a realização da ancoragem molecular utilizou-se os programas AutoDockVina e BIOVIA Discovery Studio. Na avaliação in sílico, utilizou-se os softwares SwissADME, PreADMET e admetSAR. Realizou-se os modelos in vitro de atividade antileishmania sobre formas promastigotas e amastigota de Leishmania major, citotoxicidade sobre macrófagos murinos e eritrócitos, além de protocolos de atividade imunomoduladora. O GIP exibiu afinidade com enzimas importantes para a sobrevivência da leishmania, como a pteridina redutase (PTR1; -8,2 kcal/mol) e oligopeptidase B (OPB; -8,0 kcal/mol), apresentando um bom perfil de similaridade à drogas, além de uma boa biodisponibilidade (99,6%). GIP mostrou ter uma boa absorção através da via transdérmica, sendo considerado não mutagênico, não carcinogênico e com baixo risco de toxicidade cardíaca. Ainda, foi capaz de inibir o crescimento da L. major em todas as concentrações testadas, com concentrações inibitórias média (CI50) de 90,813 μM. Também apresentou uma excelente atividade contra amastigotas (CI50 =13,45 μM), e baixa citotoxicidade em macrófagos (CC50= 1260 μM) e eritrócitos de carneiro (CH50 >3770,00 μM), o que sugere que o composto é mais tóxico para o parasito do que para células de mamíferos. Finalmente, foi capaz de aumentar o volume lisossomal e a capacidade fagocítica, não apresentando ativação da via de produção de óxido nítrico (NO). Com base no exposto, pode-se concluir que o GIP apresenta um bom perfil físico-químico, biodisponibilidade oral e boa permeabilidade à pele, além de reduzir a infecção e infectividade em macrófagos parasitados por atuar através de vias de ativação de macrófagos e provavelmente inibir enzimas da leishmania.

  • CAROLINA FRANCISCA ALVES DE JESUS SOUSA
  • Atividade gastroprotetora e cicatrizante do Fitol Complexado em beta- ciclodextrina (Fitol β-CD).
  • Orientador : RITA DE CASSIA MENESES OLIVEIRA
  • Data: 29/08/2022
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  • RESUMO

    As úlceras pépticas são lesões no trato digestivo devido à secreção de ácido gástrico e pepsina na mucosa gástrica e duodenal causadas por um desequilíbrio entre os fatores protetores como muco, bicarbonato, fluxo sanguíneo e prostaglandinas e fatores agressores como álcool, estresse e infecção por Helicobacter pylori. O manejo terapêutico envolve fármacos inibidores da bomba de prótons e antagonistas dos receptores de histamina, mas estão associados a efeitos adversos como deficiência de vitamina B12 e ferro. Dessa forma, estudos são necessários para a busca de terapias alternativas tão eficazes quanto as terapias tradicionais e com menos efeitos adversos. Diante dessa premissa, o objetivo do presente estudo foi avaliar a atividade gastroprotetora e
    cicatrizante do fitol complexado em β-Ciclodextrina (Fitol β-CD) em modelos de lesões gástricas. Estudo preliminar demonstra a gastroproteção promovida pelo fitol na forma livre em ratos (CEUA - UFPI n° 498/18). Inicialmente, a atividade gastroprotetora do Fitol β-CD foi avaliada em modelo de lesões gástricas induzidas por etanol absoluto, em que camundongos Swiss foram pré-tratados com veículo (água destilada), Fitol β -CD (6,25; 12,5, 25 mg/kg, v.o) ou Carbenoxolona (100 mg/kg, v.o), adicionados com 2% de tween 80 (n=6/grupo). Após 1h foi administrado o agente ulcerogênico (etanol absoluto - 0,2 ml/animal). Os animais foram eutanasiados e o percentual da área ulcerada foi determinado após 30 min da administração do etanol absoluto. Posteriormente, a atividade gastroprotetora do Fitol β-CD foi avaliada com o modelo de lesões gástricas induzidas por isquemia e reperfusão (I/R). Para isso foram usados ratos Wistar pré-tratados com veículo, Fitol β-CD (6,25; 12,5; 25 mg/kg, v.o) ou N-acetilcisteína (NAC, 200 mg/kg, v.o). Após 30 min foram anestesiados e em seguida, submetidos a 30 min de isquemia, seguido por 1h de reperfusão. Os ratos foram eutanasiados, o percentual da área ulcerada foi determinado. Para avaliação da atividade cicatrizante os animais foram divididos em 04 grupos (n=6) e anestesiados com cetamina (100 mg/kg, i.p.) e xilazina (5,0 mg/kg, i.p.) para a realização do processo cirúrgico e indução de úlcera gástrica, utilizando o ácido acético (80%, 70 μL) como agente indutor. A área lesada foi delimitada utilizando um tubo de vidro de 8 mm de diâmetro e 2 cm de altura, em contato com a serosa do estômago, seguida de assepsia e sutura. Após 24h os mesmos foram tratados por 7 dias seguidos com, veículo, Fitol β-CD (6,25 ou 12,5 mg/kg, v.o) ou Ranitidina (100 mg/kg, v.o). Para análise de possíveis sinais de toxicidade, o peso corporal foi avaliado a cada 2 dias. Também foi realizado o ensaio com MTT em linhagens de células L929 para avaliar a citotoxicidade do Fitol livre ou Fitol β-CD nas concentrações de 1-500 µg/mL. Para a análise estatística foi utilizado o software GraphPad Prism® 8.01. Os resultados foram expressos como média ± erro padrão da média (E.P.M.) e analisados através do teste ANOVA One Way seguida de pós-teste de Tukey ou Bonferroni. Os valores foram considerados significativos quando apresentaram *p&lt;0,05. No modelo de lesões gástricas induzidas por isquemia e reperfusão o Fitol β-CD (6,25; 12,5; 25 mg/kg, v.o.) e o NAC reduziram significativamente a área da lesão 49,7%; 62,7%; 65,9%, e 83,2%, respectivamente, quando comparados com o veículo. O Fitol β-CD nas doses (6,25; 12,5; 25 mg/kg, v.o.) e a Carbenoxolona (100 mg/kg) reduziram significativamente a área da lesão em 53%; 74,1%; 82,1% e 85,4% respectivamente, no modelo de etanol absoluto, quando comparados com o veículo. Nesse protocolo, a análise histológica dos estômagos dos animais tratados com Fitol β-CD (25 mg/kg) ou com Carbenoxolona (100 mg/kg) mostrou redução na erosão epitelial, na hemorragia e no edema em relação ao veículo. Os grupos tratados com Fitol β-CD (25 mg/kg) ou carbenoxolona (100 mg/kg) apresentaram considerável aumento das fibras de colágeno. A deposição de colágeno, a presença e aumento deste, estimula a reepitelização na área da lesão. Para a cicatrização, o Fitol β-CD (6,25; 12,5 mg/kg) reduziu a área da lesão induzida por ácido acético em 92,6% e 98,4%, respectivamente semelhante à ranitidina que reduziu as lesões em 99,78%. O Fitol β-CD não promoveu sinais de toxicidade nos animais, durante ou após os sete dias de tratamento. O Fitol não causou citotoxicidade em linhagens de células L929, em ensaio com MTT. Diante dos resultados apresentados, o Fitol β-CD como a sua forma livre, possui potencial efeito gastroprotetor e cicatrizante. Entretanto na complexação com β-ciclodextrina a quantidade do Fitol utilizado corresponde a dez vezes menos substância no que se refere a cada dose do complexo avaliado, demonstrando a eficácia do Fitol β-CD e sugerindo que o mesmo seja dez vezes mais potente que sua forma livre.

  • STEFÂNIA CARDOSO DA SILVA SALES
  • Avaliação da atividade antinociceptiva do óxido de rosa em modelo experimental de dor oncológica
  • Orientador : FERNANDA REGINA DE CASTRO ALMEIDA
  • Data: 19/08/2022
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  • O sintoma mais comum apresentado por pacientes com cancer é a dor. O monoterpeno, oxido de rosa (OR). que está presente em algumas espécies vegetais, apresenta uma série de propriedades farmacológicas. Diante dos fatos, o objetivo deste estudo foi investigar um possível efeito antinociceptivo do OR em modelo animal de dor oncológica, além de avaliações in silico da farmacocinética e farmacodinâmica. Ademais, os animais foram divididos em 5 grupos: SHAM (animais normais), controle negativo (NaCl a 0,9% com Tween 80 a 2%), pregabalina (10 mg / kg p.o), e 2 doses de OR (100 e 200 mg / kg p.o) Métodos: Os experimentos foram aprovados pelo Comitê de Ética no Uso de Animais (CEUA / UFPI nº 146/16). Para indução da hipernocicepção, 2,5 milhões de células de sarcoma-180 foram inoculadas na pata direita de camundongos, e a alodinia mecânica foi avaliada com filamentos de von Frey, em tratamento agudo em uma avaliação de 12 horas e subagudo por 30 dias. Além disso utilizamos um teste adaptado de campo aberto, para avaliação da nocicepção. A massa relativa dos órgãos dos animais, foram avaliadas para investigar uma possível toxicidade. A avaliação in silico foi realizada utilizando o software ACD/ChemSketch versão 14.0 e o servidor online PreADMET para o teste. Resultados: A redução da hipernocicepção foi evidenciada pela comparação entre as medias ± E.P.M dos grupos no teste de Von Frey a partir da primeira hora de avaliação (* p &lt;0,05) e observada nas horas seguintes, assim também como foi visto no teste subagudo. OR melhorou a locomoção dos animais no campo aberto quando comparado com o controle negativo. Ademais, o OR apresentou afinidade relevantes em receptores opioides e gabapetinóides. Em relação aos parametros farmacocinéticos avaliados in silico, o OR atravessa a barreira hematoencefálica, apresenta um boa absorção intestinal, e também apresenta uma boa afinidade com proteínas plasmáticas. Conclusão: O Óxido de Rosa, mostrou nesse estudo que possui potencial efeito antinociceptivo em modelo de hipernocicepção do câncer, supostamente pela participação dos receptors opioides e a subunidade α 2 δ do canal de calcio.

  • WILLIAN AMORIM DIAS
  • Potencial antinociceptivo do isopulegol em modelo de dor oncológica
  • Orientador : FERNANDA REGINA DE CASTRO ALMEIDA
  • Data: 18/08/2022
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  • O Isopulegol (ISO) é um monoterpeno o qual apresenta diversas atividades farmacológicas, entre elas, anti-inflamatória, antinociceptiva e antioxidante, sendo importante candidato para o tratamento da dor. Diante dos fatos, o objetivo deste estudo foi investigar um possível efeito antinociceptivo do ISO em modelo animal de dor oncológica, além de avaliações in silico de farmacocinética, farmacodinâmica e toxicologia. Os experimentos foram aprovados pelo Comitê de Ética no Uso de Animais (CEUA / UFPI nº 146/16). A alodinia mecânica foi avaliada com filamentos de von Frey, em tratamento agudo (curva de12 horas) e tratamento subagudo (30 dias). Além disso utilizamos o teste adaptado de Campo Aberto e tempo de lambedura, para avaliação da nocicepção. Ademais, os animais foram divididos em 6 grupos:
    SHAM (animais normais), controle negativo (NaCl a 0,9% com Tween 80 a 2%), pregabalina (10 mg/kg v.o), e 3 doses de ISO (12,5, 25 e 50 mg/kg v.o). A massa relativa dos órgãos dos animais foi avaliada para investigar uma possível toxicidade. A avaliação in silico foi realizada utilizando o software ACD/ChemSketch versão 14.0 e o servidor online PreADMET para o teste. A redução da hipernocicepção foi evidenciada pela comparação entre as médias ± E.P.M. dos grupos no teste de Von Frey (*p &lt;0,05). O ISO melhorou a locomoção dos animais no Campo Aberto, porém não foi capaz de reduzir o tempo de lambedura de pata, mostrando que esse não interfere nesse mecanismo. O ISO apresentou resposta significativa na nocicepção por Sarcoma-180, em alguns momentos mostrou-se significativo em relação à pregabalina. No tocante à avaliação de possíveis alvos farmacológicos in silico,
    o ISO apresentou atividade em receptores opióides, gabapentinóides, receptor de pregabalina e GABA B. No que diz respeito a farmacocinética, percebemos que o ISO é capaz de atravesar a barreira hematoencefálica, corroborando para justificar o efeito opióide ja evidenciado no nosso grupo. Além disso, inibe as seguintes enzimas do citocromo P (CYP), CYP 2C19, CYP 2C9, CYP 3A4, sendo substrato do CYP 3A4. A absorção intestinal humana do ISO é de 100 %, além de não apresentar carcinogenicidade nem toxicidade cardíaca. O ISO tem um potencial efeito antinociceptivo em modelo de hipernocicepção do câncer, supostamente por ação opióide, ação em receptores gabapentinoides, recepores de pregabalina e ação em receptores GABA B, provavelmente inibindo glutamato.

  • RUY GABRIEL COSTA SOUSA
  • ATIVIDADE ESPASMOLÍTICA DE Tocoyena hispidula Standl. (Rubiaceae) E SUA POSSÍVEL ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA: ESTUDO "in vitro, in silico E in vivo"ANTINOCICEPTIVA: ESTUDO "in vitro, in silico E in vivo"
  • Orientador : RITA DE CASSIA MENESES OLIVEIRA
  • Data: 01/08/2022
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  • O trato gastrointestinal (TGI), assim como os demais componentes que formam o
    sistema digestório está passivo de sofrer alterações patológicas em função de diversas
    etiologias, as quais podem comprometer suas funções¸ inclusive a motilidade. A
    hipermotilidade gerada por distúrbios intestinais, por sua vez, muitas vezes está associada ao
    aparecimento de dor visceral. Na atualidade existem diversos fármacos para o tratamento
    desses distúrbios, contudo, estão associados a efeitos colaterais severos. A espécie Tocoyena
    hispidula Standl (Rubiaceae), conhecida popularmente como flor-do-cerrado, é
    tradicionalmente empregada no tratamento de dores abdominais e inflamação do útero. Neste
    contexto, a pesquisa teve como objetivo avaliar a atividade espasmolítica do extrato etanólico
    das folhas de Tocoyena hispidula Standl (Th-EtOHf) em íleo isolado de rato e a atividade in
    silico dos seus componentes majoritários, bem como seu possível efeito antinociceptivo em
    modelo de dor visceral. Para isso, foram utilizados ratos Rattus norvegicus (250 – 300g), onde
    o íleo foi analisado no banho de órgãos, avaliando-se a atividade espasmolítica do Th-EtOHf
    frente a contrações tônicas induzidas por 40 mM de KCl ou 10 -6 M de carbacol (CCh); bem
    como foram avaliados seu potencial mecanismo frente aos bloqueadores Tetraetilamônio
    (TEA + ) a 5mM, glibenclamida 10 -5 M e naloxona 0,5 M. Na avaliação in silico dos
    compostos do extrato, utilizou-se o programa MarvinSketch, os servidores PreADMET e
    Osiris Property Exploer, bem com os programas AutoDockVina e BIOVIA Discovery Studio.
    Para avaliação da atividade antinociceptiva foram empregados camundongos Swiss (20-30 g),
    onde o agente indutor da nocicepção foi o ácido acético e o controle positivo a indometacina.
    A presente pesquisa foi aprovada sob parecer CEUA: 629/20. O Th-EtOHf apresentou uma
    redução na contração gerada por KCl e por CCh em 100% na concentração de 750 g/mL.
    Além disso, no experimento envolvendo TEA + a curva foi deslocada para a direita com
    redução na potência de relaxamento do extrato quando comparado ao relaxamento com
    apenas o CCh; o mesmo foi observado nos experimentos envolvendo a glibenclamida e a
    naloxona. A análise in silico demonstrou que todos os compostos (à exceção do fitol)
    descumpriram no mínimo uma das regras de Lipinsk, de forma que as 4 moléculas avaliadas
    apresentaram distintos parâmetros farmacocinéticos. Quanto à avaliação toxicológica
    envolvendo o teste de Ames, carcinogenicidade, inibição do hERG, irritação e efeito sobre a
    capacidade reprodutora, todos os compostos mostraram-se relativamente seguros. Nos estudos
    de docagem, as moléculas avaliadas mostraram uma energia livre de ligação semelhante à da
    molécula base para os alvos K ATP , M3, COX1 e COX2, contudo, esses mesmos metabólitos
    secundários mostram uma afinidade inferior (se comparado à molécula base) para o receptor
    -opióide e o canal de Ca 2+ do tipo L (CaV1.2). No resultado in vivo, os animais que
    receberam o Th-EtOHf e o ácido aético tiveram um valor de 9,500 ± 3,324 contorções*, os
    animais que receberam apenas o ácido tiveram 30,17 ± 5,461 contorções e os que receberam
    indometacina e o ácido tiveram 7,500 ± 3,052 contorções*. Com isso, conclui-se que o Th-
    EtOHf apresenta atividade espasmolítica, possivelmente ativando canais K ATP , atuando de
    forma indireta em canais de cálcio dependentes de voltagem CaV (haja vista que, a atuação
    em canais de potássio promove um bloqueio indireto em CaV) e atuando via receptores M3,
    uma vez que, promoveu a redução da contração gerada pelo CCh e mostrou afinidade
    equiparável à escopolamina nos estudos de docagem; além disso, o Th-EtOHf também
    demonstrou a participação da via opióide na ação miorrelaxante. Quanto aos parâmetros
    farmacocinéticos e toxicológicos, foi possível observar que o extrato apresenta metabólitos
    que demonstraram uma baixa absorção e distribuição (-HGP e -HGP), sendo que todos os
    metabólitos avaliados são relativamente seguros em relação à toxicidade. Outrossim, o Th-
    EtOHf apresenta uma ação antinociceptiva, o que poderia ser colocado como devido a uma
    ação indireta via redução dos movimentos peristálticos e direta via ativação dos canais K ATP , e
    inibição não seletiva da COX.

  • KELLY BEATRIZ VIEIRA DE OLIVEIRA
  • INTERAÇÃO ENTRE OS RECEPTORES P2X7, AT1 E VIA ADRENÉRGICA SOBRE O ESVAZIAMENTO GÁSTRICO DE SÓLIDOS E BIOMARCADORES DE ESTRESSES OXIDATIVOS EM RATOS ESPONTANÊAMENTE HIPERTENSOS (SHR).
  • Orientador : MOISES TOLENTINO BENTO DA SILVA
  • Data: 06/04/2022
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  • INTRODUÇÃO: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) pode ser caracterizada como uma condição inflamatória crônica, com aumento das espécies reativas de oxigênio, redução do óxido nítrico, lesão endotelial e de órgãos-alvo. Nos últimos anos, pesquisas são direcionadas a compreender alterações gastrintestinais em decorrência da hipertensão, conduzindo a novas investigações dentro dessa área. OBJETIVO: O estudo buscou avaliar os efeitos da hipertensão sobre a motilidade gástrica e biomarcadores de estresse oxidativo no TGI sob a influência do bloqueio do SRAA, via adrenérgica e via purinérgica. METODOLOGIA: Foram utilizados ratos Wistar, normotenso, e ratos SHR, hipertenso. Os animais foram divididos: Wistar, SHR, SHR-Losartana, SHR-Guanetidina, SHR-BBG, SHR-BBG-ATP, SHR-BBG-ANG II. O efeito dos fármacos foi observado sobre o esvaziamento gástrico e nos marcadores de estresse oxidativo (Nox, MPO, GSH, SOD) em tecidos do trato gastrointestinal. RESULTADOS: Nos grupos SHR-Losartana e SHR-guanetidina a taxa de esvaziamento não apresentou diferença em relação ao grupo SHR (32.77±2.89 vs 28.80±5.87 vs 21.88±2.05). No grupo SHR-BBG houve uma melhoria da motilidade gástrica (p<0.05) comparado ao grupo SHR (41.66±3.26 vs 21,88±2,05%). A taxa de esvaziamento dos grupos SHR-BBG-ATP e SHR-BBG-ANG II reduziu comparado ao grupo SHR-BBG (25.66±3.01 vs 21.91±5.07 vs 41.66±3.26%). No duodeno houve um aumento significativo de MPO no grupo SHR-losartana em relação ao grupo SHR (0.83± 0.09 vs. 0.33 ± 0.07 UMPO/mg tecido). No colón houve aumento da atividade de GSH no grupo SHR-guanetidina em relação ao grupo SHR (6.48± 0.54 vs 1.5 ± 0.48 mgGSH/g tecido). CONCLUSÕES: A hipertensão em ratos SHR diminui a taxa de esvaziamento gástrico. A inibição de receptores P2X7 com o uso BBG melhorou a taxa de esvaziamento gástrico em ratos SHR. Sugere-se que um desequilíbrio em agentes óxido-redutores é associado a hipertensão e o tratamento agudo foi efetivo na prevenção do estresse oxidativo nos tecidos gastrintestinais de ratos SHR.

  • RAILSON PEREIRA SOUZA
  • Avaliação in silico, in vitro e in vivo das ações citotóxica, antioxidante e antiagregante plaquetária do gama-terpineno em modelos de distúrbios cardiovasculares
  • Orientador : ALDEIDIA PEREIRA DE OLIVEIRA
  • Data: 11/02/2022
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  • INTRODUÇÃO: O γ-terpineno (γ-TPN) é um monoterpeno cicloexânico, presente em óleos essenciais de espécies vegetais farmacologicamente ativas, como o Thymus vulgaris (tomilho), Rosmarinus officinalis (alecrim), Citrus reticulata (mexerica) e o Origanum vulgare (orégano). Os terpenos são amplamente estudados por suas ações farmacológicas reconhecidas sobre o sistema cardiovascular, hemostasia e ações antioxidantes. OBJETIVO: avaliar o efeito citotóxico, antioxidante e antiagregante plaquetário do γ-TPN em modelos in silico, in vitro e in vivo. MATERIAL E MÉTODOS: Para a avaliação in silico, utilizou-se os softwares PreADMET, SwissADME e SwissTargetPrediction. A realização da ancoragem molecular foi feita através dos bancos de dados AutoDockVina e BIOVIA Discovery Studio. A citotoxicidade do γ-TPN foi analisada pelo ensaio MTT com linhagens normais endoteliais (SVEC4-10) e de fibroblastos (L929) murinos. A agregação plaquetária foi avaliada com plasma rico (PRP) e pobre em plaquetas (PPP) de ratas espontaneamente hipertensas (SHR), além de células SVEC4-10 pré-tratadas com γ-TPN (50, 100 e 200 µM) por 24 h. Para isso, colocou-se uma cubeta com 270 µL de PRP com 20 µL de SVEC4-10 pré-tratadas e após os cinco primeiros minutos de registro da agregação plaquetária, adicionou-se 10µL do agregante adenosina difosfato, ADP (10 µM). Nos testes in vivo, utilizou-se outra série de animais SHR, pré-tratados por gavagem com γ-TPN durante 7 dias, distribuídos em quatro grupos (controle, 25, 50 e 100 mg/Kg). Ao final, os animais foram eutanasiados e amostras de sangue foram coletadas para avaliação antioxidante (catalase, glutationa redutase e superóxido dismutase) e dosagem de nitritos (reação de Griess). Ademais, fez-se a extração da medula óssea e da artéria aorta para, respectivamente, avaliação da mutagenicidade (ensaio de micronúcleo) e histopatológica. RESULTADOS E DISCUSSÃO: o γ-TPN mostrou-se bastante lipossolúvel (Log P=+4,50), com um perfil qualificado de similaridade à droga, boa biodisponibilidade e farmacocinética adequada. O γ-TPN exibiu afinidade principalmente ao receptor P2Y12 (-6,267± 0,090 Kcal/mol) e à enzima catalase - CAT (-6,511± 0,154 Kcal/mol), citotoxicidade moderada para L929 (CC50=333,3) e SVEC 4-10 (CC50=366,7µM). A presença do γ-TPN com células SVEC 4-10 também foi capaz de reduzir a agregação plaquetária em 51,57 e 44,20%, respectivamente, nas menores concentrações (50 e 100 µM). Na avaliação antioxidante, o γ-TPN promoveu aumento da atividade de CAT e glutationa redutase (GR) na dose de 25 mg/Kg (p<0,05) e a dosagem de nitrito foi aumentada com a maior dose, 100 mg/Kg (p<0,01). Quanto ao ensaio de micronúcleo, o γ-TPN não foi mutagênico (p<0,05) e a análise histopatológica revelou uma redução significativa na espessura e na área do vaso em animais pré-tratados com 100 mg/Kg (p<0,05). CONCLUSÃO: Conclui-se que o γ-TPN possui uma boa afinidade com receptores purinérgicos e efeito sobre a reversão da agregação plaquetária e do estresse oxidativo, sendo promissor e seguro para alvos terapêuticos no controle de doenças cardiovasculares.

2021
Descrição
  • ANTONIO CARLOS DOS REIS FILHO
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA DO GAMA TERPINENO NO MODELO DE DOR NEUROPÁTICA POR PACLITAXEL
  • Orientador : FERNANDA REGINA DE CASTRO ALMEIDA
  • Data: 06/10/2021
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  • O câncer se destaca pelo crescimento desordenado de células, que invadem tecidos e órgãos, e que pode provocar, dentre outras complicações, dor neuropática. Para o tratamento farmacológico do câncer existem diversos fármacos quimioterápicos entre eles os estabilizadores de microtúbulos, como o paclitaxel que tem como efeito adverso grave a neuropatia periférica. O tratamento da dor neuropática, consiste em anti-inflamatórios, anticonvulsivantes, antidepressivos, opioides, entre outros. Entretanto, o uso recorrente pode gerar efeitos adversos como problemas gástricos, hepatotoxicidade, quadros de insônia e dependência. Os óleos essenciais vêm sendo pesquisados como alternativa para a terapia analgésica, além de possuir constituintes com atividades antinociceptiva, antibacteriana, antifúngica, anticancerígena, antimutagênica, antidiabética, antiviral e antiprotozootica. O GAMA-TPN (1-isopropil-4-metilciclohexa-1,4-dieno), presente em plantas aromáticas, possui já descrito na literatura estudos de atividade anti-inflamatória e antinociceptiva em modelos de dor aguda (capsaicina) e inflamatória (carragenina). O objetivo desse estudo foi investigar o possível efeito antinociceptivo do Gama-TPN em modelo animal de dor neuropática por paclitaxel e alguns mecanismos envolvidos. Foram utilizados camundongos Swiss fêmeas (25-35 g, n = 6) sob autorização do Comitê de Ética em Experimentação Animal (CEEA/UFPI Nº 146/2016). Para indução da dor neuropática foi administrado paclitaxel (2 mg/kg, i.p.) durante 4 dias consecutivos. Inicialmente foi realizada uma leitura basal e, após administração do quimioterápico, os animais foram avaliados a cada 3 dias quanto aos parâmetros de hiperalgesia mecânica utilizando os filamentos de von Frey, bem como testes de estresse térmico (acetona e placa quente). Os grupos utilizados foram sham (NaCl 0,9% sem neuropatia), veículo (NaCl 0,9% com Tween 80 a 2% v.o.), controle positivo para avaliação subaguda (pregabalina 10 mg/kg, v.o.), controle positivo para avaliação aguda (morfina 10 mg/kg, s.c.) e 2 doses de GAMA-TPN (100 e 200 mg/kg v.o). O Gama-TPN na dose de 200 mg/kg, mostrou efeito antinociceptivo significativo nos testes comportamentais avaliados. A fim de verificar os mecanismos de antinocicepção, o efeito do Gama-TPN foi inibido na presença de naloxona (2 mg/kg, i.p.) e glibenclamida (3 mg/kg, i.p.) sugerindo o envolvimento do sistema opióide via canais de K+ATP. Foi possível observar a capacidade do Gama-TPN em modular os níveis de citocinas, através de ensaio imunoenzimático (ELISA), no qual observou-se que o Gama-TPN reduziu os níveis de TNF-α e IL-1β. O Gama-TPN foi capaz de reduzir a atividade da mieloperoxidase, proteína presente no processo inflamatório e também se mostrou promissor na redução da expressão de biomarcadores como a Nitrotirosina e os receptores de NK1. No teste do rota rod onde se verificou a atividade locomotora dos animais, não houve nenhum tipo de alteração nos grupos tratados. A massa relativa dos animais e dos órgãos pós-tratamento subagudo não foram alteradas, indicando que o Gama-TPN não apresentou sinais de toxicidade e nem alterações relacionados ao peso na sua melhor dose. Os resultados sugerem que o Gama-TPN (v.o) produz efeito antinociceptivo no modelo de dor neuropática através do envolvimento do sistema opióide via canais de K+ATP e da redução de marcadores inflamatórios.

  • JOANA ERICA LIMA ROCHA
  • Efeito da suplementação com óleo de peixe sobre marcadores de estresse oxidativo e dano hepático em ratos com hipercolesterolemia
  • Orientador : MARIA DO CARMO DE CARVALHO E MARTINS
  • Data: 30/09/2021
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  • Distúrbios no metabolismo lipídico podem produzir alterações metabólicas e, consequentemente, alterações pró-aterogênicas no perfil lipídico. As dislipidemias estão fortemente correlacionada a danos hepáticos, incluindo estresse oxidativo, inflamação e lipotoxicidade. O ácido graxo poli-insaturado ômega-3 possui propriedades antioxidantes e possível efeito hepatoprotetor. Este estudo avaliou os efeitos da suplementação com 1 mL de oléo de peixe (310 mg de ácidos graxos ômega-3) (ácido eicosapentaenoico e docosaexaenoico) por 28 e 56 dias de tratamento em ratos com hipercolesterolemia induzida por dieta contendo colesterol (0,1%), ácido cólico (0,5 %) e gema de ovo. Avaliou-se o perfil lipídico, glicemia de jejum, marcadores da função hepática (albumina, proteínas totais, aspartato aminotransferase, alanina aminotransferase e indice De Ritis), antioxidantes (superóxido dismutase eritrocitária -SOD, catalase e de grupos sufidrílicos não proteicos), alterações morfológicas no fígado como presença de micro e macrovesículas, degeneração citoplasmática, necrose, infiltrado inflamatório e fibrose e marcadores de estresse oxidativo (enzima mieloperoxidase e malondialdeído) em dislipidemia experimental. Os animais foram divididos aleatoriamente em 6 grupos: G1 e G4 ração padrão para ratos [Presence®] + solução salina v.o. durante 28 dias e 56 dias, respectivamente; G2 e G5 ração hipercolesterolemiante (DH) + solução salina v.o. durante 28 e 56 dias; G3 e G6 DH + óleo de peixe (1 mL - 310 mg de ômega-3) v.o. durante 28 e 56 dias. A comparação entre grupos foi realizada por análise de variância seguida de pós-teste de Tukey. A pesquisa foi aprovada por Comissão de Ética em Uso de Animais (CEUA/UFPI 446/18). O consumo da DH aumentou a concentração plasmática de colesterol total CT, Colesterol não-HDL e triglicerídeos no grupo G5. O tratamento com o óleo de peixe por 56 dias reduziu os TG (p < 0,05). A DH reduziu a concentração plasmática de albumina no grupo G2 (p < 0,05), porém não foram observadas outras alterações nos marcadores hepáticos e na glicemia. Houve aumento no peso relativo do fígado nos grupos G2 e G5 (p < 0,0001), e na gordura retroperitoneal do grupo G5 (p < 0,05), mas não no grupo óleo de peixe (G6).  O tratamento com o óleo de peixe durante 28 dias (G3) reduziu a atividade de mieloperoxidase (MPO) plasmática (p < 0,05), sem alterações na atividade da MPO plasmática em G6. Houve redução da atividade da MPO hepática dos animais que receberam o óleo de peixe por 56 dias (G6) (p < 0,05) e aumento da atividade da SOD (p < 0,05). Não houve diferenças entre os grupos quanto à concentração de MDA, atividade da catalase e conteúdo de GSH em tecido hepático. Foram observadas alterações na coloração do fígado de animais mantidos com a DH sugestivas de acúmulo de lipídeos. Na análise histopatológica, o fígado de animais de G5 apresentava macrovesículas lipídicas, degeneração citoplasmática e fina fibrose na parede da veia centrolobular, sugerindo alto comprometimento hepático. De modo diferente, no grupo tratado com óleo de peixe (G6) observou-se reorganização dos hepatócitos e redução dos vacúolos lipídicos. Houve aumento do conteúdo de colesterol total (CT) e triglicerídeos (TG) nos hepatócitos de G5 (p < 0,001), e redução de triglicerídeos em G6 (p <0,05). Em conclusão, o tratamento com óleo de peixe no tempo de 56 dias no modelo de hipercolesterolemia experimental, produziu melhora no metabolismo lipídico evidenciada pela redução da concentração plasmática e do conteúdo hepático de triglicerídeos, bem como diminuição dos danos estruturais no tecido hepático.

  • SARA RAQUEL DE MOURA BANDEIRA
  • Atividade Antipruriginosa do Gama-Terpineno e seu Potencial Anti-Inflamatório na Dermatite Atópica em Modelos Animais
  • Orientador : FRANCISCO DE ASSIS OLIVEIRA
  • Data: 28/09/2021
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  • O prurido é um sintoma comum presente em doenças dermatológicas como psoríase e dermatite atópica
    (DA) e é resultado da ativação de receptores específicos localizados em terminações neuronais
    sensoriais específicas para o prurido que se encontram na epiderme. A DA é uma doença de pele
    recidivante e crônica que afeta cerca de 10 a 30% da população mundial e é decorrente de distúrbio da
    função de barreira da pele e desenvolvimento de um processo inflamatório. Os monoterpenos constituem
    cerca de 90% dos óleos essenciais e apresentam uma diversidade de estruturas e atividades biológicas,
    como analgésica e anti-inflamatória, o que pressupõe que o gama-terpineno (GT) seja potencialmente
    eficaz no controle do prurido e doenças inflamatórias de pele como a DA. Nesse contexto, o objetivo da
    pesquisa foi avaliar o efeito do GT sobre o prurido e DA em camundongos Mus musculus (CEUA
    517/2018). O modelo de prurido foi induzido pelo composto 48/80, precedido pelo pré-tratamento com
    salina, GT (25, 50, 100 e 200 mg/kg, v.o.) ou ciproheptadina (10 mg/kg) em camundongos. Realizou-se
    docagem molecular para verificar uma possível interação entre o GT e o receptor de histamina tipo 1
    (RH1) e receptor acoplado à proteína G relacionado a Mas Tipo X1 humano (hMrgprX1). Para analisar o
    efeito do GT (100 e 200 mg/kg) sobre a DA, foram induzidas lesões de pele no dorso e edema na orelha
    dos animais com dinitroclorobenzeno (DNCB) e utilizou-se dexametasona (3 mg/kg) como controle
    positivo. Avaliou-se a gravidade das lesões de pele, análise histopatológica no tecido eczematoso e
    edema de orelha. Os níveis séricos de Imunoglobulina E (IgE) foram dosados por imunoturbidimetria e

    os de lactato desidrogenase (LDH) por química seca. As citocinas inflamatórias (TNF-α, IL-1β, IL-4 e IL-
    6) das lesões cutâneas foram dosadas por ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA). Os dados de

    inibição foram calculados em relação ao grupo salina e as significâncias calculadas considerando
    p<0,05. Os resultados mostram que o pré-tratamento com o GT (100 e 200 mg/kg) reduziu de forma
    significativa (30,00±2,708 e 27,167 ± 8,039, respectivamente, p<0,05) o prurido induzido pelo composto
    48/80. A docagem molecular indicou uma possível interação entre o GT e os RH1 e hMrgprX1, com
    energia de ligação livre de -6,47 e -5,8 respectivamente. No modelo de DA, GT (100 e 200 mg/kg)
    diminuiu significativamente (p<0,05) a gravidade das lesões cutâneas (3,375±0,625 e 4,125±0,479,
    respectivamente). Na análise histopatológica observou-se espessamento da pele, espongiose, aumento
    da infiltração de células inflamatórias, presença de bolhas e vesículas na epiderme e derme, desarranjo
    celular e fibrose nos animais com DA; o tratamento com GT ocasionou a redução dessas características.
    O GT reduziu de forma significativa (p< 0,05) o edema de orelha induzido por DNCB nas duas doses
    testadas (100 e 200 mg/kg; 44,625±7,892 e 44,0±8,222, respectivamente). O tratamento com as doses
    de 100 e 200 mg/kg de GT diminuiu de forma significativa (p<0,05) os níveis séricos de IgE (45,193 ±
    2,102 e 48,763 ± 3,460, respectivamente), já os níveis de LDH foram mitigados apenas com a dose de
    200 mg/kg (750,750 ± 26,569). O tratamento com GT na dose de 100 mg/kg diminuiu (p<0,05) os níveis
    de TNF-α (208,4±37,35), IL-1β (236,1±55,88), IL-4 (139,5±56,42) e IL-6 (85,11±33,03), já a dose de 200
    mg/kg reduziu (p<0,05) os níveis de TNF-α (287,4±59,08), IL-4 (172,0±41,76) e IL-6 (90,78±16,25). O GT
    atenuou o prurido induzido pelo composto 48/80 e a inflamação no modelo de DA induzida por DNCB em
    camundongos e representa uma potencial opção terapêutica no controle do prurido e sintomas
    inflamatórios da DA.

  • PEDRO VICTOR NOGUEIRA TELLES
  • Uso crônico de dexametasona induz dismotilidade gástrica e alteração no comportamento alimentar em ratos. Papel do exercício físico de resistência.
  • Orientador : MOISES TOLENTINO BENTO DA SILVA
  • Data: 01/09/2021
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  • A Dexametasona (Dex) é um glicocorticoide utilizado como anti-inflamatório e imunossupressor. Entretanto, o uso crônico de Dex pode desencadear uma série de efeitos colaterais, como distúrbios cardiovasculares, gastrointestinais, neuromusculares, dentre outros. Por outro lado, o exercício físico apresenta efeitos anti-inflamatórios podendo melhorar o aparecimento dessas desordens. Objetivo: Estudar a repercussão do exercício físico de resistência sobre o esvaziamento gástrico e o comportamento alimentar de ratos tratados com Dexametasona. Métodos: Grupos: Controle (Ctrl), Dexametasona (Dex) e Treinamento anaeróbico+Dexametasona (TRDex). O TA consistiu em 8 séries de subidas em uma escada vertical (2x50%, 2x75%, 2x90% e 2x100% da sobrecarga máxima) com descanso de 120seg. entre as séries, por 8 semanas. Após 8 semanas de treinamento, os ratos dos grupos Dex e TRDex receberam Dex (1mg/kg, i.p) por 10 dias consecutivos. Mensurou-se, ainda, o peso corporal diário dos ratos. Ao longo do tratamento foram avaliados o consumo alimentar e os parâmetros murinométricos desses animais. Ao fim do tratamento, foi avaliado o esvaziamento gástrico (EG) de sólidos, bem como foram coletados sangue e tecidos para análise bioquímica (perfil lipídico, proteínas totais e albumina) e peso dos tecidos. Os dados foram expressos em média ± EPM, com valores de p<0,05 significativos. O estudo foi aprovado no (CEUA-UFPI nº 043/14). Resultados: Em relação ao peso corporal (g), observamos uma diminuição significativa (p<0,05) nos grupos Dex e TRDex (Ctrl: 32,32±8,03g vs Dex: -30,13±10,32g e TRDex -24,22±11,77g). No que tange a ingestão alimentar, houve uma diminuição significativa (p<0,05) no quinto dia de tratamento dos ratos Dex e TRDex comparados aos controles (Dex -9,56±1,37 vs Ctrl -2,68±0,83g), em contrapartida o TR significativamente (p<0,05) atenuou (TRDex -3,50±2,34 vs Dex -9,56±1,37g). A Dex causou diminuição significativa (p<0,05) comparado ao controle (Dex: 24,58±4,19% vs Ctrl: 61,59±6,16%). Por outro lado, TRDex preveniu significativamente (p<0,05) a diminuição do EG (TRDex 53,11±8,33 vs Dex 24,58±4,19 %). O tratamento diminuiu os níveis de proteínas totais (Dex 3,45±0,09 vs Ctrl 3,87±0,07 g/dL). Referente aos pesos dos tecidos, o tratamento causou aumento (p<0,05) do peso do hipotálamo (Dex 0,0258±0,0014 vs Ctrl 0,0172±0,0013 g/100g), o TA (p<0,05) atenuou (TRDex 0,0198±0,0016 vs Dex 0,0258±0,0014 g/100g). O tratamento reduziu o peso da glândula adrenal (Dex 0,0135±0,0007 vs Ctrl 0,0189±0,0008 g/100g, p<0,05), em contrapartida o TA aumentou (TRDex 0,0176±0,0010 vs Dex 0,0135±0,0007 g/100g, p<0,05). O tratamento elevou o peso do coração (Dex 0,42±0,01 vs Ctrl 0,34±0,01 g/100g, p<0,05), do estômago (Dex 0,84±0,03 vs Ctrl 0,71±0,02 g/100g, p<0,05), do fígado (TRDex 3,46 vs Dex 4,00 g/100g, p<0,05) e reduziu o peso do tecido adiposo retroperitoneal (Dex 0,20±0,05 vs Ctrl 0,47±0,06 g/100g, p<0,05). Conclusão: Frente os prejuízos causados pela Dex, o TA preveniu a diminuição do EG induzido pela Dex. Atenuou a perca do apetite no quinto dia de tratamento. Além de prevenir o colesterol alto, o aumento do peso do hipotálamo e do fígado. Além disso, atenuou a redução do peso da glândula adrenal impostas pelo tratamento com a Dex.

  • OGENYA RAFAELA BISPO DE SOUZA
  • AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DE Platonia insignis Mart. EM TRAQUEIA ISOLADA DE RATOS NÃO ASMÁTICOS E ASMÁTICOS
  • Orientador : ROSIMEIRE FERREIRA DOS SANTOS
  • Data: 12/04/2021
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  • A asma é uma doença não transmissível (DNTs), definida como uma inflamação crônica que atinge indivíduos em várias faixas etárias. Até o presente momento, não existe cura para esta patologia, os tratamentos procuram reduzir a hiperreatividade brônquica, a inflamação das vias aéreas e a produção de muco. A Platonia insignis Mart., (P. insignis) pertence à família Clusiaceae, subfamília Clusioideae e gênero Platonia Mart. conhecida popularmente como bacurizeiro, é utilizada em várias pesquisas as quais identificaram efeitos farmacológicos como, anti-inflamatória, gastroprotetora e cicatrizante. O objetivo deste trabalho foi investigar o efeito do extrato etanólico (Pi-EtOH) e sua fração acetato de etila (Pi-AcOEt) obtidos dos galhos de Platonia insignis Mart. em ratos não asmáticos e asmáticos. O modelo de asma brônquica foi induzido com ovalbumina (OVA) (1mg/animal) e adjuvante (20mg/animal), sendo realizada uma fase de sensibilização (14 dias) e após, uma fase de desafio antigênico com OVA a 4% por 7 dias. Pi-EtOH e Pi-AcOEt apresentaram efeito relaxante in vitro frente a contração tônica com carbacol (CCh) em traqueias não asmáticas e asmáticas. O mecanismo de ação de Pi-EtOH e Pi-AcOEt envolve participação dos canais KATP. No protocolo de avaliação da reatividade frente ao CCh com traqueias isoladas de ratos houve diferença significativa entre o grupo asmático (log Ce50= 0,7098 ± 0,1411) e não asmáticos (log Ce50= 0,1933 ± 0,0481) e sensibilizados (log Ce50= 0,2462 ± 0,0627), os grupos asmáticos tratados v.o. com Pi-EtOH 12,5 mg/Kg (log Ce50 = 0,2984 ± 0,06070), 25mg/kg (log Ce50 = 0,2230 ± 0,8397) e 50 mg/kg (log Ce50 = 0,3074 ± 0,1177) e Pi-AcOEt log Ce50 12,5 mg/kg (0,1271± 0,01545), 25 mg/kg (0,2298 ± 0,03269) e 50 mg/kg (0,09680 ± 0,02918) diferiram estatisticamente do grupo asmático. Na contagem de leucócitos total e diferencial no sangue periférico houve um aumento significativo dessas células em animais asmáticos (12400 ± 767,6) cels/mL, em relação ao grupo não asmáticos (5460 ± 402,0) cels/mL, todas as doses de Pi-EtOH e Pi-AcOEt conseguiram inibir o aumento das células inflamatórias. Os níveis de proteínas totais de animais não asmáticos (7,258 ± 1,028) g/dL foram estatisticamente diferentes dos animais asmáticos (3,540 ± 0,4552) g/dL o tratamento v.o. com Pi-EtOH 50 mg/Kg (7,494 ± 1,093) g/dL e 25 mg/Kg (5,546 ± 1,793) g/dL, e Pi-AcOEt 25 (5,214 ± 1,106) g/dL e 50mg/Kg (6,962 ± 1,020) g/dL restabeleceram os níveis de proteínas totais. O tratamento com Pi-EtOH e Pi-AcOEt restauraram os níveis de albumina em animais asmáticos. Pi-EtOH e Pi-AcOEt não apresentaram toxicidade evidente nos testes de TGO e TGP. O tratamento com Pi-EtOH, conseguiu reduzir significativamente as concentrações de nitrito em relação ao grupo asmático (130,7 ± 27,81) µmol/L, na dose de 12,5mg/Kg (59,06 ± 4,54) µmol/L os níveis de MPO também foram restabelecidos com o tratamento com os produtos teste. Na análise histológica foram observadas vasodilatação, espessamento do epitélio e aumento de fibras colágenas em animais asmáticos, com o tratamento houve uma redução dessas características. Diante disso podemos concluir que Pi-EtOH e Pi-AcOEt possuem efeito anti-inflamatório, antioxidante, espasmolítico e antiespasmódico em ratos asmáticos e não asmáticos.

     

     

     

  • ESLEY DA SILVA SANTOS
  • AVALIAÇÃO IN SILICO DO POTENCIAL TERAPÊUTICO DO ACETURADO DE DIMINAZENO FRENTE AOS ALVOS MOLECULARES ENVOLVIDOS NA INFECÇÃO PELO SARS-COV 2.
  • Orientador : JAND VENES ROLIM MEDEIROS
  • Data: 15/02/2021
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  • A COVID-19 é uma doença causada pelo vírus SARS-COV 2, acometendo principalmente o sistema respiratório e em casos graves provoca insuficiência respiratória, causado pela cascata de citocinas pró-inflamatórias, principalmente em pacientes com doenças crônicas, podendo levar à morte. A principal forma de entrada do vírus nas células é pela ligação da glicoproteína spike à proteína ECA2 e clivada pela protease TMPRSS2, ambas estão presentes em vários órgãos e auxiliam a entrada do vírus, existem ainda diversas outras proteases que participam do ciclo de vida do vírus. No entanto, até o momento não há medicamentos eficazes contra a COVID-19, dessa forma faz-se necessário a busca por medicamentos que possam ser utilizados como adjuvantes no tratamento da COVID-19. Uma opção seria a utilização de fármacos já disponíveis no mercado e que possam apresentar atividade anti-SARS-CoV 2 ou minimizar os efeitos da doença. O aceturato de diminazeno é um fármaco disponível no mercado há mais de 60 anos e que tem sido relatado como um ativador da ECA2 e que é capaz de reduzir as citocinas próinflamatórias. A partir disso, objetivou-se avaliar a afinidade in silico do aceturato de diminazeno frente aos alvos moleculares do SARS-CoV 2. Para a realização da docagem molecular foram utilizados estruturas 3D do DIME e das proteases do ciclo de vida do SARSCoV 2, obtidas por meio dos bancos de dados Protein Data Bank e Drubank, e processados em programas computacionais com o AutodockTools, LigPlot e Pymol. Os resultados obtidos demonstram que o DIME é capaz de interagir com todos os alvos testados com as respectivas energias de ligação e constante de inibição: proteína S (fechada: -7.87 e 1.71), proteína S (aberta: -5.8 e 55.64), RBD (-5.92 e 45.54), Mpro (-6.23 e 26.97), TMPRSS2 (-6.08 e 35.17), ADAM 17 (-6.0 e 39.76), Catepsina L (-5.14 e 171.15), ECA2 (-4.06 e 1.05); a melhor energia apresentada foi obtida da interação da Proteína S na conformação fechada, indicado assim que possivelmente o DIME possa impedir a internalização do vírus; além disso, demostrou também interagir por meio de pontes de hidrogênios e ligações hidrofóbicas com todos os alvos. Ainda assim foi demonstrado que o DIME é capaz de interagir com o sitio ativo de algumas proteases semelhantes a alguns inibidores já conhecidos e apresentou energia de ligação melhor do que os medicamentos utilizados atualmente no tratamento de pacientes infectados por SARS-CoV 2,sugerindo assim que possa apresentar resultados satisfatórios frentes à COVID-19, porém são necessários mais testes para comprovar a atividade anti-SARS-CoV 2 do DIME.

2020
Descrição
  • ALYNE PEREIRA LOPES
  • INVESTIGAÇÃO DOS EFEITOS ANTIMICROBIANO, MODULATÓRIO E ANTIBIOFILME DO TRANS-TRANS-FARNESOL, SOBRE CEPAS BACTERIANAS E FÚNGICAS DE IMPORTÂNCIA PARA A SAÚDE HUMANA
  • Orientador : MARIA JOSE DOS SANTOS SOARES
  • Data: 22/12/2020
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  • A resistência antimicrobiana, desenvolvida pelos microrganismos se configura como um dos grandes problemas de saúde pública mundial, exigindo a investigação de opções terapêuticas que possam subverter os mecanismos de resistência e/ou virulência que estes patógenos podem expressar. Assim, diante do problema da resistência antimicrobiana, neste trabalho, a ação antimicrobiana, modulatória e antibiofilme do trans-trans-Farnesol (tt-Farnesol) foi investigada, frente a diferentes bactérias e fungos, que possuem elevado potencial patogênico humano e animal. Foram realizadas avaliações antimicrobianas in vitro para a determinação da concentração inibitória mínima (CIM) e concentração bactericida mínima (CBM), pela técnica de microdiluição em caldo. Por meio deste ensaio foram também testadas a ação antibiofilme e modulatória sobre diferentes fármacos utilizados na prática clínica. Dentre as 31 linhagens bacterianas avaliadas somente as espécies Gram-positivas, demonstraram perfis de susceptibilidade ao tt-Farnesol, variando a CIM de 128 µg/mL a 8 µg/mL, não se observando ação significativa sobre bactérias Gram negativas ou entre as espécies de Candida analisadas. Quanto ao ensaio de modulação, a associação entre as concentrações subinibitórias (1/4 e 1/8 da CIM) do tt-Farnesol e antibióticos de primeira escolha para as cepas multirresistentes testadas, não apresentou efeitos sinérgicos ou antagônicos e consequentemente não houve efeito na diminuição da resistência microbiana. Contudo, a ação modulatória deste sesquiterpeno nas concentrações de 1/2 e 1/4 da CIM foi observada em associação com antibiótico β-lactâmico oxacilina, que é ineficaz sobre cepas resistentes a meticilina, provocando ação inibitória e diminuição de oito vezes a CIM desse antibiótico. No ensaio antibiofilme bacteriano o tt-Farnesol demonstrou efeitos promissores, sendo capaz de inibir a produção do biofilme sob concentrações que variaram de 128 µg/mL a 2 µg/mL. Por meio de análise de docagem molecular a interação da molécula tt-farnesol com as proteínas IcaA, SrtA e OmpR, envolvidas na produção de biofilmes foi avaliada, revelando notável afinidade de ligação de -7,76; -6,61 e - 4,67 Kcal/mol, respectivamente com estas proteínas, corroborando os resultados observados no ensaio de inibição da formação de biofilmes. Neste trabalho, além de cepas multirresistentes de uso consagrado em testes de atividade antimicrobiana, pela primeira vez foram avaliadas a ação antimicrobiana do tt-Farnesol sobre Streptococcus pyogenes e Streptococcus agalactiae, revelando CIMs de 16 µg/mL para ambas as cepas. Os dados obtidos demonstram o potencial antibacteriano do tt-Farnesol para auxiliar no combate de quadros graves de processos infecciosos, uma vez que este sesquiterpeno mostrou-se ativo contra diversas cepas bacterianas com perfis de multirresistência, inclusive estirpes resistentes a meticilina. A ação modulatória positiva desta molécula foi observada sobre o antibiótico oxacilina, restituindo a ação inibitória sobre cepa resistente a este fármaco. A ação antibiofilme deste álcool também foi observada, revelando especialmente inibição sobre proteína IcaA, que contribui para a adesão microbiana, evento este importante na formação do biofilme de S. aureus. Logo, os resultados desta pesquisa são promissores em virtude das diversas enfermidades que podem vir a ser enfrentadas pela exploração da molécula tt-Farnesol em drogas futuras.

  • PEDRO SIMÃO DA SILVA AZEVEDO
  • AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DE (-) - BORNEOL NOS PARÂMETROS VASCULARES, HEMOSTÁTICOS E METABÓLICOS EM RATAS
  • Orientador : ALDEIDIA PEREIRA DE OLIVEIRA
  • Data: 25/08/2020
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  • Estudos prévios mostraram que (-)-borneol tem efeito no sistema cardiovascular: promove efeito vasorrelaxante em anéis de artéria aorta e induz hipotensão em ratos hipertensos. Neste estudo, objetivou-se avaliar o efeito do (-)-borneol sobre agregação plaquetária e vasorrelaxamento em aorta de ratos (machos e fêmeas) e ratas OVX de maneira    in vivo e in vitro. Para realização dos experimentos com plaquetas, o sangue dos animais foi coletado com o anticoagulante citrato de sódio 3,2% (9:1), após a coleta o sangue foi centrifugado para obtenção de PRP e plasma pobre em plaquetas (PPP), o método utilizado foi agregometria por transmissão de luz (ATL). Os resultados mostram que em ratas hígidas, a concentração que apresentou melhor agregação plaquetária frente ao ADP e CaCl2 foi (20 µM), respectivamente, (43,80 ± 2,86% e 39,40 ± 2,50%), enquanto em ratos o ADP promoveu agregação plaquetária de (68,50 ± 5,08%) na mesma concentração. Por outro lado, em ratas OVX, o ADP (20 µM) promoveu agregação de (8,50 ± 2,07%), ao passo que em ratas velhas e obesas esse valor foi de (7,83 ± 2,14%). A adição de (-)-borneol ao PRP de ratas na maior concentração (10-8 M) promoveu agregação espontânea de cerca de 14%, porem em menores concentrações observou-se efeito antiagregante plaquetário significante: 10-9M (67,65 ± 3,90%); 10-10M (69,19 ± 2,37%) e 10-11M (59,20 ± 3,27), esses valores consideram a agregação do ADP como 100%.  No estudo da atividade vasorrelante, em anéis sem endotélio de aorta de ratas, a adição cumulativa de (-)-borneol (10-9- 10-3 M) induziu um vasorrelaxamento dependente de concentração, tanto em ratas normais (pD2= 5,61 ± 0,12 M) quanto em ratas OVX (pD2 = 4,65 ± 0,21 M). Em outra série de experimentos, as ratas foram divididas em 3 grupos e tratadas por via oral, por 7 dias com: AAS 50 mg/Kg, (-)-borneol 50 mg/Kg e grupo (salina) controle para análise da atividade antiagregante plaquetária, reatividade vascular, peso, consumo de alimento e água. Na dose testada de (-)-borneol a agregação promovida por ADP diminuiu para (9,60 ± 0,55%) em relação ao grupo controle (43,81 ± 2,86%), com valores próximos ao controle positivo AAS (3,20 ± 1,30%). Em relação a reatividade vascular em anéis de aorta o AAS apresentou uma inibição da contração induzida por fenilefrina caracterizado por um desvio da curva concentração-resposta para a direita apresentando (pD2=7,32 ± 0,08 M), enquanto que o (-)-borneol apresentou valores de (pD2=9,05 ± 1,08 M), valores próximos ao controle (pD2=8,35 ± 0,28 M). O consumo de agua e o peso dos animais não sofreram diferença estatística ao longo dos 7 dias de tratamento, porem a ingestão de ração dos animais tratados com (-)-borneol teve diminuição significativa. Os resultados nos permite concluir que, em ratos a resposta ao agente agregante (ADP) é maior que em fêmeas normais ou OVX, o (-)-borneol apresenta efeito agregante em maiores concentrações e antiagregantes (in vitro) em menores concentrações, aliando a este fato o tratamento por 7 dias com (-)-borneol foi capaz de inibir a agregação plaquetária por ADP bem como melhorar a reatividade vascular e diminuir a quantidade de ração consumida pelos animais.

  • RITA DE CÁSSIA VIANA DE CARVALHO
  • ASSOCIAÇÃO LIMONENO-CARVACROL: COMPOSTO COM ATIVIDADE ANTILEISHMANIA E IMUNOMODULADORA
  • Orientador : FERNANDO AECIO DE AMORIM CARVALHO
  • Data: 15/07/2020
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  • As leishmanioses são parasitoses de elevada incidência em países em desenvolvimento, de difícil tratamento e os medicamentos utilizados apresentam elevada toxicidade, em virtude disso não despertam interesse das indústrias farmacêuticas. Estima-se que ocorra 2 milhões de novos casos anualmente em 85 países com 350 milhões de pessoas em risco de contrair a infecção. Assim, a busca por novos compostos antileishmania tem incentivado o isolamento de substâncias a partir de espécies vegetais de uso popular como Chenopodiumm amborsioidesCitrus sinensisCitrus limonum. Nesse contexto, limoneno e carvacrol, monoterpenos presentes em plantas com atividade antiparasitária, podem, em terapia combinada, constituir uma alternativa para o tratamento dessas doenças, com foco na redução de doses, na resistência a componentes individuais e na duração da terapia. Esse trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antileishmania, citotóxica e imunomoduladora da associação do limoneno-carvacrol (Lim-Car). Para tanto, mistura de Lim-Car foram preparadas nas proporções de: 5:0; 1:1; 1:4; 2:3; 3:2; 4:1 e 0:5, respectivamente. Após, foram realizados os ensaios de atividade sobre promastigotas de Leishmania major; citotoxicidade; hemólise e avaliação da infecção e infectividade de macrófagos por L. major. Além disso foi realizado estudo da interação do Lim-Car através do isobolograma e testes de danos a membrana do parasito, além de docagem molecular, objetivando os alvos enzimáticos: tripanotiona redutase (TryR) e polimerase beta (Poli β). Ensaios de imunomodulação também foram realizados, como atividade lisossomal; capacidade fagocítica e avaliação da indução na produção de óxido nítrico em macrófagos. As associações de Lim-Car apresentaram potencial atividade antileishmania, com concentração inibitória média (CI50) de 16,0; 14,2; 13,5; 19,0; 15,2; 15,4 e 5,8 µg.mL-1, respectivamente. Apresentaram concentração citotóxica média (CC50) de 158,9; 118,9; 112,2; 73,6; 154,2; 176,0 e 94,1 µg.mL-1, respectivamente. As combinações não apresentaram efeito hemolítico significante, pois todos os valores de CH50 foram >800 µg.mL-1. As misturas Lim-Car também foram responsáveis por reduzir a infecção e a infectividade de macrófagos murinos parasitados, apresentando índice de seletividade (IS) significantes para todas as amostras. Na investigação de interação sinérgica entre os monoterpenos pode-se observar que a mistura 4:1 Lim-Car foi a que apresentou melhor atividade sobre amastigotas, bem como o melhor IS obtido. Quanto aos danos causados na membrana, observamos que os monoterpenos e a associação 4:1 Lim-Car provocaram danos consideráveis à membrana do parasita. Os resultados de docagem molecular demonstraram que a atividade dos monoterpenos parece estar mais relacionada à interação com a enzima TryR e que a associação de ambos pode, ainda, potencializar esse efeito. A interação dos monoterpenos estimulou a atividade lisossomal e fagocítica. No entanto  não incrementou a produção de óxido nítrico. O limoneno e o carvacrol apresentaram significativa atividade sobre L. major, baixa citotoxicidade, bom índice de seletividade, expressiva atividade imunomoduladora e a associação 4:1 Lim-Car foi a mais promissora pelos índices apresentados. Contudo, estudos complementares deverão ser realizados para investigar sua eficácia no tratamento da leishmaniose.

     

  • IAN JHEMES OLIVEIRA SOUSA
  • EFEITO DOS ÓLEOS VOLÁTEIS DE PLANTAS DO GÊNERO Cinnamomum FRENTE A MUCOSITE INTESTINAL INDUZIDA POR 5-FLUOROURACIL EM CAMUNDONGOS
  • Orientador : RITA DE CASSIA MENESES OLIVEIRA
  • Data: 30/04/2020
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  • Com sua falta de seletividade, o tratamento quimioterápico sempre está associado a
    várias reações adversas, apresentando efeito deletério a todos os tecidos
    proliferativos. As mucosas do trato gastrintestinal, dada sua taxa proliferativa, acabam
    sendo alvo da agressividade dos quimioterápicos. Neste contexto, a mucosite
    intestinal induzida por 5-Fluorouracil (5-FU), é um processo inflamatório degenerativo
    da mucosa intestinal, que atualmente não possui intervenção curativa e causa um alto
    impacto na efetividade global do tratamento oncológico. Assim, tem se buscado
    alternativas terapêuticas, especialmente com base em produtos naturais. Neste
    estudo, utilizamos o 5-FU para induzir a mucosite intestinal em camungondos swiss e
    co-tratamos os animais com dois óleos essenciais da casca plantas da família
    Lauraceae e de mesmo gênero; Cinnamomum cassia Blume (OCC) e Cinnamomum
    zeylanicum Blume (OCZ). Os óleos essenciais foram analisados por cromatografia
    gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG-MS), os parâmetros ponderais,
    histopatológicos e morfométricos foram avaliados por análise às cegas e/ou técnicas
    de processamento de imagens, os parâmetros bioquímicos foram avaliados por
    reações cromogênicas doseáveis espectrofotometricamente, parâmetros imunológicos
    foram avaliados por imunoturbidimetria e as citocinas foram quantificadas por ensaio
    imunoenzimático. Os dados foram analisados por ANOVA, seguido de teste de
    comparações múltiplas de Bonferroni, significâncias foram calculadas para p&lt;0,05*.
    Os resultados da análise química por CG-MS, mostra perfis distintos de composição
    quali-quantitativa dos óleos essenciais, porém, ambos compartilham uma similaridade
    de composição, onde o OCC e OCZ contêm ~80% do fenilpropanóide cinamaldeído.
    Na análise ponderal, o OCC foi capaz de atenuar a perda de massa corporal
    (17,9±1,6* e 19,3±5,4* %) nas doses de 50 e 100 mg/kg/dia, já o OCZ atenuou a perda
    ponderal (21,5±9* %) apenas na dose de 50mg/kg/dia. Na avaliação da diarréia e
    morfologia intestinal, o OCC foi capaz de atenuar a diarréia e perda da arquitetura
    intestinal nas doses de 50 e 100 mg/kg/dia, enquanto o OCZ foi capaz de atenuar
    estes parâmetros apenas na dose de 50 mg/kg/dia (p&lt;0,05), mostrando um
    comportamento do tipo U-Shape. Para as análises morfometricas, o OCC conseguiu
    atenuar a redução da morfometria das vilosidades em 63,6±4*; 41,8±3* e 65,9±3* %
    nas doses 25, 50 e 100 mg/kg/dia, respectivamente. Já o OCZ reduziu a perda das
    vilosidades em 36,1±3* e 68,9±4* %, respectivamente para 50 e 100 mg/kg/dia. Na
    análise das criptas intestinais, o co-tratamento com OCC atenuou a redução do
    tamanho das criptas em 27,0±2* e 33,19±3* % para as doses de 50 e 100 mg/kg/dia e
    21,4±4* e 33,2±3* % nas doses 50 e 100 mg/kg/dia de OCZ, respectivamente. Para a
    disrruptura epitelial, avaliada através da liberação luminal da enzima Lactato
    Desidrogenase (LDH), o co-tratamento com OCC exibiu redução de 48,9±5*; 52,6±3* e
    38,1±5* % da LDH nas respectivas doses de 25, 50 e 100 mg/kg/dia, e para o OCZ a
    atenuação foi de 39,3±14*; 46,7±11* e 49,0±15* % nas mesmas doses. O aumento
    dos níveis séricos de Proteína C Reativa (PCR) também foi atenuado pelas co-
    administrações de OCC (31,4±3*; 26,7±3* e 58,2±4* %) e OCZ (34,8±5*; 50,6±4* e
    51,7±3* %) para as doses 25, 50 e 100 mg/kg/dia, respectivamente. Para leucopenia
    induzida pelo 5-FU, o OCC elevou a leucometria em 214,5±10* e 112,3±11* % para as
    doses de 50 e 100 mg/kg e o OCZ em 140,4±14* % na dose de 100 mg/kg/dia. Vale
    ressaltar, que na melhor dose testada (50 mg/kg/dia), os repectivos óleos essenciais
    OCC e OCZ, foram capazes de atenuar o aumento de Mieloperoxidase (52,1±9* e
    56,9±2* %), Fator de Necrose Tumoral Alfa (66,9±26* % e 52,1 ±11* %), Interleucina
    1β (94,2±29* % e 61,5±22* %) e Interleucina 4 IL-4 (40,2±8*; 48,8±8* %) no tecido
    intestinal de animais com mucosite induzida por 5-FU. Dessa forma, pode-se postular
    que os derivados voláteis do gênero Cinnamomum, guardam potencial promissor para
    o desenvolvimento de agentes adjuvantes da quimioterapia, no sentido de combater

    efeitos adversos de origem inflamatória, como no caso da mucosite intestinal induzida
    por 5-FU.

  • IAN JHEMES OLIVEIRA SOUSA
  • EFEITO DOS ÓLEOS VOLÁTEIS DE PLANTAS DO GÊNERO Cinnamomum FRENTE A MUCOSITE INTESTINAL INDUZIDA POR QUIMIOTERA
  • Orientador : RITA DE CASSIA MENESES OLIVEIRA
  • Data: 25/03/2020
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  • Com sua falta de seletividade, o tratamento quimioterápico sempre está associado a
    várias reações adversas, apresentando efeito deletério a todos os tecidos
    proliferativos. As mucosas do trato gastrintestinal, dada sua taxa proliferativa, acabam
    sendo alvo da agressividade dos quimioterápicos. Neste contexto, a mucosite
    intestinal induzida por 5-Fluorouracil (5-FU), é um processo inflamatório degenerativo
    da mucosa intestinal, que atualmente não possui intervenção curativa e causa um alto
    impacto na efetividade global do tratamento oncológico. Assim, tem se buscado
    alternativas terapêuticas, especialmente com base em produtos naturais. Neste
    estudo, utilizamos o 5-FU para induzir a mucosite intestinal em camungondos swiss e
    co-tratamos os animais com dois óleos essenciais da casca plantas da família
    Lauraceae e de mesmo gênero; Cinnamomum cassia Blume (OCC) e Cinnamomum
    zeylanicum Blume (OCZ). Os óleos essenciais foram analisados por cromatografia
    gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG-MS), os parâmetros ponderais,
    histopatológicos e morfométricos foram avaliados por análise às cegas e/ou técnicas
    de processamento de imagens, os parâmetros bioquímicos foram avaliados por
    reações cromogênicas doseáveis espectrofotometricamente, parâmetros imunológicos
    foram avaliados por imunoturbidimetria e as citocinas foram quantificadas por ensaio
    imunoenzimático. Os dados foram analisados por ANOVA, seguido de teste de
    comparações múltiplas de Bonferroni, significâncias foram calculadas para p&lt;0,05*.
    Os resultados da análise química por CG-MS, mostra perfis distintos de composição
    quali-quantitativa dos óleos essenciais, porém, ambos compartilham uma similaridade
    de composição, onde o OCC e OCZ contêm ~80% do fenilpropanóide cinamaldeído.
    Na análise ponderal, o OCC foi capaz de atenuar a perda de massa corporal
    (17,9±1,6* e 19,3±5,4* %) nas doses de 50 e 100 mg/kg/dia, já o OCZ atenuou a perda
    ponderal (21,5±9* %) apenas na dose de 50mg/kg/dia. Na avaliação da diarréia e
    morfologia intestinal, o OCC foi capaz de atenuar a diarréia e perda da arquitetura
    intestinal nas doses de 50 e 100 mg/kg/dia, enquanto o OCZ foi capaz de atenuar
    estes parâmetros apenas na dose de 50 mg/kg/dia (p&lt;0,05), mostrando um
    comportamento do tipo U-Shape. Para as análises morfometricas, o OCC conseguiu
    atenuar a redução da morfometria das vilosidades em 63,6±4*; 41,8±3* e 65,9±3* %
    nas doses 25, 50 e 100 mg/kg/dia, respectivamente. Já o OCZ reduziu a perda das
    vilosidades em 36,1±3* e 68,9±4* %, respectivamente para 50 e 100 mg/kg/dia. Na
    análise das criptas intestinais, o co-tratamento com OCC atenuou a redução do
    tamanho das criptas em 27,0±2* e 33,19±3* % para as doses de 50 e 100 mg/kg/dia e
    21,4±4* e 33,2±3* % nas doses 50 e 100 mg/kg/dia de OCZ, respectivamente. Para a
    disrruptura epitelial, avaliada através da liberação luminal da enzima Lactato
    Desidrogenase (LDH), o co-tratamento com OCC exibiu redução de 48,9±5*; 52,6±3* e
    38,1±5* % da LDH nas respectivas doses de 25, 50 e 100 mg/kg/dia, e para o OCZ a
    atenuação foi de 39,3±14*; 46,7±11* e 49,0±15* % nas mesmas doses. O aumento
    dos níveis séricos de Proteína C Reativa (PCR) também foi atenuado pelas co-
    administrações de OCC (31,4±3*; 26,7±3* e 58,2±4* %) e OCZ (34,8±5*; 50,6±4* e
    51,7±3* %) para as doses 25, 50 e 100 mg/kg/dia, respectivamente. Para leucopenia
    induzida pelo 5-FU, o OCC elevou a leucometria em 214,5±10* e 112,3±11* % para as
    doses de 50 e 100 mg/kg e o OCZ em 140,4±14* % na dose de 100 mg/kg/dia. Vale
    ressaltar, que na melhor dose testada (50 mg/kg/dia), os repectivos óleos essenciais
    OCC e OCZ, foram capazes de atenuar o aumento de Mieloperoxidase (52,1±9* e
    56,9±2* %), Fator de Necrose Tumoral Alfa (66,9±26* % e 52,1 ±11* %), Interleucina
    1β (94,2±29* % e 61,5±22* %) e Interleucina 4 IL-4 (40,2±8*; 48,8±8* %) no tecido
    intestinal de animais com mucosite induzida por 5-FU. Dessa forma, pode-se postular
    que os derivados voláteis do gênero Cinnamomum, guardam potencial promissor para
    o desenvolvimento de agentes adjuvantes da quimioterapia, no sentido de combater

    efeitos adversos de origem inflamatória, como no caso da mucosite intestinal induzida
    por 5-FU.

  • ALINE JEANE COSTA SOUSA
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE GASTROPROTETORA E CICATRIZANTE DO ACETATO DE HECOGENINA EM ROEDORES
  • Orientador : RITA DE CASSIA MENESES OLIVEIRA
  • Data: 18/03/2020
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  • As úlceras pépticas são lesões na mucosa gástrica e duodenal geradas por um desequilíbrio
    entre os fatores protetores (secreção de muco gastroduodenal, produção de bicarbonato,
    fluxo sanguíneo adequado) e lesivos (excesso de pepsina ou ácido clorídrico). A causa pode
    ser por vários fatores, desde elementos ambientais (álcool e nicotina) bem como fatores
    genéticos. Alguns medicamentos empregados na terapêutica das úlceras pépticas estão
    associados a efeitos adversos como hipersensibilidade, deficiência de vitamina B12 e ferro.
    Dessa maneira, estudos estão sendo desenvolvidos em busca de terapias alternativas mais
    eficaz e com menos efeitos adversos. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar
    a atividade gastroproprotetora e cicatrizante do acetato de hecogenina (AH) em modelos
    agudo e crônico de lesões gástricas em roedores (CEEA/UFPI nº 516/2018). Inicialmente, a
    atividade antiulcerogênica do AH foi avaliada em modelos de lesões gástricas induzidas por
    etanol absoluto, em que camundongos swiss (n=6) foram pré-tratados com veículo (água
    destilada + 2% de tween 80), AH (2,5; 5; 10 mg/kg, v.o) ou carbenoxolona (100 mg/kg,
    v.o), e no etanol acidificado foram pré-tratados com veículo, AH (5; 10 e 20 mg/kg, v.o) ou
    e carbenoxolona (100 mg/kg, v.o). Após 1 h foram administrados o agente ulcerogênico
    (etanol absoluto ou etanol acidificado - 0,2 ml/animal), respectivamente. Após 30 min da
    administração do etanol absoluto e 1 h do etanol acidificado, os animais foram eutanasiados
    e o percentual da área ulcerada de lesões gástricas foram determinados. Para o modelo de
    lesões gástricas induzidas por isquemia e reperfusão foram usados ratos wistar (250-300g)
    os quais foram pré-tratados com AH (5; 10, 20 mg/kg, v.o) e N-acetilcisteína (200 mg/kg,
    v.o). Após 30 min foram anestesiados. Em seguida, foram submetidos a 30 min de
    isquemia, seguido por 1 h de reperfusão. Após esse período, os ratos foram eutanasiados, o
    percentual da área ulcerada de lesão gástricas foram determinadas. Para avaliação da
    atividade cicatrizante os animais (ratos de 250-300g) foram divididos em 04 grupos (n=6) e
    anestesiados com cetamina (100 mg/kg, i.p.) e xilazina (5,0 mg/kg, i.p.) para a realização do
    processo cirúrgico para indução de úlcera gástrica usando o ácido acético (80%, 70 μL)
    como agente indutor. A área lesada foi delimitada utilizando um tubo de vidro de 8 mm de
    diâmetro e 2 cm de altura, em contato com a serosa do estômago. Após 24 h os mesmos
    foram tratados por 7 dias seguidos com AH (10 e 20 mg/kg, v.o) ou Cimetidina (200 mg/kg,
    v.o). Para análise de possíveis sinais de toxicidade, o peso corporal foi avaliado a cada 2
    dias. No 8º dia foram anestesiados para a coleta de sangue e eutanasiados para a medida das
    lesões com o auxílio de um paquímetro, seguida da retirada dos órgãos vitais para a
    pesagem e análise histológica. O AH reduziu significativamente (*p&lt;0,05) a área da lesão
    em 94,5%; 61,2%; 67,3%, e 39,6%; 89,7%; 57,1% para as doses (2,5; 5 e 10 mg/kg) e (5;
    10 e 20 mg/kg), nos modelos de etanol e etanol acidificado, respectivamente, quando
    comparados com o veículo. A carbenoxolona reduziu a lesão gástrica em 72,2% e 84% em
    relação ao veículo. No modelo de lesões gástricas induzidas por isquemia e reperfusão o
    AH (5; 10 e 20 mg/kg) reduziu a área da lesão 84,9%; 71,8%; 92,2%, respectivamente, e o
    N-acetilcisteína reduziu a lesão gástrica 78%, comparados com o veículo. Com relação a
    cicatrização o AH (5 e 10 mg/kg) reduziu a área da lesão em 70% e 73%, respectivamente.
    A cimetidina reduziu as lesões em 85,6%. Com relação a deposição de colágeno, a presença
    e aumento deste, demonstra um efeito para o processo de cicatrização. O grupo tratado com
    acetato de hecogenina na dose de 10 mg/kg (5,16 ± 0,92) e cimetidina 200 mg/kg (8,14 ±
    0,98), durante sete dias, no modelo de cicatrização, apresentaram consideráveis aumento
    das fibras de colágeno quando comparados com o grupo veículo (0,37 ± 0,10). O grupo
    sham a presença de colágeno (8,26 ± 0,95), mostrou-se fisiológica. Diante dos resultados
    apresentados, o AH tem potencial antiulcerogênico e cicatrizante demonstrado pela
    diminuição da lesão gástrica e presença de fibras de colágeno, respectivamente.

  • ALDA CÁSSIA ALVES DA SILVA
  • INFLUÊNCIA DO EXERCÍCIO FÍSICO MODERADO SOBRE OS NÍVEIS DE IL-1Β, IL-6, TNF-Α E BIOMARCADORES DO ESTRESSE OXIDATIVO NO TRATO GASTRINTESTINAL DE RATOS HIPERTENSOS 2R1C
  • Orientador : MOISES TOLENTINO BENTO DA SILVA
  • Data: 28/02/2020
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  • INTRODUÇÃO: O sistema renina angiotensina aldosterona (SRAA) é uma via de sinalização envolvida na manifestação da hipertensão arterial sistêmica (HAS). Modelos experimentais, como 2rim-1clipe (2R1C), foram desenvolvidos para elucidar os mecanismos envolvidos nessa doença. Uma repercussão importante da HAS diz respeito às alterações no trato gastrintestinal, com envolvimento do SRAA. O exercício físico é considerado terapia não farmacológica no controle das alterações gastrintestinais induzidas pela angiotensina II. OBJETIVO: Investigar a influência do exercício físico sobre os níveis de citocinas e biomarcadores de estresse no trato gastrintestinal de ratos hipertensos 2R1C. MÉTODOLOGIA: Foi induzida HAS em ratos Wistar por modelo 2R1C. Pressão arterial sistólica (PAS) foi monitorada por pletismografia de cauda. Iniciou-se treinamento em esteira, 5x/semana, 60min, 50-60% da capacidade máxima do animal, durante 5 semanas. O efeito do exercício no fundo gástrico, duodeno, colón e plasma foram investigados por responsividade ao carbacol, quantificação de citocinas inflamatórias (TNF-α, IL-1β, IL-6) e estresse oxidativo (Nox, MPO, GSH, MDA, SOD). RESULTADOS: O grupo 2R1C apresentou aumento (p<0,05) dos valores pressóricos (Sham:117,5±2,1mmHg vs. HAS-2R1C:164,1±14,5mmHg) na semana 1. Houve efeito protetor sobre a PAS (p<0,05) no grupo Exercício+HAS-2R1C quando comparado ao HAS-2R1C (125,8±4,2mmHg vs. 147,3±9,9mmHg). O treinamento promoveu melhora (p<0,05) dos parâmetros velocidade, distância, tempo de exaustão em comparação ao HAS-2R1C. Houve redução (p<0,05) da responsividade ao carbacol no grupo HAS-2R1C comparadas ao grupo Sham nas tiras de fundo -7M(21,1±13% vs. 46,2±4,7%) e duodeno -7M(18,4±6,1% vs. 59,4±10,4%). Foi verificado aumento (p<0,05) no grupo HAS-2R1C quando comparado ao Sham nas concentrações de IL-1β (104,7±13,0 pg/mg tecido vs. 41,3±10,9pg/mg tecido), IL-6 (93,8±12,2pg/mg tecido vs. 30,9±10,9 pg/mg tecido) e TNF-α (14,3±2,5pg/mg tecido vs. 3,7±0,7pg/mg tecido) no duodeno. O grupo Exercício+HAS-2R1C apresentou redução (p<0,05) da IL-6 no duodeno, quando comparados ao HAS-2R1C (37,9±7,6pg/mg tecido vs. 93,8±12,2pg/mg tecido). Além disso, foi observado aumento significativo (p<0,05) da atividade de MPO no duodeno do grupo HAS-2R1C em comparação ao grupo Sham (78,9±18,0UMPO/mg tecido vs. 16,4±11,5UMPO/mg tecido) e redução (p<0,05) no grupo Exercício+HAS-2R1C em comparação ao HAS-2R1C (22,04±5,9UMPO/mg tecido vs. 78,9±18,0UMPO/mg tecido). Houve redução (p<0,05) das concentrações de GSH do grupo HAS-2R1C em comparação ao Sham no duodeno (26,7±3,53mgGSH/g tecido vs. 90,9±11,8mgGSH/g) e colón (52,9±13,7mgGSH/g tecido vs. 150,8±41,1mgGSH/g)CONCLUSÃO: Os resultados mostram efeito protetor do exercício no controle da pressão arterial de ratos com hipertensão 2R1C. A indução da hipertensão 2R1C promoveu exacerbação do processo inflamatório e estresse oxidativo, sendo que o tratamento com exercício físico foi capaz de reduzir marcadores de inflamação e estresse oxidativo, bem como melhorar a função antioxidante.

  • LORRANYA EVELI PEREIRA FEITOSA ARAUJO
  • Efeito do acetato de nerila sobre a pressão arterial e a frequência cardíaca de ratos
  • Orientador : ALDEIDIA PEREIRA DE OLIVEIRA
  • Data: 18/02/2020
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  • A hipertensão arterial sistêmica é a doença cardiovascular de maior impacto epidemiológico
    no mundo em virtude de sua elevada prevalência na população e por representar o principal
    fator de risco para o desenvolvimento de patologias cardiovasculares. Embora existam
    diversas classes de medicamentos anti-hipertensivos, a taxa de controle da doença é baixa
    devido ao elevado número de pacientes que abandonam o tratamento farmacológico por causa
    dos efeitos colaterais. O acetato de nerila (AcN) é um monoterpeno alvo de estudos científicos
    que possui atividades vasorrelaxante, antinociceptiva e antioxidante comprovadas. Diante
    disso, o presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito do AcN sobre a pressão arterial
    média (PAM) e a frequência cardíaca (FC) de ratos não anestesiados. Para tanto, foram
    utilizados ratos wistar (Rattus norvegicus), provenientes do Biotério Setorial da Universidade
    Federal do Piauí (UFPI) e todos os protocolos experimentais foram aprovados pela Comissão
    de Ética no Uso de Animais da UFPI sob n o 400/17. A administração intravenosa (i. v.) de
    AcN nas doses de 12,5; 25 e 50 mg promoveu hipotensão (ΔPAM(%) = -18,077±4,76, -
    26,601±6,95, -47,72±2,6 mmHg, respectivamente) associada a bradicardia (ΔFC (%) = -
    22,49±5,4, -43,35± 8,14, -62,96± 2,53 b. p. m., respectivamente). Na investigação do
    mecanismo de ação, o bloqueio dos receptores ganglionares com hexametônio (20 mg/kg, i.
    v.) não alterou a resposta hipotensora (ΔPAM (%)= 12,5 mg/kg: -33,22±5,41; 25 mg/kg: -
    37,85±4,04; 50 mg/kg: -53,3±3,25 mmHg) e bradicárdica (ΔFC (%)= 12,5 mg/kg: -30,77
    ±9,3; 25 mg/kg: -39,73±10,17; 50 mg/kg: -58,6±8,84 b. p. m.) promovida pelo AcN. A
    inibição dos receptores muscarínicos com atropina (2 mg/kg, i. v.) também não modificou a
    hipotensão (ΔPAM(%)= 12,5 mg/kg: -27,41±7,7; 25 mg/kg: -26,29±3,9; 50 mg/kg: -
    38,75±9,84 mmHg, respectivamente) e bradicardia (ΔFC(%)= 12,5 mg/kg: -41,94±8,68; 25
    mg/kg: -48,45±4,13; 50 mg/kg: -52,1±4,93 b. p. m, respectivamente) induzidas por esse
    monoterpeno. Na presença de propranolol (1,5 mg/kg, i. v.), um antagonista dos receptores β-
    adrenérgicos, houve potencialização de maneira significativa do efeito hipotensor do AcN nas
    doses de 12,5 e 25 mg (ΔPAM(%)=-62,021±4,86; -58,15±8,17 mmHg, respectivamente), sem
    alteração da bradicardia (ΔFC (%)= -63,54±9,29; -74±4,13 b. p. m., respectivamente). A
    inibição dos receptores α 1 -adrenérgicos com prazosina (1 mg/kg, i. v.) não alterou a resposta
    hipotensora (ΔPAM (%)= 12,5 mg/kg: -42,88±9,83; 25 mg/kg: -51,35±6,7; 50 mg/kg: -
    53,28±2,36 mmHg) e bradicárdica (ΔFC (%)= 12,5 mg/kg: -63,54±9,29; 25 mg/kg: -
    74±4,13; 50 mg/kg: -66,95±4,51 b. p. m.) induzida pelo AcN. Por outro lado, o bloqueio dos
    receptores α 2 -adrenérgicos com ioimbina (2 mg/kg, i. v.) potencializou significativamente a
    hipotensão promovida pelo AcN nas doses de 12,5 e 25 mg (ΔPAM (%) = -47,06±6,46; -
    51,97±4,47 mmHg, respectivamente), sem alteração do efeito bradicárdico (ΔFC (%)= -
    71,33±2,61; -70,47±0,98 b. p. m., respectivamente). Resposta semelhante foi obtida com
    indometacina (5 mg/kg, i. v.), um anti-inflamatório não esteroidal que promove inibição da
    cicloxigenase (COX), evidenciada por hipotensão acentuada nas doses de 12,5 e 25 mg/kg
    (ΔPAM (%)= 12,5 mg/kg: -39,44±5,46; 25 mg/kg: -42±6,27; 50 mg/kg: -38±6,97 mmHg),
    sem alteração significativa da ação bradicárdica (ΔFC (%)= 12,5 mg/kg: -56,46±5,35; 25
    mg/kg: -66,71±6,56; 50 mg/kg: -68,76±3,67 b. p. m.). Com base em tais resultados, conclui-
    se que o AcN promove efeitos hipotensor e bradicárdico em ratos não anestesiados. Contudo,
    tal resposta não envolve a participação dos receptores nicotínicos, muscarínicos e
    adrenérgicos, tampouco das prostaglandinas. Ademais, constatou-se que a inibição dos
    receptores β-adrenérgicos e α 2 -adrenérgicos, bem como da COX, potencializa a resposta
    hipotensora do AcN.

  • JOSÉ VÍTOR MENEZES LACERDA
  • EFEITO ANTIAGREGANTE DO FARNESOL LIVRE E COMPLEXADO À β-CICLODEXTRINA
  • Orientador : ALDEIDIA PEREIRA DE OLIVEIRA
  • Data: 27/01/2020
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  • A agregação plaquetária constitui um processo essencial para a manutenção da homeostase. No entanto, quando associada a fatores de riscos pode resultar em alterações endoteliais, culminando na formação de trombos, podendo resultar em quadros como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular encefálico. Os terpenos são produtos naturais formados a partir da união de duas ou mais unidades de isopreno. O farnesol é um sesquiterpeno encontrado naturalmente em óleos essenciais de diversas plantas, como capim-limão, camomila, milho e citronela. O objetivo deste estudo foi avaliar o potencial antiagregante plaquetário do farnesol livre e complexado à β-ciclodextrina. Neste estudo, utilizou-se ratas Wistar (Rattus norvegicus) com peso entre 230-250g provenientes do Biotério Central da Universidade Federal do Piauí (CEUA sob Nº 549/19). Após anestesiadas, foi realizada a coleta de sangue em tubos contendo citrato de sódio a 3,2% (9:1), seguida da centrifugação para obtenção do plasma rico em plaquetas (PRP) (1650 rpm por 10min) e do plasma pobre em plaquetas (PPP) (3500 rpm por 15min), seguida da contagem de plaquetas em câmara de Neubauer para a realização dos estudos de atividade antiagregante plaquetária, sendo considerado um PRP quando a quantidade de plaquetas/ mL foi ≥ a 250.000. Alíquotas de PRP (300 µL) foram acondicionadas em cubetas siliconizadas e analisadas em agregômetro (EasyAgreg®). As substâncias testes foram pré-incubadas por 5 minutos antes da adição do ADP (20µM). A agregação plaquetária foi expressa em percentual de agregação para o agonista ADP. Os resultados obtidos neste estudo foram expressos como média ± erro padrão da média (e.p.m). Utilizou-se o teste t de Student não pareado ou ANOVA one-way seguido de teste de Tukey, para análise de significância, p< 0,05 considerado significante (GraphPad Prism versão 6.0).  Os resultados demonstram que o farnesol livre promoveu uma agregação plaquetária espontânea de ± 10% e o farnesol complexado promoveu uma agregação espontânea de ± 4%, comparando-se com o ADP (controle positivo) (± 70%). Na avaliação do efeito antiagregante do farnesol livre (10µM), observou que o mesmo inibiu a agregação induzida pela adição de 20µM de ADP em (± 35%), enquanto o farnesol complexado com β-CD (10µM) promoveu uma inibição em torno de (± 40%), quando comparados ao controle (ADP). Na investigação do mecanismo de ação antiagregante do farnesol, incubou-se as preparações por 5 min antes da adição do agente agregante, com calmidazolium (10µM), um inibidor da calmodulina, com nitroprussiato de sódio (NPS) (10µM), um doador de óxido nítrico (NO) ou com H-89 (5 µM), um inibidor da  PKA. Os resultados demonstram que, com a inibição da calmodulina não houve um aumento da inibição da agregação plaquetária do farnesol livre (±25%), no entanto, farnesol/β-CD promoveu uma potencialização da inibição da agregação plaquetária (±10%), ambos em relação ao controle (p<0,05). Tanto o farnesol livre (± 5%), quanto o farnesol/β-CD (± 20%) tiveram seu efeito inibitório potencializado na presença do NPS, quando comparados ao controle
    (p < 0,05). Com a inibição da PKA, tanto o farnesol livre (± 5%) quanto o complexado (± 2%) tiveram seus efeitos potencializados, quando comparados ao controle (p < 0,05). Além disso, o farnesol livre promoveu efeito antiagregante plaquetário após tratamento por 7 dias, além de ter seu efeito potencializado na presença do ácido acetilsalicílico, quando comparados ao controle (p < 0,05). Conclui-se que o farnesol livre e o complexado com β-CD provocam discreta agregação espontânea, porém ambos são capazes de inibir a agregação induzida por ADP, tanto in vitro quanto in vivo, no entanto apenas o farnesol/β-CD parece ter a calmodulina envolvida no seu o mecanismo de ação antiagregante plaquetário, além disso, os resultados demonstram que ambos parecem ter a via do óxido nítrico envolvida no seu mecanismo de ação antiagregante, bem como a via da ciclooxigenase plaquetária.

  • MONIQUE LUANA FRAZÃO RAMOS
  • Efeito do extrato etanólico de Simaba ferruginea A.St.-Hil em modelo experimental de disfunção erétil em ratos induzida por diabetes
  • Orientador : ROSIMEIRE FERREIRA DOS SANTOS
  • Data: 16/01/2020
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  • A disfunção erétil (DE) é definida como a incapacidade consistente ou intermitente de obter/manter ereções penianas que permitam uma relação sexual satisfatória. O crescente reconhecimento de sua relação com comorbidades clínicas revelou uma base orgânica na maioria dos casos, incluindo o diabetes mellitus (DM). Os inibidores da fosfodiesterase 5 (iPDE-5), principais agentes na terapia farmacológica da DE, apresentam falta de eficácia em 50% dos pacientes com DE relacionada ao DM. Isso mostra a importância de novos agentes terapêuticos que beneficiem esses pacientes. Entre espécies com potencial efeito terapêutico pode-se citar a Simaba ferrugínea A.St.-Hil (Simaroubaceae), popularmente conhecida como calunga, que já apresentou diversas atividades farmacológicas, entretanto não há relato de efeitos na DE relacionada ao DM. O objetivo do estudo foi investigar o efeito da administração do extrato etanólico, obtido das folhas de S. ferruginea (Sf-EtOH) em parâmetros envolvidos na ereção peniana induzida por apomorfina, em ratos normais e STZ. Foram utilizados ratos Wistar, de 200 a 300 g e 12 a 14 semanas. O DM foi induzido pela administração única de estreptozotocina (STZ) 60 mg/kg/i.p. em animais em jejum. Para o tratamento posterior, os animais foram separados em 6 grupos: controle normal (G1) e STZ (G2), que receberam apenas veículo, STZ tratados com Sf-EtOH nas doses de 25 (G3), 50 (G4), e 100 (G5) mg/kg/v.o. dose única diária por 14 dias e G6 que recebeu insulina NPH 6 UI/dia/s.c. Para a avaliação das ereções, administrou-se apomorfina (80 µg/kg/s.c.) na região do dorso e observou-se o número, tempo de duração e latência para a primeira ereção. Avaliou-se também os parâmetros bioquímicos dos grupos, concentração plasmática de nitrito e malondialdeído (MDA), reatividade contrátil e relaxante dos corpos cavernosos (CC), possíveis alterações teciduais por análise histopatológica e o efeito relaxante de Sf-EtOH sobre contrações tônicas dos CC. A comparação entre grupos foi realizada por análise de variância e teste de Tukey. A pesquisa foi aceita sob parecer CEUA/UFPI 454/18. RESULTADOS: G1 apresentou-se diferente a G2 no número de ereções (4,0 ± 0,54 x 2,0 ± 0,44) e latência para a primeira ereção (5,0 ± 0,89 x 12,4 ± 0,87). Não houve diferença entre G2 X G3, G4 e G5 para os mesmos parâmetros. O tratamento realizado com Sf-EtOH em G3 (12,2±1,02) e G4 (11,8±0,96) reestabeleceu o tempo de duração das ereções obtidas para valores iguais ao de G1 (10,0 ± 1,26) assim como G6 (10,80 ± 0,86). Sf-EtOH diminuiu a glicose em jejum em G3 (146,3± 20,36), G4 (161,2±15,64) e G5 (111,3±10,56) vs G2 (431,0±10,25). Não houve diferença entre o colesterol de G1 (65,83 ± 4,99) e G2 (71,0 ± 5,56), porém Sf-EtOH em G3 (53,67 ± 1,70) e G4 (54,67 ± 2,53) diminuiu os níveis do mesmo em relação a G2. Houve aumento nos triglicerídeos de G2 (140,0 ± 35,07) x G1 (32,67 ± 5,83) e Sf-EtOH em G3 (28,67 ± 4,35), G4 (39,67 ± 4,80) e G5 (38,17 ± 4,31) diminuiu esses níveis. Sf-EtOH aumentou o HDL em G3 (41,33 ± 13,08) e G4 (43,67 ± 1,56) em relação a G2 (32,0 ± 2,91). A concentração de nitrito diminuiu em G2 (27,99 ± 2,30) vs G1 (45,76±2,42) e apenas G5 (49,34 ± 2,91) restabeleceu o parâmetro.  Houve aumento de MDA em G2 (2,68± 0,06) vs G1(2,40± 0,029) e o Sf-EtOH diminuiu o mesmo em todos os grupos. Quanto à reatividade contrátil à fenilefrina, não houve diferença entre G1 e G2. A resposta relaxante à acetilcolina foi diferente entre G1 e G2 (log CE50-7,13±0,08 x log CE50 -6,61±0,13) o que não foi alterado pelo tratamento. O Sf-EtOH produziu relaxamento em contrações tônicas induzidas por fenilefrina (log CE50 1,07 ± 1,29M) e esse efeito foi atenuado na presença de L-NAME (log CE50 2,31 ± 0,17M).  O tratamento com Sf-EtOH reestabeleceu parâmetros bioquímicos, concentrações de nitrito e MDA para valores próximos ao normal.  Observou-se envolvimento da via do óxido nítrico no efeito relaxante do mesmo nas contrações tônicas no CC. Assim, pode-se concluir que o Sf-EtOH apresenta uma ação preventiva sobre as alterações ocorridas na DM e esse efeito pode contribui para a reversão de alterações da função erétil decorrentes desse quadro.

2019
Descrição
  • INGREDY LOPES DOS SANTOS
  • AVALIAÇÃO IN VITRO DA ATIVIDADE ANTILEISHMANIA E CITOTÓXICA DA ESPÉCIE Tocoyena hispidula Standl PLANTA DO BIOMA DO CERRADO PIAUIENSE
  • Orientador : FERNANDO AECIO DE AMORIM CARVALHO
  • Data: 16/12/2019
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  • INTRODUÇÃO: A Organização Mundial de Saúde determina a leishmaniose na categoria de Doenças Tropicais Negligenciadas englobando endemias de países de Terceiro Mundo. A transmissão do parasita é dada por flebotomíneos: Phlebotomus sp. e Lutzomyia sp., o parasita se dispõe em formas flageladas promastigotas, extracelularmente no vetor, e não flageladas amastigotas, no hospedeiro mamífero, intracelularmente em seus macrófagos. Desde a década de 40 foram desenvolvidos medicamentos à base da substância química antimônio e até hoje permanecem o uso desses antimoniais. Apresentam efeitos adversos bastante agressivos, de administração intravenosa ou intramuscular, e, ainda níveis de resistência na fase de seu tratamento, por diferentes espécies do parasita. A expansão do uso de plantas medicinais fortaleceu a ampliação de tratamentos e alternativas promissoras a população. OBJETIVO: Investigar a atividade antileishmania e citotóxica nos extratos etanólicos do caule (ETOHThc) e das folhas (ETOHThf) fração clorofórmica (FCHCL3), fração acetato de etila (FACOET) e do composto isolado Genipina de Tocoyena hispidula Standl sobre formas promastigotas e amastigotas de Leishmania amazonensis. MATERIAL E MÉTODOS: Os protocolos desenvolvidos foram atividade antileishmania em formas promastigotas e amastigotas, avaliação do potencial citotóxico em macrófagos, investigação imunomoduladora da atividade lisossomal, capacidade fagocítica, óxido nítrico e por fim, avaliou-se qualitativamente o efeito de necrose e apoptose por microscopia confocal. RESULTADOS: Nossos resultados demonstraram cerca de 100% de inibição na concentração de 800 μg/mL para ambos os extratos. A concentração inibitória média (CI50) para ETOHThc foi 207 μg/mL e para ETOHThf 17,54 μg/mL. FCHCL3 demonstrou inibição significativa apresentando (CI50) de 36,11 μg/mL, FACOET teve inibição total dos parasitos a partir da concentração de 400 μg/mL e CI50 66,98 μg/mL. Os testes de citotoxicidade com ETOHThf teve citotoxicidade significativa apresentando CC50 >800 μg/mL, ETOHThc demonstrou uma redução na viabilidade dos macrófagos na concentração de 50 μg/mL, FCHCL3 também reduziu a viabilidade com CC50 73,84 μg/mL, FACOET exibiu CC50 de 46,55 μg/mL e genipina teve citotoxicidade na maior concentração 800 μg/mL. CONCLUSÃO: Verificou-se resultados positivos na infecção dos macrófagos na indução da atividade fagocítica, na atividade lisossomal, indução do aumento da síntese de óxido nítrico, assim como na indução de necrose e apoptose, o que evidencia a capacidade farmacológica e estimula o interesse para novas análises do potencial da planta.

  • RODOLFO RITCHELLE LIMA DOS SANTOS
  • Senna acuruensis (Benth.): AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTILEISHMANIA E CITOTÓXICA DE PREPARAÇÕES DE CASCAS E SEMENTES SOBRE Leishmania amazonensis
  • Orientador : FERNANDO AECIO DE AMORIM CARVALHO
  • Data: 06/12/2019
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  • A Senna acuruensis é endêmica do nordeste do Brasil, encontrada no Piauí, Alagoas, Bahia, Pernambuco e Sergipe, conhecida popularmente como canela-de-velho e besouro. As leishmanioses são consideradas doenças infecto-parasitárias causadas por protozoários do gênero Leishmania, que são parasitos intracelulares obrigatórios e infectam diversas espécies de mamíferos. As drogas disponíveis no mercado para o uso terapêutico são limitadas devido ao alto custo, a existência de efeitos adversos tóxicos e a dificuldade de acesso aos fármacos convencionais para o tratamento de leishmanioses. Nesse contexto, compostos de origem natural ganham força no cenário mundial como alternativa mais barata e segura contra essas parasitoses. Este trabalho teve como objetivo investigar a atividade citotóxica dos extratos etanólicos (Ext-EtOH), das frações clorofórmicas (F-Clo) e acetato de etila (F-AcOEt) e das moléculas isoladas (peróxido de ergosterol e mistura de esteróides) do fruto de Senna acuruensis Benth. sobre Leishmania amazonensis, bem como os mecanismos de ação. Para tanto foram realizados ensaios antileishmania sobre formas promastigotas e amastigotas internalizadas de L.amazonensis, citotoxicidade frente a macrófagos murinos e eritrócitos de carneiro, ensaios de atividade imunomodulatória e ensaios de identificação de apoptose/necrose na microscopia confocal. O Ext-EtOH das cascas, Ext-EtOH das sementes, F-Clo, F-AcOEt, peróxido de ergosterol e mistura de esteróides inibiram o crescimento de formas promastigotas de L. amazonensis com CI50 de 10,26; 30,07; 91,35; 90,08; 49,11 e 27,62 µg/mL, respectivamente, e sobre formas amastigotas 44,47; 9,93; 108,87; 93,36; 56,35 e 28, 82 µg/mL. Os valores de CC50 para macrófagos murinos foram de 446,73; 201,54; 224,79; 212,86 µg/mL, respectivamente. O peróxido de ergosterol e a mistura de esteroides obtiveram valores superiores a 800 µg/mL.  Em relação ao índice de seletividade (IS) os resultados encontrados foram de 10,04; 20,28; 2,06; 2,27 e >20 µg/mL, respectivamente. Apenas a F-Clo não foi capaz de estimular a atividade lisossomal. Os Ext-EtOH (cascas e sementes) e a F-AcOEt estimularam a capacidade fagocítica a partir da concentração de 6,25 µg/mL. Somente a F-Clo induziu a produção de óxido nítrico na concentração de 6,25 µg/mL. A mistura de esteroides (CI50=27,62 µg/mL) apresentou um discreto processo de apoptose e necrose. Por outro lado, o peróxido de ergosterol (CI50= 49,11 µg/mL) foi capaz de induzir de maneira proeminente a apoptose nas leishmanias, enquanto quase não houve necrose. Portanto, investigações adicionais são necessárias afim de avaliar a atividade dos extratos e isolados sobre modelo experimental murino para elucidar outras vias de mecanismos de ação.

  • JÉSSICA VANESSA DOS SANTOS LINDOSO
  • EFEITO DA MANTEIGA DA SEMENTE DO BACURI (PLATONIA INSIGNIS MART.) SOBRE ESTRESSE OXIDATIVO E PARÂMETROS RELACIONADOS AO DIABETES MELLITUS EM RATAS
  • Orientador : MARIA DO CARMO DE CARVALHO E MARTINS
  • Data: 25/11/2019
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  • O diabetes mellitus (DM), distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia crônica, necessita de um tratamento complexo, custoso e desafiador. A Platonia insignis Mart. tem sido apontada como anti-inflamatória, neuroprotetora e vasorelaxante. Estudos in vitro têm demonstrado tratar-se uma importante fonte de compostos antioxidantes. Este trabalho avaliou o efeito de 4 semanas de administração de uma manteiga da semente do bacuri (MSB) em modelo experimental de DM tipo 1. Ratas Wistar (180-250 g), fêmeas, após jejum de 12 h receberam 45 mg/kg (IP) de Estreptozotocina (STZ) em tampão citrato pH 4,5 para indução de DM. O grupo controle normal (G1) recebeu apenas tampão. Três dias após, em jejum de 12 h, mediu-se a glicemia capilar (Gli) dos animais e os com Gli >250 mg/dL foram considerados diabéticos e divididos em G2 (controle diabético, que assim como G1, recebeu veículo Tween 80 em água destilada), G3 (25 mg/kg, VO de MSB), G4 (50 mg/kg, VO de MSB), G5 (100mg/kg, VO de MSB) e G6 (insulina NPH 6 UI/animal/dia, SC). Foram determinadas a ingestão alimentar (IA), ganho de peso (GP) e glicemia semanal e final, hemoglobina glicada (HbA1c), concentrações plasmáticas de alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST), albumina (Alb), uréia (Ur), creatinina (Crea), glicose (Gli), malondialdeído (MDA-p) e mieloperoxidase (MPO-p), superóxido dismutase eritrocitária (SOD). No fígado foram realizados MDA-h, MPO-h e concentração de grupos sufidrílicos não proteicos (NP-SH). A comparação entre grupos foi realizada por análise de variância e teste de Tukey e Teste t. A pesquisa foi aprovada pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA/UFPI 513/18). Não houve diferenças estatisticamente significativas entre os tratamentos G3-25, G4-50 e G5-100 com o G2 em relação a GP, IA, Gli semanal e final. Sobre a dosagem de HbA1c (%), o tratamento G5 (MSB 100 mg/kg) apresentou redução significativa (8,31±0,35) em relação ao G2 (10,41±0,24). Para ALT (U/L), o G3-25 (229,3±17,26), G4-50 (195,3±17,68), G5-100 (137,6±21,65) e G6-INS (161,2±45,89) apresentaram taxas menores que o G2 (325,2±26,99). Para AST (U/L), G3-25 (329,3±59,06), G4-50 (287,5±32,82), G5-100 (192,6±20,36) e G6-INS (161,2±45,89) apresentaram taxas menores que G2 (678,3±64,62) e G4-50 e G5-100 não possuíram diferenças com o G1 (111,1±5,35). Quanto MDA-p e SOD não houve diferença entre G2 e os tratamentos. Não foram observadas diferenças entre os grupos experimentais em relação à: MDA-h e MPO-p. Já no MPO-h (U/µL) o G5(26,33±6,77) e G6 (12,92±3,89) apresentaram valores estatisticamente iguais ao G1 (6,29±1,60). Já a análise de NP-SH (µmol/mg), G3-25 (195,7±11,87), G4-50 (207,4 ±11,81), G5-100 (247,9±15,47) apresentaram aumento em relação ao G2 (133,3±12,10). Em conclusão, o estudo demonstrou que a MSB apresenta repercussões positivas sobre o perfil hepático em ratas DM1, por meio da elevação nos teores de NP-SH e redução de marcadores de lesão hepática. A dose de 100 mg/kg produziu redução na HbA1c, sugerindo efeito na redução da glicemia média estimada.

  • LORENA BRAZ DE OLIVEIRA
  • Efeito da associação entre óleo de peixe e agonista β3- adrenérgico sobre o balanço energético.
  • Orientador : FRANCISCO LEONARDO TORRES LEAL
  • Data: 21/11/2019
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  • O aumento drástico da prevalência de patologias associadas ao ganho de peso é resultado do desequilíbrio no balanço energético corporal, o que caracteriza uma desregulação neuroendócrina e leva a um grupo heterogêneo de condições com múltiplas causas. Frente à importância das alterações causadas por esse desbalanço, estratégias são empregadas com a finalidade de elevar a eficácia de perda de peso, como por exemplo, o uso de nutrientes presentes nos alimentos, como o óleo de peixe, capaz de ligar-se a receptores importantes na manutenção da homeostase energética, associado à estimulação do receptor β3-adrenérgico, um dos principais responsáveis pela termogênese e gasto energético. O presente  estudo teve como objetivo avaliar se a utilização do óleo de peixe (OP) potencializa a ação β3-adrenérgica do agonista mirabegrona (MIRA) em ratos. Após o estudo dose- resposta foram selecionadas as doses com maior efeito para os tratamentos via oral (V.O) e intracerebroventricular (ICV), estas doses foram utilizadas no tratamento crônico (8 dias), os animais foram segregados em quatro grupos, Salina, OP, MIRA e OP+MIRA. A associação de OP+MIRA (V.O) mostrou-se mais eficaz que os demais tratamentos para, redução do peso corporal, consumo de ração e aumento da temperatura interescapular, além de aumento da expressão de genes responsáveis pelo fenótipo termogênico (LPL, UCP1 e ADRB3) e redução da expressão do gene relacionado à adipogênese (PPARγ) no tecido adiposo branco epididimal (TABepi) onde a frequência de distribuição referente à área dos adipócitos foi menor para o grupo OP+MIRA. Após a estimulação da termogênese através do frio o tratamento OP+MIRA sobrepôs seu efeito termogênico em relação aos grupos salina e OP, e após exposição contínua ao calor o tratamento OP+MIRA manteve a temperatura interescapular maior que os demais tratamentos mesmo em uma condição onde há redução da taxa metabólica. O protocolo realizado com um β-bloqueador revelou que apenas os grupos MIRA e OP+MIRA são influenciados pela via simpática no aumento da temperatura interescapular, porém sem promover aumento da pressão arterial média, verificado através do protocolo de pressão arterial média por medida indireta. A associação entre OP+MIRA no tratamento ICV promoveu redução no consumo de ração e a frequência de distribuição referente à área dos adipócitos deste grupo foi menor que os demais tratamentos. Conclui-se que a terapia combinada utilizando OP e MIRA mostra-se eficaz na modulação do balanço energético, com efeitos sobre o peso corporal, consumo de ração e termogênese interescapular podendo constituir uma estratégia futura para estudos de tratamento  e prevenção da obesidade.

  • LUCAS SOLYANO ALMEIDA DE OLIVEIRA
  • UTILIZAÇÃO DO GALATO DE ISOPROPILA NO TRATAMENTO DE CISTITE HEMORRÁGICA INDUZIDA POR IFOSFAMIDA EM ANIMAIS EXPERIMENTAIS
  • Orientador : FRANCISCO DE ASSIS OLIVEIRA
  • Data: 12/09/2019
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  • A Cistite hemorrágica é o principal efeito adverso dose-limitante do uso clínico das oxazafosforinas, incluindo a ifosfamida (IFOS). Tal evento ocorre através da formação da acroleína, metabólito responsável pela urotoxicidade desses fármacos, resultando em aumento do estresse oxidativo e produção de citocinas pró-inflamatórias, que culminam na degradação do tecido vesical. Diante disso, identifica-se uma necessidade para o desenvolvimento de um citoprotetor eficaz que possa vir a ser utilizado como adjuvante na terapia oncológica com as oxazafosforinas. Os derivados do acido gálico possuem efeitos antineoplásicos, anti-inflamatórios e antioxidantes, o que pressupõe que o galato de isoproprila (GIP) seja potencialmente útil na pesquisa de novos protótipos que possam mitigar reações inflamatórias agudas induzidas por IFOS. Neste contexto, o objetivo desta pesquisa foi analisar o efeito protetor do GIP frente à cistite hemorrágica induzida por IFOS em modelo animal. O modelo de cistite hemorrágica foi induzido por dose única do antineoplásico IFOS, precedido de pré-tratamento com salina ou GIP (6,25; 12,5; 25; 50 mg/kg, vo) em Mus musculus  (CEUA 453/2017). Para analisar a redução do dano foram avaliados a massa úmida vesical (MUV), teor de hemoglobina, o extravasamento do corante azul de Evans na matriz vesical e a Proteina C reativa (PCR) por um método imunoturbidimétrico. As citocinas inflamatórias (TNF- α e IL-1β) foram dosadas por técnica de imunoensaio ELISA. Os dados de inibição foram calculados em relação ao controle negativo (CN) e as significâncias calculadas considerando p<0,05. Os resultados mostram que o pré-tratamento com o GIP (12,5 e 25 mg/kg) reduziu significativamente em 29,73% e 36,86%, respectivamente, a massa úmida vesical e atenuou de forma significativa, a hemorragia (30,1% e 54,55%, respectivamente), houve uma redução de sinais inflamatórios nas bexigas dos animais pre-tratados com GIP 25mg/kg, tanto na analise microscópica quanto macroscópica.  O GIP (25 mg/kg) reduziu o significativamente o extravasamento vascular de proteínas (42,94%), os níveis de MDA (32,53%), manteve os níveis de SOD a 89,27%, de forma semelhante ao MESNA (fármaco padrão). Em relação aos níveis de GSH, o GIP 25 mg/kg, manteve o valor à 35,87% em relação ao SHAM , além de diminuir a PCR em 56,41%. Na avaliação de citocinas, o GIP na dose de 25 mg/kg  foi capaz de diminuir os níveis de TNF-α (88,77 %) e IL-1β 62,87%). Com base no exposto, pode-se concluir que o GIP foi capaz de atenuar os sinais da cistite hemorrágica induzida por ifosfamida em camundongos e que representa uma promissora opção terapêutica na modulação dessa condição patológica.

  • RAÍ EMANUEL DA SILVA
  • AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANTIMICROBIANO E ANTIBIOFILME DE ONCOCALIXONA A: UMA BENZOQUINONA ISOLADA DE Auxemmaoncoccalyx TAUB
  • Orientador : MARIA JOSE DOS SANTOS SOARES
  • Data: 07/06/2019
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  • A resistência antibiótica desenvolvida pelos micro-organismos, incluindo bactérias e fungos, apresenta-se como um grave problema de saúde pública mundial que torna desafiador a terapêutica para estes agentes patogênicos. Desta forma, a busca por novas opções antimicrobianas que possam superar este obstáculo torna-se indispensável. Auxemmaoncocalyx TAUB, é uma espécie nativa da biodiversidade brasileira que tem demonstrado diversas propriedades biológicas/farmacológicas e seu constituinte majoritário, Oncocalixona A (Onco A), uma benzoquinona obtida do cerne do caule, tem apresentado efeitos anti-inflamatório, analgésico, antitumoral e foi capaz de inibir a agregação plaquetária. O potencial antimicrobiano de diferentes quinonas tem sido relatado, contudo, não há dados sobre a Onco A. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antimicrobiana e antibiofilme, frente a espécies bacterianas e fúngicas de interesse clínico, bem como a biocompatibilidade de Onco A. Linhagens de bactérias Gram positivas e Gram negativas, e de fungos filamentosos e leveduriformes foram avaliadas, para a determinação das Concentração Inibitória Mínima (CIM) e a Concentração Bactericida Mínima (CBM), deste metabólito. A ação inibitória na formação de biofilmes foi investigada sob concentrações equivalentes a 1/2, 1/4 e 1/8 da CIM. A biocompatibilidade desta substância foi analisada utilizando eritrócitos humanos, nas mesmas concentrações estabelecidas no ensaio antimicrobiano. O efeito antibacteriano produzido pela Onco A foi avaliado por Microscopia de Força Atômica (MFA), bem como pela produção de radicais de oxigênio (EROS). Onco A foi capaz de inibir o crescimento bacteriano, em concentrações variáveis, sendo a linhagem Staphylococcusepidermidis ATCC 12228, a mais sensível à sua ação com CIM de 9,43 µg/mL. Houve também inibição do crescimento de S. aureus ATCC 29213, S. aureus MED 55 (resistente a meticilina), Enterococcus faecalis ATCC 29212 e Streptococcusmutans ATCC 25175, com CIMs entre 18,87 e 75,5 µg/mL. Onco A, ainda, inibiu o crescimento das espécies Gram negativas Stenotrophomasmaltophilia e Acinetobacterbaumanii, que possuem poucas opções terapêuticas. Os dados obtidos revelaram que esta molécula apresenta um efeito bacteriostático, com CBM superior a 151 µg/mL. Onco A apresentou maior potencial antibiofilme para a cepa de S. aureus MED 55, inibindo, ainda, em 20% a formação do biofilme da linhagem S. epidermidis 70D. Atividade antifúngica não foi evidenciada sobre as espécies avaliadas. A ação deste metabólito sob eritrócitos humanos, não apresentou atividade hemolítica. A MFA revelou alterações provocadas pela Onco A que foram estatisticamente significativas no tamanho e rugosidade média das células bacterianas avaliadas, comparadas ao controle. A ação antibacteriana desta molécula não demonstrou está relacionada a formação de EROS. Os resultados obtidos, revelam o potencial antibacteriano, desta benzoquinona, servindo como opção promissora no desafio da resistência antibiótica.

  • JOSELMA SOUSA LACERDA LOPES
  • ATIVIDADE GASTROPROTETORA DE Tocoyena hispidula Standl. EM ROEDORES
  • Orientador : RITA DE CASSIA MENESES OLIVEIRA
  • Data: 13/05/2019
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  • A úlcera gástrica é um dos principais distúrbios gastrintestinais, sendo considerada uma doença comum que afeta mais de 10% da população mundial, com incidência e prevalência crescente e altas taxas de morbidade e mortalidade. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, foram relatadas 11.532 internações no ano de 2018, relacionadas a presença de úlceras gástricas e duodenais, com taxa de mortalidade de 9,86%. A espécie Tocoyena hispidula Standl., conhecida popularmente como flor-do-cerrado, angeliquinha, angelca ou jenipapinho é um subarbusto usado popularmente como terapia medicinal para dor de barriga (chá preparado por infusão) e inflamação no útero (garrafada). Já foram identificados em sua composição compostos como cumarinas, triterpenóides e iridoídes que podem ter importante ação antiinflamatória, antiulcerogênica e antioxidante. O objetivo desse estudo foi investigar a atividade gastroprotetora do extrato etanólico obtido do caule de Tocoyena hispidula Standl (Th-EtOHcc) e sua fração metanólica Th-MeOHcc (na melhor dose do extrato) em modelos de lesões gástricas em ratos ou camundongos avaliando os possíveis mecanismos de ação bem como os sinais de toxicidade durante o acompanhamento dos animais (machos ou fêmeas) tratados por via oral com dose única ou com doses diárias do extrato em modelo crônico de lesão gástrica. Para isso, foram utilizados camundongos Swiss (30-35g) nos quais se avaliou a toxicidade aguda e a área ulcerada de lesões gástricas induzidas por etanol. Utilizou-se ratos Wistar (180- 250 g), para avaliar a área ulcerada de lesões gástricas induzidas por isquemia e reperfusão, bem como determinar o volume de lesão induzida por ácido acético, além da preservação da barreira de muco no modelo de ligadura de piloro (CEUA 413/17). Tanto na avaliação de toxicidade aguda (dose única de 2000 mg/kg, v.o.) quanto no tratamento diário durante 7 dias consecutivos (1, 10 e 50 mg/kg, v.o.), o extrato Th-EtOHcc não apresentou efeitos deletérios que implicasse toxicidade. Th-MeOHcc (50 mg/kg, v.o.) também não apresentou sinais de toxicidade nos animais tratados por 7 dias consecutivos. No modelo de úlceras induzidas por etanol absoluto, o Th-EtOHcc apresentou efeito gastroprotetor significativo nas doses de 1, 10 e 50 mg/kg, ao inibir a área da lesão em 72%, 86% e 84%, respectivamente. No modelo de iquemia e reperfusão, Th-EtOHcc apresentou efeito gastroprotetor nas doses de 10 e 50 mg/kg, ao inibir a área de lesão em 96% e 61%, respectivamente. Ao investigar os possíveis mecanismos envolvidos nessa gastroproteção, foi possível verificar que Th-EtOHcc foi capaz de reduzir significativamente as citocinas pró-inflamatória TNF-α e IL-1β no modelo de lesão induzido por isquemia e reperfusão, bem como, também foi capaz de preservar os níveis de muco no modelo de ligadura do piloro. Nas lesões induzidas por ácido acético, o extrato ThEtOHcc nas doses de 1, 10, e 50 mg/kg diminuiu significativamente o volume da lesão ulcerativa em 81%, 58% e 71%, respectivamente, em comparação ao grupo veículo, demonstrando efeito restaurador da mucosa. Nesse último protocolo foi avaliado ainda um possível efeito cicatrizante da fração Th-MeOHcc (50 mg/kg), que também foi capaz de diminuir significativamente o volume da lesão em 85%. O presente trabalho evidencia a baixa toxicidade de Th-EtOHcc, bem como seu efeito gastroprotetor sobre a lesão gástrica induzida por etanol absoluto e isquemia e reperfusão por meio da inibição da migração neutrofílica e da manutenção da integridade da mucosa, além disso, Th-EtOHcc apresenta atividade cicatrizante, por diminuição de infiltrado neutrofiílico e aumento de fibras de colágeno, observados microscopicamente, bem como pela preservação da barreira de muco evidenciado no protocolo de ligadura do piloro

  • SUYLANE SOBRAL DE SOUSA
  • Atividade antidiarreica do extrato etanólico das folhas de Tocoyena hispidula Standl. (Rubiaceae) em camundongo
  • Orientador : RITA DE CASSIA MENESES OLIVEIRA
  • Data: 09/05/2019
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  • A diarreia é um dos distúrbios gastrintestinais que pode ser debilitante e quando não tratada pode
    oferecer risco ao paciente, caracterizada pela eliminação excessiva de líquidos e sais do corpo na forma
    de fezes líquidas. A terapia farmacológica atua de forma eficiente no controle do estado diarreico,
    entretanto, os fármacos apresentam efeitos adversos que podem agravar o estado clínico. De acordo
    com a OMS aproximadamente 80% da população faz o uso de plantas medicinais como uma alternativa
    às terapias farmacológicas tradicionais, algumas destas tem tido grande uso pela população para o
    tratamento de desordens gastrintestinais. Objetivou-se dessa forma avaliar a atividade antidiarreica do
    extrato etanólico das folhas de Tocoyena hispidula Standl em camundongos. Inicialmente realizou-se
    a caracterização química do extrato entanólico Th-EtOHf em HPLC, posteriormente realizou-se o teste
    de toxicidade aguda do extrato etanólico Th-EtOHf conforme a OECD 423/2011. A atividade
    antidiarreica do extrato (Th-EtOHf) foi investigada no modelo de diarreia aguda e enteropooling induzido
    por óleo de rícino em camundongos tratados com Th-EtOHf (10; 50; 100 mg/kg, v.o.), salina (2,5 mL/kg,
    v.o.) ou loperamida (5 mg/kg, v.o.) e, 1 hora depois receberam óleo de rícino (10 mL/kg, v.o.) e foram
    monitorados durante 4 horas. Logo após foi analisado a severidade diarreica, o peso total das fezes e
    a medida do volume do conteúdo intestinal. Com o intuito de avaliar o efeito do Th-EtOHf sobre o trânsito
    intestinal em camundongo, os animais receberam inicialmente o óleo de rícino e 1 hora depois,
    receberam o tratamento com Th-EtOHf (50 mg/kg, v.o). Decorrido mais 1 hora, receberam 0,2 mL de
    carvão ativado (v.o), sendo eutanasiados após 20 min. Ao final, a distância percorrida pelo carvão foi
    então mensurada. O envolvimento das vias opióide e muscarínica no trânsito foi avaliada, analisou-se
    também o desempenho do Th-EtOHf na diarreia de cunho inflamatório (PGE2, 100 μg/kg, v.o.). Para
    isso os animais foram pré-tratados oralmente com Th-EtOHf (50 mg/kg, v.o.), salina ou loperamida (5
    mg/kg). Decorrido 30 min os animais foram eutanasiados e o volume do conteúdo intestinal foi então
    analisado. Os resultados da análise do extrato em HPLC revelaram bandas sugestivas de compostos
    da classe dos iridoides e flavonoides, o extrato não demonstrou sinais de toxicidade aguda por via oral
    conforme os testes preconizados e os efeitos antidiarreicos nas doses avaliadas apresentaram um
    efeito significativo (*p< 0,05), diminuindo a quantidade total de fezes em 38,07%; 50,33%; 52,98%
    (respectivamente) e fezes diarreicas em 30,52%; 46,98%; 46,18% apresentando também valores
    significativos no protocolo de enteropooling, com melhores resultados na dose de 50 mg/kg,
    permanecendo esta como padrão para os demais testes. O Th-EtOHf não exerceu efeitos significativos
    no modelo de diarreia induzida por PGE2. O Th-EtOHf reduziu o trânsito gastrintestinal, através da via
    muscarínica, sendo capaz de diminuir significativamente a quantidade total de fezes e reduzir a
    produção de fluidos intestinais. Diante dos resultados expostos, foi possível constatar a atividade
    antidiarreica do Th-EtOHf, mostrando ser um potencial insumo, para produção de medicamentos, para o tratamento de doenças diarreicas.

  • MICKAEL LAUDRUP DE SOUSA CAVALCANTE
  • Envolvimento vagal e de receptores β-adrenérgicos e canabinóides na aceleração do esvaziamento gástrico induzida por células de Yoshida ah-130 em ratos
  • Orientador : MOISES TOLENTINO BENTO DA SILVA
  • Data: 08/05/2019
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  • INTRODUÇÃO: A caquexia associada ao câncer é caracterizada por uma redução significativa do peso corporal em decorrência da atrofia do músculo esquelético, a qual apresenta alterações nos sistemas cardiovascular e gastrintestinal, como ativação do sistema nervoso simpático, constipação decorrente de obstrução gastrintestinal, e elevação paradoxal nas concentrações de grelina. OBJETIVO: Investigar o envolvimento vagal e de receptores β-adrenérgicos e canabinoides nas alterações gastrintestinais de ratos com caquexia induzida por células de Yoshida AH-130. MATERIAL E MÉTODOS: O modelo experimental de caquexia (CQX) foi induzido por meio da inoculação intraperitoneal de células (108) de Yoshida AH-130, em ratos Wistar. Foram analisadas alterações fisiológicas gerais e gástricas. Para a elucidação dos mecanismos envolvidos, investigou-se a participação da sinalização adrenérgica em receptores β1, no qual os animais com caquexia foram submetidos à administração diária de atenolol (ATN) (20 mg/kg, v.o.). Em seguida, investigou-se o envolvimento das vias neurais parassimpáticas, no qual os animais com caquexia foram previamente submetidos à vagotomia troncular subdiafragmática (VGX). Por fim, investigou-se o papel das vias endocanabinoides, no qual os animais com caquexia foram submetidos à administração diária de win 55,212-2 (WIN) (2 mg/kg, s.c.). RESULTADOS: Em comparação ao grupo Controle, o grupo CQX apresentou, de forma significativa (p<0,05), uma diminuição no ganho do peso corporal (11,2 ± 1,3 g vs. -27,3 ± 3,5 g), aumento no índice de caquexia (0,1 ± 0,5% vs. 38,5 ± 2,1%), e redução no consumo alimentar no 5º dia (25,1 ± 0,7 g vs. 15,0 ± 0,7 g), 6º dia (25,0 ± 2,1 g vs. 15,9 ± 1,2 g), e 7º dia (27,7 ± 1,2 g vs. 12,9 ± 0,9 g), juntamente com um aumento no esvaziamento gástrico (AUC 12349,8 ± 890,5 μg x min/mL vs. 20.360,17 ± 1.970,9 μgx min/mL), aumento na porcentagem de contração de tiras de fundo gástrico, na concentração de carbacol de -6 M (43,2 ± 6,3% vs. 63,2 ± 5,5%), e uma diminuição na CE50 de carbacol: -5,8 M [(-6,0 M) – (-5,6 M)] vs. -6,3 M [(-6,5 M) – (-6,1 M)]. Em comparação ao grupo CQX, o grupo CQX+ATN apresentou, de forma significativa (p<0,05), uma redução no ganho de peso (-27,3 ± 3,5 g vs. -43,3 ± 6,2 g), juntamente com uma diminuição no esvaziamento gástrico (AUC 20.360,17 ± 1.970,9 μgx min/mL vs. 12.579,2 ± 785,4 μgx min/mL), redução na porcentagem de contração de tiras de fundo gástrico, na concentração de carbacol de -6 M (63,2 ± 5,5% vs. 46,5 ± 5,7%), e um aumento na CE50 de carbacol: -6,3 M [(-6,5 M) – (-6,1 M)] vs. -5,7 M  [(-5,8 M) – (-5,7 M)]. Em comparação ao grupo CQX, o grupo VGX+CQX mostrou, de forma significativa (p<0,05), uma diminuição no índice de caquexia (38,5 ± 2,1% vs. 32,4 ± 1,7%), juntamente com uma diminuição no esvaziamento gástrico (AUC 20.360,17 ± 1.970,9 μgx min/mL vs. 13.414,0 ±1.112,9 μgx min/mL), redução na porcentagem de contração de tiras isoladas de fundo gástrico, na concentração de carbacol de -6 M (63,2 ± 5,5% vs. 31,2 ± 4,7%), e um aumento na CE50 de carbacol: -6,3 M [(-6,5 M) – (-6,1 M)] vs. -5,7 M [(-5,8 M) – (-5,3 M)]. Em comparação ao grupo CQX, o grupo CQX+WIN apresentou, de forma significativa (p<0,05), uma redução no índice de caquexia (38,5 ± 2,1% vs. 25,8 ± 2,7%), juntamente com uma diminuição no esvaziamento gástrico (AUC 20.360,17 ±1.970,9 μgx min/mL vs. 10.965,4 ± 1.392,3 μgx min/mL), redução na porcentagem de contração de tiras isoladas de fundo gástrico, na concentração de carbacol de -6 M (63,2 ± 5,5% vs. 38,2 ± 3,9%), e um aumento na CE50 de carbacol: -6,3 M [(-6,5 M) – (-6,1 M)] vs. -5,6 M [(-5,9 M) – (-5,5 M)]. CONCLUSÕES: Concluiu-se, portanto, que a sinalização simpática em receptores β1 está envolvida na dismotilidade gástrica, enquanto que o nervo vago e endocanabinoides investigadas estão relacionadas com a regulação do índice de caquexia e da dismotilidade gástrica de ratos com caquexia induzida por células AH-130.

  • MARIANA SOUSA SILVA
  • Exercício físico e tratamento com piridostigmina previnem diminuição do esvaziamento gástrico e alterações autonômicas e cardiovasculares induzidas por cisplatina em ratos
  • Orientador : MOISES TOLENTINO BENTO DA SILVA
  • Data: 06/05/2019
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  • A quimioterapia consiste no emprego de substâncias químicas, isoladas ou em combinação, com o objetivo de tratar as neoplasias atuando em nível celular, interferindo no processo de crescimento e divisão, contudo sem especificidade, não inibindo seletivamente ou exclusivamente as células tumorais. Por não possuírem especificidade, essas drogas agridem também células normais que possuem características comuns às células tumorais. Devido está agressão às células normais ocorre a toxicidade e os reações adversas dos quimioterápicos. Cada quimioterápico possui seu perfil de toxicidade e reações adversas, ressaltando-se a necessidade de abordagem terapêuticas farmacológicas ou não farmacológicas que previnam tais reações adversas. Vários estudos demonstram alterações gastrintestinais associadas ao uso de cisplatina, tais como náuseas, vômitos, diarreia, constipação e dismotilidade gástrica. Entretanto, pouco se sabe sobre o efeito do exercício físico e da piridostigmina na atenuação dessas reações adversas relacionados a sua toxicidade. O objetivo desse estudo foi investigar o efeito do exercício físico e da piridostigmina sobre a dismotilidade gastrointestinal e diminuição da sensibilidade ao barorreflexo induzida por cisplatina em ratos. Os ratos foram submetidos a indução de dismotilidade gástrica com cisplatina (3mg/Kg) uma vez por semana durante cinco semanas administrada via intraperitoneal. Concomitantemente a indução de dismotilidade gástrica era realizada a administração de piridostigmina (1,5 mg/ml), via oral ou com treinamento físico de natação com sobrecarga de 5% do peso corporal durante cinco dias na semana. Após cinco semanas de abordagem farmacológica ou não farmacológica, foi avaliado a retenção gástrica, a responsividade muscular de fundo gástrico ao carbacol, pressão arterial média, frequência cardíaca, variabilidade da frequência cardíaca e sensibilidade do barorreflexo. A cisplatina aumentou significativamente (p<0,05) a retenção gástrica dos animais submetidos a indução de dismotilidade gástrica, esse efeito foi prevenido pelo exercício físico e pela piridostigmina. Houve também uma diminuição significativa (p<0,05) a responsividade de fundo gástrico ao carbacol dos animais do grupo cisplatina em relação ao grupo salina, foi observado que o exercício físico e a piridostigmina preveniram significativamente (p<0,05) a diminuição da responsividade contrátil do fundo gástrico nas concentrações de carbacol estudadas. A cisplatina causou aumento significativo (p<0,05) da pressão arterial e diminuição da frequência cardíaca quando comparado com ratos salina, foi observado também diminuição significativa (p<0,05) da sensibilidade do barorreflexo nos ratos cisplatina quando comparado aos ratos salina. Concluímos o exercício físico e a piridostigmina previnem o aumento da retenção gástrica e diminuição da responsividade muscular de fundo gástrico ao carbacol além de prevenir o aumento da pressão arterial e diminuição da sensibilidade do barorreflexo em ratos tratados com cisplatina.

  • FLAVIANO RIBEIRO PINHEIRO NETO
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA DO α-FELANDRENO EM MODELO EXPERIMENTAL DE HIPERNOCICEPÇÃO ONCOLÓGICA
  • Orientador : FERNANDA REGINA DE CASTRO ALMEIDA
  • Data: 02/05/2019
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  • A dor oncológica é um tipo de dor que ostenta uma neurobiologia enigmática e multifatorial. Por causa da natureza complexa e etiologia da dor do câncer, diversos agentes farmacêuticos são usados como parte do regime de tratamento desse tipo de dor. Nesse contexto, a pesquisa farmacológica para o desenvolvimento de novos agentes terapêuticos vem se tornando cada vez mais necessário. Os óleos essenciais (OE), em especial, os metabólitos secundários, como monoterpenos, são extraídos de plantas, que apresentam as mais variadas características biológicas, dentre eles ressaltamos o α-Felandreno(α-Fel) que na literatura destacou-se por apresentar importantes atividades biológicas. Como aumentar efetivamente a imunidadeatravés de modulação respostas imunes celulares e humorais em animais(WU et al., 2019);atividade antimicrobiana (AL-BURTAMANI et al., 2005); antitumoral (HSIEH et al., 2015); anti-inflamatório (SIQUEIRA et al., 2016) e antinociceptivo (LIMA et al., 2012).O objetivo desse estudo foi investigar o possível efeito antinociceptivo do α-Fel em modelo animal de dor oncológica. Para indução da dor oncológica, foi inoculado células de sarcoma-180 na região subaxilar.Os animais foram avaliados quanto aos parâmetros de alodinia e hiperalgesia mecânicas, utilizando os filamentos von Frey. As avaliações antinociceptivas foram divididas em 3 tratamentos (cotratamento: 7 grupos: sham (NaCl 0,9% sem inoculação de células), veículo (NaCl 0,9% com Tween 80 a 2% v.o), controle positivo para avaliação da nocicepção (Pregabalina 10 mg/kg, v.o), controle positivo para avaliação de atividade antitumoral (5-Fluoracil - 5-FU, 25 mg/Kg, i.p) e 3 doses de α-Fel (12,5; 25 e 50 mg/kg) teve início 24 h após a inoculação), Tratamento agudo no 8° pós-inoculação do tumor nos tempos (0, 60, 120, 180 e 240 min) e subagudo 16° ao 24°nos seguintes grupos sham (NaCl 0,9% sem inoculação de células), veículo (NaCl 0,9% com Tween 80 a 2% v.o), controle positivo para avaliação da nocicepção (Morfina 10 mg/kg, v.o), e 4 doses de α-Fel (6,25; 12,5; 25 e 50 mg/kg v.o)em que nas avaliações direta no tecido peritumoral e indireta na pata traseira direita o α-Fel capaz de diminuir a hipernocicepção provocada pelo tumor de S-180. Em seguida foi investigado peso relativo dos órgãos dos animais no Cotratamento e pós-tratamento subagudo, bem como o peso bruto dos tumores para investigar possível atividade antitumoral, no qual o α-Fel reduziu em até 74,6% o tamanho do tumor no cotratamento e até 82,74% no pós-tratamento subagudo. Nesse contesto para determinar possíveis mecanismos de ação foramrealizados testes para determina ação antioxidante,superóxido dismutase (SOD), malondealdeido (MDA) e glutationa redutase (GSH),no qual o α-Fel aumentou a concentração de espécies reativas de ácido tiobarbitúrico (TBARS) e GSH. Posteriormente verificou-se a participação do α-Fel na via GABAérgica e opióide através de bloqueador específico (Bicuculina e naloxona), que foram capazes dereverter o efeito antinociceptivo do α-Fel, sugerindo participação nessas duas vias corroborando com a docagem molecular dos receptores opioide (μ, δ, Κ),no qual foi possível observar a ligação do α-Fel nos receptores opióides. E por fim, verificou-se a capacidade do α-Fel em modular citocinas,através de ensaio imunoenzimático (ELISA), observou-se que o α-Fel reduziu os níveis de TNF- α, IL-1β, IL-4 e IL-6.

  • ISABELA RIBEIRO DE SÁ GUIMARÃES NOLÊTO
  • EFEITO GASTROPROTETOR DA METFORMINA NA LESÃO GÁSTRICA INDUZIDA POR ALENDRONATO EM RATOS NORMOGLICÊMICOS E HIPERGLICÊMICOS
  • Orientador : JAND VENES ROLIM MEDEIROS
  • Data: 28/02/2019
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  • O alendronato (ALD) é um bifosfonato amplamente utilizado no tratamento da osteoporose, contudo apresenta algumas reações adversas, dentre eles o surgimento da úlcera gástrica. Em contrapartida, a metformina (MET) apresenta diversos efeitos benéficos ao organismo, como favorecer a cicatrização de feridas epiteliais, por exemplo. O objetivo do estudo foi investigar o efeito gastroprotetor da MET em lesões gástricas induzidas por ALD em ratos normoglicêmicos e hiperglicêmicos. Para isso ratas foram divididas em controle negativo (solução fisiológica, SF 0,9%, v.o); controle positivo (SF 0,9% + ALD 50mg/Kg, v.o), três grupos com MET (MET 10, 30 ou 100mg + ALD 50mg/Kg, v.o), um grupo com inibidor de AMPK (Comp C 1,2mg/Kg + MET 100mg/Kg + ALD 50mg/Kg, v.o), controle negativo diabético (SF 0,9%, v.o), controle positivo diabético (SF 0,9% + ALD 50mg/Kg, v.o) e diabético na melhor dose (MET 100mg/Kg + ALD 50mg/Kg, v.o). O diabetes foi induzido com estreptozotocina (STZ), 130mg/Kg, intraperitoneal, dose única. Os pré-tratamentos foram realizados diariamente durante sete dias e a lesão gástrica foi induzida com ALD 50mg/Kg diariamente, durante quatro dias, com aprovação da Comissão de Ética em Uso Animal da Universidade Federal do Piauí (Protocolo nº 474/18). Observou-se que a dose de MET 100mg/Kg apresentou melhores resultados que as demais testadas, sendo então selecionada para a execução dos protocolos posteriores. A MET desempenhou efeito gastroprotetor significativo em ensaios de lesão gástrica, tanto em análise macroscópica como microscopia de luz e de força atômica. A MET foi capaz de suprimir fatores ligados à inflamação, como a expressão de citocinas pró-inflamatórias (TNF-α, IL-1β e IL-6) e diminuição dos níveis de MPO, além da redução dos níveis de MDA. Também foi observado manutenção dos níveis basais de colágeno na mucosa gástrica e seu potencial de estímulo à secreção de muco gástrico. Pode-se observar comprometimento da ação gastroprotetora da MET no grupo com a presença de inibidor de AMPK, sugerindo a participação dessa via na sua ação gastroprotetora. Conclui-se que a MET apresenta efeitos gastroprotetores que vão desde a diminuição da resposta inflamatória, até efeitos de proteção mecânica, com o estímulo à produção de muco, podendo sugerir então o seu potencial uso na prevenção e tratamento de lesões gástricas causadas por ALD.

2018
Descrição
  • LAYANE VALERIA AMORIM
  • PIPERACEAS DO BIOMA MATA ATLÂNTICA COM ATIVIDADE ANTILEISHMANIA
  • Orientador : FERNANDO AECIO DE AMORIM CARVALHO
  • Data: 19/12/2018
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  • As leishmanioses compreendem um grupo de doenças com elevada variedade clínica e complexidade epidemiológica, causadas por diferentes espécies de Leishmania. Amplamente distribuída em todo mundo, as leishmanioses afetam o homem e os animais, sendo no homem caracterizada por quatro formas clínicas principais: cutânea, mucocutânea, difusa e visceral. A quimioterapia das leishmanioses tem sido baseada no uso dos antimoniais pentavalentes como fármacos de primeira escolha e Pentamidina e Anfotericina B, são de segunda escolha no tratamento, importantes na terapia de pacientes com coinfecções ou em casos de tratamento resistente aos antimoniais. Esta quimioterapia ainda é um dos tratamentos mais efetivos para essa doença, entretanto, os            fármacos leishmanicidas disponíveis, são em geral, tóxicos, apresentam um custo elevado e necessitam da utilização por longos períodos. Assim, o desenvolvimento de novos fármacos  para o tratamento das leishmanioses tem se destacado. Substâncias obtidas de espécies vegetais nativas do Brasil, que apresentem atividade antileishmania e que tenham baixa toxicidade, podem vir a ser uma alternativa para o tratamento de tais afecções. O bioma Mata Atlântica que apresenta grande diversidade de espécies vegetais, contém plantas da Família Piperaceae as quais tem se revelado pela  grande diversidade química promissora na descoberta de diferentes atividades biológicas, dentre elas, atividade antileishmania. Diante do exposto esse trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antileishmania, citotóxica e parâmetros de ativação de macrófagos do extrato metanólico (Ext-MeOH e BuOH) e das frações hexânica (F-Hex), diclorometano (F-DCM) e acetato de etila (F-AcOEt) de Piper cabralanum C. DC., Piper Cernuum Vell, Piper solmsianum C.DC, sobre Leishmania amazonensis. O Ext-MeOH, F-Hex e F-DCM de P. cabralanum inibiram o crescimento de formas promastigotas de L. amazonensis com valores de  IC50 de 144,54; 59,92 e 64,87 µg/mL, respectivamente, e sobre amastigotas IC50 de 0,516; 21,08 e 35,63 µg/mL. A F-AcOEt obteve IC50 para amastigotas de 27,19 µg/mL e apresentou baixa ação sobre promastigotas. Os valores de CC50 para macrófagos ficaram em 370,70; 83,99; 113,68 e 607 µg/mL, respectivamente, superando os valores de CI50 para amastigotas. Nos testes de hemólie não se observou toxicidade. Em microscopia de Força atômica (AFM) foi possível também observar danos na estrutura do parasito para todas as amostras, demonstrando potencial leishmanicida. Na infecção em macrófagos, o Ext-MeOH e a F-AcOEt não foram capazes de reduzir o numero de macrófagos infectados. Contudo, a F-Hex e a F-DCM reduziram a infecção na maior concentração testada de 40 µg/mL, entretanto, na infectividade, a diminuição do número de amastigotas no macrófago foi dependente de concentração sendo mais pronunciada nas F-Hex e a F-DCM nas concentrações testada de 40 µg/mL. O Ext-MeOH, F-Hex, F-AcOEt e F-DCM estimularam a atividade lisossomal, fagocítica, bem como a produção de óxido nítrico por macrófagos. Entretanto, a F-Hex, não apresentou resultados estatisticamente significativos para a atividade lisossomal sem, no entanto, alterar a produção de oxido nítrico. Conclui-se que o Ext-MeOH, F-Hex, F-AcOEt e DCM de Piper cabralanum C.DC tem atividade contra L. amazonensis, com  baixa citotoxicidade para macrófagos murinos. Podendo a F-Hex atuar através da ativação de macrófagos, provavelmente por outras vias.

  • ALINE SUELEN SILVA NUNES
  • Atividade cardiovascular da mistura de isomeros de α-terpineol (MIT) em ratos
  • Orientador : ALDEIDIA PEREIRA DE OLIVEIRA
  • Data: 17/12/2018
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  • Alterações nos mecanismos que controlam a pressão arterial levam ao desenvolvimento da hipertensão, doença de origem multifatorial, geralmente associada a outras patologias. O α-terpineol é um álcool monoterpênico. A mistura de isômeros de α-terpineol (MIT), apresenta constituintes químicos com possível potencial cardiovascular. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos cardiovasculares do MIT em ratos normotensos e hipertensos (modelo L-NAME). A avaliação da citotoxicidade in vitro foi investigada por meio da viabilidade em macrófagos. Os testes in vivo foram realizados com ratos Wistar machos (n=5) e aprovados (CEUA 316/17). Na avaliação da toxicidade aguda distribuiu-se os grupos: veículo (v.o.) e MIT 2000 mg/kg (v.o.) e observou-se os animais por 14 dias. Para verificar o efeito da MIT sobre a pressão arterial média (PAM) e frequência cardíaca (FC) em ratos normotensos e hipertensos, dividiu-se os grupos: sham, veículo (0,05 mg/kg), nitroprussiato de sódio (NPS) 0,1mg/kg e MIT nas doses de 10, 30 e 50 mg/kg (i.v.). A hipertensão arterial foi induzida com NG-Nitro-L-arginina metil éster (L-NAME) (100 mg/kg, v.o.) durante 7 dias. A fim de investigar os possíveis mecanismos de ação os animais foram pré-tratados (via venosa) com verapamil (3 mg/kg), propranolol (1,5 mg/kg), prazosina (1 mg/kg), ioimbina (2 mg/kg), hexametônio (20 mg/kg) ou atropina (1 mg/kg) e posteriormente, administrou-se MIT (10, 30 e 50 mg/kg). Os resultados demonstram que o MIT promoveu uma redução da viabilidade de macrófagos de murinos na concentração a partir da concentração de (358,2 μg/mL) e não demonstrou toxicidade aguda em ratos. A administração de  MIT nas doses de  (10, 30 e 50 mg/kg) promoveu efeito hipotensor (∆PAM: -14,2 ± 2,6; -38,3 ± 7,5; -77,5 ± 3,3 mmHg) e bradicardico (∆FC: -27,2 ± 41,8; -182,9 ± 37,4; -293,3 ± 16,7 bpm) em animais normotensos. O efeito do MIT na dose de 50 mg/kg sobre a PAM (∆: -57,5 ± 3,3 mmHg), na presença de verapamil foi atenuado, o mesmo ocorre quando verifica-se a FC nas doses de 30 e 50 mg/kg (∆: -97,1 ± 16,9; -95,7 ± 30,5 bpm, respectivamente). O pré-tratamento com propranolol potencializou a PAM nas doses 10, 30 e 50 mg/kg (∆: -37,2 ± 4,9, -65,4 ± 4,6, -94,8 ± 3,4 mmHg, respectivamente), entretanto não demonstrou alterações na FC. A prazosina não alterou o efeito do MIT, em contrapartida na presença de ioimbina o MIT demonstrou possível participação nos receptores α2, pois houve atenuação da PAM (∆: -52,0 ± 5,1 mmHg) e FC (-109,7 ± 50,7 bpm) na dose de 50 mg/kg. Enquanto que o hexametônio potencializou a hipotensão na dose de 10 mg/kg (∆PAM -39,4 ± 9,3 mmHg), entretanto, não alterou a FC. O efeito do MIT (30 e 50 mg/kg) na presença de atropina atenuou a PAM (∆: -19,2 ± 6,4; -49,2 ± 11,9 mmHg) e aboliu o efeito bradicardico (∆FC: 7,2 ± 4,4; 2,2 ± 35,2 bpm), respectivamente. Nos animais hipertensos (L-NAME), observou-se uma redução da PAM (∆:  -16,1 ± 5,0; -28,8 ± 4,5; -47,7 ± 9,3 mmHg) e da FC (∆: -44,9 ± 9,0; -102,9 ± 14,1; -123,5 ± 30,9 bpm). Em conclusão, o MIT apresentou baixa citotoxicidade e macrófagos e efeitos hipotensor e bradicárdico em ratos normotensos, mediado por receptores muscarínicos e envolvimento dos canais de Ca2+ e dos receptores α2 e β1 adrenergicos aliado a efeito anti-hipertensivos.

  • FRANCISCO SÁVIO MARTINS BORGES
  • Efeitos metabólicos da leucina sobre a Síndrome de Cushing
  • Orientador : FRANCISCO LEONARDO TORRES LEAL
  • Data: 05/12/2018
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  • Os glicocorticóides quando administrados em tratamento prolongado (> 3 semanas) ou em excesso no organismo, podem levar ao desenvolvimento da Síndrome de Cushing (SC), que é caracterizada por múltiplos distúrbios metabolicos. Pesquisas com suplementação com aminoácidos de cadeia ramificada (ACR), especialmente a leucina (LEU), demonstram que este nutriente é capaz de melhorar a saúde metabólica em animais obesos. No entanto, evidencias recentes apontam que a ausência dos ACR ou da LEU na dieta é capaz de melhorar alguns aspectos metabólicos, por reduzir a adiposidade e aumentar a termogênese. Portanto, não está claro se a suplementação dietética com LEU seria uma estratégia benéfica. Para ajudar a resolver essa questão, examinamos o efeito da suplementação com LEU nos distúrbios metabólicos atribuídos à SC. Para tanto, usamos o tratamento nutricional de longo prazo com LEU no modelo farmacológico de SC, induzido por excesso de dexametasona (DEXA). Descobrimos que a suplementação com LEU piora vários dos quadros metabólicos que caracterizam a SC como a adiposidade, a hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia e hiperalbuminemia, bem como favorece maior acúmulo de gordura e marcadores de lesão hepática. Ademais, de maneira surpreendente verificamos que este aminoácido apresentou potencial antioxidante, redução na peroxidação lipídica e aumento da atividade de enzimas antioxidantes. Nossos resultados indicam que LEU piora a saúde metabólica em animais com SC, e sugerem que o aumento específico de LEU alimentar pode representar uma estratégia arriscada no modelo experimental estudado.

  • RUAN PABLO NUNES ARAUJO
  • INVESTIGAÇÃO DO POTENCIAL FARMACOLÓGICO DO FITOL EM MODELOS DE ÚLCERAS GASTRICAS EM RATOS
  • Orientador : ROSIMEIRE FERREIRA DOS SANTOS
  • Data: 29/11/2018
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  • A úlcera gástrica é uma das doenças mais prevalentes em adultos no mundo, tendo, na maioria dos casos, caráter benigno,e é definida como um distúrbio na integridade da mucosa gástrica que causa um dano superficial e que se estende da camada muscular da mucosa a submucosa, ou mais profundamente, devido a um processo inflamatório como sangramento e perfurações, levando a uma alta morbimortalidade. A terapia para tratamento de úlcera é composta por vários fármacos, porém os efeitos colaterais e os recidivos são fatores que se faz necessário o estudo com produtos naturais devido à alta demanda de fármacos para o tratamento de doenças do trato gastrintestinal e os seus efeitos adversos. O fitol, (3,7,11,15-tetrametilhexadec-2-en-1-ol) é um diterpeno que pertence ao grupo dos álcoois acíclicos insaturados. Não há relatos sobre a atividade gastroprotetora do fitol na literatura, porém em outros estudos, demonstra atividades antimicobacteriana e anti-inflamatória. Todos os protocolos experimentais foram aprovados pelo protocolo CEUA 498/18. O objetivo desse estudo foi investigar a atividade gastroprotetora do fitol em modelos de lesões gástricas em ratos e seus possíveis mecanismos de ação. Para isso, foram utilizados ratos Wistar machos (180-250 g), e foi avaliado o percentual de inibição da área de lesões induzidas em relação ao controle (veículo). Os dados são representados como média ± E.P.M. *p<0.05 vs. grupo veiculo (ANOVA one way e teste de Tukey). No modelo de lesões gástricas induzidas por etanol absoluto, o fitol, administrado por via oral 1h antes da aplicação do agente ulcerogênico, apresentou efeito gastroprotetor significativo nas doses de 12,5 (0,69 ± 0,31%) 25 (1,93 ± 0,78%) e 50 mg/kg (0,98 ± 0,47%) ao inibir a área de lesão 96%, 90% e 95% (*p<0,05), respectivamente, em relação ao veículo (19,18 ± 1,05%). Nas lesões induzidas por isquemia e reperfusão, o fitol nas doses 12,5 e 25 mg/kg, v.o., também diminuiu significativamente (*p<0,05)as áreas das lesões (1,51 ± 0,82 mm²)  em 89,3% e (7,65 ± 2,0 mm²) em 45,89%, respectivamente, quando comparado com o grupo veículo (14,14 ± 3,6 mm²). No modelo de lesões induzidas por ibuprofeno, a dose de 12,5 mg/kg promoveu redução da área de lesão em 54,95% quando comparado ao veículo. Este estudo demonstra o possível efeito gastroprotetor e cicatrizante do fitol e sugere que o mesmo pode estar associado à sua ação antioxidante. Na avalição da atividade antioxidante o tratamento com fitol restaurou a mucosa gástrica, reduzindo os níveis da MPO (74%) e MDA (59%), aumentou a quantidade de grupamento sulfidrila não proteíco (88%) e restaurou a atividade da CAT e SOD comparado ao grupo veículo. Nas lesões induzidas por acido acético, os ratos foram submetidos a processos cirúrgicos para indução da úlcera. No primeiro dia após a indução da úlcera iniciou-se o tratamento com fitol nas doses de 12,5; 25; 50 e 100 mg/kg durante 7 dias, diminuindo significativamente a área da lesão ulcerativa (43,17 ± 7,28 mm3) 84%; (49,42 ± 7,50 mm3) 81%; (45,32 ± 13,74 mm3) 83%; (86,75 ± 10,50 mm3) 68%, respectivamente, em comparação ao grupo veículo (272,20 ± 18,41 mm³), demonstrando possível efeito cicatrizante, devido a restauração do tecido.

  • YARA MARIA DA SILVA PIRES
  • Atividade do alfa-felandreno livre e complexado com beta-ciclodextrina em neuropatia induzida por compressão do nervo ciático
  • Orientador : FRANCISCO DE ASSIS OLIVEIRA
  • Data: 13/11/2018
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  • O α-felandreno, um monoterpeno cíclico encontrado em diversos óleos essenciais de plantas aromáticas, tem sido alvo de diversos estudos devido, principalmente, a suas propriedades analgésicas, antinociceptivas e anti-inflamatórias. Considerando sua elevada volatilidade e baixa solubilidade, buscou-se implementar suas características físico-químicas utilizando ciclodextrinas. Dessa forma, o presente estudo se propõe a investigar a ação α-felandreno livre e complexado com β-ciclodextrinas em modelo de dor neuropática provocada por compressão do nervo ciático. A complexação foi analisada através de modelagem molecular e infravermelho. Para verificação da atividade farmacológica, camundongos foram submetidos à cirurgia de compressão do nervo ciático para indução de neuropatia. Realizou-se, então, os tratamentos agudo e subagudo com α-felandreno livre e complexado nas doses de 3,125; 6,25 e 12,5 mg/kg. Testou-se, também, a participação do mecanismo opióide e a função motora. Observou-se que a complexação ocorre de forma espontânea, linear e estável. O α-Fel livre e complexado apresentou atividade antinociceptiva nas doses de 6,25mg e 12,5 mg, uma vez que foi capaz de reduzir a sensibilidade mecânica e térmica dos animais neuropáticos nestas doses. Observou-se, também, diferenças na cinética das formulações, uma vez que a substância livre apresentou um pico de ação seguido de um declínio, enquanto o complexo apresentou efeito constante e mais duradouro. Verificou-se também que a atividade do α-Fel está relacionada ao sistema opióide e que o monoterpeno livre e complexado não promove alterações na função motora.

  • ANA RITA DE SOUSA FRANCA
  • Avaliação das Atividades Anti-Inflamatória e Antinociceptiva do α-Felandreno Complexado com β-Ciclodextrina no Modelo de Dor Inflamatória Crônica em Ratas
  • Orientador : FERNANDA REGINA DE CASTRO ALMEIDA
  • Data: 25/10/2018
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  • A dor inflamatória crônica representa uma das principais enfermidades que limitam a qualidade de vida dos pacientes, além de ser de difícil tratamento, com diversos efeitos colaterais associados ao uso dos medicamentos tradicionais. O α-felandreno (α-FEL), um monoterpeno constituinte do óleo essencial de inúmeras espécies vegetais, apresenta atividades antinociceptiva e anti-inflamatória descrita em estudos anteriores. Sabe-se que complexos de inclusão utilizando a β-ciclodextrina (β-CD) podem resultar em melhores propriedades físico-químicas e farmacológicas de substâncias com atividades biológicas. Com isso, o objetivo deste trabalho foi investigar o efeito antinociceptivo do α-Fel complexado com β-CD em modelos experimentais de dor inflamatória crônica. Para o preparo do complexo de inclusão foi utilizado o método de secagem por Spray Dryer. As análises de quantificação foram feitas em espectrofotômetro UV-VIS. Para verificar a formação do complexo de inclusão foi utilizada a metodologia de infravermelho. Foram realizadas análises teóricas da complexação da β-CD com o α-Fel utilizando o software Gaussian 09W e método semiempírico PM6. Para indução da dor inflamatória crônica foi administrado o ACF na região intraplantar. Após 24 horas os animais foram avaliados quanto aos parâmetros de alodinia e hiperalgesia mecânica, utilizando os equipamentos von Frey digital e analgesímetro (Randall/Selitto), respectivamente. Na avaliação da alodinia os animais foram tratados com α-Fel/β-CD (3,12; 6,25 e 12,5 mg/kg, v.o.), veículo (β-CD, v.o.) e dexametasona (0,5 mg/kg, v.o.) e avaliados em diferentes intervalos de tempo (1, 2, 4, 6, 8, 10, 12, 24 h) após o tratamento. O efeito na hiperalgesia mecânica foi investigado por meio do tratamento dos animais com α-Fel/β-CD (3,12; 6,25 e 12,5 mg/kg, v.o.), veículo (β-CD, v.o.) e diclofenaco (5 mg/kg, v.o.), e avaliação em diferentes intervalos de tempo (1, 2, 3, 4, 5 e 6h) após o tratamento. Durante 10 dias os animais foram tratados e avaliados diariamente para verificar o efeito do tratamento sub-agudo. A possibilidade da ocorrência de toxicidade no tratamento sub-agudo foi verificada por meio da dosagem de parâmetros bioquímicos de função renal e hepática, alterações no peso corporal e dos órgãos dos animais. A avaliação histopatológica foi realizada nas patas inflamadas dos animais de cada grupo. O envolvimento da via opióide no efeito antinociceptivo do α-Fel (100 mg/kg, v.o.) foi investigado utilizando-se a naloxona (3 mg/kg, i.p., antagonista opióide) e a participação da via serotoninérgica foi investigada utilizando-se PCPA (100 mg/kg, i.p., inibidor da síntese de 5-HT) por 4 dias e cetanserina (0,3 mg/kg, v.o., antagonista 5-HT2A). A ocorrência de incoordenação motora foi registrada no teste de rota rod e a capacidade exploratória dos animais pelo teste do campo aberto. A análise quantitativa demonstrou que o complexo de inclusão apresentou a eficiência de carga de 7,0%. O tratamento sub-agudo resultou em redução significativa da alodinia e hiperalgesia em todas as doses testadas do α-Fel/β-CD. A histopatologia demonstrou a redução da migração leucocitária. Não foi observado qualquer sinal de toxicidade nos animais tratados por 10 dias. O α-Fel/β-CD não interferiu na atividade locomotora e de permanência na barra giratória, nos testes de campo aberto e rota rod. A utilização do antagonista opióide naloxona, o bloqueio da síntese de 5-HT e dos receptores 5-HT2A reverteu o efeito antinociceptivo do α-Fel, sugerindo a participação do sistema opióide e serotoninérgico no efeito antinociceptivo do α-Fel no modelo testado. Em conclusão, podemos sugerir que o α-Fel/β-CD possui atividade antinociceptiva na dor inflamatória subaguda, com possível envolvimento do sistema opióide e serotoninérgico, e sem sinais de toxicidade.

  • RODRIGO LOPES GOMES GONÇALVES
  • INVESTIGAÇÃO DO EFEITO DO α-FELANDRENO NO DANO VESICAL INDUZIDO POR IFOSFAMIDA: POSSÍVEIS MECANISMOS DE AÇÃO
  • Orientador : FRANCISCO DE ASSIS OLIVEIRA
  • Data: 23/10/2018
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  • A Cistite hemorrágica é o principal efeito adverso dose-limitante do uso clínico das oxazafosforinas, incluindo a Ifosfamida. Tal evento ocorre através da formação da acroleína, metabólito responsável pela urotoxicidade desses fármacos, resultando em aumento do stress oxidativo e produção de citocinas pró-inflamatórias, que culminam na degradação tecidual do tecido vesical. Diante desta realidade, identifica-se uma necessidade que abre margem para o desenvolvimento de um citoprotetor eficaz que possa vir a ser utilizado como adjuvante na terapia oncológica com oxazafosforinas. Neste contexto, sabe-se que o α-felandreno possui efeito antiedamatogênico e anti-inflamatório, o que indica que este monoterpeno é potencialmente útil na pesquisa de novos protótipos que possam combater reações inflamatórias agudas. O modelo de cistite hemorrágica foi induzido por dose única do antineoplásico ifosfamida (400 mg/kg i.p.) precedido de pré-tratamento com salina e α-felandreno (6,25; 12,5; 25; 50 e 100 mg/kg, i.p.) em Mus musculus (CEUA 279/2016). Para analisar a redução do dano foi avaliado o peso úmido vesical (PUV), teor de hemoglobina e o extravasamento do corante azul de evans na matriz vesical. Para caracterizar o envolvimento da migração neutrofílica, peroxidação lipídica e envolvimento dos antioxidantes enzimáticos e não enzimáticos endógenos foi avaliado os marcadores teciduais Mieloperoxidase (MPO), Malondialdeído (MDA), Nitrito/Nitrato (NOx), Superóxido dismutase (SOD) e Glutationa Reduzida (GSH), respectivamente. As citocinas inflamatórias (TNF- α e IL-1β) foram dosadas por técnica de imunoensaio ELISA. Os dados de inibição foram calculados por normalização em relação ao controle negativo (CN) e significâncias calculadas considerando p<0,05. Os resultados mostram que o pré-tratamento com o α-felandreno (12,5 e 25 mg/kg) restringiu significativamente em 31,59±0,8 e 29,90±0,3 %, respectivamente, o PUV em comparação ao CN. As análises espectrofotométricas mostraram que o pré-tratamento atenuou de forma significativa em 65,7±4 % a hemorragia e em 39,3±8 % o extravasamento vascular de proteínas na melhor dose testada (25 mg/kg).  As avaliações dos marcadores teciduais de inflamação/stress oxidativo mostraram que na melhor dose testada (25 mg/kg) o α-felandreno reduziu MPO (62,13±1 %), MDA (25,9 ± 2 %) e NOx (15,89 ± 0,1 %), significativamente em relação ao CN (p<0,05). A prevenção da depleção dos antioxidantes endógenos pelo α-felandreno foi significante e teve percentual de 88,2±18% e 108,1±10 % nos níveis de SOD e GSH respectivamente. Na avaliação de citocinas, o α-felandreno foi capaz de reduzir significativamente os níveis TNF-α (28,45±11,5 %), mas não alterou de forma significativa os níveis de IL-1β (22,7±4 %). Assim pode-se concluir que o monoterpeno α-felandreno foi capaz de atenuar a cistite hemorrágica induzida por ifosfamida e apresentou potencial inibição de parâmetros de stress oxidativos e redução nos níveis de TNF-α.

  • POLYANNA DOS SANTOS NEGREIROS
  • EFICÁCIA DO MONOTERPENO α-TERPINEOL NA ATIVIDADE ANTIDIARREICA EM ROEDORES
  • Orientador : RITA DE CASSIA MENESES OLIVEIRA
  • Data: 06/07/2018
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  • A diarreia é uma desordem gastrintestinal comum que se caracteriza pela mudança na consistência das fezes com aumento no teor de água, tornando-as líquidas ou pastosas, e alterações na frequência de evacuações. De acordo com a UNICEF, a diarreia é uma das principais causas de morte infantil, representando em 2015, aproximadamente 9% de todas as mortes em crianças menores de 5 anos. A terapêutica de doenças diarreicas geralmente é centralizada na reposição de fluidos e eletrólitos utilizando soluções de reidratação oral, mas as taxas de mortalidade ainda são significativas, sendo que o uso de plantas medicinais ou de compostos oriundos delas como forma de tratamento se mostra de grande relevância. Assim, o objetivo do presente estudo foi investigar o efeito do monoterpeno α-TPN na atividade antidiarreica e possíveis mecanismos envolvidos na atividade evidenciada. Inicialmente, a atividade antidiarreica do α-TPN foi avaliada no modelo de diarreia aguda e enteropooling induzido por óleo de rícino em camundongos Swiss, que foram pré-tratados com α-TPN (6,25; 12,5; 25; 50 mg/kg, v.o.), e depois de 1 h receberam óleo de rícino (10 mL/kg, v.o.). Os animais foram então colocados em gaiolas forradas e observados durante 4 h, ao final do tempo, foi avaliado a severidade da diarreia, peso total de fezes e a medição do volume do conteúdo intestinal (enteropooling). Para avaliar o trânsito gastrintestinal, os camundongos receberam óleo de rícino e 1 h depois foram tratados com α-TPN (12,5 mg/kg, v.o.). Após 1 h, todos os animais receberam 0,2 mL de carvão ativado por via oral, e após 20 min, os animais foram eutanasiados e a distância percorrida pelo carvão no intestino a partir do piloro até o ceco foi medida. A participação opióide e/ou antimuscarínica no trânsito gastrintestinal foi também investigada usando naloxona (2 mg/kg, s.c.; antagonista opióide) e betanecol (3 mg/kg, i.p.; agonista muscarínico), respectivamente. Na diarreia induzida por PGE2, os animais foram pré-tratados com α-TPN (12,5 mg/kg, v.o.) e a diarreia foi induzida por PGE2 (100 μg/kg, v.o.). Após 30 minutos os animais foram eutanasiados e o volume do conteúdo intestinal foi mensurado. Além disso, o efeito do α-TPN (12,5 mg/kg, v.o.) na diarreia secretora foi investigado utilizando o modelo de secreção de fluido em alças intestinais isoladas de camundongos vivos tratados com toxina da cólera. O α-TPN foi avaliado quanto à sua capacidade em absorver fluidos em alças intestinais isoladas e interagir com receptores GM1 utilizando o método de ELISA. Todas as doses apresentaram significativo (p<0,05) efeito antidiarreico na diarreia induzida por óleo de rícino, reduzindo a quantidade total de fezes e fezes diarreicas. A dose de 12,5 mg/kg do α-TPN exibiu os melhores resultados no protocolo de enteropooling no modelo induzido por óleo de rícino, sendo adotada como dose padrão para os testes seguintes. O α-TPN reduziu o trânsito gastrointestinal, a partir de mecanismos anticolinérgicos, além de exercer ação significativa no modelo de diarreia induzida por PGE2. Foi capaz de reduzir a geração de fluidos e perdas de íons Cl-, ao interagir diretamente com os receptores GM1 e a toxina da cólera no modelo de diarreia secretora, além de aumentar a absorção de fluidos no modelo de absorção intestinal em alças isoladas de camundongos. Diante dos resultados apresentados, comprova-se a atividade antidiarreica do α-TPN por meio de redução da motilidade gastrintestinal na diarreia aguda através da ação anticolinérgica, na diarreia induzida por PGE2 e na diarreia induzida pela toxina da cólera, a partir da interação entre α-TPN-Toxina-GM1, reduzindo assim a perda de fluidos e íons para o lúmen intestinal, tornando-o um forte candidato à fármaco para tratamento de doenças diarreicas.

  • ANA KAROLINNE DA SILVA BRITO
  • Efeitos do extrato rico em licopeno do fruto de Psidium guajava L. no perfil lipídico e marcadores de estresse oxidativo em dislipidemia experimental
  • Orientador : MARIA DO CARMO DE CARVALHO E MARTINS
  • Data: 18/04/2018
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  • A dislipidemia é uma condição clínica que pode progredir para aterosclerose, e em que há envolvimento de estresse oxidativo. O licopeno é um carotenoide com propriedades antioxidantes e possível efeito protetor cardiovascular. Este trabalho avaliou os efeitos de 28 dias de tratamento com extrato rico em licopeno (ERL) da goiaba (Psidium guajava L.) no perfil lipídico e em marcadores de estresse oxidativo em dislipidemia experimental. Para indução de dislipidemia, hamsters machos (116,5±2,16g) receberam ração contendo gordura de coco (13,5%) e colesterol (0,1%), e foram divididos nos grupos: controle hipercolesterolemia (CH, n=7); ERL 25 mg/kg/dia (ERL-25, n=7) e ERL-50 mg/kg/dia (ERL-50, n=9). O grupo controle normal (CN, n=7) recebeu ração padrão para roedores. Ao final do tratamento foram determinadas as concentrações plasmáticas de triglicérides (TG), colesterol total (CT), LDL colesterol (LDL-c), HDL-c, alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST), fosfatase alcalina (FAL), albumina (Alb), proteinas totais (PT), malondialdeído (MDA-p) e mieloperoxidase (MPO). Eritrócitos foram usados para determinação da superóxido dismutase (SOD-e). Em tecido hepático foi realizada análise histopatológica e determinação de MDA (MDA-h), atividade de catalase (aCAT), de glutationa peroxidase (Gpx) e de SOD (SOD-h). Ingestão alimentar (IA), ganho de peso (GP), coeficiente de eficácia alimentar (CEA), peso do fígado (P-f) e da gordura retroperitoneal (P-g) foram quantificados. A toxicidade aguda in vivo foi avaliada pelo teste de dose fixa (2.000 mg/kg) em camundongos machos (20-30 g). A citotoxicidade in vitro foi investigada em macrófagos murinos e eritrócitos de carneiro. Atividade antioxidante in vitro foi determinada pelos métodos do DPPH (radical livre 2,2-difenil-1-picrilhidrazil) e do ABTS (2,2-azinobis-[3-etil-benzotiazolin-6-ácido sulfônico]). A comparação entre grupos foi realizada por análise de variância e teste de Tukey. A pesquisa foi aprovada por Comissão de Ética em Uso de Animais (CEUA/UFPI 197/16). ERL-25 (61,57±3,85) apresentou TG significativamente menor (p<0,05) em relação a CH (87,29±4,1). ERL-25 e ERL-50 apresentaram MDA-p e MPO menores (p<0,05) em relação a CH (MDA-p: CN=4,28±0,4; CH=6,08±0,38; ERL-25=2,97±0,25; ERL-50=3,44±0,47; MPO: CN=0,48±0,1; CH=1,41±0,22; ERL-25=0,64±0,14; ERL-50=0,82±0,13). ERL-50 apresentou P-f (4,13±0,16), Alb (2,34±0,03) e PT (6,24±0,11) maiores (p<0,05) que CN (P-f: 3,02±0,1; Alb: 2,12±0,05; PT: 5,62±0,08), mas não em em relação a CH (P-f: 3,87±0,22; Alb: 2,24±0,02; PT: 379,5±84,1). Não houve diferenças (p>0,05) entre os grupos tratados ou não quanto a: CT, LDL-c, HDL-c, ALT, AST, FAL, GP, P-g, IA, CEA, MDA-h, aCAT, Gpx, SOD-e e SOD-h. Na análise histopatológica, nódulos de células inflamatórias mononucleares em locais de hepatonecrose estavam presentes em ERL-25 e ERL-50, e redução da esteatose hepática em ERL-25. ERL apresentou baixa toxicidade e baixo potencial antioxidante in vitro (DPPH: EC50=4.000 μg/mL; ABTS: 72,02 μmol de trolox/g de extrato). Em conclusão, no modelo de dislipidemia experimental, ERL -25 apresentou atividade hipotriglicerimeante e reduziu a estatose hepática. ERL-25 e ERL-50 reduziram marcadores de peroxidação lipídica. Ademais, houve baixa toxicidade aguda e sistêmica.

  • IZABELA BORGES DE CARVALHO LIMA
  • Avaliação do efeito do Ferulato de etila sobre a motilidade gastrointestinal de camundongos
  • Orientador : ROSIMEIRE FERREIRA DOS SANTOS
  • Data: 16/04/2018
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  • As doenças gastrointestinais (GI) são um grave problema de saúde pública prevalentes em todo o mundo, e estima-se que em média 69% da população sofre algum tipo de distúrbio de motilidade GI. A maioria dos fármacos disponíveis carrega consigo inúmeros efeitos adversos, dentre eles o mais comum são as dores abdominais, e o potencial cardiotóxico. O Ferulato de Etila (FE) é um fenilpropanóide derivado do ácido ferúlico, com atividades anti-inflamatória e antioxidante. É amplamente encontrado em vegetais e em grãos (arroz e milho). O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do ferulato de etila sobre a motilidade gastrointestinal de camundongos. Para isso, foram utilizados camundongos swiss (25-30 g) e realizado o teste propulsão do carvão vegetal sobre o trânsito GI normal, sobre o pré-tratamento com atropina, verapamil e ondansetrona e sobre o retardo GI induzido por morfina. Além disso foi avaliado o efeito do FE sobre o esvaziamento gástrico. Em seguida, avaliamos o efeito de FE em modelos de Ileo Pós-Operatório (IPO), através de manipulação intestinal, onde foi analisado o trânsito GI, níveis de mieloperoxidase (MPO), nitrito (NO), superóxido dismutase (SOD), glutationa reduzida (GSH) e malondialdeído (MDA) em amostras de íleo. Foi observado aumento significativo do trânsito GI normal de camundongos nos grupos tratados com FE nas doses de 50 e 100 mg/Kg (73,41 % ± 2,14 e 67,82 ± 3,68 %, respectivamente) comparada com o controle veículo (42,48 ± 1,61 %), não havendo diferença significativa do grupo tratado com Tegaserode (73,03 ± 3,31 %). Os testes posteriores foram com FE na dose de 50mg/kg. O pré-tratamento com atropina inibiu significativamente o efeito procinético do FE (60,20±2,34 %), quando comparado ao grupo tratado apenas com FE (79,03 ± 4,12), sugerindo o envolvimento da ativação muscarínica no efeito procinético. O pré-tratamento com verapamil reduziu significativamente tal efeito (47,68±2,15%), quando comparado ao grupo FE (76,83±1,88%), sugerindo envolvimento da ativação dos canais de cálcio.O pré-tratamento com FE não foi capaz de reverter o efeito inibitório da morfina sobre o trânsito GI (17,35 ± 2,07%) quando comparado ao grupo morfina (17,08 ± 5,05 %), isto sugere ausência de antagonismo opióide quando comparado ao grupo pré-tratado como a naloxona (54,13 ± 10,44%). Pode haver antagonismo fisiológico, onde outras vias de importante função no efeito de FE, estão envolvidas no efeito constipante da morfina. Não houve diferença significativa entre o grupo FE (71,76 ± 4,1%) o grupo pré-tratado com Ondansetrona (72,18 ± 5,76%), sugerindo não envolvimento serotoninérgico via ativação dos receptores 5-HT3 no efeito procinético de FE. Foi possível observar também que o FE (50mg/kg) não altera o perfil de esvaziamento gástrico nos animais, pois não houve diferença significativa nas percentagens de retenção gástrica entre o grupo veículo e o grupo FE. No modelo IPO, houve redução significativa do trânsito gastrointestinal (52,31 ± 3,18 %) no grupo veículo, quando comparado ao grupo sham (67,21 ± 4,28 %). O tratamento com FE restaurou o trânsito GI (76,08 ± 2,24 %), reduziu os níveis da MPO, NO e MDA, houve aumento de SOD e GSH comparado ao grupo veículo. O tratamento com FE reduziu a inflamação induzida por IPO e elevou os níveis de antioxidantes endógenos. Este estudo demonstra o efeito prócinético do ferulato de etila e sugere que pode ser uma alternativa para o tratamento de doenças que causam hipomotilidade intestinal e prevenção do IPO. No entanto, mais estudos são necessários para melhor elucidação do mecanismo de ação.

  • ERICK BRYAN DE SOUSA LIMA
  • EXERCÍCIO MODERADO E BLOQUEIO DO SISTEMA RENINA ANGIOTENSINA MELHORAM A DISMOTILIDADE GÁSTRICA INDUZIDA POR HIPERTENSÃO RENOVASCULAR (2 RINS 1 CLIPE) EM RATOS
  • Orientador : MOISES TOLENTINO BENTO DA SILVA
  • Data: 08/03/2018
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    A Hipertensão arterial sistêmica (HAS) é caracterizada em níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA), iguais ou > 140 mmHg, para a pressão sistólica, ou ≥ 90 mmHg para a pressão diastólica. O desenvolvimento da HAS pode estar relacionado a diversos fatores de risco e dentre os mecanismos fisiopatológicos relacionados com a causa da HAS cita-se a ativação do Sistema Renina Angiotensina (SRA), um sistema endócrino que através do seu principal mediador, Angiotensina II, visa principalmente o sistema renocardiovascular para manter o fluido e a homeostase de eletrólitos e controlar a pressão arterial (PA). Estudos relatam que o trato gastrointestinal expressa constitutivamente todos os componentes necessários para permitir a função autônoma do SRA e que a ANG II teve efeito direto sobre o músculo liso intestinal, musculatura circular do estômago e sobre o esvaziamento gástrico. Neste sentindo, a hipertensão 2 rins-1 clipe (2R1C) é um modelo experimental bastante utilizado, em que há um aumento da atividade do SRA, mediada por Angiotensina II, que é essencial para o desenvolvimento e manutenção dessa hipertensão. Entretanto, pouco se sabe qual o efeito da Hipertensão 2R1C (H-2R1C) sobre a motilidade gastrointestinal. O objetivo do estudo foi avaliar o efeito da H-2R1C sobre a motilidade gástrica, bem como qual a influência do exercício e do bloqueio do SRA sobre esse fenômeno. Uma semana após os procedimentos cirúrgicos os ratos foram tratados com alisquireno (50 mg/kg), captopril (50 mg/kg) ou Losartana (10 mg/kg) por 4 semanas, via oral. Outro grupo de ratos H-2R1C foi submetido ao treinamento físico de (natação sobrecarga 5%, p.c). Após 4 semanas de tratamento farmacológico ou treinamento físico, avaliamos a retenção gástrica (RG), PAM, FC, VFC em todos os grupos. A H-2R1C aumentou significativamente (p < 0,05) a RG, PAM e FC comparados aos ratos normotensos. O pré-tratamento com alisquireno, captopril, losartana bem como o exercicio físico preveniram significativamente (p < 0,05) os aumetos na RG, PAM, FC dos ratos H-2R1C comparados oas normotensos. A H-2R1C diminuiu significativamente (p < 0.05) a responsividade do fundo do estômago, fenômeno esse prevenido pelo exercicio fisico.  No estudo realizado por meio de ensaio de contratilidade in vitro, os ratos com H-2R1C demonstraram uma responsividade reduzida e significativa (p < 0,05) ao carbacol em comparação com os ratos normortensos nas diferentes concentrações investigadas, sugerindo que em ratos hipertensos há uma menor propagação do movimento contrátil. No entanto, quando os ratos com H-2R1C-Ex 5% foram avaliados quanto a sua contratilidade e comparado aos H-2R1C não treinados, verificou-se que o exercício físico alterou significamente (p < 0,05) a responsividade contrátil do fundo de estômago, promovendo uma recuperação na reposta contrátil ao carbacol nas concentrações investigadas. Concluímos que a H-2R1C aumenta a retenção gastrica. Esse fenômeno é ocasionado via SRA, onde o exercicio físico e bloqueio com alisquireno, captopril e losartana previnem a dismotilidade. 

  • SIMONE DE ARAÚJO
  • Proteína Quinase Ativada por AMP (AMPK) e os mediadores gasosos (H2S, NO E CO): evidência de uma interação mútua na gastroproteção em camundongos.
  • Orientador : JAND VENES ROLIM MEDEIROS
  • Data: 26/02/2018
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  • O sulfeto de hidrogênio (H2S), óxido nítrico (NO) e o monóxido de carbono (CO) constituem um grupo de mediadores gasosos biologicamente ativos que possuem efeito gastroprotetor por modulação positiva de fatores defensivos da mucosa gástrica. Estudos demonstraram que esses mediadores gasosos exercem suas atividades biológicas interagindo com a Proteína Quinase Ativada por AMP (AMPK) em diferentes tipos de células. Entretanto, o envolvimento da AMPK no efeito gastroprotetor desses mediadores gasosos não é conhecido. No presente estudo, buscamos elucidar se a AMPK previne e tem papel chave na proteção gástrica do H2S, NO e CO contra a lesão induzida por etanol. Camundongos Swiss foram pré-tratados com AICAR (20 mg/kg, um ativador da AMPK) sozinho ou com etanol 50%. Outros grupos foram pré-tratados com PAG (50 mg/kg, v.o, um inibidor de H2S), L-NAME (10 mg/Kg, i.p, um inibidor de NO) ou ZnPP IX (3 mg/Kg, i.p, um inibidor de CO) 30 minutos antes do AICAR. Em outro design experimental, os animais foram pré-tratados com NaHS (150 μmol/kg, v.o), reagente de Lawesson (27 μmol/kg, v.o), NPS (10 mg/Kg, v.o), L-Arginina (200 mg/Kg, i.p), Hemina (10 mg/kg, i.p) ou CORM-2 (5 mg/kg, v.o) 30 minutos antes do etanol com ou sem o composto C (10 mg/kg, um inibidor não seletivo da AMPK). Os níveis de H2S, nitrato / nitrito (NO3-/NO2-) e bilirrubina foram avaliados nos homogenatos gástricos. A mucosa gástrica também foi coletada para análise histopatológica e para expressão da AMPK por imunohistoquímica. O pré-tratamento com AICAR atenuou a lesão gástrica (2.74 ± 1.23 mm2) quando comparado com o grupo etanol (43.89 ± 4.36 mm2) e aumentou os níveis de H2S (0.116 ± 0.009 μmol/g) e bilirrubina (0.0111 ± 0.0007 mg/dl), mas não os níveis de NO3-/NO2na mucosa gástrica. Além disso, a inibição da síntese de H2S, NO ou de CO exacerbou o dano gástrico induzido pelo etanol e inibiu a gastroproteção do AICAR (50.83 ± 6.16 mm2, 33.77 ± 5.11 mm2, 47.30 ± 6.06 mm2, respectivamente). O pré-tratamento com o composto C reverteu o efeito gastroprotetor do NaHS (22.75 ± 3.27 mm2), reagente de Lawesson (48.25 ± 1.21 mm2), NPS (40.55 ± 5.16 mm2), L-arginina (33.85 ± 6.90 mm2), CORM-2 (53.64 ± 4.68 mm2) ou Hemina (40.66 ± 4.79 mm2). O composto C também reverteu o efeito do NaHS na produção de H2S, do NPS nos níveis de NO3-/NO2e da Hemina nos níveis de bilirrubina. A imunohistoquímica demonstrou que a AMPK está expressa em níveis basais principalmente nas células da mucosa gástrica e teve expressão aumentada pelo pré-tratamento com NaHS, NPS e CORM-2. Em conclusão, a ativação da AMPK protege o tecido gástrico de camundongos contra a lesão induzida por etanol e interage mutuamente com o H2S, NO ou CO na gastroproteção.

2017
Descrição
  • LARISSA CRISTINA TEIXEIRA FURTADO SOARES
  • Avaliação do potencial toxicológico e atividade antinociceptiva do Oxido de rosa em roedores
  • Orientador : FERNANDA REGINA DE CASTRO ALMEIDA
  • Data: 13/11/2017
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  • A dor é uma resposta a estímulos com lesão tecidual real ou potencial e representa uma resposta adaptativa essencial do organismo. O oxido de rosa- OR é um monoterpeno presente em várias espécies de plantas e estudos com monoterpenos que apresentam semelhança estrutural mostraram atividades sedativas, antinociceptivas e antidepressivas. O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade toxicológica e antinociceptiva do OR. Na avaliação da toxicidade, os animais (camundongos Swiss fêmeas ,25-30 g), receberam o OR (2000mg/kg, v.o) ou veículo (salina + 2% Twenn 80%, v.o) e foram observados em um período de 14 dias. Os animais (n=6-8) foram tratados com OR (6,25; 12,5;25 e 50 mg/kg, v.o) para o teste de capsaicina e com OR (12,5;25 e 50 mg/kg, v.o) para o teste do glutamato, os outros grupos receberam veículo ou morfina (5 mg/kg, s.c.), após 30 ou 60 minutos foram submetidos ao estimulo, capsaicina (2 µg/20 µL/pata) ou glutamato (2 µmol/pata), injetado na pata traseira direita. A nocicepção foi avaliada, quantificando o tempo de lambedura da pata, após a administração da capsaicina (5 min) e o glutamato (15 min). Para investigar possíveis mecanismos de ação no teste do glutamato, os animais (n =6-8) foram pré-tratados i.p (20 -15 min) antes da administração do OR (25mg/kg v.o), com naloxona (2 mg/kg); L-arginina (600 mg/kg) e bicuculina (1,0 mg / kg). Foi avaliado também a hiperalgesia induzida por carragenina (0,1mL/pata) e prostaglandina E2 (1 µg/mL/ pata) usando o modelo de compressão mecânica da pata de ratas (Randall-Selitto), onde se avalia o limiar de retirada da pata em um período de 1 a 6 horas, após sofrer o agente álgico. No teste do campo aberto e rota rod, onde os animais foram tratados com o OR (50 mg/kg, v.o), diazepam (4mg/kg, i.p) ou veículo. Todos os protocolos foram aprovados pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal (CEEA / UFPI n ° 148/2016). As análises estatísticas foram realizadas utilizando ANOVA de sentido único seguido do teste de Tukey, p <0,05. Durante os 14 dias de observação, nenhum animal veio óbito e nem apresentaram alterações comportamentais, não sendo possível calcular a DL50 do OR, tal como também, não houve diferenças significativas entre os grupos, quanto a massa corpórea, peso dos órgãos e aos parâmetros bioquímicos. Na avaliação da atividade antinociceptiva, o OR foi capaz de reduzir o tempo de lambedura da pata, nas doses 12,5, 25 e 50 mg/kg, no teste da capsaicina, quando comparado ao veículo e no glutamato nas doses 25 e 50 mg/kg, quando comparado ao veículo. O pré- tratamento com a naloxona, não reverteu a antinocicepção do OR, bem como a L-ARGININA. No entanto, a bicuculina, reverteu a antinocicepção do OR. Na hiperalgesia induzida por carragenina, o OR só foi capaz de aumentar o limiar de retirada da pata, a partir da 3ª hora na dose de 50mg/kg e a partir da 4ª hora na dose de 25 mg/kg. No entanto, na hiperalgesia induzida por prostaglandina E2 o OR foi capaz de aumentar o limiar de retirada da pata a partir da 1ª hora, se estendendo até a 6ª hora, em todas as doses. No teste do campo aberto, os animais tratados com o OR, não reduziram o número de invasões, quando comparado ao grupo do diazepam, sendo semelhante ao grupo do veículo. No Rota-rod, os animais que o OR e o veículo permaneceram os 60 segundos na barra giratória, diferente dos tratados com o Diazepam, que reduziram consideravelmente o tempo de permanência na barra giratória. Em conclusão, esses resultados sugerem um efeito antinociceptivo agudo de oxido de rosa em camundongos, envolvendo sistema GABAérgico, no entanto sem alterar a capacidade exploratória e locomotora dos animais.

  • RAFAEL BRITO ALMENDRA
  • Avaliação das atividades espasmolíticas e antidiarreica do extrato etanólico das folhas de Simaba ferruginea A.St.-Hil. (Simaroubaceae) in vitro e in vivo
  • Orientador : RITA DE CASSIA MENESES OLIVEIRA
  • Data: 22/09/2017
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  • Simaba ferruginea A.St.-Hil., é uma espécie que pertence à família simaroubaceae, típica do cerrado brasileiro e conhecida popularmente como calunga ou féo-da-terra, cujos rizomas são utilizados para tratar diarreias, úlceras gástricas e febre. Estudos prévios constataram que a atividade antiulcerogênica do extrato metanólico de S. ferruginea A.St.-Hil., em modelos de úlcera induzida pelo etanol é mediada em parte pelo aumento na produção de óxido nítrico (NO) endógeno, além de demonstrar que alcalóides isolados desta planta promoviam gastroproteção em animais submetidos à lesão gástrica, bem como atividade antinociceptiva significativa em camundongos. O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil citotóxico e investigar a atividade espasmolítica e antidiarreica do extrato etanólico das folhas de S. ferruginea A.St.-Hil. (Sf-EtOH) em íleo isolado de ratos. Para a investigação da atividade espasmolítica, in vitro, o íleo de rato (N=5) foi mantido em condições experimentais adequadas para então serem induzidas as contrações. Já para os experimentos in vivo, a diarreia era induzida nos camundongos por óleo de rícino (N=5-7). A CC50 (340,10 µg/mL) do extrato sobre macrófagos murinos não superou a maior CE50 (157,5 ± 31,4µg/mL) obtida nos experimentos e o mesmo causou menos de 20% de hemólise na concentração mais elevada (800 μg/mL). O extrato Sf-EtOH relaxou de maneira dependente de concentração o íleo de rato pré-contraído com 40 mM de KCl (CE50 = 21,5 ± 1,2 µg/mL) ou 10-6 M de carbacol (CE50 = 9,5 ± 0,9 µg/mL), sugerindo uma possível ação na via de sinalização do carbacol, bem como em alvos moduladores da mesma. Em íleo de rato, a resposta máxima às contrações fásicas induzidas pelo agente contrátil carbacol (Emax= 100,0 %) foram atenuadas significativamente (Emax = 24,91 ± 1,08 %;****p< 0,001), posteriormente observou-se que Sf-EtOH também inibiu as curvas cumulativas ao carbacol (CCh), KCl e CaCl2 e estas foram desviadas para a direita de maneira não paralela com redução do Emax, sugerindo um antagonismo não competitivo e que o extrato deve estar agindo indiretamente bloqueando os canais de Ca2+ dependentes de voltagem (CaV) ou modulando positivamente os canais de K+. A confirmação desta hipótese veio com a observação de que a curva de relaxamento induzida pelo extrato Sf-EtOH (CE50 = 9,5 ± 0,9 µg/mL) foi desviada para a direita (16,5 vezes) na presença de tetraetilamônio (TEA+) 5 mM (CE50 = 157,5 ± 31,4 µg/mL), nessa concentração é um bloqueador não seletivo dos canais de K+, e na presença de bloqueadores seletivos para BKCa, KATP e SKCa, respectivamente, (TEA+) 1 mM (CE50 = 105,1 ± 9,5 µg/mL), 10-5 M de glibenclamida (CE50 = 129,5 ± 11,1 µg/mL) e 10 nM de apamina (CE50 = 25,20 ± 5,9 µg/mL) (11,06; 13,63; 2,65 vezes, respectivamente). Como o óxido nítrico participa no trato gastrintestinal como uma das vias responsáveis pelo relaxamento do íleo isso nos deu base para investigar essa via no efeito espasmolítico de Sf-EtOH. Na presença de L-NAME (CE50 = 139,1 ± 43,6 µg/mL), um bloqueador da enzima óxido nítrico sintase, e ODQ (CE50 = 152,9 ± 21,7 µg/mL), inibidor da guanilil ciclase solúvel, verificou-se que a curva de relaxamento foi desviada para a direita (14,64; 16,06 vezes, respectivamente) sugerindo também uma participação da via do NO. Adicionalmente, o extrato Sf-EtOH promoveu atividade antidiarreica, com repercussão no enteropooling (fluido intestinal) e trânsito gastrintestinal, mas não no escore de severidade. O efeito antidiarreico envolve a participação da via opióide. Então, foi possível demonstrar pela primeira vez que o Sf-EtOH apresenta efeito citotóxico em macrófagos murinos mas não em eritrócitos de carneiro, e que o mecanismo de ação relaxante em íleo de rato atua de maneira dependente de concentração e envolve a via do NO e a modulação positiva dos canais de K+,  além de promover atividade antidiarreica corroborando os achados in vitro bem como o uso popular.

  • GELE DE CARVALHO ARAÚJO
  • “Influência de diferentes fontes de lipídios na ingestão alimentar”
  • Orientador : FRANCISCO LEONARDO TORRES LEAL
  • Data: 29/08/2017
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  • A presença dos lipídeos na dieta promove influencias sobre a ingestão energética e a saciedade. Os efeitos dos lipídeos sob os fatores relacionados ao consumo alimentar, como o esvaziamento gástrico, liberação de hormônios intestinais e consumo alimentar, são dependentes das características químicas dos ácidos graxos. Tendo sido demonstrado em estudos anteriores que dietas contendo ácido oleico e ácido linolênico promovem redução do consumo alimentar. A partir destas evidências buscou-se com o presente trabalho avaliar o efeito de diferentes fontes de ácidos graxos, sob a regulação do apetite. As fontes de ácidos graxos testadas foram: azeite de oliva extra virgem (OL) (rico em ácido oleico, C18:1), óleo de linhaça dourada (LI) (rico em ácido α-linolênico, ω3, C18:3), óleo de soja (SO) (rico em ácido linoleico, ω6, C18:2), e óleo de palma (PA) (rico em ácido palmítico, C18:0). Após sobrecarga oral por gavagem desses óleos avaliou-se os parâmetros relacionados à regulação da ingestão alimentar: consumo alimentar em 24h, trânsito gastrointestinal de 24 h a partir da coleta das fezes, perfil de esvaziamento gástrico de líquido através da % de retenção gástrica de cada fonte de ácido graxo, tolerância à glicose e avaliação do padrão da expressão de genes hipotalâmicos: NPY, AGRP, CART, POMC, GLP-1R, CCKR, ObRbR e TRH. Além disso, avaliou-se também o envolvimento do nervo vago na mediação dos efeitos dos óleos sob o consumo alimentar através da realização de cirurgia de vagotomia subdiafragmática. Após 3 dias da realização da cirurgia avaliou-se: consumo alimentar em 24h, trânsito gastrointestinal de 24 h e avaliação do padrão de expressão dos genes hipotalâmicos orexigênicos e anorexigênicos. Nossos resultados indicam que o consumo de OL e LI, de forma aguda, reduzem o consumo alimentar através de aumento da taxa de retenção gástrica, e no caso do OL também por meio de redução do transito gastrointestinal. No entanto, os PA e SO não alteraram o comportamento alimentar e o esvaziamento gástrico. Esses efeitos foram acompanhados de uma alteração no padrão de expressão de genes hipotalâmicos orexigênicos e anorexigênicos, com ênfase para o PA na indução de alterações nesses genes, quando comparado ao OL. Posteriormente, verificou-se que a vagotomia não eliminou o efeito do OL na redução do consumo alimentar. Porém, a ausência da resposta autonômica proporcionou redução de consumo alimentar para o PA. Além disso, nossas evidencias estão relacionadas ao envolvimento vagal como mecanismo de ação do PA, de maneira dependente, e que o efeito do OL é predominantemente sob o trato gastrointestinal. Nesse trabalho, observamos que diferentes fontes de ácidos graxos promovem efeitos distintos sobre os fatores relacionados ao consumo alimentar; e que o consumo de OL reduz o consumo alimentar, promovendo retardo do esvaziamento gástrico e alteração do transito gastrointestinal, sendo recomendável como coadjuvante para tratamento de redução de peso corporal. Por outro lado, embora PA, associado à ausência da resposta autonômica, apresente efeitos de redução do consumo alimentar, não seria recomendado como alternativa para perca de peso, por contribuir para o desenvolvimento de fatores que favorecem o quadro de síndromes metabólicas. 

  • OSCAR CORREIA DA FONSÊCA
  • Avaliação das atividades espasmolítica e antidiarreica de Platonia insignis Mart. (Clusiaceae) em roedores
  • Orientador : ROSIMEIRE FERREIRA DOS SANTOS
  • Data: 08/08/2017
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  • A espécie Platonia insignis Mart. é conhecida como bacurizeiro e as sementes são  utilizadas pela população para o tratamento de diarreias. Estudos prévios com esta planta mostraram atividade antinociceptiva, antiulcerogênica, cicatrizante e efeitos cardiovasculares. Objetivou-se investigar o efeito espasmolítico e antidiarreico do extrato etanólico (Pi-EtOHCC) e da fração acetato de etila (Pi-AcOEtCC) da casca do caule de Platonia insignis Mart. e também do extrato hexânico (Pi-EHSBS) obtido da semente da mesma planta, em roedores. Para a investigação da atividade espasmolítica, in vitro, o íleo de rato foi mantido em condições experimentais adequadas para então serem induzidas as contrações. Já para os experimentos in vivo, a diarreia era induzida nos camundongos por óleo de rícino. O Pi-EtOHCC, a Pi-AcOEtCC e o Pi-EHSBS tanto inibiram as contrações fásicas induzidas por CCh em íleo isolado de rato como também relaxaram este músculo pré-contraído por CCh (CE50 = 19,9 ± 1,7; 5,6 ± 0,4 e  10,5 ± 1,9 µg/mL, respectivamente) e por KCl (CE50= 13,8 ± 1,7; CE50= 9,9 ± 0,39 e 25,0 ± 1,6 µg/mL, respectivamente). Estas drogas testes inibiram as curvas concentrações-resposta cumulativa ao CCh e/ou KCl, desviando-as para a direita, de maneira não paralela com redução dos efeitos máximos, descartando um antagonismo competitivo aos receptores muscarínicos e/ou ao influxo de cálcio pelos canais de cálcio dependente de voltagem. Os canais para K+ desempenham um papel chave na regulação do potencial de membrana. Na presença de TEA+ (5 mM) um bloqueador inespecífico destes canais, as curvas de relaxamento do Pi‑EtOHCC, da Pi-AcOEtCC e do Pi-EHSBS (CE50= 76,8 ± 19,6; 173,4 ± 37,4 e 90,0 ± 22,8 µg/mL, respectivamente) foram significativamente desviadas (3,8; 30,9; 8,5 vezes, respectivamente) para a direita, sugerindo participação desses canais. Com bloqueadores seletivos desses canais, as curvas de relaxamento induzidas por Pi‑EtOHCC, Pi-AcOEtCC e Pi-EHSBS foram desviadas para direita quando bloqueados os BKCa, SKCa, e KATP, sugerindo o envolvimento destes na ação das drogas teste. O óxido nítrico (NO) promove relaxamento do músculo liso tanto por ativação da guanilato ciclase solúvel (GC) como dos canais para K+. O bloqueio da NO-sintase, por L-NAME, e da GC pelo ODQ desviou, para a direita, as curvas de relaxamento induzidas pelas drogas teste indicando uma participação da NOS e da GC nesse efeito. Adicionalmente, a Pi-AcOEtCC e o Pi‑EHSBS promoveram atividade antidiarreica, com repercussão no enteropooling (fluido intestinal) e no escore de severidade. O efeito antidiarreico não envolve a via opioide. Sugerimos assim que o efeito de Pi-EtOHCC, Pi-AcOEtCC e o Pi-EHSBS envolve a via NO-GC, como também uma modulação positiva dos canais BKca, SKca e KATP. Ainda a Pi-AcOEtCC e o Pi‑EHSBS promovem atividade antidiarreica corroborando os achados in vitro bem como o uso popular.

  • GEOVANNI DE MORAIS LIMA
  • Efeitos da manteiga da semente do bacuri (Platonia insignis Mart.) em hamsters com hipercolesterolemia induzida por dieta hiperlipídica
  • Orientador : MARIA DO CARMO DE CARVALHO E MARTINS
  • Data: 31/07/2017
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  • O bacuri (Platonia insignis Mart.) tem sido utilizado na medicina popular por suas atividades anti-inflamatórias e cicatrizante, mas não há relatos de efeito hipocolesterolemiante e, por isso, foi avaliado os efeitos da manteiga da semente do bacuri (MB) sobre o perfil lipídico, estado antioxidante, função hepática, peso dos órgãos e parâmetros metabólicos em hamsters. Além disso, foi avaliada a toxicidade aguda em ratos e a atividade antioxidante in vitro. Hamsters machos, recém-desmamados, receberam ração contendo caseína (20%), gordura de coco (13,5%) e colesterol (0,1%) durante 21 dias para indução da dislipidemia. O grupo controle normal (CN, n=8) recebeu ração padrão. Após indução, os animais com dislipidemia foram aleatoriamente separados em três grupos, todos mantidos com ração hiperlipídica durante os 28 dias de tratamento: controle dislipidemia (CD, n=8); MB 25 mg/kg/dia (MB-25, n=10); MB 50 mg/kg/dia (MB-50, n=10). Ao final do tratamento foram determinadas as concentrações séricas de triglicérides (TG), colesterol total (CT), LDL colesterol (LDL-c), HDL-c, malondialdeído (MDA), alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST) e fosfatase alcalina (FAL), superóxido dismutase (SOD) em eritrócitos, peso do fígado, coração e gordura retroperitoneal. Durante todo o período experimental, acompanhou-se a ingestão alimentar, ganho de peso e crescimento nasoanal dos grupos tratados e não tratados, e, ao final do período experimental, calculou-se os índices de massa corpórea e de Lee dos grupos. Para a toxicidade aguda, ratos foram divididos em dois grupos: grupo controle (tween 80 em água destilada) e grupo MB 2.000 mg/kg. Atividade antioxidante avaliada pelo método do radical livre 2,2-difenil-1-picrilhidrazil (DPPH). A comparação entre grupos foi realizada por análise de variância e teste de Tukey. A pesquisa foi aprovada por Comissão de Ética em Uso de Animais (CEUA/UFPI 197/16). Não houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos MB-25 e MB-50 com CN e CD em relação a TG e CT. Contudo, MB-25 apresentou HDL-C significativamente maior (51,40 ± 1,69) (p<0,05) e LDL-c menor (103,80 ± 6,87) (p<0,05), bem como MB-50 apresentou nível maior (p<0,05) de HDL-c (51,00 ± 2,34) e menor (p<0,05) de LDLc (100,50 ± 3,95) comparados a CD (LDLc=132,70 ± 9,41; HLDc=  41,00 ± 2,94). Além disso, CD apresentou níveis de TG (88,00 ± 4,30), COL (183,00 ± 9,00), HDL-c (41,00 ± 2,94) e LDL-c (132,70 ± 9,41) maiores (p<0,05) que CN (TG= 35,00 ± 5,00; CT= 95,00 ± 3,50; HDLc= 26,88 ± 2,15; LDLc= 60,60 ± 2,26). Não foram observadas diferenças (p>0,05) em relação à: MDA, ALT, AST, FAL, peso do coração e da gordura retroperitoneal, ingestão alimentar, ganho de peso, crescimento nasoanal e massa corpórea. Entretanto, observou-se um aumento isolado (p<0,05) no peso do fígado dos animais dos grupos MB-25 (5,32 ± 0,30) e MB-50 (5,23 ± 0,32), em relação aos do controle normal (4,07 ± 0,17). A MB apresentou baixa toxicidade aguda e demonstrou potencial antioxidante in vitro (EC50=493,10 μg/mL). Quanto aos níveis de SOD, não foram observadas diferenças entre MB-25 (1.557 ± 53,93), CN (1.437 ± 71,70) e CD (1.430 ± 128,90), entretanto, MB-50 (1.868 ± 131,80) apresentou níveis significativamente maiores (p<0,05) que CN e CD. Em conclusão, o estudo demonstrou que a MB, nas doses e tempo de tratamento empregados, apresenta repercussões positivas sobre o perfil lipídico em hamsters hipercolesterolêmicos. A maior dose de 50 mg/kg produziu aumento isolado nos níveis de SOD, indicando atividade antioxidante e não apresentou toxicidade sistêmica. A MB não demonstrou toxicidade aguda e possui potencial antioxidante in vitro.

  • JALLES ARRUDA BATISTA
  • Gabapentina reverte parâmetros inflamatórios e o estresse oxidativo independente da via endocanabinóide durante a colite induzida por ácido acético
  • Orientador : ANDRE LUIZ DOS REIS BARBOSA
  • Data: 12/04/2017
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  • A doença inflamatória intestinal (DII) compreende um espectro de doenças que se caracterizam por uma inflamação crônica do trato gastrointestinal (TGI) sem uma causa ou patógeno específico. A gabapentina (GBP) é um fármaco anticonvulsivante, mas estudos prévios mostraram que ela é eficiente em reduzir danos inflamatórios gástricos e diminuir o processo inflamatório agudo. Durante as colites há aumento de substâncias que atuam na via dos endocanabinóides, que são importantes para a proteção do cólon durante o desenvolvimento do processo inflamatório intestinal. Assim, este trabalho objetiva analisar o efeito anti-inflamatório da GBP na colite induzida por ácido acético (AA) em camundongos e observar se este mecanismo de ação se dá pela via farmacológica dos endocanabinóides. Foram usados camundongos swiss machos (25–30 g), divididos em grupos de 6 animais. A indução da colite foi realizada utilizando AA (6%, 200 μL) e tratados via intra peritoneal (i.p.) com GBP nas doses de 0,1; 0,3; 1,0 mg/kg ou dexametasona (2 mg/kg, subcutânea – s.c.) com 17 h ou 17:30 h após a indução da colite, respectivamente. Após isso, foram realizados ensaios experimentais para bloquear a ação dos receptores endocanabinóide utilizando seus antagonistas AM 251 (3 mg/kg, i.p.) e AM 630 (1 mg/kg, i.p.), respectivamente. Após 18 h da indução da colite os animais foram eutanasiados e uma amostra de 5 cm do cólon foi retirada para avaliação dos escores macroscópicos e microscópicos de lesão, peso úmido e análises bioquímicas onde foram verificados a atividade da enzima mieloperoxidase (MPO), níveis de glutationa (GSH) e malonildialdeídeo (MDA). Os grupos de animais que receberam apenas AA intracolônico demonstraram um maior aumento do número de lesões inflamatórias intestinais apresentando aumento dos parâmetros inflamatórios macro e microscópicos, além de apresentar aumento significativo do peso úmido do colón e da concentração de MPO no tecido intestinal, bem como apresentaram redução da formação de GSH e aumento nos níveis de MDA e citocina IL1- β quando comparado ao grupo salina, enquanto que o tratamento com a GBP na concentração de 1,0 mg/kg apresentou uma redução da lesão intestinal de forma significativa por diminuir a atividade da enzima MPO e dos marcadores de estresse oxidativo in vivo e citocina (IL1- β) quando comparado ao grupo AA. Ainda foi visto que o bloqueio dos receptores endocanabinóides não teve influência na redução da inflamação do cólon do intestino pela GBP após avaliar os parâmetros macro e microscópico de lesão, peso úmido, na atividade da enzima MPO, níveis de GSH, MDA e IL1- β quando comparado ao grupo GBP. Os resultados parciais mostram que o AA foi eficaz em induzir a retocolite ulcerativa (RCU); que a GBP reduz a inflamação no cólon causada pelo AA, porém, seu efeito é provavelmente independente da via dos receptores endocanabinóides, não sendo estes envolvidos na redução do efeito inflamatório da RCU induzida experimentalmente, mostrando que esta via não representa uma alternativa terapêutica promissora para pacientes com RCU.

  • ANTONIO CARLOS MELO LIMA FILHO
  • Atividades anti-inflamatória e antioxidante do p-cumarato de etila em modelos de inflamação aguda
  • Orientador : FRANCISCO DE ASSIS OLIVEIRA
  • Data: 07/04/2017
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  • O sistema imune é o conjunto de barreiras anatômicas, constituintes celulares e humorais, que tem como função primária a proteção contra antígenos e recuperação de danos celulares. O processo inflamatório é resultado desta defesa e, quando não controlado, pode dar origem a diversas doenças, tais como artrite reumatoide, reações alérgicas, dentre outros. A investigação do efeito anti-inflamatório e antioxidante de produtos de plantas medicinais como adjuvantes ao tratamento destas doenças tem relevância devido as principais classes de fármacos anti-inflamatórios (AINEs e glicocorticoides) possuírem vários efeitos adversos, como úlceras gástricas e alterações metabólicas. O p-cumarato de etila é um fenilpropanoide presente em plantas do gênero Ipomoea usadas popularmente para tratamento de processos inflamatórios, além de já ter sido descrita sua atividade antimicrobiana após isolamento a partir da Tabebuia aurea (Manso) S. Moore. Entretanto, sua atividade anti-inflamatória nunca foi avaliada. Sendo assim, este trabalho teve por objetivo investigar o efeito do p-cumarato de etila sobre os marcadores inflamatórios e do estresse oxidativo e os seus possíveis mecanismos de ação. Inicialmente, foi realizado o teste de toxicidade oral aguda (2 g/kg) em camundongos Swiss (25-35 g), machos e fêmeas, durante 14 dias. Em seguida, fez-se a avaliação do efeito anti-inflamatório com o p-cumarato de etila nas doses de 50, 100, 150 e 200 mg/kg, v.o., através do modelo de edema de pata induzido por carragenina (1%, 50 µL), bem como análise histológica. Em continuidade a avaliação anti-inflamatória, foi realizada a indução de edema por diversos agentes envolvidos no desenvolvimento do processo inflamatório - composto 48/80 (12 µg/pata), histamina (100 µg/pata), serotonina (100 µg/pata) e prostaglandina E2 (3 nmol/pata). Além disso, induziu-se peritonite nos camundongos através da administração de carragenina (500 µg/cavidade) para a contagem do número total de leucócitos e diferencial (monócito, neutrófilo e linfócito), Mieloperoxidase (MPO), interleucina 6 (IL-6) e 8 (IL-8), nitrito (NO2-), glutationa reduzida(GSH) e malondialdeído (MDA). As alterações no tecido gástrico foram analisadas após a administração de p-cumarato de etila (450 mg/kg, v.o.) em comparação à indometacina (20 mg/kg, v.o.), fármaco padrão utilizado ao longo de todos os experimentos. Como resultado, observou-se que o p-cumarato de etila não apresentou efeito tóxico sobre os camundongos. Além disso, ocorreu inibição significativa do edema de pata induzido por carragenina em todas às 4 horas de avaliação, nas doses de 150 e 200 mg/kg. O p-cumarato de etila (150 mg/kg, v.o.) também reduziu significativamente os edemas induzidos pelos agentes edematogênicos, contagem total (p<0,0001) e diferencial de leucócitos do exsudato peritoneal, MPO (p<0,01) , IL-6 (p<0,05) e IL-8 (p<0,5), MDA (p<0,5), GSH (p<0,5) e NO2- (p<0,0001). Além disso, não foram observadas formações de lesões gástricas significativas (p<0,0001), diferente da indometacina (20 mg/kg). Estes resultados em conjunto sugerem que o p-cumarato de etila apresenta atividade anti-inflamatória e, distintamente do AINE empregado como padrão, não causa lesões no tecido gástrico. Desta forma, ressalta-se que o mesmo possa atuar através da inibição dos mediadores inflamatórios, migração de leucócitos, citocinas pró-inflamatórias.

  • NATHALIA SANTOS CARVALHO
  • EFEITO PROTETOR DA SINVASTATINA NA LESÃO GÁSTRICA INDUZIDA POR ALENDRONATO EM RATOS
  • Orientador : JAND VENES ROLIM MEDEIROS
  • Data: 07/02/2017
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  • Já tem sido reportado pela literatura que a sinvastatina, uma estatina comumente prescrita por seus efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes, possui efeito protetor em modelos de úlcera gástrica induzidos por etanol e indometacina. Entretanto a ação gastroprotetora da sinvastatina no modelo de lesão gástrica induzida por alendronato permanece inexplorado. O objetivo do presente estudo foi investigar o efeito protetor da sinvastatina no dano gástrico ocasionado pelo tratamento com alendronato em ratos. No método, ratas fêmeas foram pré-tratadas com veículo ou sinvastatina (20 e 60 mg/Kg) por via oral. Após 1 hora, foi administrado alendronato (50mg/Kg) por via oral. A sinvastatina foi administrada uma vez ao dia durante 7 dias e a partir do 4° dia o alendronato começou a ser administrado uma vez ao dia durante 4 dias. No último dia de tratamento, 4 horas após a administração do alendronato, os animais foram eutanaziados, seus estômagos removidos e os danos gástricos foram mensurados. Amostras dos estômagos, imediatamente após a remoção, foram fixadas em formalina 10% para subsequente avaliação histopatológica. Outras amostras retiradas do estomago foram estocadas e congeladas em -80 °C para posteriores mensurações dos níveis de glutationa (GSH), malondialdeido (MDA), citocinas e da atividade da mieloperoxidase (MPO). Um terceiro grupo foi utilizado para mensuração de muco e secreção. Como resultados o pré-tratamento com sinvastatina preveniu os danos gástricos macro e microscópicos induzidos pelo tratamento com alendronato, aumentou os níveis de GSH e diminuiu os níveis de MDA, citocinas (IL-1β e TNF-α) e a atividade da MPO, além de também preservar os níveis de muco e reduzir a secreção ácida gástrica. Em conclusão, nossos resultados demonstram o efeito protetor da sinvastatina sobre a lesão gástrica induzida por alendronato, mantém a integridade da mucosa gástrica, a inibição da migração neutrofilica e a redução do estresse oxidativo associado com o aumento da acidez gástrica.

  • MICHEL MUÁLEM DE MORAES ALVES
  • ÁCIDO GÁLICO E ÁCIDO ELÁGICO: TANINOS COM PROPRIEDADES ANTILEISHMANIA E IMUNOMODULADORASULADORAS
  • Orientador : FERNANDO AECIO DE AMORIM CARVALHO
  • Data: 24/01/2017
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  • As leishmanioses são protozooses parasitárias causadas por mais de vinte espécies diferentes de parasitas do gênero Leishmania. Amplamente distribuída, a doença atinge cerca de 88 países, onde 2 milhões de pessoas estão infectadas atualmente e 1 a 2 milhões de novos casos surgem a cada ano. O parasita é digenético e apresenta duas morfologias distintas: uma forma flagelada, a promastigota, encontrada no inseto vetor e uma forma aflagelada, a amastigota, que alberga e se multiplica no interior hostil de células do sistema fagocítico mononuclear do hospedeiro vertebrado. Os tratamentos convencionais são onerosos, além de apresentarem uma gama de efeitos colaterais e já possuírem casos reportados de resistência a estes. Produtos naturais vêm sendo investigados como fonte de novos fármacos, por não apenas possuírem atividade sobre o parasita em si, como também serem capazes de agir em sinergismo com o sistema imunológico do hospedeiro para debelar a parasitemia. O ácido gálico (AcG) e ácido elágico (AcE) são compostos fenólicos derivados do metabolismo secundário de plantas que possuem atividades anti-inflamatórias, gastoprotetoras e anticarcinogênicas já conhecidas. Ainda não existindo relatos da exploração da suaatividade sobre leishmania. O objetivo deste trabalho foi de avaliar a atividade antileishmania, citotóxica e imunomoduladora do AcG e AcE. Nossos resultados mostraram que o AcG e AcE foram capazes de inibir 100% do crecimento de formas promastigotas, de L. majorna concentração de 800 µg/mL, além de provocarem alterações morfológicas nos parasitos sem, necessariamente, terem atuado degradando o DNA.Também foram capazes de induzir a morte das formas amastigotas, resultando em valores de CI50 de 16,408 µg/mL para AcG e 9,812 µg/mL para AcE sobre formas promastigotas e 29,527 µg/mL para AcG e 6,798 µg/mL para AcE sobre formas amastigotas. As concentrações médias de citotoxicidade sobre macrófagos murinos foram de 126,556 µg/mL para AcG e 23,811 µg/mL para AcE. O AcG e AcE também reduziram significativamente a infecção e infectividade de macrófagos parasitados por L. major, bem como apresentaram elevada atividade imunomoduladora atuando sobre parâmetros de ativação de macrófagos, evidenciado pelo aumento de sua capacidade fagocítica, de seu volume lisossomal, pela indução da síntese de óxido nítrico e pelo aumento da quantidade de cálcio intracelular. Investigações futuras serão feitas para avaliar os efeitos terapêuticos do AcG e AcE em modelos experimentais.

2016
Descrição
  • LUCAS RODRIGUES DE CARVALHO
  • EPIISOPILOTURINA, UM ALCALOIDE IMIDAZÓLICO EXTRAÍDO DA PILOCARPUS MICROPHYLLUS, REDUZ OS PARÂMETROS INFLAMATÓRIOS E A PEROXIDAÇÃO LIPÍDICA DURANTE A COLITE INDUZIDA POR TNBS.

  • Orientador : ANDRE LUIZ DOS REIS BARBOSA
  • Data: 27/09/2016
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    A Doença de Crohn (DC) caracteriza-se por inflamação crônica de uma ou mais partes do tubo digestivo, acometendo geralmente o íleo e o cólon, mas pode acometer também outras regiões intestinais de forma descontinua. Um dos principais alcaloides extraídos da Pilocarpus microphyllus é a epiisopiloturina, e sua similaridade na estrutura química com a pilocarpina torna a epiisopiloturina um alcaloide promissor quanto as suas propriedades biologicamente ativas. Dessa forma, o presente estudo buscou investigar o efeito da epiisopiloturina sobre os parâmetros inflamatórios e deletérios da mucosa colônica durante a colite induzida por TNBS em ratos. Após o terceiro dia de indução da colite, a atividade antiinflamatória e antioxidante da epiisopiloturina (0,1; 0,3 e 1 mg/kg via i.p) foi avaliada. Os resultados demonstraram que a epiisopiloturina na dose 1,0 mg/kg (melhor dose) reduziu significativamente os escores macroscópicos, microscópicos e peso úmido dos cólons em relação ao grupo TNBS. O grupo epiisopiloturina foi capaz de reduzir a infiltração neutrofílica juntamente com a citocina pró-inflamatória IL-1β. A epiisopiloturina na dose 1,0 mg/kg aumentou os níveis de GSH concomitante diminuição dos níveis de MDA. O grupo epiisopiloturina demonstrou redução da imunomarcação para IL-1β, iNOS e COX-2 e redução na contagem de células por campo positivas. O grupo tratado com a epiisopiloturina conseguiu reduzir a expressão de COX-2 e iNOS no colón quando comparada ao TNBS. Com isso, a epiisopiloturina demonstrou ter um efeito antiinflamatório e antioxidante no modelo experimental de colite induzida por TNBS. 

  • RAILSON DE SOUSA SANTOS
  • “Avaliação de efeito hipocinético do mentofurano no trato gastrointestinal de roedores”.

  • Orientador : FRANCISCO LEONARDO TORRES LEAL
  • Data: 14/09/2016
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  • O mentofurano (C10H14O) é um monoterpeno encontrado no óleo essencial de espécies do gênero Mentha. Os monoterpenos constituem-se em grupo de compostos químicos com diferentes atividades biológicas, e para alguns foi demonstrada atividade no sistema digestório. Este trabalho investigou o efeito hipocinético do mentofurano no trato gastrointestinal de roedores. Esse efeito foi avaliado por meio dos seguintes modelos experimentais: esvaziamento gástrico (n=7 animais/grupo), trânsito intestinal (n=8 animais/grupo) e atividade antidiarreica (n=8 animais/grupo) em camundongos; atividade espasmolítica em íleo isolado de ratos (n=6). Também foi realizado estudo de toxicidade aguda in vivo em camundongos (n=6 animais/grupo), em que a administração de dose de 2.000 mg/kg (v.o) não produziu mortes nem alterações indicativas de toxicidade aguda sistêmica. No modelo de esvaziamento gástrico com vermelho de fenol, o mentofurano (MFur) nas doses de 25, 50 e 100 mg/kg (v.o) reduziu significativamente (p<0,01) o esvaziamento gástrico em relação ao grupo controle. Na avaliação do efeito deste monoterpeno no trânsito intestinal, observou-se que MFur, nas doses de 50 e 100 mg/kg (v.o), mas não na de 25 mg/kg, diminuiu (p<0,05) o trânsito intestinal quando comparado ao grupo controle. Ademais, apresentou efeito hipocinético semelhante ao do fármaco escopolamina. No modelo de hipermotilidade intestinal provocada por óleo de rícino, o MFur 50 e 100 mg/kg (v.o) reduziu (p<0,05) a quantidade de fezes moles eliminadas na terceira hora quando comparado ao grupo veículo, sem diferença estatística em relação ao grupo normal. Na avaliação do efeito espasmolítico Na avaliação de efeito espasmolítico, MFur nas concentrações de 10-8 a 10-3 µg/mL (n = 4) produziu relaxamento, dependente de concentração, em segmentos de íleo de rato pré-contraídos com KCl (CE50= 0,059 ± 0,008 µg/mL) e carbacol (CE50 = 0,068 ± 0,007 µg/mL), com potências semelhantes para relaxamento do íleo nos dois modelos. O mentofurano apresenta baixo efeito tóxico agudo in vivo e diminui a motilidade gastrointestinal, efeito evidenciado pelo retardo no esvaziamento gástrico, pela redução do trânsito intestinal normal e pelo efeito espasmolítico em íleo isolado de rato. Esse último efeito sugere envolvimento de ativação de canais de potássio e/ou de redução do influxo de cálcio, o que requer estudos adicionais.

  • IRISMARA SOUSA SILVA
  • AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANTI-INFLAMATÓRIO DO EXTRATO AQUOSO E DA FRAÇÃO POLISSACARÍDICA DA Thuja occidentalis Linn. (Cupressaceae) EM CAMUNDONGOS.

  • Orientador : JAND VENES ROLIM MEDEIROS
  • Data: 12/09/2016
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  • A indução da inflamação aguda representa o principal mecanismo pelo qual o sistema imune inato lida com infecções e lesões teciduais, no entanto, a inflamação pode tornar-se prejudicial quando o processo é desregulado e exacerbado. Os fármacos comumente utilizados no tratamento de condições inflamatórias estão associados ao aparecimento de efeitos adversos graves como úlceras gastrointestinais, hemorragias e distúrbios renais. Nesse contexto, as plantas medicinais constituem uma fonte importante para estudos que visam à descoberta de novas substâncias com atividade farmacológica que tenham maior segurança, melhor eficácia e menos efeitos adversos. Assim, o objetivo deste trabalho foi investigar a atividade anti-inflamatória do extrato aquoso (EA) e da fração polissacarídica (PLS) da T. occidentalis Linn. em camundongos.  A atividade anti-inflamatória do AE e PLS da Thuja occidentalis L foi avaliada pela medição de edema de pata induzido por diferentes agentes inflamatórios, análise histopatológica e imuno-histoquímica. No modelo de peritonite, foi analisada a contagem total e diferencial de leucócitos, a atividade da mieloperoxidase (MPO), os níveis de citocinas (TNF-α e IL-6), a concentração de nitrito, os níveis da glutationa (GSH) e as concentrações de malondialdeído (MDA). Além disso, também foram avaliadas a permeabilidade vascular e a toxicidade gástrica. Todos estes testes foram realizados em camundongos Swiss. Como resultados, o pré-tratamento com AE e PLS (3, 10 e 30 mg/kg, i. p.) reduziu significativamente (P < 0,05) o edema da pata induzido pela carragenina, sulfato de dextrana (DEX), composto 48/80, serotonina (5-HT ), histamina (HIST), bradicinina (BK), e prostaglandina E2 (PGE2). Além disso, também inibiu o recrutamento de leucócitos e neutrófilos; reduziu a atividade da enzima MPO, os níveis do fator de necrose tumoral-alfa (TNF-α) e os níveis de interleucina-6 (IL-6), a permeabilidade vascular, as concentrações de nitrito, as concentrações de MDA e manteve os níveis de GSH no exsudado peritoneal. AE e PLS também reduziram a infiltração de polimorfonucleares, bem como o número de células marcadas para a COX-2 e iNOS no tecido da pata quatro horas após a administração de carragenina. Em adição, o tratamento com uma dose de cem vezes maior de AE e PLS (300 mg/kg) que a usada como melhor dose nos testes descritos anteriormente, não promoveu toxicidade gástrica. Em conclusão, estes dados mostram que AE e PLS reduzem a resposta inflamatória através da inibição de eventos vasculares e celulares, por modular a migração de neutrófilos, pela inibição da produção de citocinas pró-inflamatórias, e reduzir o estresse oxidativo.

  • NAIRA MOURA ALVES
  • Avaliação da atividade gastroprotetora do Mentofurano.

  • Orientador : MARIA DO CARMO DE CARVALHO E MARTINS
  • Data: 02/09/2016
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  • O mentofurano (C10H14O) é um monoterpeno constituinte de diversos óleos essenciais derivados de espécies, tal como a Mentha piperita L., da família Lamiaceae (Labiatae), popularmente conhecida como hortelãzinho, hortelã de panela, hortelã de cheiro. Suas folhas e ramos são amplamente utilizados no Brasil, tendo indicação no tratamento de distúrbios gastrointestinais, verminoses (giardíase e amebíase) e problemas respiratórios, além de possuir uma boa atividade analgésica, anti-inflamatória, antifúngica, antisséptica e antiespasmódica. O objetivo deste trabalho então, foi investigar a atividade gastroprotetora do mentofurano em modelos agudos de lesão gástrica induzida por diferentes agentes ulcerogênicos, investigando seus possíveis mecanismos de ação. Em úlceras gástricas induzidas por etanol absoluto, os tratamentos com mentofurano nas doses de 25, 50 e 100 mg/kg, mas não de 12,5 mg/kg v.o, diminuíram significativamente (p< 0,05) a área de lesão gástrica. Em modelo de lesão gástrica provocada por indometacina, o mentofurano (12,5, 25, 50 e 100 mg/kg, v.o) produziu redução estatisticamente significativa (p< 0,05) no índice médio de lesões ulcerativas. No modelo de indução de úlcera por isquemia e reperfusão, o mentofurano (50 e 100 mg/kg, v.o) produziu redução estatisticamente significativa (p< 0,05) da área de lesão gástrica. Ao avaliar a atividade secretora pelo modelo de ligadura de piloro, o mentofurano (50 e 100 mg/kg, administrado por injeção intraduodenal) promoveu redução da acidez titulável e aumento do pH do suco gástrico e redução do conteúdo de muco. Contudo, não houve alteração do volume do suco gástrico e na atividade da catalase. Ademais, em modelo de úlceras gástricas induzidas por etanol, o mentofurano (50 mg/kg v.o) aumentou a concentração de grupos sulfidrílicos não protéicos, reduziu os níveis de mieloperoxidase e de malondialdeído na parede gástrica. O efeito gastroprotetor do mentofurano possivelmente envolve a redução da peroxidação lipídica e de processos inflamatórios na mucosa gástrica e diminuição da acidez do suco gástrico.

  • LUCAS RODRIGUES DE CARVALHO
  • EPIISOPILOTURINA, UM ALCALOIDE IMIDAZÓLICO EXTRAÍDO PILOCARPUS MICROPHYLLUS, REDUZ OS PARÂMETROS INFLAMATÓRIOS E A PEROXIDAÇÃO LIPÍDICA DURANTE A COLITE INDUZIDA POR TNBS.

  • Orientador : ANDRE LUIZ DOS REIS BARBOSA
  • Data: 08/07/2016
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    A Doença de Crohn (DC) caracteriza-se por inflamação crônica de uma ou mais partes do tubo digestivo, acometendo geralmente o íleo e o cólon, mas pode acometer também outras regiões intestinais de forma descontinua. Um dos principais alcaloides extraídos do Pilocarpus microphyllus é a epiisopiloturina, e sua similaridade na estrutura química com a pilocarpina torna a epiisopiloturina um alcaloide promissor quanto as suas propriedades biologicamente ativas. Dessa forma, o presente estudo buscou investigar o efeito da epiisopiloturina sobre os parâmetros inflamatórios e deletérios da mucosa colônica durante a colite induzida por TNBS em ratos. Após o terceiro dia de indução da colite, a atividade anti-inflamatória e antioxidante da epiisopiloturina (0,1; 0,3 e 1 mg/kg via i.p)  foi avaliada. Os resultados demonstraram que a epiisopiloturina na dose 1,0 mg/kg (melhor dose) reduziu significativamente os escores macroscópicos, microscópicos e peso úmido dos cólons em relação ao grupo TNBS. O grupo epiisopiloturina foi capaz de reduzir a infiltração neutrofílica juntamente com a citocina pró-inflamatória IL-1β. A epiisopiloturina na dose 1,0 mg/kg aumentou os níveis de GSH concomitante diminuição dos níveis de MDA. O grupo epiisopiloturina demonstrou redução da imunomarcação para NF-kB quando comparada ao grupo TNBS, a imunomarcação para IL-1β e COX-2  no grupo epiisopiloturina teve reduzida marcação e redução na contagem de células por campo positivas para IL-1β e COX-2. O grupo tratado com a epiisopiloturina não conseguiu reduzir a expressão de NF-kB, porém reduziu a expressão da COX-2 e iNOS no colón quando comparada ao TNBS. Com isso, a epiisopiloturina demonstrou ter um efeito antiinflamatório e antioxidante no modelo experimental de colite induzida por TNBS.

  • DEYNA FRANCÉLIA ANDRADE MARTINS
  • POTENCIAL ANTINOCICEPTIVO E ANTI-INFLAMATÓRIO DO ISOPULEGOL E POSSÍVEIS MECANISMOS DE AÇÃO EM ROEDORES

     

  • Orientador : FERNANDA REGINA DE CASTRO ALMEIDA
  • Data: 31/05/2016
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  • O isopulegol (ISO) (p-Menth-8-en-3-ol) é um monoterpeno álcool, presente em óleos essenciais de várias plantas aromáticas, como Corymbia citriodora H.; Zanthoxylum schinifolium L. e Melissa officinalis L., essas plantas são utilizadas na medicina popular como antiespasmódica, curativo cirúrgico para feridas, e sedativo/hipnótico, fortalecimento da memória e alívio da dor de cabeça induzida por estresse. Estudos anteriores mostraram que o isopulegol apresenta atividade ansiolítica, anticonvulsivante, gastroprotetora e antioxidante em roedores, mas até agora não existem estudos que comprovam atividade do isopulegol em modelos de nocicepção e na inflamação. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito antinociceptivo e anti-inflamatório do ISO, bem como possíveis mecanismos de ação envolvidos nos efeitos observados em roedores. Camundongos Swiss machos e fêmeas (20-35 g, n = 5-8) e ratos Wistar fêmeas (180-250 g, n = 5-8) foram utilizados nos testes sob autorização do Comitê de Ética Animal (CEEA/UFPI Nº 82/2014). Para avaliar a atividade antinociceptiva do ISO foram realizados os testes de nocicepção induzida por formalina, capsaicina e glutamato, no modelo de lambedura de pata, seguidos da investigação do envolvimento dos mecanismos opióides, canais de  , muscarínicos, L-arginina-óxido-nítrico e GMPc. Foi avaliado também a hiperalgesia induzida por carragenina e prostaglandina E2 usando o modelo de compressão da pata de ratas (Randall-Selitto). Na investigação da atividade anti-inflamatória foram estudados o efeito antiedematogênico do ISO sobre edema de pata induzido por carragenina, dextrana e PGE2, e sua ação sobre a migração de leucócitos no modelo de bolsa de ar e peritonite induzida por carragenina em roedores.  Nos modelos de nocicepção aguda, o ISO, por via oral, mostrou efeito antinociceptivo nos testes de formalina nas doses de 0,78 a 25 mg/kg na primeira fase e 1,56 a 25 mg/kg na segunda fase do teste; no teste de capsaicina nas doses de 1,56 a 12,5 mg/kg e glutamato nas doses de 3,12 a 6,25 mg/kg com efeito da dependente dose. A antinocicepção do isopulegol foi inibida na presença de naloxona (2 mg/kg, i.p.), glibenclamida (3 mg/kg, i.p.), pilocarpina (3mg/kg, i.p.),  L-arginina (600 mg/kg, i.p.) e azul de metileno (20mg/kg, i.p.). Estudos anteriores mostraram que nos testes de rota rod e campo aberto, o ISO nas doses 25 e 50 mg/kg, v.o. não apresentou atividade relaxante muscular ou efeito depressor central. Na dor inflamatória, o ISO (6,25 e 12,5 mg/kg, v.o.) reduziu a hiperalgesia em modelos de hipernocicepção aguda induzida por carragenina a 1%, quando avaliado no teste de Randall-Selitto. O ISO também possui ação anti-hiperalgésica quando administrado por via intraplantar (40 e 80μg/pata) na hiperalgesia induzida por carragenina e prostaglandina E2 (1 µg/mL). O ISO (12,5 mg/kg, v.o.) inibiu a formação de edema induzido por carragenina da 1ª a 6ª horas, e atenuou o edema de pata induzido por dextrana e prostaglandina E2 comparado ao controle. Na avaliação da migração leucocitária induzida por carragenina em bolsa de ar, o ISO (6,25 e 12,5 mg/kg, v.o.) reduziu significativamente (***p<0,001) a migração de leucócitos para o local da injúria, assim como no modelo de peritonite. O ISO reduz a atividade da enzima MPO no exsudado da bolsa de ar induzida por carragenina. Os resultados sugerem que a ação antinociceptiva aguda do ISO envolva o sistema opióide via canais de  , participação de receptores muscarínicos, inibição de óxido nítrico e GMPc. As ações, anti-inflamatória e anti-hiperalgésica, do ISO parecem estar relacionadas com a inibição da produção ou liberação de mediadores pró-inflamatórios e da migração de leucócitos.

  • BENEDITO PEREIRA DE SOUSA NETO
  • Atividade anti-inflamatória do derivado benzoiltriptaminico N-saliciloiltriptamina (NST), e possíveis mecanismos de ação

  • Orientador : FRANCISCO DE ASSIS OLIVEIRA
  • Data: 12/05/2016
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  • A inflamação é um fenômeno que envolve a participação de diversos mediadores, como histamina, serotonina, bradicinina, TNF-α, IL-1β, e as prostaglandinas. Estes mediadores induzem intensa migração de neutrófilos para os tecidos inflamados. Dentre os fármacos utilizados para o tratamento da inflamação incluem os anti-inflamatórios não-esteroidais (coxibes), e os corticoides, entretanto, possuem vários efeitos colaterais, especialmente quando utilizados cronicamente. Substâncias que possuem núcleo indólico têm sido utilizadas no tratamento de afecções inflamatórias apresentando boa efetividade e baixa toxicidade. O NST constituído por núcleo indólico apresentou atividades anti-inflamatória e antioxidante em diferentes modelos experimentais. O objetivo deste trabalho foi investigar a atividade e anti-inflamatória do derivado benzoiltriptaminicos N-saliciloiltriptamina (NST), e os possíveis mecanismos de ação. Foram utilizados camundongos Swiss (25-30 g) e ratos Wistar (150-210g), machos e fêmeas. Para avaliação da atividade antiedematogênica do NST foi utilizado o modelo de edema de pata induzido por carragenina em ratos. Em camundongos, a atividade antiedematogênica do (NST) foi avaliada diante dos seguintes agentes flogisticos: dextrana, composto 48/80, histamina, serotonina, capsaicina e prostaglandina. Em seguida, investigou-se o efeito do (NST) sobre a degranulação de mastócitos mesenteriais induzida pelo composto 48/80 (experimento ex vivo), em ratos. Utilizou-se também o modelo de peritonite induzida por carragenina para elucidação dos possíveis mecanismos de ação. Inicialmente foi realizada a contagem total e diferencial de leucócitos, análise da concentração de proteínas totais, atividade de mieloperoxidase (MPO), catalase, concentração de nitrito (NO2-) e espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS). Avaliou-se também a incapacitação articular induzida por carragenina através do tempo de elevação da pata (TEP) em incapacitômetro. Por fim, avaliou-se a variação do edema, tempo de elevação da pata (TEP) e a migração de leucócitos no modelo de artrite gotosa induzida por cristais de ácido úrico em ratos tratados com (NST).  Todos os protocolos foram aprovados pelo Comitê de Ética Animal/UFPI, Nº. 82/2014. O (NST) 100 e 200  mg/kg. (i.p.) reduziu o edema de pata induzido por carragenina da 1ª à 5ª hora (*p< 0,05). De forma semelhante, o (NST) na dose de 100 mg/kg reduziu o edema induzido por dextrana, composto 48/80, histamina, serotonina, capsaicina e prostaglandina, durante o tempo de observação (*p< 0,05). Os grupos tratados com (NST) nas doses de 50, 100 e 200 mg/kg inibiram a degranulação de mastócitos (*p<0.05) quando comparado ao grupo veículo. O NST nas doses de 100 e 200 mg/kg (i.p.) inibiu a migração de leucócitos no exsudato peritoneal, a atividade da mieloperoxidase e catalase; (*p< 0,05) e as concentrações de NO2- e TBARS. NST também reduziu significativamente (*p< 0,05) o (TEP) já na primeira hora após a indução da lesão articular. Por ultimo, o (NST) nas doses de 100 e 200 mg/kg inibiu tanto a variação do edema o (TEP) (***p<0.001)  e migração de leucócitos no modelo de artrite gotosa, durante o tempo de observação.  Conclui-se por tanto, que a substância em estudo exerce atividade anti-inflamatória através da inibição do edema de pata induzido por diferentes agentes flogisticos, por inibir a degranulação de mastócitos, diminuir a migração de leucócitos nos modelos testados e redução do estresse oxidativo.

  • ADRIANA CUNHA SOUZA
  • Platonia insignis Mart. ATIVIDADE ANTILEISHMANIA E ANTIBACTERIANA DO EXTRATO ETANÓLICO E FRAÇÕES OBTIDAS DA CASCA DO CAULE.

  • Orientador : FERNANDO AECIO DE AMORIM CARVALHO
  • Data: 15/04/2016
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  • As leishmanioses são doenças parasitárias causadas por protozoários do gênero Leishmania. Amplamente distribuída em todo mundo, as leishmanioses afetam o homem e os animais, sendo no homem caracterizada por quatro formas clínicas principais: cutânea, mucocutânea, difusa e visceral. A quimioterapia das leishmanioses tem sido baseada no uso dos antimoniais pentavalentes como fármacos de primeira escolha, Pentamidina e Anfotericina B, são segunda escolha no tratamento, importantes na terapia de pacientes com coinfecções ou em casos de tratamento resistente aos antimoniais. O tratamento farmacológico apresenta potencial de desenvolver resistência, são limitados, caros, com administração parenteral dolorosa, de longa duração e alta toxicidade. Paralelamente a esse cenário temos, no campo da microbiologia, um aumento progressivo do desenvolvimento de resistência aos antimicrobianos por diversos patógenos. Esse fenômeno impõe sérias limitações às opções para o tratamento de infecções bacterianas, representando uma ameaça para a saúde pública. Substâncias obtidas de espécies nativas do Brasil, que apresentem atividade antileishmania e/ou antibacteriana e que tenham baixa toxicidade, podem vir a ser uma alternativa para o tratamento de tais afecções. Diante do exposto esse trabalho tem como objetivo avaliar a atividade antileishmania e imunomoduladora do extrato etanólico (Ext-EtOH) e das frações hexânica (F-Hex), etérica (F-Eté) e acetato de etila (F-AcOEt) de Platonia insignis Mart. sobre Leishmania amazonensis, citotoxicidade sobre macrófagos e atividade bacteriostática e bactericida sobre bactérias gram-positivas e gram-negativas. O Ext-EtOH, F-Hex e F-Eté inibiu o crescimento de formas promastigotas de L. Amazonensis gerando uma IC50 de 174,24; 45,23 e 53,68 µg/mL, respectivamente, e sobre amastigotas IC50 de 40,58; 35,87 e 46,71 µg/mL, a F-AcOEt obteve IC para amastigotas de 1766,08 µg/mL e não apresentou ação sobre promastigotas. Os valores de CC50 para macrófagos ficaram em 341,95; 71,65; 232,29 e >800 µg/mL, respectivamente, superando os valores de CI50 para amastigotas. O Ext-EtOH, F-Hex e F-AcOEt, não estimularam a atividade lisossomal, fagocítica e não incrementaram a produção de óxido nítrico. A F-Eté, entretanto estimulou a atividade lisossomal sem, no entanto, alterar a produção de oxido nítrico.  Sobre bactérias, a única fração que mostrou efetividade foi a F-Hex, que apresentou ação bactericida como CBM de 50 µg/mL. Conclui-se que o Ext-EtOH, F-Hex e F-Eté tem atividade contra leishmania, com citotoxicidade aceitável para macrófagos murinos, podendo a F-Eté atuar através da ativação de macrófagos. A F-Hex apresentou ação bactericida.

  • FABIANA DE MOURA SOUZA
  • Efeito do extrato etanólico e da sua fração hidroalcóolica obtidos das partes aéreas de Sida santaremnensisH.Monteiro (Malvaceae) sobre o sistema cardiovascular de roedores

  • Orientador : ALDEIDIA PEREIRA DE OLIVEIRA
  • Data: 04/04/2016
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  • A espécie Sida santaremnensis H. Monteiro (Malvaceae) é um arbusto conhecido como guaxuma ou vassourinha. Estudo anterior demonstrou efeito vasorrelaxante do extrato etanólico (Ssan-EtOH) obtidos das partes aéreas desta espécie em artéria mesentérica superior isolada de rato. O objetivo deste estudo foi investigar o efeito do (Ssan-EtOH) e da fração hidroalcoólica (Ssan-HA) sobre o sistema cardiovascular de roedores. Foram utilizados ratos Wistar machos (250-300 g) camundongos Swiss (25-30 g) todos provenientes do Biotério do NPPM. Os animais foram eutanasiados (Resolução 2012/CFMV e CEEA-UFPI 008/2012) e a artéria mesentérica foi removida limpa de tecido adiposo e seccionada em anéis (2-4 mm) os anéis foram imersos em cubas para órgão isolado contendo solução de Tyrode (37ºC com 95% de O2 e 5% de CO2). Após estabilização por 1 hora os anéis pré-contraídos com fenilefrina (10µM) ou KCl 80mM e os registros de tensões isométrica foram obtidas através do software AQCAD 2.06. Na avaliação da atividade antioxidante foi utilizado homogenato de coração de camundongos. A atividade hipotensora foi verificada através de implantação de cateter de polietileno na arterial femoral e veia femoral esquerda através de procedimento cirúrgico sob anestesia. Os registros foram obtidos após 24 horas seguintes a este procedimento e foram obtidos através do sistema de aquisição (AQCAD 2.06).  Os resultados demonstram que a Ssan-HA (0,1 a 750 µg/mL) promove efeito vasorrelaxante em preparações com endotélio vascular (pD2=1,42± 0,04) pré-contraídas com fenilefrina. Este efeito foi atenuado após a remoção do endotélio (pD2=2,01±0,05, *p<0,05) e na presença de  L-NAME 100 μM (pD2=1,84 ± 0,06* ou TEA 3 mM pD2=2,18±0,05*, *p<0,05 versus controle). As concentrações crescentes (81, 243, 500 e 750 µg/mL) de Ssan-HA inibiram de maneira dependente de concentração as contrações induzida por adição cumulativa de fenilefrina (10-9 – 10-5 M), (Emáx=91,64±2,27%, Emáx=51,11±6,32%, Emáx=20,16±2,15%, Emáx= 7,22 ± 0,01%, respectivamente), resposta semelhante a obtida por KCl (20 – 120 mM).  Em anéis sem endotélio pré-contraídos com (KCl 80mM) Ssan-HA promoveu efeito vasorrelaxante (pD2=2,22±0,09) dependente de concentração. Em relação a atividade antioxidante nas dosagens de GSH, MDA e H2S, observou-se que Ssan-HA não promove depleção de grupos sulfidrilas enquanto que os níveis de MDA mostram uma diminuição significativa após tratamento por via intraperitoneal em todas as doses testadas. Ocorreu ainda um aumento dos níveis de H2S nas doses de 1, 10 e 20 mg/kg. Na avaliação dos parâmetros hemodinâmicos (PAM e FC) observou-se que o extrato etanólico Ssan-EtOH nas doses (0,5; 1; 5; 10; 20 e 30 mg.kg-1 i.v.) induziu hipotensão associada a bradicardia. Esse efeito não foi alterada na presença de L-NAME (20 mg/kg, i.v.), no entanto, foi alterado  na presença de atropina (2 mg/kg, i.v.). Conclui-se que a fração Ssan-HA induz vasorrelaxamento envolvendo a eNOS e canais de K+ além da inibição do influxo de cálcio. Adicionalmente a Ssan-HA induz alterações nos níveis de GSH, MDA e aumento do H2S. Esses efeitos contribuem para a ação do Ssan-EtOH sobre a PAM uma vez que a fração Ssan-HA foi obtida a partir do extrato supracitado.

  • DOUGLAS SOARES DA COSTA
  • ATIVIDADE ANTIDIARREICA DE UMA FRAÇÃO POLISSACARÍDICA SULFATADA EXTRAÍDA DE Gracilaria caudata (J Agardh) EM ROEDORES

  • Orientador : JAND VENES ROLIM MEDEIROS
  • Data: 29/02/2016
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  • A diarreia é uma condição patológica de origem diversa caracterizada pelo aumento do número de evacuações diárias, com mudança na consistência das fezes, geralmente de pastosas a líquidas. Em todo mundo, principalmente nos países em desenvolvimento, milhões de pessoas são afetadas e o número de óbitos é crescente, sendo considerada um dos principais problemas de saúde pública a ser solucionado. Recentemente, a OMS e a UNICEF lançaram um relatório, o qual estimula as pesquisas com produtos de origem natural para o tratamento da diarreia, já que a mesma não possui um tratamento farmacológico específico. Dentre os produtos naturais mais promissores, destaca-se principalmente os oriundos de algas marinhas e entre as mais estudadas, a espécie Gracilaria caudata J Agardh (Filo Rodophyta) através de seus polissacarídeos sulfatados (PLS) exibe diversas atividades farmacológicas entre elas anti-inflamatória, antinociceptiva e gastroprotetora, no entanto os relatos sobre atividades no trato gastrointestinal inferior são escassos. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar a atividade antidiarreica do PLS da G. caudata em diferentes modelos. Inicialmente, a atividade antidiarreica do PLS foi avaliada no modelo de diarreia aguda e enteropooling induzido por óleo de rícino, onde ratos Wistar foram pré-tratados com PLS (10, 30 e 90 mg/kg, v.o.), e depois de 1 h receberam óleo de rícino (10 ml/kg, v.o.). Os animais foram então colocados em gaiolas forradas com papel absorvente e observados durante 3 h para a presença de diarreia e ao final do tempo, houve a contagem de escores de severidade diarreica. Em sequência, os animais foram eutanasiados, o intestino delgado do piloro ao ceco foi isolado e o volume do conteúdo intestinal foi medido em tubo graduado, com a análise da atividade das bombas Na+K+ATPase. Para avaliar o trânsito gastrointestinal, os camundongos receberam óleo de rícino e 1 h depois foram tratados com PLS (90 mg/kg, v.o.). Após 1 h, todos os animais receberam 0,2 ml de carvão ativado por via oral. Vinte minutos mais tarde, os animais foram eutanasiados e a distância percorrida pelo carvão no intestino a partir do piloro até o ceco foi medida. A participação opióide e/ou anticolinérgica no trânsito gastrointestinal foi também investigada usando naloxona (2 mg/kg, s.c.; antagonista opióide) e betanecol (3 mg/kg, i.p.; agonista colinérgico), respectivamente. Para estudo do esvaziamento gástrico, camundongos foram tratados com PLS (90 mg/kg, v.o.) e 1 h depois receberam uma solução glicosada (5%) contendo vermelho de fenol (0,75 mg/ml). Após 20 minutos os animais foram eutanasiados e o esvaziamento gástrico foi mensurado por espectrofotometria. Na diarreia induzida por PGE2, os animais foram pré-tratados com PLS (90 mg/kg, v.o.) e imediatamente após a administração, PGE2 foi administrada (100 µg/kg, v.o.). Após 30 minutos os amimais foram eutanasiados e o volume do conteúdo intestinal foi mensurado. Além disso, o efeito do PLS (90 mg/kg, v.o.) na diarreia secretora foi investigado utilizando o modelo de secreção de fluido em alças intestinais isoladas de camundongos vivos tratados com toxina da cólera. O PLS foi avaliado quanto à sua capacidade em absorver fluidos em alças intestinais isoladas e interagir com receptores GM1 utilizando ELISA. O PLS (10, 30 e 90 mg/kg, v.o.) mostrou significativo (p<0,05) efeito antidiarreico na diarreia induzida por óleo de rícino em ratos, inibindo a quantidade total de fezes e fezes diarreicas. A dose de 90 mg/kg do PLS exibiu os melhores resultados frente a severidade da diarreia (escores de diarreia) e o volume de secreção de fluido intestinal (enteropooling) no modelo induzido por óleo de rícino, sendo adotada como dose padrão para os testes seguintes. A dose de 90 mg/kg aumentou a atividade das bombas Na+K+ATPase e também reduziu o trânsito gastrointestinal, a partir de mecanismos anticolinérgicos, sem interferir no esvaziamento gástrico. O PLS não exerceu ação significativa no modelo de diarreia induzida por PGE2, no entanto, o mesmo obteve resultados significativos ao reduzir a geração de fluidos e perdas de íons Cl-, ao interagir diretamente com os receptores GM1 e a toxina da cólera no modelo de diarreia secretora. Diante dos resultados apresentados, comprova-se a atividade antidiarreica do PLS de G. caudata por meio de redução da motilidade gastrointestinal na diarreia aguda por meio de ação anticolinérgica e na diarreia induzida pela toxina da cólera, a partir da interação entre PLS-Toxina-GM1, reduzindo a perda de fluidos e íons para o lúmen intestinal, o que pode tornar o PLS um forte candidato à fármaco para tratamento de doenças diarreicas.

  • LUCAS MOREIRA BRITO
  • Screening da atividade antileishmania e antibacteriana do extrato etanólico, frações e constituinte majoritário obtidos da casca do caule de Mimosa caesalpiniifolia Benth.

  • Orientador : FERNANDO AECIO DE AMORIM CARVALHO
  • Data: 22/02/2016
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  • O uso de plantas medicinais para o tratamento de muitas doenças está associado à medicina popular de diferentes partes do mundo. Nesse contexto, extrato e frações de M. caesalpiniifolia, têm apresentado inúmeras atividades farmacológicas comprovadas experimentalmente, dentre elas, atividade antitumoral, antioxidante, anti-inflamatória e antimicrobiana. No entanto, a maior parte dos constituintes químicos e atividades biológicas de M. caesalpiniifolia permanecem desconhecidas tornando-se necessário mais estudos para buscas de novos compostos bioativos. Diante do exposto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antileishmania e antibacteriana do extrato etanólico e frações de M. caesalpiniifolia e do ácido betulínico; analisar a citotoxicidade sobre macrófagos peritoneais e investigar parâmetros de ativação de macrófagos como mecanismos de imunomodulação. A CI50 para as formas promastigotas e amastigotas de L. amazonensis, em 48 horas de exposição, do Ext-EtOH, F-Hex, F-DCM, F-AcOEt, F-Aquo e Ac-B, foram respectivamente, de 4,63; 3,15; 0,38; 55,20; 56,98 e 29,63 µg mL-1 para formas promastigotas e de 4,80; 8,90; 0,56; 26,54; 37,52 e 14,19 µg mL-1 para amastigotas. O Ext-EtOH, F-Hex, F-DCM e Ac-B apresentaram toxicidade nas maiores concentrações, obtendo os seguintes valores de CC50:79,67; 35,18; 14,22e 345,34 µg mL-1. Não foi observada citotoxicidade para as F-AcOEt e F-Aquo. Os ensaios de imunomodulação e antioxidante demonstraram uma boa ação para frações F-AcOEt e F-Aquo. A atividade antibacteriana foi observada pela F-DCM, apresentando CIM de 25; 25 e 12,5 µg mL-1 para o S. aureos; MRSA e S. epidermidis, com CBM de 100 µg mL-1 para este último. Também foi observado inibição bacteriana pela F-AcOET, com CIM de 100 µg mL-1. Os resultados obtidos demostram que o extrato e frações da casca do caule de M. caesalpiniifolia, assim como o ácido betulínico, apresentaram uma acentuada atividade antileishmania e antibacteriana, tornando-se necessário estudos mais aprofundados.

2015
Descrição
  • MARIANNE MORAIS VIEIRA
  • Efeito espasmolítico promovido por Platonia insignis Mart. Clusiaceae em traquéia isolada de rato.

  • Orientador : ROSIMEIRE FERREIRA DOS SANTOS
  • Data: 30/09/2015
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  • A espécie Platonia insiginis Mart., é conhecida popularmente como bacurizeiro. Estudos prévios com esta espécie mostraram atividade antiulcerogênica, cicatrizante,  antinociceptiva e efeitos cardiovasculares (LIMA et. al., 2014; SOUSA et. al, 2013; MENDES et. al, 2013). O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito espamolítico do extrato etanólico bruto (Pi-EtOH) e a sua fração acetato de etila (Pi-AcOEt), obtidos das cascas do caule de Platonia insignis Mart., em traquéia isolada de rato. Tanto o Pi-EtOH quanto Pi-AcOEt relaxaram os anéis de traquéia pré-contraídos por carbacol, de maneira dependente de concentração e epitélio funcional (pD2 = 2,71 ± 0,03 e 2,68 ± 0,05). Para os anéis sem epitélio funcional os valores de Emax foram: 9,9 ± 4,0 e 27,0 ± 1,0 %, respectivamente, sugerindo um papel determinante dos fatores relaxantes derivados do epitélio. Foi verificado, com a adição de L-NAME, um inibidor da óxido nítrico sintetase, uma inibição significativa do efeito relaxante de Pi-EtOH e Pi-AcOEt (Emax: 44,0 ± 2,8 e 60,3 ± 2,9, respectivamente). Na via de relaxamento que envolve o óxido nítrico, a enzima guanilato ciclase representa o receptor para o NO no músculo liso traqueal. Foi observado que na presença do ODQ, bloqueador desta enzima, a atenuação do efeito induzido pelo extrato e sua fração (Emax de 48,2 ± 3,5 e 56,0 ± 1,4 %.). A modulação positiva dos canais de potássio parece estar envolvida no efeito relaxante do extrato mas não de sua fração, visto que é descrito que drogas ativadoras de canais de K+ promovem um melhor efeito relaxante frente à moderados aumentos externos de K+ na contração do músculo. Foi verificado que o Pi-EtOH relaxou (pD2 = 2,83 ± 0,01 e 2,68 ± 0,04) os anéis de traquéia pré contraídos por KCl 18m M e KCl 60m M, respectivamente enquanto que sua fração, Pi-AcOEt ,relaxou de maneira equipotente estes anéis (pD2 = 2,88 ± 0,02 e 2,95 ± 0,02, respectivamente).. Para confirmar ou descartar uma possível participação dos canais de K+ na resposta relaxante, verificou-se que o efeito do Pi-EtOH e de Pi-AcOEt foram significantemente reduzidos (Emax= 23,7 ± 2,4;  58,9 ± 3,1 %, respectivamente) na presença de TEA 5 mM, que nesta concentração funciona como bloqueador inespecífico dos canais de K+. Assim, concluiu-se que o extrato Pi-EtOH e sua fração Pi-AcOEt possuem metabólitos com atividade relaxante em traquéia isolada de ratos, efeito este dependente dos fatores relaxantes derivados do epitélio e que a  enzima óxido nítrico sintetase e a guanilato ciclase bem como os canais de potássio parecem ser determinantes para tal efeito.

  • ELZA MAYARA ANTUNES DE MACEDO
  •  

    EFEITOSANTINOCICEPTIVO E ANTI-INFLAMATÓRIO DA ASSOCIAÇÃO DO TERPINOLENO COM DICLOFENACO OU CELECOXIBE NA HIPERALGESIA INFLAMATÓRIA


  • Orientador : FERNANDA REGINA DE CASTRO ALMEIDA
  • Data: 10/08/2015
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  • O tratamento farmacológico da dor inflamatória é geralmente feito com agentes anti-inflamatórios não-esteroidal (AINEs) por possuirem boa eficácia, porém, causam reações adversas, principalmente lesões gastrintestinais. Então se busca alternativas farmacológicas, como a associação de fármacos aos produtos naturais que apresentem efeito analgésico sinérgico, com efeitos colaterais reduzidos. O monoterpenoterpinoleno (TPL) é um constituinte químico dos óleos essenciais presente em várias espécies de plantas que apresentam atividades farmacológicas, como analgésica e anti-inflamatória. O objetivo desse estudo foi investigar o efeito antinociceptivo e antiedematogênico da associação do TPL com diclofenaco (DCF) ou com celecoxibe (CLX), em modelos de dor inflamatória; assim como a toxicidade e os mecanismos envolvidos. Ratas Wistar (170-230 g/ n= 6-9) receberam 50 µL de adjuvante completo de Freund (ACF), na pata traseira direita (Comitê deÉtica Animal/UFPI, Nº. 82/2014). Após 24 horas, as ratas foram tratadas, por via oral, com TPL (3,125; 6,25; 12,5 e 25 mg/kg); DCF (1,25; 2,5 e 5 mg/kg); CLX 3; 10 e 30 mg/kg; associação de TPL (3,125 mg/kg) + DCF (1,25 mg/kg); TPL (3,125 mg/kg) + CLX (3 mg/kg) ou salina ( salina 0.9% em Tween 80 2%), seguido do teste de compressão mecânica (Randall Selitto) e avaliação do edema de pata (Pletismômetro) nos tempos (0, 1, 2, 3, 4, 5 e 6 horas), e na fase crônica (10 dias consecutivos). O TPL apresentou efeito antinociceptivo nas doses 6,25; 12,5 e 25 mg/kg; o DCF2,5 e 5 mg/kg e o CLX 10 e 30 mg/kg na fase aguda (***p<0,001). A associação das doses inefetivas do TPL + DCF e do TPL + CLX também mostraram efeito antinociceptivo (***p<0,001). Os grupos que apresentaram efeito antinociceptivo na fase aguda, mantiveram esse efeito na fase crônica. Na avaliação do edema de pata, nenhum grupo apresentou efeito antiedematogênico na fase aguda, porém na fase crônica, TPL, DCF, CLX e associações TPL + DCF e TPL + CLX reduziram significativamente o edema. Além disso, O TPL e o CLX reduziram macrófagos, o DCF reduziu macrófagos e linfócitos, TPL + DCF e TPL + CLX reduziram neutrófilos, macrófagos e linfócitos, após análise histológica das patas. Parâmetros bioquímicos (uréia, creatinina, AST e ALT), pesos corporal e ponderado de órgãos (coração, pulmão, fígado, rins e baço) foram avaliados após o tratamento crônico, não apresentaram alterações. E na análise de estômagos, apenas o DCF provocou lesões gástricas. Para os mecanismos de ação, os animais foram induzidos com ACF, e 24 horas após, pré-tratados com naloxona(3mg/kg, s.c., antagonista opióide), cetanserina (3 mg/kg, s.c., antagonista serotoninérgico 5-HT2A) ou salina, e administrado as associações e as sustâncias isoladas. A naloxona reverteu o efeito antinociceptivo do CLX 30 mg/kg e da associação TPL + CLX, mas não reveteu o do TPL 25 mg/kg. Ja a cetanserina reverteu totalmente o efeito antinociceptivo do TPL e da associação TPL + DCF. Também foi avaliado o efeito antinociceptivo das associações e compostos isolados no pós-tratamento e verificou-se que o efeito antinociceptivo foi mantido, mas a duração do efeito foi reduzida. Os resultados sugerem que as associações do TPL aos AINEsapresentram efeito antinociceptivo e anti-inflamatório sinérgico, que pode ter envolvimento do sistema opióide e serotoninérgico.

  • ILMARA CECÍLIA PINHEIRO DA SILVA MORAIS
  • Efeito do fitoestrógeno diosgenina sob a função cardiovascular em modelo de menopausa induzida por ovariectomia

  • Orientador : ALDEIDIA PEREIRA DE OLIVEIRA
  • Data: 05/08/2015
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  • Os fitoestrógenos, substâncias derivadas de plantas que possuem estrutura análoga ao estrógeno, como a Diosgenina, surgem como uma alternativa a terapia de reposição hormonal (TRH) e menores efeitos colaterais. O presente estudo investigou o efeito do fitoestrogeno diosgenina sob a função cardiovascular em modelo de menopausa induzida por ovariectomia. Os protocolos foram aprovados pelo Comitê de Ética em Experimentação com Animais (CEEA/UFPI 069/2014). Foram utilizadas 20 ratas Wistar com idade superior a 2 meses de vida, oriundos do Biotério Experimental Setorial do NPPM/UFPI, mantidos sob condições controle de temperatura (24±1ºC) e ciclo claro-escuro de 12h, com livre acesso à alimentação e água. Realizou-se a ovariectomia para indução da menopausa após anestesia com cetamina (100 mg/kg) e xilazina (14 mg/kg)  , via intraperitonial e administração posterior de Pencivet® ppu (0,1 mL/100g) intramuscular. Após 60 dias da cirurgia os grupos Sham, OVX + salina, OVX + diosgenina (25 mg/kg), OVX + diosgenina (50 mg/kg) e OVX + estradiol receberam as substâncias durante 28 , por gavagem oral. A aferição da pressão arterial sistólica foi realizada por um método indireto e não-invasivo com um manguito na cauda da rata e por meio do equipamento ADInstruments ML125 NIBP, 2 horas após a administração das substâncias nos intervalos de tempo 0, 7 e 28 dias após inicio do tratamento. Ao final de 28 dias de tratamento com as substâncias, realizou-se a coleta de sangue  e eutanásia com sobredose anestésica para dissecção de órgãos. A avaliação de toxicidade subcrônica ocorreu pelo desenvolvimento corporal e de órgãos e pelos parâmetros bioquímicos: Alanina transaminase, Aspartato aminotransferase, Ureia, Creatinina. Glicose, Triglicerides, Colesterol total, Colesterol – LDL, Colesterol – HDL. A avaliação da antioxidante foi realizada segundo as dosagens de Mieloperoxidase, Malondialdeído e Glutationa no tecido cardíaco e Superoxido dismutase e Nitrito no plasma. Este estudo demonstrou que administração subcrônica de diosgenina 50 mg/Kg não apresentou toxicidade, houve também a redução do desequilíbrio metabólico e risco cardiovascular, redução de peroxidação lipídica, elevação de enzimas antioxidantes e, esse resultados podem propiciar a redução da pressão arterial sistólica em todos os intervalos de tempo. O estudo pode surgir como alicerce para demais pesquisas a cerca da utilização desse fitoestrógeno como terapêutica de reposição hormonal alternativa na menopausa com a finalidade de melhorar a função cardiovascular .

  • RENATA FORTES SANTIAGO
  • "EFEITOS ANTI-INFLAMATÓRIO, ANTINOCICEPTIVOE ANTIOXIDANTEDARIPARINABEMCAMUNDONGOS"


  • Orientador : ANDRE LUIZ DOS REIS BARBOSA
  • Data: 16/06/2015
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  • Isolada a partir do fruto-verde de Aniba riparia, a Riparina B (N-[2-(3,4 dimetóxi-fenil)-etil]-benzamida) (Rip B) é um alcaloide não-heterocíclico, mais especificamente, uma alcamida natural. Na literatura há poucos relatos acerca do efeito direto da Rip B sobre o processo inflamatório e nociceptivo em diferentes modelos animais. Com isso, o objetivo deste trabalho foi investigar o efeito anti inflamatório, antinociceptivo e antioxidante da Rip B em modelos experimentais. Foram utilizados camundongos Swiss machos e fêmeas (20-25 g) (Comitê de Ética Animal/UFPI, Nº. 068/2014). A atividade anti-inflamatória foi avaliada utilizando-se o edema de pata induzido por diversos mediadores inflamatórios, tais como: dextrana, composto 48/80, histamina, serotonina, bradicinina e PGE2; atividade da enzima mieloperoxidase (MPO) na pata, peritonite induzida por carragenina, níveis de citocinas pró-inflamatórias (IL-1β e TNF-α). Para investigação da atividade analgésica fora utilizados os testes de: contorções abdominas induzidas por ácido acético a 0,6%, formalina a 1,2% e placa quente. A atividade antioxidante foi avaliada através da investigação dos níveis de malondialdeído (MDA) e glutationa (GSH) no exsudato peritoneal. O pré-tratamento com Rip B (10 mg/kg, via intraperitoneal) reduziu significativamente o edema de pata induzido por carragenina, dextrana e composto 48/80. Além disso, também reduziu o edema de pata induzido pelos agentes flogísticos: histamina, serotonina, bradicinina e PGE2. Reduziu significativemente os níveis de enzima MPO no tecido plantar, no modelo de peritonite induzida por carragenina, a Rip B (10 mg/kg, via intraperitoneal) diminuiu a contagem total de leucócitos e diferencial de neutrófilos e as concentrações de IL-1β e TNF-α no exsudato peritoneal. Na atividade antinociceptiva verificou-se que nos grupos onde foi administrada a Rip B (10 mg/kg, via intraperitoneal) houve a redução estatisticamente significante do número de contorções abdominais e redução do número de lambidas de pata no teste da formalina. Todavia, os animais pré-tratados com Rip B (10 mg/kg, via intraperitoneal) não apresentaram um aumento na latência no modelo da placa quente, sugerindo que a ação desta alcamida é dependente de eventos inflamatórios periféricos, e não de um mecanismo de ação central. Além disso, a mesma dose de Rip B também foi capaz de reduzir a concentração de MDA e o aumento dos níveis de GSH no exsudato peritoneal. Estes achados sugerem que a ação anti-inflamatória, antinociceptiva e antioxidante da Rip B esteja relacionada com a inibição da produção ou liberação de mediadores pró-inflamatórios, da redução da MPO na pata, redução da migração de leucócitos e infiltração de neutrófilos, diminuição de citocinas pré-inflamatórios, bem como redução de um efeito antioxidante. Tais dados levantam a possibilidade de que a Rip B poderia ser utilizada para melhorar a resistência do tecido aos danos ocasionados durante o processo inflamatório, bem como durante os processos álgicos.

  • KAMILA LOPES DE LIRA
  • Avaliação da atividade gastroprotetora da fração acetato de etila de Neoglaziovia variegata (Arruda) Mez. (Bromeliaceae) em modelos animais

  • Orientador : RITA DE CASSIA MENESES OLIVEIRA
  • Data: 08/05/2015
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  • A espécie Neoglaziovia variegata (Arruda) Mez é conhecida popularmente como ”caroá”, no Brasil, se encontra amplamente distribuída na região da caatinga por todo o semiárido do Nordeste brasileiro e parte da região Sudeste. O perfil fitoquímico da espécie mostrou a presença de saponinas, taninos, flavonóides, esteróides e triterpenóides. O presente estudo tem como objetivo investigar a atividade gastroprotetora e os mecanismos citoprotetores da fração acetato de etila (Nv-AcOEt) obtida a partir das partes aéreas de Neoglaziovia variegata (Arruda) (Bromeliaceae), utilizando modelos de lesões gástricas agudos em ratos e camundongos. No modelo de lesão gástrica induzida por etanol absoluto (0,2 mL/animal), o pré-tratamento com o Nv-AcOEt (100, 200 e 400 mg/kg, v.o) diminuiu a área de lesão gástrica de maneira significativa (p<0.05). O mesmo foi observado para as lesões gástricas induzidas por etanol acidificado (0,2 mL/animal), Nv-AcOEt (100, 200 e 400 mg/kg, v.o) inibiu a área de lesão gástrica de maneira significativa (p<0,05). No modelo de úlcera por ibuprofeno (100 mg/kg, v.o.), o pré-tratamento com o Nv-AcOEt (100, 200 e 400 mg/kg) reduziu o número de úlceras de maneira significativa (p<0,05). Nv-AcOEt (100 e 200 mg/kg, v.o.) também foi eficaz em inibir as lesões induzidas por isquemia e reperfusão. Na avaliação da atividade antioxidante, Nv-AcOEt (100 mg/kg, v.o.) não impediu a degradação de GSH pela ação do etanol. Nv-AcOEt (100 mg/kg, i.d.) demonstrou um aumento na concentração de muco aderido à parede gástrica no modelo de ligadura de piloro em ratos. Na tentativa de elucidar outros possíveis mecanismos envolvidos na gastroproteção de Nv-AcOEt (100 mg/kg), os animais foram submetidos à indução de lesão gástrica por etanol após pré-tratamento com ibuprofeno, L-NG-nitro-arginina, e glibenclamida, demonstrando a participação das prostaglandinas, da sintase do óxido nítrico, e dos canais de potássio sensíveis ao ATP (KATP), respectivamente.

  • WILMARA DE CARVALHO SANTOS
  •   "Alfa-felandreno apresenta efeitos anti-inflamatório e antinociceptivo: Envolvimento de mecanismos antioxidantes, inibição da migração de neutrófilos e da liberação de TNF-alfa e IL-1beta".

  • Orientador : FERNANDA REGINA DE CASTRO ALMEIDA
  • Data: 07/05/2015
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  • Espécies vegetais aromáticas têm sido utilizadas como uma importante alternativa para o tratamento farmacológico de doenças inflamatórias agudas e crônicas. Os óleos essenciais presentes nessas plantas possuem propriedades farmacológicas tais como analgésica, espasmolítica e anti-inflamatória, e são compostos por vários metabólitos secundários, dentre eles destacam-se os monoterpenos. O α-Felandreno (α-Fel) é um monoterpeno presente no óleo essencial de plantas aromáticas, e, em estudos anteriores, demonstrou atividades anti-inflamatória, antinociceptiva e antioxidante. O objetivo deste trabalho foi investigar o efeito antinociceptivo e anti-inflamatório do α-Fel em modelos experimentais de inflamação aguda e crônica. Foram utilizados camundongos Swiss machos (25-30 g), ratos Wistar machos (180-240 g) e fêmeas (170-230 g) (Comitê de Ética Animal / UFPI, Nº. 82/2014). O modelo classico de inflamação crônica induzida pela injeção de adjuvante completo de Freund (ACF) na pata traseira induz alodinia mecânica e hiperalgesia. Vinte e quatro horas após a injeção de ACF, utilizou-se os aparelhos von Frey digital, Randall Selitto e pletismômetro para avaliar alodinia, hiperalgesia e edema inflamatório, respectivamente. No teste de alodinia mecânica induzida por ACF (100 μL) os ratos receberam α-Fel (12,5, 25, 50 e 100 mg/kg), veículo (salina 0,9% em Tween 80 a 2%) ou dexametasona (DEXA - 0,5 mg/kg), por via oral e foram avaliados em diferentes intervalos de tempo (1, 2, 4, 6, 8, 10, 12, 24 h) após o tratamento. O α-Fel em todas as doses testadas, reduziu a alodinia mecânica apresentando melhor resultado com a dose de 100 mg/kg, da 1º até a 24º hora. Para investigar os efeitos do tratamento crônico do α-Fel, os animais foram avaliados diariamente e tratados nos 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 9º e 10º dias. O α-Fel reduziu a alodinia durante todo o tratamento crônico sem apresentar tolerância. A hiperalgesia e o edema inflamatório foram induzidos por ACF (50 μL) em ratas tratadas por via oral com α-Fel (6,25, 12,5, 25, 50 e 100 mg/kg), veículo ou diclofenaco (5 mg/kg), avaliadas nos tempos de 1, 2, 3, 4, 5 e 6 h (fase aguda) e tratadas uma vez por dia durante 10 dias (fase crônica). O α-Fel reduziu a hiperalgesia inflamatória durante as duas fases do teste (***p<0,001), exceto na dose de 6,25 mg/kg. As doses testadas não reduziram o edema na fase aguda, já na fase crônica o α-Fel 100 mg/kg reduziu o edema a partir do 4º dia de tratamento, efeito semelhante foi apresentado pelas doses 25 e 50 mg/kg a partir do 7º dia de tratamento. O α-Fel (100 mg/kg, v.o.) não apresentou ação relaxante muscular (teste rota rod) nem efeito depressor central (teste campo aberto). Parâmetros bioquímicos (uréia, creatinina, AST e ALT) e pesos corporal e ponderado de órgãos (coração, pulmão, fígado, rins e baço) foram avaliados após o tratamento crônico, sem apresentar alterações. No modelo de migração leucocitária induzida por carragenina para a bolsa de ar, o α-Fel (100 mg/kg, v.o.) reduziu a infiltração de leucócitos totais (**p<0,01). O α-Fel (50 e 100 mg/kg) reduziu significativamente os níveis de TNF-α, IL-1β, nitrito e a atividade da enzima MPO, além de aumentar a atividade da enzima antioxidante SOD. Os resultados sugerem que a ação anti-inflamatória e antinociceptiva do α-Fel esteja relacionada com a inibição da produção ou liberação de mediadores pró-inflamatórios, a migração de leucócitos e um possível efeito antioxidante.

  • FRANCISCO VALMOR MACEDO CUNHA
  • Ferulato de etila apresenta atividade anti-inflamatória via mecanismos antioxidantes, inibição da migração de neutrófilos e da liberação de citocinas pró-inflamatórias TNFα e IL-1β

  • Orientador : FRANCISCO DE ASSIS OLIVEIRA
  • Data: 26/03/2015
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  •       A inflamação é uma resposta adaptativa fisiológica desencadeada por estímulos ou condições como infecção e lesão tecidual. A resolução depende de um complexo processo que envolve agentes humorais incluindo as prostaglandinas, interleucinas e produção de espécies reativas de oxigênio e nitrogênio; e celulares como neutrófilos, leucócitos e mastócitos. Os fármacos utilizados para o tratamento de inflamação incluem os anti-inflamatórios não-esteroidais que podem ser nocivos ao trato gastrintestinal e os corticosteróides os quais possuem variados efeitos secundários, especialmente quando utilizados cronicamente. Nesse sentido, óleos essenciais, ricos em fenilpropanóis como o ácido ferúlico, têm sido utilizados no tratamento de afecções inflamatórias apresentando efetividade e baixa toxicidade. O ferulato de etila (FE) é um derivado do ácido ferúlico, um fenilpropanóide com atividades anti-inflamatória e antioxidante. O objetivo deste estudo foi investigar a atividade anti-inflamatória do FE em modelos experimentais de inflamação e os possíveis mecanismos de ação envolvidos na resposta. Para isso, foram utilizados ratos Wistar (150-210 g), machos e fêmeas. O modelo de edema de pata induzido por carragenina (1%; 0,1 mL) foi utilizado para avaliar a atividade anti-edematogênica do FE, seguido pela elucidação dos mecanismos de ação através da contagem total de leucócitos, atividade de mieloperoxidase (MPO), concentração do nitrito (NO2-), níveis de citocinas (TNF-α e IL-1β), avaliação da atividade da superóxido dismutase (SOD), catalase e concentração de tióis totais e espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) em modelo de bolsa de ar subcutânea ativada por carragenina. A avaliação da atividade anti-inflamatória aguda, induzida por carragenina, e crônica, induzida por adjuvante completo de Freund (ACF), do FE foram realizadas através de avaliações do edema articular e tempo de elevação da pata (TEP) em incapacitômetro. O registro radiográfico da articulação com monoartrite induzida por ACF foi coletado no dia da indução e após 7 e 14 dias. Ao fim dos 14 dias de protocolo, estômago, coração, rins e fígado foram retirados para acesso a sinais de gastrolesividade, e toxicidade cardíaca, hepática e renal. O FE 25, 50 e 100 mg/kg v.o reduziu o edema de pata (p<0,001) induzido por carragenina da 1ª a 5ª hora nas doses de 50 e 100 mg/kg v.o. FE 50 e 100 mg/kg v.o inibiu a migração de leucócitos em modelo de bolsa de ar (p<0,001) bem como diminuiu a atividade da mieloperoxidase (p<0,001), SOD, catalase; aumentou as concentrações de tióis totais e diminuiu as concentrações de TNF-α e IL-1β, NO e TBARS. Na monoartrite induzida por carragenina e ACF o FE 50 e 100 mg/kg, v.o reduziu significativamente o edema e o TEP já na segunda hora após a indução (p<0,001). FE apresentou-se como condroprotetor nos registros radiográficos nas doses de 50 e 100 mg/kg, v.o (p<0,001). Não houve indícios de gastrolesividade ou toxicidade renal hepática ou cardíaca aparente. Os dados obtidos sugerem que o ferulato de etila exerce atividade anti-inflamatória através da inibição da migração leucocitária, do estresse oxidativo e da inibição de citocinas pró-inflamatórias.

  • CAMILA ERNANDA SOUSA DE CARVALHO
  • DETERMINAÇÃO DAS ATIVIDADES ANTILEISHMANIA, CITOTÓXICA E DE PARÂMETROS DE ATIVAÇÃO DE MACRÓFAGOS DO ÓLEO ESSENCIAL DAS FOLHAS DE Myracrodruon urundeuva (Engl.) Fr. All

  • Orientador : FERNANDO AECIO DE AMORIM CARVALHO
  • Data: 27/02/2015
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  • A leishmaniose é uma miscelânea de doenças parasitárias causadas por protozoários do gênero Leishmania. Os fármacos utilizados no seu tratamento apresentam altos índices de desenvolvimento de resistência, regimes de tratamento com altas doses por longos períodos, administração parenteral e alta toxicidade renal e cardíaca, o que tornam sua administração limitada. Neste cenário, destacam-se os óleos essenciais, que são substâncias complexas constituídas por metabolitos secundários de plantas, que têm apresentado resultados surpreendentes em experimentos, em decorrência das inúmeros atividades farmacológicas e, dentre elas, atividade antileishmania. Assim, esse trabalho teve como objetivo determinar os principais constituintes do óleo essencial das folhas de Myracrodruon urundeuva (Engl.) Fr. All., investigar seu potencial antileishmania, bem como avaliar sua citotoxicidade e capacidade de ativação de macrófagos como possível mecanismos de ação antileishmania. Nossos resultados mostram que o óleo essencial de M. urundeuva possui três compostos principais sendo a classe mais abundante a de monoterpenos (95,4%), constituídos de dois mircenos isômeros, e o terceiro composto um sesquiterpeno, cariofileno (4,6%). O óleo inibiu o crescimento das formas promastigotas de Leishmania amazonensis com uma concentração inibitória média (CI50) de 205 µg/mL em 48 horas de exposição. Contra formas amastigotas axênicas apresentou uma CI50 de 104,5 µg/mL. Macrófagos infectados com L. amazonensis e tratado com o mesmo óleo revelou uma redução dependente de concentração, tanto no percentual de infecção como no número de amastigotas por macrófagos, com IC50 de 44,5 µg/mL. Os valores de concentrações citotóxicas média (CC50) obtidos para macrófagos foi de 550 µg/mL, superando os valores de CI50 para amastigotas. A citotoxicidade do óleo de M. urundeuva sobre eritrócitos humanos de tipo sanguíneo O+ foi baixa, apresentando 20% na maior concentração testada que foi de 800 µg/mL.  O óleo essencial incrementou a capacidade fagocítica, contudo não estimulou a atividade lisossomal. A produção de óxido nítrico foi reduzida nas maiores concentrações do óleo (800, 400 e 200 µg/mL), sugerindo que a atividade antileishmania não atua por essa via. Pode-se concluir que o óleo essencial de M. urundeuva apresenta atividade antileishmania significativa, com baixa citotoxicidade para células de mamífero.

  • GABRIELA DANTAS CARVALHO
  • EFEITO CARDIOVASCULAR DO EXTRATO ETANÓLICO DE Lippia

    origanoides H.B.K. (Verbenaceae) EM RATOS ENVOLVE A VIA DA

    NO-SINTETASE.

  • Orientador : ALDEIDIA PEREIRA DE OLIVEIRA
  • Data: 23/02/2015
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  • Lippia origanoides H.B.K. conhecida como “orégano-del-monte”, utilizada na culinária como tempero e na medicina popular como antibacteriano. O objetivo do estudo foi avaliar os efeitos do extrato etanólico das folhas de Lippia origanoides H.B.K. (EtOH-Lo) sobre o sistema cardiovascular em ratos normotensos. Utilizou-se ratos wistar (250-300g) que foram anestesiados com tiopental sódico (45 mg/kg, i.p.) para implantação de cateteres de polietileno (PE-10) na artéria e veia femoral esquerdas. A PA e a FC foram medidas através de um transdutor de pressão acoplado a um amplificador (AVS projetos/SP). Todos os procedimentos foram aprovados pelo CEEA-UFPI (015/2012). Os resultados foram expressos como (média±e.p.m). A administração venosa do EtOH-Lo (12,5; 25; 50 mg/kg i.v.) promoveu uma hipotensão seguida de taquicardia. O pré-tratamento o com L-NAME (20 mg/kg i.v.) ou propranolol (1,5 mg/kg i.v.) atenuaram a hipotensão e a taquicardia  com reversão da taquicardia na presença do propanolol. A administração por via intragástrica de EtOH-Lo (100 mg/kg v.o.),  reduziu a pressão arterial média (PAM) a partir dos 150 min., com tempo de duração do efeito de 3 h, sem alterar a frequência cardíaca de modo significativo. Nos estudos in vitro os anéis de artéria mesentérica (1-2 mm) com e sem endotélio, mantidos em solução de Tyrode a 37ºC a (95% O2 e 5% CO2) e submetidos à tensão de 0,75 g, foram fixados a transdutores de força acoplados a um sistema de aquisição (AVS projetos/SP) para registro das tensões isométricas. Após estabilização (60 min.) os anéis foram pré-contraídos com fenilefrina (10-5 M), e na fase tônica da contração administrou-se cumulativamente EtOH-Lo (0,1-243 µg/mL), que agiu promovendo efeito vasorrelaxante dependente e independente do endotélio vascular. Em preparações com endotélio vascular intacto, pré-tratadas com L-NAME (100 µM), ODQ (10 µM), KT5823 (1 µM), indometacina (10 µM) e atropina (1 nM), respectivamente, ocorreu uma atenuação do efeito vasorrelaxante. Em Anéis sem endotélio vascular pré-contraidos com S-(-) Bay K 8644 (10-5 M) ou com solução despolarizante KCl 80 mM, o EtOH-Lo promoveu vasorrelaxamento semelhante à preparações pré-contraidas com Fenilefrina. Em outra série de experimentos as preparações com e sem o endotélio vascular foram pré-incubadas com bloqueadores de canais de potássio: TEA (3 mM), Glibenclamida (10 µM), 4- aminopiridina (10 µM) e apamina (1 µM), nestas condições observou-se uma atenuação da resposta vasorrelaxante do EtOH-Lo. Conclui-se que o EtOH-Lo promove hipotensão e taquicardia envolvendo a NOS e receptores β-adrenérgicos. O EtHO-Lo promove vasorrelaxamento dependente envolvendo a via M3/NO/CGs/PKG/ PGI2, ativação de canais de canais de potássio (KV, KATP e SKCa2+). e o bloqueio de canais de cálcio.

2014
Descrição
  • LUCAS ANTONIO DUARTE NICOLAU
  • EFEITO PROTETOR DO CLORIDRATO DE

    EPIISOPILOTURINA, UM ALCALÓIDE IMIDAZÓLICO ISOLADO DE Pilocarpus

    microphyllus (Stapf ex Wardleworth), NA LESÃO GASTRINTESTINAL INDUZIDA

    POR NAPROXENO EM RATOS.

  • Orientador : JAND VENES ROLIM MEDEIROS
  • Data: 19/12/2014
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  • Naproxeno, um representante da família dos AINEs é frequentemente recomendado

    clinicamente. No entanto, esta droga causa dano no trato gastrintestinal através de vários

    processos, incluindo a geração de espécies reativas de oxigênio, a inibição da síntese das

    prostaglandinas e peroxidação lipídica. O objetivo deste estudo foi investigar o efeito protetor

    do cloridrato de epiisopiloturina, um alcalóide imidazólico encontrado nas folhas de Pilocarpus

    microphyllus. A atividade protetora do cloridrato de epiisopiloturina (EPI) foi avaliada usando o

    modelo de lesão gastrintestinal induzido por naproxeno em ratos Wistar. Tecidos do estômago e

    intestino foram obtidos para a avaliação histológica seguida de padrões previamente descritos

    na literatura. Além disso, amostras foram retiradas para determinar os níveis de glutationa

    (GSH), malondialdeído (MDA), atividade da mieloperoxidase (MPO) e os níveis do fator de

    necrose tumoral (TNF-α), interleucina (IL)-1β e interleucina (IL)-10. Para avaliar alterações

    fisiológicas, foram avaliados os parâmetros de muco aderido à parede gástrica, secreção e fluxo

    sanguíneo gástrico (FSG). O pre-tratamento com EPI reduziu a lesão macroscópica gástrica

    induzida por naproxeno com efeito máximo na dose de 10 mg/kg i.p. (68% de inibição de

    lesão). Além disso, EPI apresentou proteção significativa somente na dose de 10 mg/kg i.p.

    frente a lesão intestinal induzida por naproxeno. A análise histológica mostrou que o naproxeno

    apresentou lesão hemorrágica, edema, perda de células epiteliais e aumento infiltrado de células

    inflamatórias. Em contraste, o pretratamento com EPI diminuiu o infiltrado de células

    inflamatórias, formação de edema e perda de células epiteliais. Naproxeno aumentou os níveis

    de MPO e MDA (MPO: 10,9 ± 1,8 U/mg e 18,3 ± 1,5 U/mg de tecido gástrico e intestinal,

    respectivamente; MDA: 157,3 ± 18,1 nmol/g e 313,8 ± 33,3 nmol/g de tecido gástrico e

    intestinal, respectivamente) e reduziu os níveis de GSH (76,79 ± 11,70 mg/g e 93,1 ± 20 mg/g

    de tecido gástrico e intestinal, respectivamente). No entanto, EPI alterou os parâmetros gástricos

    bioquímicos, reduziu MPO (3,4 ± 0,3 U/mg de tecido), MDA (70,4 ± 8,3 mg/g de tecido) e

    GSH (246,2 ± 26,4 mg/g de tecido), enquanto mudou no tecido intestinal apenas GSH e MPO

    (189.5±27.2 mg/g and 11,39 ± 2,6 U/mg de tecido, respectivamente). Naproxeno diminuiu a

    quantidade de muco aderido (0,0224 ± 0,0057 μg/g de tecido) quando comparado ao grupo

    controle. Entretanto, o pré-tratamento com EPI não modificou esses efeitos fisiológicos quando

    comparados com o grupo controle (0,0262 ± 0.0061 μg/g de tecido, i.p. e 0,0258 ± 0.0041 μg/g

    de tecido, v.o.). Na secreção ácida gástrica, EPI não mostrou nenhuma alteração no volume, pH

    e total de acidez. Naproxeno aumentou os níveis do fator de necrose tumoral (TNF-α)

    (988.2±52.01 pg/mL) enquanto o pré-tratamento com EPI reduziu (700,5 ± 59,95 pg/mL). Por

    fim, no FSG, EPI i.p. aumentou o fluxo sanguíneo em 15% sugerindo importante fator de

    gastroproteção. Nossos resultados sugerem que EPI i.p. desempenha sobretudo papel

    gastroprotetor na lesão induzida por naproxeno através de mecanismos antioxidantes, redução

    de citocina inflamatória e aumento da taxa de FSG.

     

  • EMANUELLA FEITOSA DE CARVALHO
  • Efeito vasorrelaxante induzido por extrato e frações de Terminalia

    fagifolia Mart. & Zucc. em aorta isolada de rato.


  • Orientador : RITA DE CASSIA MENESES OLIVEIRA
  • Data: 18/12/2014
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  •  

    Terminalia fagifolia Mart. & Zucc. (Combretaceae) é uma planta comum nas regiões

    do cerrado brasileiro, utilizada popularmente para tratamento de distúrbios

    gastrintestinais. Na literatura não existem relatos da utilização de T. fagifolia para o

    tratamento de afecções do sistema cardiovascular, porém plantas do mesmo gênero,

    como T. arjuna (Roxb.) Wight & Arn e T. superba Engler & Diels, apresentam efeito

    cardioprotetor, hipotensor e vasodilatador. Diante disto, o objetivo deste estudo foi

    investigar o efeito do extrato etanólico (EETf) e as frações aquosa (FAQ-Tf), solúvel

    em água (FSA-Tf), hexânica (FHEX-Tf), hidroalcoólica (FHA-Tf) e insolúvel em água

    (FIA-Tf) da casca do caule de Terminalia fagifolia Mart. & Zucc. em anéis de aorta

    torácica isolada de ratos. Utilizou-se ratos Wistar (250 a 300 g), provenientes do

    Biotério do NPPM/UFPI mantidos sob condições controle de temperatura (24±1 oC) e

    ciclo claro-escuro de 12 horas, tendo livre acesso à alimentação e água. Após

    eutanásia, a aorta foi retirada (CEEA 08/12) e livre de tecidos conectivo e adiposo, e

    seccionadas em anéis (3 a 4 mm). Para obtenção das respostas isométricas, os anéis

    foram suspensos individualmente por alças de aço inoxidável, em cubas de vidro

    contendo solução de Krebs Normal, mantidos a 37 oC, aerados com uma mistura

    carbogênica (95% O2 e 5% CO2) e suspensos por linhas de algodão fixadas a um

    transdutor de força acoplado a um sistema de aquisição (AECAD 1604, AQCAD 2.0.5,

    AVS Projetos, SP). Após o período de estabilização (1 h) (tensão de 1 gf), e

    verificação do endotélio vascular, os anéis de aorta foram pré-contraídos com

    Fenilefrina (Fen, 1 μM) e no componente tônico e sustentado da contração

    administrou-se cumulativamente extrato etanólico e frações de T. fagifolia (0,1 a 750

    μg/mL), em preparações individuais. A participação da via do NO/GCs/GMPc no efeito

    vasorrelaxante das frações FAQ-Tf e FSA-Tf foram avaliadas através do pré-

    tratamento com L-NAME, ODQ ou PTIO (preparações individuais) e observou-se que

    a curva de relaxamento das frações investigadas foi atenuada na presença das

    ferramentas farmacológicos. A avaliação da participação dos canais de K+

    vasorrelaxante das frações FAQ-Tf ou FSA-Tf foram realizados utilizando TEA, GLIB,

    4-AP, APM, ChTX ou IbTX (somente para FSA-Tf), em preparações individuais. O

    efeito vasorrelaxante da fração FAQ-Tf foi atenuado na presença do TEA, 4-AP e da

    APM. Já o efeito vasorrelaxante da fração FSA-Tf foi atenuado na presença dos

    seguintes bloqueadores TEA, GLIB, 4-AP e da IbTX. A atuação do fator

    hiperpolarizante derivado do endotélio (FHDE) no vasorrelaxamento induzindo pelas

    frações FAQ-Tf e FSA-Tf, foi avaliado através do pré-tratamento com L-NAME e TEA

    e observou-se que as curvas de vasorrelaxamento das frações FAQ-Tf e FSA-Tf

    foram atenuados na presença dos bloqueadores. Diante dos resultados, conclui-se

    que o EETf induziu ao vasorrelaxamento dependente de concentração e independente

    de endotélio, as frações FIA-Tf, FHA-Tf e FHEX-Tf apresentaram efeito vasorrelaxante

    dependente de concentração e independente de endotélio vascular, mas não

    obtiveram 100% de eficácia relaxante. As frações FAQ-Tf e FSA-Tf apresentaram

    efeito vasorrelaxante dependente de concentração e mais potente em anéis de aorta

    com endotélio vascular. O mecanismo de vasorrelaxamento induzido pela FAQ-Tf

    envolve a via do NO/GCs/GMPc, os canais de potássio do tipo Kv e o FHDE. Já o

    mecanismo vasorrelaxante induzido pela FSA-Tf envolve a via do eNOS/GCs/GMPc,

    canais de potássio do tipo BKCa e o FHDE.

     

     

  • KEYLLA DA CONCEIÇÃO MACHADO
  • AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO FERULATO DE ISOPENTILA

  • Orientador : RIVELILSON MENDES DE FREITAS
  • Data: 06/11/2014
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  • O ferulato de isopentila é um éster derivado do ácido ferúlico obtido por meio de uma reação de esterificação. Contudo, ainda não há pesquisas quanto as propriedades farmacológicas e toxicológicas, principalmente sobre o Sistema Nervoso Central deste fenilpropanoíde. Diante disto, o objetivo geral deste estudo foi avaliar a toxicidade, investigar o potencial antioxidante e as propriedades farmacológicas. Para tanto, foi realizada uma prospecção tecnológica, seguida pela avaliação da toxicidade no teste de Artemia salina e o potencial antioxidante in vitro pelos métodos 2,2difenil-1-picrilhidrazil, ácido 2,2'-azinobis-3 etilbenzotiazolina-6-sulfónico, hidroxila e oxido nítrico. Além disto, foi verificada sua capacidade em inibir a peroxidação lipídica por meio da determinação das substâncias reativas com o ácido tiobarbitúrico, bem como o seu potencial redutor nas concentrações 2,36; 4,72; 7,08 e 14,16 mM. Os testes do campo aberto e do rota rod foram aplicados para avaliar o efeito sobre a atividade locomotora e coordenação motora em camundongos Swiss que foram tratados por via intraperitoneal (i.p.) com 25, 50, 75 ou 150 mg/kg do ferulato de isopentila, e para os grupos: grupo controle (salina, 10 mL/kg) e diazepam (1 mg/kg) (i.p., controle positivo nos testes comportamentais), flumazenil (2,5 mg/kg) e ácido ascórbico (250 mg/kg controle positivo testes antioxidantes). A atividade ansiolítica foi observada pelo teste de esconder esferas. Para avaliação da atividade antiepiléptica com as mesmas doses do ferulato de isopentila usadas no teste psicomotores, foram utilizados os modelos de epilepsia induzido por pilocarpina ou pentilenotetrazol. Para avaliar o potencial antioxidante ex vivo foi feita por meio da hemólise dos eritrócitos de ratos induzida por peróxido de hidrogênio e no hipocampo de camundongos submetidos ao teste de esconder esferas. Na realização da prospecção tecnológica foi encontrado apenas duas patentes relacionada ao ácido ferúlico e suas propriedades sobre o Sistema Nervoso Central. O ferulato de isopentila não demonstrou efeito tóxico frente a taxa de mortalidade sobre os microcrustáceos (p<0,05). Na avaliação antioxidante in vitro, em todos os testes, o ferulato apresentou alta capacidade antioxidante. No estudo comportamental, os grupos tratados com ferulato, no teste do campo aberto, não houve redução da atividade locomotora e no teste do rota rod não houve registro de déficit motor. O efeito ansiolítico pode ser mediado pelo sistema GABAérgico, uma vez que este efeito foi revertido pelo flumazenil. Por sua vez, na avaliação da atividade antiepiléptica, foi visto uma redução nas crises epilépticas, bem como um aumento na taxa de sobrevivência nos dois modelos de epilepsia. O ferulato inibiu a hemólise in vitro e reduziu o nível de peroxidação lipídica e conteúdo de nitrito. Além disso, aumentou a atividade das enzimas catalase, glutationa peroxidase e superóxido dismutase no hipocampo de camundongos, sugerindo que seu papel antioxidante pode ser devido à modulação positiva destas enzimas. Os resultados sugerem que o ferulato de isopentila apresenta potencial para o desenvolvimento de estudos futuros que visam novas alternativas para o tratamento de doenças neuropsiquiátricas relacionadas ao estresse oxidativo.

  • NÁIGUEL CASTELO BRANCO SILVA
  • Investigação do efeito vasorelaxante do nerol em aorta isolada

    de rato.

  • Orientador : RITA DE CASSIA MENESES OLIVEIRA
  • Data: 29/08/2014
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  • No presente estudo investigou-se o efeito vasorelaxante do nerol em anéis de artéria

    aorta isolada de rato. Foram usados ratos Wistar (250-300 g), oriundos do Biotério do

    NPPM/UFPI, mantidos em temperatura de 24 ± 1°C e ciclo claro-escuro de 12 horas,

    com livre acesso a água e ração. Os protocolos (n=5-6/protocolo) foram aprovados pelo

    Comitê de Ética em Experimentação com Animais (CEEA/UFPI 008/2012). Os ratos

    foram anestesiados e após eutanásia a aorta foi retirada e os anéis (2-3 mm) foram

    suspensos por alças de aço inoxidável, em cubas de vidros de 6 mL contendo solução

    de Krebs Normal (pH 7,4), aerada com carbogênio (95% de O2 e 5% de CO2), mantidos

    a 37oC, e fixados individualmente por linhas de algodão a um transdutor de força

    acoplado a um sistema de aquisição (AECAD/AQCAD/AVS Projetos, SP/Brasil) para o

    registro das tensões isométricas. Após estabilização de 60 minutos sob tensão de 1 gf,

    verificou-se a presença ou ausência do endotélio vascular nos anéis de aorta por

    adição de acetilcolina (ACh,1μM) sobre o componente tônico da contração gerada pela

    adição de fenilefrina (FEN,1μM). Anéis com relaxamento maior que 50%, eram

    considerados com endotélio (E+) e anéis com relaxamento menor que 10%, sem

    endotélio funcional (E-). Durante a fase tônica de uma segunda contração induzida por

    FEN ou 80 mM de KCl, em preparações diferentes, com e sem endotélio funcional, nerol

    (0,1-750 μg/mL), foi adicionado às cubas cumulativamente. Anéis sem endotélio foram

    contraídos com concentrações cumulativas de KCl (10-100 mM), e a inibição da

    contração avaliada na presença de concentrações individuais de nerol (9, 27,81, 243 e

    750 μg/mL). Em outro momento, anéis sem endotélio foram pré-incubados com 5 mM

    de KCl e contraídos com Bay K8644 (10-7

    (CaV-L) e na fase tônica da contração administrou-se nerol de maneira cumulativa. A

    potência vasorelaxante do nerol foi avaliada através da comparação dos valores de pD2

    e Emáx obtidos nas preparações individuais. Para avaliar a participação da proteína

    cinase C (PKC) na resposta vasorelaxante do nerol, anéis de aorta sem endotélio foram

    pré-incubados com bisindolilmaleimida I (BIS-1, 10-7

    contraídos com FEN. Na fase tônica da contração, nerol foi adicionado cumulativamente

    à cuba. Os resultados foram expressos como média ± EPM. Para comparação entre as

    medias, foi usado o Teste t de student não pareado, com significância para valores de

    *p<0.05. Valores de pD2 foram obtidos por regressão não linear (GraphPad PrismTM). Os

    resultados mostram que nerol foi capaz de relaxar os anéis de aorta pré-contraidos com

    FEN dependente de concentração e equipotentes quando na presença (E+: pD2 = 1.78

    ± 0.02) e na ausência do endotélio (E-: pD2 = 1,74 ± 0,07). Nerol também promoveu

    efeito vasorelaxante dependente de concentração em anéis de aorta contraídos com 80

    mM (E-: pD2 = 1:46 ± 0.01), sem diferença estatística comparado com FEN sugerindo

    que o mesmo age pela mesma via de sinalização dos dois agentes contráteis. Nerol

    inibiu de maneira significativa a contração em anéis de aorta pela adição cumulativa de

    KCl, reduzindo o efeito máximo nas concentrações de 27 μg/mL: Emáx (%) =

    59,9±10,3*; 243 μg/mL, Emáx (%)= 11,8±2.60*; 750 μg/mL: Emáx (%) = 6.0±3.28*,

    comparados ao controle: Emax (%) = 91,8±8,16. Na presença do inibidor da PKC, nerol

    não foi diferente do controle. Conclui-se que nerol apresenta efeito relaxante

    dependente de concentração e independente do endotélio vascular em anéis de aorta, e

    esse efeito é sugestivo de bloqueio do influxo de Ca2+

    M), um ativador de canais de Ca2+

    do tipo L

    M), durante 20 minutos e

    pelos CaV-L, e independe da PKC.

  • GLEIZIANE SOUSA LIMA
  • AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES ANTIULCEROGÊNICA E CICATRIZANTE DA CASCA DO FRUTO DE Platonia insignis Mart

  • Orientador : RITA DE CASSIA MENESES OLIVEIRA
  • Data: 13/08/2014
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  • Avaliação das atividades antiulcerogênica e cicatrizante da casca do fruto de Platonia insignis Mart. Lima, G. S. Pós-Graduação em Farmacologia. Dissertação de Mestrado, NPPM/CCS/UFPI (2014).

     

    Platonia insignis Mart. é uma espécie da família Clusiaceae, conhecida popularmente como bacurizeiro, sendo espécie nativa da Amazônia e Nordeste do Brasil. Espécies da família Clusiaceae, são comumente utilizadas na Medicina para o tratamento de diversas afecções, dentre elas distúrbios gastrintestinais. O objetivo deste trabalho então, foi investigar a atividade gastroprotetora e cicatrizante do extrato etanólico (Pi-EtOH) e da fração acetato de etila (Pi-AcOEt) da casca do fruto de Platonia insignis Mart em modelos agudos e crônico de lesão gástrica em ratos e camundongos, investigando seus possíveis mecanismos. No modelo de lesão gástrica induzida por etanol absoluto (0,2 mL/animal) o pré-tratamento com Pi-EtOH (50, 100 e 200 mg/kg, v.o) e Pi-AcOEt (25, 50 e 100 mg/kg, v.o) diminuíram a área de lesão gástrica de maneira significativa (p< 0,05). No modelo de indução de úlcera por HCL/etanol (0,2 mL/animal), Pi-EtOH (50,100 e 200 mg/kg, v.o) e Pi-AcOEt (50 e 100 mg/kg, v.o) reduziram a área de lesão gástrica de maneira significativa (p< 0,05). No modelo de lesão gástrica provocada por isquemia e reperfusão, Pi-EtOH (50, 100 e 200 mg/kg, v.o) e Pi-AcOEt (25, 50 e 100 mg/kg, v.o) também foram capazes de inibir as lesões de maneira significativa (p <0,05).  Na avaliação da ação antioxidante, apenas Pi-AcOEt (50 mg/kg) foi capaz preservar os níveis de GSH, não tendo sido Pi-EtOH capaz de impedir a degradação de GSH neste protocolo. Na avaliação do efeito sobre a catalase, nem Pi-EtOH (50 mg/kg, v.o) nem Pi-AcOEt (50 mg/kg, v.o) foram capazes de elevar a atividade da catalase. No que tange a ação de Pi-EtOH (50 mg/kg, v.o) e Pi-AcOEt (50 mg/kg, v.o) sobre a peroxidação lipídica, ambos conseguiram diminuir tal processo. Ainda tentando elucidar os possíveis mecanismos de ação envolvidos na gastroproteção apresentada por Pi-EtOH (50 mg/kg, v.o) e Pi-AcOEt (50 mg/kg, v.o), camundongos foram submetidos a indução de lesão gástrica por etanol após pré-tratamento com L-NOARG, demonstrando a participação da sintase do óxido nítrico no seu efeito. Para avaliar a ação antiulcerogênica foi utilizado o modelo de úlcera induzida por ácido acético, neste modelo tanto Pi-EtOH (50 mg/kg, v.o) quanto Pi-AcOEt (50 mg/kg v.o) reduziram de forma significante o volume da lesão da úlcera após 7 dias de tratamento, sendo que os animais não apresentaram sinais de toxicidade. Para verificar a ação de Pi-EtOH e Pi-AcOEt sobre a viabilidade celular visando determinar o valor de IC50, foi realizado protocolo de MTT para determinação da IC50, não tendo sido encontrado o valor da IC50. Para elucidar os possíveis mecanismos de ação envolvidos no efeito cicatrizante, foram realizados protocolos de proliferação e migração celular, utilizando células de adenocarcinoma humano (AGS). Em todas as concentrações testadas (10 e 100 ng e 1 e 10 ug), Pi-EtOH e Pi-AcOEt estimularam a proliferação celular em ensaio com BrdU. No ensaio de migração celular Pi-EtOH e Pi-AcOEt não foram capazes de promover aumento da migração celular. Com base nesses resultados, pode-se concluir que a gastroproteção promovida por Pi-EtOH e Pi-AcOEt possivelmente se deve a propriedades antioxidantes e que a atividade antiulcerogênica e cicatrizanteparece envolver o incremento da proliferação celular.

  • EVERTON MORAES LOPES
  • Efeitos da Quercetina em modelos experimentais de nocicepção e possíveis mecanismos de ação envolvidos.

  • Orientador : SALETE MARIA DA ROCHA CIPRIANO BRITO
  • Data: 13/05/2014
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  • A quercetina (3,3`,4`,5,7-pentahidroxiflavona) é um flavonoide, amplamente encontrado na natureza, muito abundante em frutas e vegetais. Diversas pesquisas destacam o seu uso como cardioprotetor, anticarcinogênico, neuroprotetor, anti-inflamatórios, antidiabético, entre outros, mas a sua principal característica é a capacidade varredora de radicais livres. O objetivo desse trabalho foi delinear a ação antinociceptiva aguda e crônica, bem como elucidar os possíveis mecanismos de ação envolvidos. Camundongos Swiss machos (20-30 g; n=6-8) e ratos Wistar machos (170-250 g/ n=6-8), foram utilizados nos testes de nocicepção. Inicialmente foram detectados efeitos antinociceptivos e/ou protetores da quercetina (5, 10 e 15 mg/kg, i.p) em ratos submetidos à compressão parcial do nervo ciático (CPNC) e avaliados pela aplicação dos filamentos de von Frey na pata direita. Nesse modelo crônico de nocicepção, os ratos tratados com o flavonoide durante 7 dias apresentaram limiares de nocicepção mecânica semelhantes à aqueles tratados com  amitriptilina (10 mg/kg, i.p) e com ratos sham operados. Em outros experimentos, os ratos submetidos à CPNC foram tratados com quercetina (10 e 20 mg/kg, i.p) somente no oitavo dia após o procedimento cirúrgico, quando foi observado o aumento nos limiares de dor comparavéis aos resultados com a morfina  morfina (5 mg/kg, i.p).  Nesse protocolo, a dose de 10mg/kg apresentou ação na segunda e terceira hora após a administração, enquanto que a dose de 20mg/kg mostrou resultados semelhantes aos da morfina nas primeiras horas, mas sua ação antinociceptiva ainda foi evidente na terceira hora. Diante desses dados, os efeitos agudos da quercetina (10 e 15 mg/kg) foram investigados em outro modelo de dor crônica, ou seja, na neuropatia diabética, também avaliada por estímulo mecânico em ratos com diabetes induzido por estreptozotocina (STZ), O tratamento em dose única da quercetina (10 ou 15 mg/kg, i.p.) após 28 dias da indução do diabetes não foi efetivo para reestabelecer o limiar nociceptivo, uma vez que não atingiu o valor inicial desse grupo ou o valor do grupo controle ou não diabético. No terceiro modelo de dor, foi  empregado o teste do glutamato, um modelo de dor aguda, onde foi quantificado o tempo de lambedura, por 15 minutos da pata estimulada com glutamato (20 μL, 20 μmol/pata), após tratamento com quercetina (10 e 20 mg/kg, i.p), veículo ou morfina (5 mg/kg, i.p). As doses de 10 e 20 mg/kg tiveram resposta significativa sobre a nocicepção, assim como a morfina. A partir desses resultados foram investigados os possíveis mecanismos envolvidos no seu efeito antinociceptivo, no teste do glutamato. O tratamento com naloxona (2 mg/kg, i.p) e mecamilamina (2 mg/kg, i.p), 20 minutos antes da quercetina (10 mg/kg, i.p) não foi capaz de reverter o efeito do flavonoide. No entanto, o pré-tratamento com glibenclamida (3 mg/kg, i.p.), L-arginina (600 mg/kg, i.p.) e atropina ( 1 mg/kg, i.p) reverteram a ação do flavonoide. Com base no exposto, notamos um efeito antinociceptivo diante da neuropatia por injúria do nervo ciático e em modelo de dor aguda, sugerindo que a quercetina tem sua ação possivelmente mediada pelos canais para K+ATP, com participação da via L-arginina oxido nítrico e envolvimento dos receptores muscarinicos do sistema colinérgico.

     

     

  • JONAS MOURA DE ARAÚJO
  • ESTUDO COMPARATIVO DO EFEITO ANTINOCICEPTIVO DO NEROL E ACETATO DE NERILA EM MODELOS ANIMAIS

  • Orientador : FERNANDA REGINA DE CASTRO ALMEIDA
  • Data: 12/05/2014
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  • As plantas medicinais possuem um longo uso na medicina popular, ao lado dos seus óleos essenciais e alguns dos seus componentes, como os terpenos. Dentre estes destacam-se os monoterpenos como o maior grupo com atividades farmacológicas, incluindo a antinociceptiva. No entanto, muitos monoterpenos ainda carecem de estudos esclarecedores sobre suas propriedades farmacocinéticas e farmacodinâmicas. O acetato de nerolila (AcNerol), que adveio do nerol, é um congênere que ainda não possui propriedades farmacológicas descritas, e o nerol não possui ação antinociceptiva relatada até o momento. Desse modo, o objetivo desse estudo foi avaliar a atividade antinociceptiva destes monoterpenos, fazer uma possível comparação estrutura-atividade com o nerol, investigar os possíveis mecanismos de ação envolvidos, a toxicidade aguda do AcNerol e o efeito relaxante muscular ou depressor do Sistema Nervoso Central (SNC) desses compostos. Camundongos Swiss machos (20-30 g; n=6-9 animais/grupo) foram utilizados nos testes de toxicidade, nocicepção aguda e efeitos sobre o SNC, e ratos Wistar machos (180-240 g/ n=6 animais/grupo) na hipernocicepção inflamatória. No modelo da formalina o AcNerol reduziu de forma significativa o tempo de lambedura na primeira (0-5 min) e segunda (15-30 min) fases (25 e 50 mg/kg v.o.) em comparação ao controle (salina). AcNerol reduziu as contorções abdominais induzidas por ácido acético 0,6 % (3,125; 6,25 e 12,5 mg/kg v.o.) em comparação ao controle. No teste do glutamato (25 e 50 mg/kg/kg v.o.) e no modelo da capsaicina (3,125; 6,25;12,5 e 25 mg/kg v.o.), AcNerol mas não o nerol (12,5 e 25 mg/kg v.o), reduziu o tempo de lambedura da pata (15 e 5 min respectivamente) de modo significativo, em comparação ao controle. Na avaliação da hipernocicepção inflamatória, foi utilizado o teste de Randall e Selitto onde o AcNerol conseguiu aumentar o limiar da resposta nociceptiva após o estímulo inflamatório da carragenina somente na dose de 50 mg/kg v.o. na 4a hora. Na pesquisa dos mecanismos de ação envolvidos, utilizou-se o teste do glutamato, e os dados mostraram o possível envolvimento do sistema colinérgico muscarínico e da via L-Arginina/óxido nítrico. No teste da placa quente houve um aumento significativo no tempo de reação após o tratamento oral com AcNerol nos tempos de 30, 60 e 120 min. (12,5 e 25 mg/kg) comparado ao controle. Morfina (5 mg/kg s.c.) foi utilizada como controle positivo em todos os protocolos e apresentou o efeito esperado. Para avaliar a ação na atividade motora espontânea e sobre o Sistema Nervoso Central, foram utilizados os testes de campo aberto e rota Rod, onde em nenhum deles o AcNerol apresentou efeito significativo em comparação ao controle (12,5, 25 e 50 mg/kg v.o.). A partir dos dados obtidos, conclui-se que o AcNerol apresenta maior potência antinociceptiva e menor toxicidade aguda que o nerol nos vários protocolos empregados, tornando-se atraente a continuidade do estudo para o desenvolvimento de um fitomedicamento para uso em estudos clínicos.

  • ALYNE RODRIGUES DE ARAUJO
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA E ANTIBIOFILME DO EXTRATO ETANÓLICO DE Terminalia fagifolia Mart. (COMBRETACEAE)


  • Orientador : JOSE ROBERTO DE SOUZA DE ALMEIDA LEITE
  • Data: 28/04/2014
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  • O Gênero Staphylococcus é compreendido por espécies de micro-organismos extremamente importantes, que causam um amplo espectro de enfermidades. A resistência a meticilina e a capacidade de formar biofilmes são fatores adicionais importantes na patogênese das bactérias pertencentes a esse gênero, assim, a pesquisa por novos agentes antimicrobianos, especialmente de plantas, tem sido intensificada. A família Combretaceae compreende 18 gêneros, sendo Combretum e Terminalia, os mais abundantes. Várias espécies de Terminalia e seus compostos isolados são alvo de pesquisas para diversas atividades farmacológicas, portanto, nesse estudo foi avaliada a atividade antibacteriana e antibiofilme do extrato etanólico (EET) da casca do caule de Terminalia fagifolia, bem como de suas frações aquosa (FAQ), hidroalcoólica (FHA) e fração solúvel em água (FSA). Para os testes foram utilizadas seis espécies bacterianas, todas Gram-positivas: Staphylococcus aureus ATCC 29213; Staphylococcus aureus - Col (meticilina resistente); Staphylococcus aureus WB69 (meticilina resistente), Staphylococcus epidermidis ATCC 12228, Staphylococcus epidermidis 70D e Staphylococcus epidermidis H111. Para tanto, determinou-se a Concentração Inibitória Mínima (CIM) de acordo com a CLSI em placas de microdiluição de 96 poços onde as linhagens (concentração de 5x105 UFC/mL) foram expostas a uma diluição seriada do extrato etanólico e frações, com concentrações do extrato e das frações variando de 400 a 12,5 µg/mL. Caldo Mueller-HInton foi usado como controle negativo e o caldo inoculado foi usado como controle positivo, antibióticos efetivos padrões contra as linhagens bacterianas também foram testados. Após a determinação da CIM, procedeu-se à determinação da Concentração Bactericida Mínima (CBM), semeando meio de cultura proveniente dos poços com resultados iguais ou maiores que a CIM em ágar Mueller-Hinton. Para testar a atividade antiaderente foi induzida a formação do biofilme na presença de concentrações equivalentes a 1/2, 1/4 e 1/8 da CIM do extrato ou fração testada. Observou-se efeito antibacteriano do EET e das frações FAQ, FHA e FSA frente a todas as linhagens testadas com CIM’s variando de 25 a 200 µg/mL. Em relação a atividade antiaderente, tanto o EET como as frações FAQ, FHA e FSA mostraram inibição da aderência do biofilme, principalmente na maior concentração utilizada (½ da CIM). O efeito antibacteriano demonstrado pelo EET e suas partições pode ser devido à composição química do extrato, que é rico em flavonoides, 1,3-diarilpropanos, triterpenos pentacíclicos glicosilados e não glicosilados. Os resultados obtidos exibem um potencial efeito antibacteriano e antibiofilme do extrato etanólico e frações de T. fagifolia.

  • MÁRCIO EDIVANDRO PEREIRA DOS SANTOS
  • Envolvimento dos canais de cálcio sensíveis a voltagem do tipo-L no efeito cardiovascular das inflorescências de Mimosa caesalpiniifolia Benth. (MIMOSACEAE) em ratos normotensos.

  • Orientador : ALDEIDIA PEREIRA DE OLIVEIRA
  • Data: 10/04/2014
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  • A Mimosa caesalpiniifolia Benth (Mimosaceae) é uma planta

    arbórea que ocorre naturalmente na caatinga e no cerrado nordestino

    brasileiro. O uso medicinal dessa espécie consiste na utilização das flores pela

    população do semi-árido para o tratamento da hipertensão arterial. O objetivo

    deste estudo foi avaliar os efeitos do extrato etanólico (Mc-EtOH) e fração

    acetato de etila (Mc-AcOEt) das inflorescências sobre o sistema cardiovascular

    de ratos normotensos. A avaliação da citotoxicidade foi realizada através do

    teste do MTT para averiguar a viabilidade em células CMLV e HUVECs. Os

    resultados mostraram que a Mc-AcOEt não causa danos nos modelos de

    células estudadas. Utilizou-se ratos normotensos Wistar (250 - 350g) que

    foram anestesiados com tiopental sódico (45 mg/kg, i.p.) para implantação de

    cateteres de polietileno (PE -10) na artéria aorta e na veia cava inferior. A

    pressão arterial e a frequência cardíaca foram medidas através de um

    transdutor de pressão acoplado a um amplificador (AVS/Projetos). Os

    resultados foram expressos como (Média ± e.p.m). A administração

    administrado por via venosa nas doses (6,25; 12,5 e 25 mg/kg), promoveu uma

    hipotensão seguida de bradicardia nas maiores doses. O pré-tratamento com

    atropina (2 mg/kg, i.v.) aboliu tanto a hipotensão quanto a bradicardia enquanto

    que com o hexametônio (20 mg/kg, i.v) ocorreu uma reversão da hipotensão e

    uma acentuada atenuação da bradicardia, e quando administrado intragástrico

    o Mc-EtOH (100 mg/Kg, v.o), diminuiu a pressão a partir dos 90 min com

    tempo de duração de 2 horas, sem alterar a frequência de modo significativo.

    Nos estudos in vitro os anéis de artéria mesentérica (1-2 mm) com e sem

    endotélio, mantidos em solução de Tyrode a 37ºC a (95% O2 e 5% CO2) e

    submetidos à tensão de 0,75 g, foram fixados a transdutores de força

    acoplados a um sistema de aquisição (AVS/Projetos) para registro das tensões

    isométricas. Após estabilização (1h) os anéis foram pré-contraídos com

    fenilefrina (10-5 M), e no tônus da contração administrou-se cumulativamente

    Mc-EtOH ou Mc-AcOEt (0,1-1000 μg/mL). Nestas condições Mc-EtOH e Mc-
    AcOEt promoveram efeito vasorrelaxante independente do endotélio vascular.

    Efeito semelhante foi observado em preparações pré-contraídas com KCl 80

    mM tanto para Mc-EtOH quanto para Mc-AcOEt. Em contrações induzidas por

    adição cumulativa de FEN (10-9

    maiores concentrações de (9, 81, 243 e 500 µg/mL). As contrações induzidas

    por CaCl2 (10-6 – 3x10-2 M) em meio despolarizante nominalmente sem cálcio

    foram atenuadas na presença do Mc-EtOH e da Mc-AcOEt. O Mc-EtOH e a Mc-
    AcOEt relaxaram os anéis de mesentérica pré-contraídas por S(-)BayK 8644 –

    um ativador do Cav’s tipo-L- apresentando uma maior eficácia quando

    comparado com KCl 80 mM. A Mc-AcOEt diminuiu a concentração de cálcio

    intracelular por microscopia confocal através do uso da sonda Rhod 2-AM A

    participação dos canais para K+

    preparações com tetraetilamônio (TEA) 3 mM e observou-se que o

    relaxamento causado pelo Mc-EtOH e pela Mc-AcOEt não foi alterado. Conclui-
    se dessa forma que o extrato Mc-EtOH induz hipotensão e bradicardia

    provavelmente devido ação sobre receptores M2 cardíacos. O Mc-EtOH e a Mc-
    AcOEt causam vasorrelaxamento independente do endotélio, e que esse efeito

    pode ser devido a uma diminuição da resistência vascular com provável

    bloqueio do influxo de cálcio através dos CaVL. Mc-AcOEt não altera a

    viabilidade celular, mostrando ausência de toxicidade.

     

    foi avaliada através do pré-tratamento das

  • LUCIANO GOMES DE CASTRO OLIVEIRA
  • "AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES ANTILEISHMANIA, CITOTÓXICA E PARÂMETROS DE ATIVAÇÃO DE MACRÓFAGOS DO TRITERPENO LUPEOL E DA NEOLIGNANA 2,3- DIHIDROBENZOFURANO"

  • Orientador : FERNANDO AECIO DE AMORIM CARVALHO
  • Data: 28/03/2014
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  • As plantas fornecem uma fonte potencial e alternativa de agentes terapêutica na busca de novos agentes e seletivos para o tratamento de doenças tropicais causadas por protozoários. O Brasil é conhecido pela exuberância e variedade da sua flora. Muitas destas plantas são utilizadas como medicamentos naturais pela população, visto isso e sabendo que o tratamento da leishmaniose é baseada principalmente em compostos de Antimónio Pentavalente ou  Anfotericina B, que são medicamentos caros, que são administrados a longo prazo e estão associados com efeitos secundários grave. , a busca por tratamentos alternativos eficazes é necessária. Diante do exposto, o presente trabalho teve como objetivos: avaliar a atividade anti-Leishmania do triterpeno Lupeol (Sigma), Lupeol (Zanthoxylum rhoifolium Lam) e da neolignana 2,3-dihidrobenzofurano sobre formas promastigotas e amastigotas de Leishmania (Leishmania) amazonensis; analisar a citotoxicidade destas substâncias sobre macrófagos peritoneais murinos e eritrócitos humanos; e investigar parâmetros de ativação de macrófagos como as atividades lisossomal, fagocítica e de indução da síntese de óxido nítrico, como mecanismos de ação da atividade anti-Leishmania , e também avaliar atividade antioxidante. O Lupeol (Sigma), Lupeol (Zanthoxylum rhoifolium Lam) e o 2,3-dihidrobenzofurano inibiram o crescimento das formas promastigotas, gerando uma CI50 de 15,4 ; 14,12 e 146,84 μg/mL, respectivamente, em 48 h de exposição. Macrófagos infectados com L. amazonensis e tratados com Lupeol e com 2,3-dihidrobenzofurano revelaram diminuição dependente de concentração, tanto no percentual de infecção, quanto no número de amastigotas por macrófagos, com CI50 de 76,14; 39 e 156,5 μg/mL para Lupeol (Sigma) Lupeol (Zanthoxylum rhoifolium Lam) 2,3-dihidrobenzofurano, respectivamente. Os valores de CC50 obtidos para macrófagos no teste do MTT foram de 200,77 μg/mL para lupeol o 2,3-dihidrobenzofurano não foi toxico. A citotoxicidade do Lupeol sobre eritrócitos humanos de tipo sanguíneo O+ foi na maior concentração testada (800 μg/mL), foi de 57,78% de hemólise, o 2,3 dihidrobenzofurano na maior concentração (1600 µg/mL) foi de 0,27 %, . O Lupeol e o 2,3-dihidrobenzofurano estimularam a atividade lisossomal e fagocítica , provocando incremento na produção de óxido nítrico, o que demonstra que sua promissora atividade anti-Leishmania  atua por esta via. Os resultados com o Lupeol e o 2,3-dihidrobenzofurano demonstraram que sua atividade anti-Leishmania pode atuar pelos três mecanismos estudados de ativação de macrófagos. Conclui-se, portanto, que o Lupeol e o 2,3-dihidrobenzofurano apresentam significativa atividade anti-Leishmania, podendo atuar pela ativação de macrófagos, com citotoxicidade aceitável para macrófagos murinos e eritrócitos humanos.

  • BRUNO DA SILVA GOMES
  • POTENCIAL ANTI-INFLAMATÓRIO DO MIRTENOL EM MODELOS ANIMAIS.

  • Orientador : FRANCISCO DE ASSIS OLIVEIRA
  • Data: 21/03/2014
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  • Os medicamentos provenientes de plantas constituem uma via potencialmente importante que conduz a novos agentes terapêuticos para doenças inflamatórias agudas e crônicas. Muitos óleos essenciais possuem propriedades farmacológicas tais como analgésica, espasmolítica e anti-inflamatória. O mirtenol é um monoterpeno presente na composição química de óleos essenciais de várias espécies aromáticas utilizadas na medicina popular como agentes anti-inflamatórios. Este trabalho teve como objetivo investigar a atividade anti-inflamatória aguda e seus principais mecanismos de ação, a atividade anti-inflamatória crônica e potencial antioxidante do mirtenol em modelos animais. Foram utilizados camundongos Swiss (18-25 g) e ratos Wistar (150-200 g), machos e fêmeas. A DL50 (v.o.) do mirtenol consta na literatura como sendo de 2457mg (em machos), 632mg (em fêmeas). A avaliação da atividade anti-inflamatória do mirtenol foi investigada em modelos de indução de edema de pata por carragenina (1%; 0,1 mL), seguido pela elucidação dos mecanismos de ação através da contagem total e diferencial, níveis de MPO e interleucinas (TNF-α, IL-1β e IL-6) em modelo de peritonite induzida por carragenina, quimiotaxia in vitro e medição em tempo real de rolamento e adesão leucocitária por microscopia intravital. A avaliação da atividade anti-inflamatória crônica do mirtenol foi realizada através do modelo de monoartrite crônica induzida por ACF, seguida da avaliação do potencial antioxidante. No edema de pata induzido por carragenina o mirtenol (25 mg/kg) inibiu (**p<0,01) o edema elicitado por carragenina (1%) até a 5ª hora e a dose de 50 mg/kg inibiu o edema na 2ª hora. O mirtenol (12,5, 25, 50 mg/kg) diminuiu o número de leucócitos total e diferencial no lavado peritoneal. A dose de 25 mg/kg do mirtenol diminuiu os níveis de MPO, mas não os níveis de TNF-α, IL-1β e IL-6. A incubação dos neutrófilos com mirtenol (30 e 100 ng/mL) inibiu significativamente a quimioatração induzida por fMLP. O mirtenol (25 mg/kg, v.o.) produziu a redução do número de rolamento, bem como de leucócitos aderentes. No modelo de monoartrite induzida por ACF, o mirtenol (25 e 50 mg/kg) apresentou redução significativa do edema intra-articular até o 15º dia e além disso, o mirtenol (25 mg/kg) mostrou significativa diminuição no TEP nos 15 dias de observação frente a incapacitação articular induzida por ACF. O mirtenol demonstrou ainda significativo potencial antioxidante ao reduzir os níveis de TBARS e NO e aumentar os níveis de SOD. Os dados obtidos sugerem que a ação do mirtenol ocorre pela inibição da migração de células e diminuição do estresse oxidativo. Mais estudos devem ser realizados na tentativa de melhor  esclarecer os mecanismos de ação deste monoterpeno no processo inflamatório.

  • MOEMA SOUSA DE OLIVEIRA
  • Óleo essencial dos frutos da aroeira-vermelha (Schinus terebinthifolius Raddi) sobre parâmetros reprodutivos e toxicológicos em fêmeas de ratos e camundongos

  • Orientador : ROZEVERTER MORENO FERNANDES
  • Data: 10/03/2014
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  • Schinus terebinthifolius Raddi, conhecida popularmente como aroeira-vermelha, pertence à família Anacardiaceae. A aroeira-vermelha é uma planta que vai desde o estado de Pernambuco até o sul do País, nativa da região do sul do Brasil, Argentina, Uruguai , Paraguai, Chile, Peru e Bolívia. Sabe-se que esta espécie apresenta diversas atividades: cicatrizante, anti-inflamatória, antimicrobiana, contra vaginose bacteriana, ostíte alveolar, dentre outras. Dentro desta perspectiva, este trabalho tem por objetivo verificar possíveis efeitos do óleo essencial dos frutos da S. terebinthifolius Raddi (OE-St) sobre o sistema reprodutivo de fêmeas de rato e camundongos. Nos testes envolvendo o ciclo estral, os animais foram tratados diariamente durante 30 dias, observando-se a duração e número de ciclos. No teste para avaliação da atividade estrogênica e antiestrogênica os animais foram tratados durante sete dias com o OE-St nas doses 25, 50 e 100 mg/kg (v.o) e fez-se o ensaio uterotrófico. Já no estudo da toxicidade gestacional avaliou-se os períodos de pré-implante, onde os animais foram tratados do 1º ao 7º dia de  prenhez  e um outro tratamento no período de pós-implante  com tratamento do 8º ao 19º dia de prenhez (fêmeas de rato e camundongos) e um outro no período de pós-implante com tratamento do 8º ao desmame, avalaando-se o efeito do óleo na implantação, prenhez, lactação e desenvolvimento da progênie. Os resultados do teste no ciclo estral, não foram observados alterações do ciclo estral dos animais em nenhum das doses testadas. No ensaio uterotrófico demonstrou que o óleo apresenta atividade estrogênica na maior dose quando comparado com o estradiol e não apresenta efeito antiestrogênico. Na avaliação da toxicidade gestacional, verificou-se que o óleo no período de pré-implante  aumentou a massa do utero prenhe nas três doses testadas quando comparado com o controle (p<0,05). No período de pós-implantação  houve um aumento da massa absoluta do fígado nas três doses testadas em relaõa ao controle (p<0,05). No  período de lactação e desenvolvimento geral da progênie o óleo foi capaz de aumentar o período (dias) do deslocamento do conduto auditivo da progênie nas doses de 50  e 100mg/kg em relação ao controle (p<0,05), mas quanto ao número de filhotes nascidos não houve diferença significativa. Já no teste de padrões reprodutivos em camundongos, o óleo alterou a massa ponderal das progênies nas três doses testadas em relação ao controle (p<0,05), porém não houve alterações viscerais nos fetos. Nos índices reprodutivos ocorreu um aumento de perda pós-implatanteção e taxa de viabilidade fetal (p<0,05), assim como alterações esqueléticas dos fetos das progenitoras (camundongos) tratadas com o óleo. Desta forma,  o OE-St  deve ser usado com cautela, pois induziu uma perda de peso durante o período gestacional em camundongos, indicando uma possível toxicidade sistêmica, além de efeitos de ossificação incompleta no feto e redução da viabilidade fetal.

2013
Descrição
  • DEBORA CRISTINA AGOSTINHO
  • Determinação da toxicidade in vivo de Punica granatum L.

     

  • Orientador : AMILTON PAULO RAPOSO COSTA
  • Data: 06/12/2013
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  • Punica granatum L., pertencente a família Punicaceae, popularmente conhecida como romanzeira, romeira e granado é amplamente utilizada pela medicina popular e estudos científicos demostraram suas propriedades antiinflamatórias, antioxidantes e antimicrobianas. O presente trabalho objetivou avaliar o potencial tóxico: agudo, subcrônico e reprodutivo do extrato etanólico das cascas do fruto de Punica granatum L., em roedores. A avaliação fitoquímica do EEPG foi realizada através de vários testes fitoquímicos que detectaram as classes de metabólitos secundários presentes nas casas do fruto P. granatum cultivada na cidade de Teresina- PI. Para o teste de toxicidade aguda, cinco grupos de camundongos Swiss fêmeas foram tratados por via oral (VO) com água destilada (controle) e com EEPG por VO, nas doses 1000, 2000, 3000 e 5000 mg/kg (n=5/grupo). O comportamento em geral e mortalidade dos animais foram observados por até 14 dias. Para investigar possível interferência do EEPG (150, 300 e 600 mg/kg), ratas Wistar, (n=8/grupo), foram submetidas à esfregaço vaginal diariamente para avaliação do ciclo estral durante trinta dias. Para o estudo de toxicidade gestacional, ratas Wistar gestantes (n= 7-8 /grupo) foram tratadas por VO do 1º ao 19º dia de gestação, nas doses de: 150, 300 e 600 mg/kg de EEPG. No 20º dia de gestação, os animais foram eutanaziados e laparotomizados para avaliação dos parâmetros reprodutivos. Contudo, os testes fitoquímicos do EEPG detectaram presença significativa de saponinas e taninos e quantidades intermediárias de alcaloides. A DL50 estimada após administração aguda, por via oral do EEPG foi de 3642 mg/kg de peso corporal. O EEPG não interferiu na duração das fases do ciclo estral de ratas Wistar e não alterou os parâmetros reprodutivos avaliados em ratas Wistar gestantes. Porém mais estudos são necessários, visando elucidar melhor esses efeitos.

  • LÚCIO FERNANDES PIRES
  • ESTUDO DAS PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO ACETATO DE CARVACRILA SOBRE O SISTEMA NERVOSO CENTRAL DE CAMUNDONGOS



  • Orientador : RIVELILSON MENDES DE FREITAS
  • Data: 11/10/2013
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  • A atribuição do estresse oxidativo na fisiopatologia de doenças neuropsiquiátricas tem crescido de forma considerável. Concomitantemente, vem aumentando o número estudos que visam novas alternativas para tratar essas moléstias, incluindo produtos naturais. O acetato de carvacrila (AC) começou a ser estudado recentemente, embora seu precursor - o carvacrol - já tenha sido objeto de pesquisas que apontam diversas propriedades terapêuticas. Diante do exposto, este trabalho objetivou estabelecer os potenciais ansiolítico-símile, antiepiléptico-símile e antioxidante do AC. A fim de ser testada a atividade ansiolítica-símile, camundongos Swiss foram tratados com 25; 50; 75 ou 100 mg/kg de AC e submetidos aos testes do compartimento claro-escuro, labirinto em cruz elevado e de esconder esferas. Para avaliação da atividade antiepiléptica-símile com as mesmas doses de AC, foram utilizados os modelos de epilepsia induzidos por Pilocarpina, Pentilenotetrazol e Picrotoxina, avaliada a ação sobre a atividade da Na+, K+-ATPase e da δ-aminolevulínico desidratase, bem como a capacidade de reequilibrar os níveis de glutamato, ácido -aminobutírico, aspartato e glutamina nos hipocampos de camundongos com epilepsia. Os testes do campo aberto e do Rota-rod foram aplicados para avaliar o efeito sobre a atividade psicomotora. Para atividade antioxidante, foram feitos testes in vitro com concentrações de 0,9; 1,8; 3,6; 5,4 e 7,2 g/mL de AC - para analisar a capacidade redutora do conteúdo de substâncias reativas com o ácido tiobarbitúrico (TBARS), de óxido nítrico e do radical hidroxila - bem como in vivo, com doses de 25; 50; 75 e 100 mg/kg de AC, em hipocampos de camundongos - mensuração da capacidade de reduzir os conteúdos de TBARS, nitrito, e aumentar os de Glutationa reduzida e a atividade da Glutationa peroxidase (GPx), da Superóxido dismutase e da Catalase. Em todos os testes de ansiedade, o AC, ao agir provavelmente de forma agonista sobre o sistema GABAérgico, demonstrou efeito ansiolítico-símile. Sua atividade antiepiléptica-símile teve menos efeitos adversos sobre a psicomotricidade quando comparado ao fármaco padrão. Houve também reequilíbrio dos níveis de aminoácidos e das atividades enzimáticas envolvidos nas crises epilépticas. O AC também demonstrou atividade antioxidante em todos os três parâmetros in vitro,com uma concentração necessária para inibir 50% da formação de TBARS, nitrito e hidroxila bem inferior à de Trolox, e um efeito antioxidante in vivo contra a peroxidação lipídica e o conteúdo de nitrito mais eficaz e mais potente do que o ácido ascórbico. O AC também aumentou a concentração de glutationa reduzida e a atividade da GPx e da catalase. Os resultados sugerem que o AC apresenta potencial para desenvolvimento de estudos futuros que visam novas alternativas para o tratamento de doenças neuropsiquiátricas e relacionadas ao estresse oxidativo.

     

  • MARLENE SIPAUBA DE OLIVEIRA
  • AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA DO EXTRATO ETANÓLICO DAS imarouba versicolor SOBRE PARÂMETROS REPRODUTIVOS DE RATAS WISTAR:ESTUDO INVIVO E INVITRO.
  • Orientador : ROZEVERTER MORENO FERNANDES
  • Data: 30/08/2013
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  •  A Simarouba versicolor, conhecida popularmenrte por pau-paraíba, pertence à família simaroubaceae, encontra desde o Nordeste até o estado de São Paulo e em alguns pontos do estado do Pará e Mato Grosso do Sul. A escassez de estudos para a espécie e o conhecimento de que outras plantas do gênero apresentam atividades inseticidas, antiflamatória, antitumoral, anti-helmíntica, faz-se necessária a realização de pesquisas acerca de suas propriedades farmacológicas e segurança no seu uso. Nesse estudo, o extrato etanólico da casca do caule Simarouba versicolor (Sv-EtOH), foi avaliada quanto a toxicidades reprodutiva e fetal, além do seu efeito sobre o ciclo estral e das possíveis atividades estrogênicas e ou anti-estrogênicas, e sobre o perfil bioquímico  de ratas wistar nulíparas. Para a avaliação de toxidade na prenhez, os animais foram divididos em três  protocolos tratados diariamente com Sv-EtOH ; no 1º grupo, observou-se o efeito do extrato  sobre a evolução da prenhez , os do 1º ao 20º dia, e no segundo grupo , do 1º ao 7º dia, e do terceiro, 8º ao 21º dia. Verificou-se que o Sv-EtOH não alterou a massa dos órgãos (fígados, rins, ovários e útero), o ganho de peso aumentou com a dose de 10mg/kg comparada com o grupo controle das ratas tratadas no período getacional; no entanto, reduziu a massa corporal das ratas tratadas com 20 e 40mg/kg comparando com o controle, nos períodos de pré-implantação e pós-implantação; o número de filhotes nascidos e a viabilidade da prole, não diferiu em nenhum dos protocolos. A progênie oriunda dessas progenitoras apresentou evolução ponderal e desenvolvimento normal. Para avaliação do extrato no ciclo estral os animais expostos aos tratamentos de 10, 20 e 40 mg/kg durante 30 dias, verificou-se que o Sv-EtOH não alterou o ciclo estral das ratas. No ensaio de (anti) estrogenicidade, utilizaram-se ratas impúberes Wistar, tratadas por 7dias seguidos com: Sv-EtOH. (10, 20 e 40 mg/kg); estradiol (E, 5 μg/kg); E + Sv-EtOH (10, 20 e 40 mg/kg); tamoxifeno (T,  4mg/kg); e T + E, verificando-se que, em relação ao controle, o Sv-EtOH. (10, 20 e 40 mg/kg) não apresentou atividade estrogênica por diminuir a massa relativa (%) do útero das ratas e, apresentou anti-estrogênica, quando associado ao estradiol, quando comparada com o grupo de Estradiol e tamoxifeno; *p<0,05. As mensurações de TGP, TGO, uréia, colesterol total, triglicérides e proteína total para os grupos controles e tratados com o Sv-EtOH nas doses 10, 20, 40 mg/kg não mostraram diferenças significativas.A dosagem de creatinina nas doses de 10, 20, 40mg/kg demostrou significância comparando com o grupo controle. O conjunto dos resultados sugere que Sv-EtOH apresenta baixa toxicidade por via oral, não modificando a capacidade reprodutiva das ratas. Não altera de forma a significativa o desenvolvimento pós-natal da progênie, mas houve alterações significativas no ganho de massas das progenitoras expostas as maiores doses (20, 40 mg/kg) do Sv-EtOH e um aumento significativo da creatinina das ratas tratadas durante 30 dias  em todas as doses administradas.

  • GLAUBERT AIRES DE SOUSA
  • Avaliação da atividade gastroprotetora dos extratos etanólicos da casca do caule e das raízes de Pilosocereus gounellei (A. Weber ex K. Schum.) Bly. Ex Rowl (Cactaceae) em modelos animais

  • Orientador : FRANCISCO DE ASSIS OLIVEIRA
  • Data: 29/08/2013
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  • Pilosocereus gounellei (Cacataceae), conhecida como xique-xique, é
    utilizada popularmente no tratamento de inflamações da próstata e
    lesões na pele. O objetivo deste estudo foi avaliar, pela primeira
    vez, a atividade gastroprotetora dos extratos etanólicos obtidos das
    cascas do caule e das raízes de Pilosocereus gounellei(EECPG e EERPG,
    respectivamente), em modelos agudos de lesões gástricas em camundongos
    e ratos, investigando seus possíveis mecanismos (Comitê de Ética em
    Experimentação Animal/UFPI nº 077/11). Os animais tratados com EECPG
    ou EERPG não apresentaram sinais de toxicidade aguda até a dose de 2
    g/kg, v.o. No modelo de lesões induzidas por etanol absoluto (0,2
    mL/animal), o pré-tratamento com EECPG (100, 200 e 400 mg/kg, v.o.)
    atenuou significativamente as lesões gástricas em 30%, 56% e 77%,
    respectivamente (p<0,001). O EERPG (100, 200 e 400 mg/kg, v.o.) também
    reduziu significativamente as lesões gástricas em 13%, 74%, 69%,
    respectivamente (p<0,001). Usando o modelo de lesões gástricas por
    isquemia e reperfusão, o EECPG (100, 200 e 400 mg/kg, v.o.) inibiu a
    área de lesão gástrica em 20%, 70% e 63%, respectivamente (p<0,001).
    EERPG (100, 200 e 400 mg/kg, v.o.) inibiu as lesões gástricas de modo
    significativo em 82%, 87%, 85%, respectivamente (p<0,001). No modelo
    de lesões gástrica por estresse e retenção a frio o EECPG (100, 200 e
    400 mg/kg, v.o.) diminuiu significativamente as lesões gástricas em
    60%, 81% e 95,2%, respectivamente (p<0,001). EERPG (100, 200 e 400
    mg/kg, v.o.) também atenuou significativamente as lesões em 78%, 93%,
    95%, respectivamente (p<0,001). Na avaliação do EECPG e EERPG (100,
    200 e 400 mg/kg, i.d.) sobre a secreção ácida gástrica, utilizando o
    modelo de ligadura de piloro em ratos, não foi observado alteração no
    volume, no pH e na acidez total do suco gástrico. Na tentativa de
    elucidar os possíveis mecanismos envolvidos no efeito gastroprotetor
    do EECPG (200 mg/kg, v.o.) e do EERPG (200mg/kg, v.o.), os animais
    foram submetidos à indução de lesão gástrica por etanol após
    pré-tratamento com N-etilmaleimida,  ibuprofeno e
    NG-nitro-L-arginina-metil ester, demonstrando uma possível
    participação dos grupos sulfidrilas não-protéicos (GSH-NP), das
    prostaglandinas e da via da NO-sintase, respectivamente. Estes dados
    sugerem que o EECPG (200 mg/kg, v.o.) e o EERPG (200mg/kg, v.o.)
    apresentam atividade gastroprotetora, com participação dos grupos
    sulfidrilas não proteicos (GSH-NP), das prostaglandinas e da via
    NO-sintase.

  • RENATO DOUGLAS E SILVA SOUZA
  • Estudo da atividade antinociceptiva do extrato e frações da casca do fruto da Platonia insignis Mart. (Clusiaceae) em roedores. Souza, R.D.S. 

     
  • Orientador : FERNANDA REGINA DE CASTRO ALMEIDA
  • Data: 04/07/2013
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  • O fruto de Platonia insignis Mart. (Clusiaceae) é conhecido popularmente como bacuri, muito apreciado na forma de suco, creme, sorvete, doce e picolé dentre outros, utilizado na medicina popular como cicatrizante (sementes) em animais, e tratamento de eczemas, vírus da herpes e outros problemas de pele (látex amarelo). O objetivo deste trabalho foi investigar o efeito antinociceptivo do extrato etanólico da casca do fruto desta espécie (EEtOH-Pi) e de suas frações de partição (Acetato de etila – FAcOET-Pi e Hexânica – FHE), em modelos de dor aguda e inflamatória, além de alguns dos possíveis mecanismos de ação envolvidos neste efeito. Camundongos Swiss machos e fêmeas (20-30 g; n=6-11 animais/grupo), foram utilizados na avaliação da toxicidade aguda e nos testes de nocicepção. Os animais não apresentaram toxicidade aguda ao receberem EEtOH-Pi (até 2 g/kg, v.o.), não sendo possível o cálculo da DL50. A nocicepção aguda foi avaliada pelo tempo de lambedura da pata estimulada durante 5 min (1ª. fase) e entre 15-30 min (2ª. fase) após injeção de formalina (2 %, 20 μL, i.pl.), durante 15 min após o glutamato (20 μmol/pata, i.pl.), e durante 5 min após a capsaicina (20 μL, 2 μg/pata). No teste da formalina, o EEtOH-Pi (200 e 400 mg/kg v.o., 60 min antes) foi efetivo em inibir, nas duas doses, apenas a segunda fase do teste. Morfina-MOR (5 mg/kg, s.c., 30 min antes) foi utilizada como controle positivo e inibiu as duas fases. Após 30 min do tratamento com EEtOH-Pi; FAcOET-Pi (100, 200 e 400 mg/kg, v.o; 50, 100 e 200 mg/kg, v.o.), salina e MK 801 (0,03 mg/kg, i.p.), a nocicepção induzida por glutamato foi reduzida apenas com a dose de 400 mg/kg do EEtOH-Pi e 100 mg/kg da FAcOET-Pi. No teste da capsaicina o EEtOH-Pi (100 e 200 mg/kg, v.o.) apresentou efeito antinociceptivo significativo apenas na dose de 200 mg/kg. No teste da hiperalgesia inflamatória (Randall-Selitto) induzida por carragenina 1% (100 µL/pata) em ratas, avaliou-se o índice de hipernocicepção (g) durante 6 h, antes e após o tratamento com FAcOET-Pi (100 e 200 mg/kg, v.o.) e FH-Pi (50, 100 e 200 mg/kg, vo) veículo ou indometacina (10 mg/kg, p.o.). FAcOET-Pi (200 mg/kg) promoveu aumento do limiar nociceptivo da 1ª. à 4ª. hora de observação, enquanto que a FH-Pi (100 e 200 mg/kg) apresentou efeito significativo da 2ª. à 5ª. hora. No estudo dos mecanismos envolvidos nos efeitos de FAcOET-Pi no método do glutamato, o tratamento com naloxona (2 mg/kg, i.p.), 20 min antes de FAcOET-Pi (100 mg/kg, p.o.), salina ou MOR (5 mg/kg, s.c.), reverteu o efeito da FAcOET-Pi; o mesmo ocorrendo após a glibenclamida (3 mg/kg, i.p.). EEtOH-Pi (100, 200 e 400 mg/kg, v.o.) e FAcOT-Pi (100 mg/kg, p.o.) não alteraram a locomoção dos animais no campo aberto, sugerindo inexistência de efeito depressor central. EEtOH-Pi, FAcOET-Pi e FH-Pi possuem ação antinociceptiva; FAcOET-Pi e FH-Pi reduzem a hipernocicepção inflamatória, e o efeito da FAcOET-Pi parece envolver o sistema opióide e a participação dos canais de K+ATP.

  • DOUGLAS DOS SANTOS LIMA
  • QUITOSANA E NANOPARTÍCULAS DE PRATA ESTABILIZADAS COM QUITOSANA: AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTILEISHMANIA E CITOTOXICIDADE EM CÉLULAS DE MAMÍFEROS

  • Orientador : JOSE ROBERTO DE SOUZA DE ALMEIDA LEITE
  • Data: 03/07/2013
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  • .

    QUITOSANA E NANOPARTÍCULAS DE PRATA ESTABILIZADAS COMQUITOSANA: AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTILEISHMANIA E CITOTOXICIDADE EM CÉLULAS DE MAMÍFEROS

  • MARCELO BEZERRA MENDES
  • EFEITO CARDIOVASCULAR DO EXTRATO ETANÓLICO E DA FRAÇÃO

    ACETATO DE ETILA DA CASCA DO FRUTO DE Platonia insignis MART.


  • Orientador : ALDEIDIA PEREIRA DE OLIVEIRA
  • Data: 29/04/2013
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  • Objetivo deste estudo foi investigar os efeitos do extrato etanólico (EtOH-Pi) e fração acetato de etila (AcOEt-Pi) da casca do fruto da Platonia insignis Mart., vulgarmente conhecido como bacuri, sobre o sistema cardiovascular em ratos, machos e normotensos. Em estudo in vivo doses de EtOH-Pi ou de AcOEt-Pi (12,5; 25 e 50 mg/kg) foram administrados intravenosamente, sendo que o EtOH-Pi induziu hipotensão (-11,56 ± 0,89; -7,43 ± 0,85; -17,56 ± 1,97 mmHg, respectivamente) acompanhada por bradicardia (-0,03 ± 3,03; -8,89 ±3,62; -15,79 ± 1,83 bpm, respectivamente) e a AcOEt-Pi na mesma dosagem induziuhipotensão mais intensa (-11,2 ± 1,03; -14,48 ± 1,13; -29,89 ± 2,67 mmHg), seguida portaquicardia nas doses de 12,5 e 25 mg/kg (15,64 ± 2,06; 19,31 ± 1,92 bpm) e bradicardia na dose de 50 mg/kg (-9,98 ± 7,33 bpm). O L-NAME, não atenuou o efeito hipotensor do EtOH-Pi ou da AcOEt-Pi. A resposta hipotensora da AcOEt-Pi (12,5, 25 e 50 mg/kg) também não foi atenuada quando utilizado o pré-tratamento com: carboxi-PTIO, verapamil, propranolol, hexametônio e a prazosina, porém ao utilizar ioimbina, um antagonista α2-adrenérgico, o efeito hipotensor da AcOEt-Pi foi inibida (-4,42 ± 1,28; -3,29 ± 0,99; 2,06 ± 1,18 mmHg, respectivamente). Em estudo in vitro o EtOH-Pi e a AcOEt-Pi apresentaram efeito vasorrelaxante independente do endotélio em artéria mesentérica pré-contraídas com fenilefrina (FEN). O EtOH-Pi ou a AcOEt-Pi (0,1 a 750 µg/mL) também atenuaram as contrações vasculares com FEN e KCl 80 mM. Na avaliação do efeito de concentrações isoladas do EtOH-Pi e da AcOEt-Pi (243, 500 e 750 µg/mL) sobre as contrações induzidas por FEN, o EtOH-Pi atenuou e a AcOEt-Pi não atenuou as contrações. Resultados semelhantes foram obtidos na contração induzida pela serotonina quando utilizado o EtOH-Pi e a AcOEt-Pi. O EtOH-Pi (243, 500 e 750 µg/mL) atenuou de maneira dependente de concentração (500 µg/ml; Emáx = 75,43  5,51% e 750 µg/ml; Emáx = 39,96  4,5%), as contrações induzidas por CaCl2. Resultados semelhantes não foram observados com AcOEt-Pi. Em preparações pré-contraídas com S(-)-Bay K 8644, o EtOH-Pi (Emáx = 51,24 ± 9,45%) induziu efeito vasorrelaxante dependente da concentração e a AcOEt-Pi não provocou vasorrelaxamento. Na verificação da participação da mobilização do Ca2+ dos estoques intracelulares sensíveis a IP3, o EtOH-Pi atenuou as contração provocada pela FEN. No entanto o EtOH-Pi potencializou o vasorrelaxamento na presença do tetraetilamonio (1mM), excluindo a participação dos canais de potássio. Conclui-se que os efeitos vasorrelaxante induzidos pelo EtOH-Pi parece ser ocasionado pelo bloqueio dos canais de CaV tipo L e o AcOEt-Pi parece estar atuando nos receptores α2-adrenérgicos do SNC.


  • ANA FLÁVIA SERAINE CUSTÓDIO VIANA
  • Atividade antiulcerogênica da fração hidroalcoólica do extrato etanólico das folhas de Cenostigma macrophyllum TUL. var. acuminata Teles Freire.”

  • Orientador : RITA DE CASSIA MENESES OLIVEIRA
  • Data: 26/04/2013
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  • Cenostigma macrophyllum Tul. var. acuminata Teles Freire é uma planta pertencente a

    família Leguminosae (Fabaceae), conhecida popularmente como caneleiro, canela-de-

    velho, maraximbé ou fava-do-campo. As cascas, flores e folhas dessa espécie são

    usadas na medicina popular para tratar  doenças estomacais e intestinais. O extrato

    etanólico e a fração hidroalcoólica das folhas de C. macrophyllum Tul. var. acuminata

    Teles Freire (Cm-FHA) apresentam atividade gastroprotetora comprovada, em modelos

    agudos de lesão gástrica. No presente estudo avaliou-se a atividade antiulcerogênica da

    Cm-FHA sobre lesões gástricas induzidas por estresse de retenção e frio e sobre úlcera

    induzida por ácido acético, depois de sete ou quatorze dias de tratamento. Nesse

    ensaio, nos animais tratados durante sete dias, avaliou-se também a toxicidade da Cm-

    FHA através da verificação de alterações na massa corpórea, na massa dos órgãos e

    nos parâmetros bioquímicos de toxicidade sistêmica. No modelo de estresse por

    retenção e frio a Cm-FHA nas doses de 100 e 200 mg/kg reduziu significativamente as

    lesões gástricas em 63 e 76% respectivamente. No modelo de úlcera induzida por ácido

    acético, a Cm-FHA (100 mg/kg) reduziu 55% do volume da lesão gástrica depois de sete

    dias e 82% depois de quatorze dias de tratamento. Os animais tratados com Cm-FHA

    (100 mg/kg)  durante sete dias, não apresentaram sinais de toxicidade. Com a finalidade de elucidar os possíveis mecanismos de ação envolvidos no efeito cicatrizante da Cm-

    FHA foram realizados protocolos de proliferação e migração, com e sem hidroxiureia (5

    mM), utilizando  células de adenocarcinoma gástrico humano (AGS).  Nas menores

    concentrações (10, 100 e 1000 ng/mL) testadas a Cm-FHA estimulou a proliferação

    celular, em ensaio com MTT, confirmando o mesmo efeito em ensaio com BrdU,

    inclusive na concentração de 1 ng/mL.  Nas concentrações já citadas a Cm-FHA

    estimulou a migração celular tanto na presença como na ausência de hidroxiureia nos

    tempos de 6 e 24 horas de maneira dependente do tempo. Com base nesses dados,

    pode-se concluir que a atividade antiulcerogênica apresentada pela fração hidroalcoólica

    do extrato etanólico das folhas de Cenostigma macrophyllum Tul. var. acuminata Teles

    Freire possivelmente está relacionada com seu  potencial cicatrizante associado a

    capacidade de estimular a migração e proliferação celular.


  • JAMYLLA MIRCK GUERRA DE OLIVEIRA
  •  

    Atividadeantioxidanteetoxicidade in vitro invivo doextratoetanólico das folhas de Myracrodruonurundeuva Allem.

  • Orientador : AMILTON PAULO RAPOSO COSTA
  • Data: 28/02/2013
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  • Plantas medicinais são assim chamadas por apresentarem propriedades curativas e/ou preventivas para determinadas doenças. Myracrodruon urundeuva (Engl.) Fr. All. (Anacardiaceae), pertencente a família Anacardiaceae, popularmente conhecida como aroeira-do-sertão, aroeira verdadeira ou urundeuva é amplamente utilizada pela medicina popular e estudos científicos demostraram suas propriedades antiinflamatórias, adstringentes, antialérgicas e cicatrizantes. O presente trabalho objetivou avaliar toxicicidade do extrato etanólico das folhas de Myracrodruon urundeuva (EEMU) in vitro e in vivo, investigar possível atividade (anti) estrogênica e toxicidade gestacional em roedores tratados com diferentes doses do extrato. Os testes antioxidantes foram realizados nas concentrações de 100 a 800 µg/mL EEMU e comparadas ao trolox 140 µg/mL (padrão antioxidante). A citotoxicidade do extrato em células foi avaliada pelo teste do brometo de 3-[4,5-dimetiltiazol-zil]-2,5-difeniltetrazolio (MTT). Para teste de toxicidade aguda, quatro grupos de seis camundongos Swiss machos foram tratados por via oral água destilada (controle) e com EEMU por vo, nas doses (500, 1000 e 2000 mg/kg). O comportamento em geral e mortalidade foram observados por até 14 dias. Para investigar possível atividade (anti)estrogênica do extrato em questão, ratas Wistar pré-púberes, provenientes de mães não expostas, foram submetidas ao teste uterotrófico. Para o estudo de toxicidade gestacional, grupos de quatro ratas fêmeas grávidas (n= 7-8 /grupo) foram tratadas por vo do 1º ao 19º de gestação, nas doses de: 125, 250 e 500 mg/kg de EEMU. No 21º dia de gestação, os animais foram eutanaziados e laparotomizados para avaliar parâmetros reprodutivos. O EEMU mostrou-se relativamente atóxico (in vitro e in vivo), apresentando modesta atividade antioxidante, além de ações estrogênica (125 mg/kg) e antiestrogênica (1000 mg/kg). Mostrou, também, relativa segurança no uso em animais gestantes, nas doses testadas.

  • KLINGER ANTONIO DA FRANCA RODRIGUES
  • DETERMINAÇÃO DAS ATIVIDADES ANTI-Leishmania amazonensis CITOTÓXICA E DE PARÂMETROS DE ATIVAÇÃO DE MACRÓFAGOS DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DAS FOLHAS DE Eugenia uniflora L. E Syzygium cumini (L.) Skeels

  • Orientador : FERNANDO AECIO DE AMORIM CARVALHO
  • Data: 21/02/2013
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  • Parasitos protozoários do gênero Leishmania são responsáveis por um espectro de doenças, coletivamente conhecidas como leishmanioses, que afetam a pele, membranas mucosas e órgãos internos em milhões de pessoas em todo o mundo. Apesar de sua importância epidemiológica, o tratamento ainda é feito com quimioterápicos que são de uso parenteral, requerem acompanhamento médico e são tóxicos. Uma nova abordagem na busca de agentes quimioterápicos mais baratos e menos tóxicos é o screening de plantas medicinais, consideradas a fonte principal de obtenção de novos medicamentos. Nesse contexto, os óleos essenciais, que são constituídos por uma mistura complexa de metabólitos secundários de plantas, têm apresentado inúmeras atividades farmacológicas e, dentre elas, atividade anti-Leishmania. Diante do exposto, o presente trabalho teve como objetivos: avaliar a atividade anti-Leishmania dos óleos essenciais de Eugenia uniflora L. e Syzygium cumini (L.) Skeels sobre formas promastigotas e amastigotas de Leishmania (Leishmania) amazonensis; analisar a citotoxicidade destes óleos sobre macrófagos peritoneais murinos e eritrócitos humanos; e investigar parâmetros de ativação de macrófagos como as atividades lisossomal, fagocítica e de indução da síntese de óxido nítrico, como mecanismos de ação da atividade anti-Leishmania. Os constituintes mais abundantes encontrados no óleo essencial de E. uniflora foram sesquiterpenos, com Curzereno (47,3%), γ-Elemeno (14,25) e trans-β-elemenona (10,4%) como os constituintes majoritários. Por outro lado, o óleo essencial de S. cumini demonstrou ser constituído, em sua maioria, por monoterpenos, tendo o α-Pineno (31,85%), (Z)-β-Ocimeno (28,98) e (E)-β-Ocimeno (11,71%) como os principais constituintes. Os óleos essenciais de E. uniflora e S. cumini inibiram o crescimento das formas promastigotas, gerando uma CI50 de 3,04 e 60,34 µg/mL, respectivamente, em 48 h de exposição. Macrófagos infectados com L. amazonensis e tratados com os óleos essenciais revelaram diminuição dependente de concentração, tanto no percentual de infecção, quanto no número de amastigotas por macrófagos, com CI50 de 1,92 e 32,8 µg/mL para E. uniflora e S. cumini, respectivamente. Os valores de CC50 obtidos para macrófagos no teste do MTT foram de 45,3 e 544,26 µg/mL para E. uniflora e S. cumini, respectivamente, superando os valores de CI50 para amastigotas. A citotoxicidade do óleo essencial de E. uniflora sobre eritrócitos humanos de tipo sanguíneo O+ foi alta na maior concentração testada (400 µg/mL), com 63,22% de hemólise, no entanto, o mesmo apresentou-se atóxico a partir da concentração de 50 µg/mL com CH50 de 85,3 µg/mL. A CH50 do óleo essencial de S. cumini não pôde ser calculada, pois o óleo essencial provocou apenas 11,3% de lise de eritrócitos na maior concentração testada (800 µg/mL). O óleo essencial de E. uniflora estimulou a atividade lisossomal e fagocítica sem, no entanto, incrementar a produção de óxido nítrico, o que demonstra que sua promissora atividade anti-Leishmania não atua por esta via. Os resultados com o óleo de S. cumini demonstraram que sua atividade anti-Leishmania pode atuar pelos três mecanismos estudados de ativação de macrófagos. Conclui-se, portanto, que os óleos essenciais de E. uniflora e S. cumini apresentam significativa atividade anti-Leishmania, podendo atuar pela ativação de macrófagos, com citotoxicidade aceitável para macrófagos murinos e eritrócitos humanos.

  • JOSÉ DAMASCENO NOGUEIRA NETO
  • Nerolidol: do potencial antioxidante aos ensaios pré-clínicos e farmacológicos

  • Orientador : RIVELILSON MENDES DE FREITAS
  • Data: 21/01/2013
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    Substâncias presentes em extratos de plantas mostram possuir grande atividade farmacológica, bem como capacidade de agir no sistema nervoso central (SNC). O presente estudo avaliou as propriedades antioxidantes in vitro por meio de testes antioxidantes: verificando a formação de nitrito, produção de TBARS, sequestro do radical hidroxila; e as propriedades ansiolíticasin vivo do nerolidol, em modelos (animal) experimentais de atividade locomotora e ansiedade: testes em campo aberto, labirinto em cruz elevado, claro-escuro e rota rod (avaliar possíveis efeitos miorrelaxantes). Os testes antioxidantes foram realizados nas concentrações de 0,9, 1,8, 3,6, 5,4 e 7,2 µg/mL de nerolidol. Na avaliação comportamental, os camundongos receberam tratamento via oral (v.o.) de nerolidol(25, 50, e 75 mg/Kg), salina (1mg/Kg) e diazepam (2mg/Kg) intraperitoneal (i.p.), fármaco ansiolítico usado como padrão. A maior dose do nerolidol mostrou uma diminuição em 66,87% na produção de nitrito, resultados semelhantes ao do trolox (redução de 70,66%) (análogo à vitamina C, padrão antioxidante); em relação à remoção do radical hidroxila, a maior dose usada, mostrou uma diminuição em 52,8% nesse parâmetro; já em relação à produção de TBARS houve diminuição de 73,25% em relação ao controle. Na avaliação comportamental foi visto nos grupos tratados com nerolidol, no teste do campo aberto, que houve redução no número de cruzamentos, groomings e de rearings; no teste do labirinto em cruz elevado houve um maior tempo de permanência nos braços abertos e no teste claro-escuro apresentou maior tempo de permanência no campo claro que os demais grupos. Os resultados obtidos neste estudo indicam possível atividade antioxidante e ansiolítica, sem, no entanto causar efeito relaxante muscular. Novos estudos são necessários para melhor elucidação dos potenciais terapêuticos do nerolidol.

     

     

     

     


2012
Descrição
  • HÁLMISSON D' ARLEY SANTOS SIQUEIRA
  • AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANTI-INFLAMATÓRIO DO α-FELANDRENO EM MODELOS ANIMAIS

  • Orientador : FRANCISCO DE ASSIS OLIVEIRA
  • Data: 28/06/2012
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  • Os óleos essenciais são caracterizados pelo odor pungente e produzidos por plantas aromáticas. Muitos desses óleos possuem propriedades farmacológicas tais como analgésica, espasmolítica e anti-inflamatória. O  α-felandreno é um monoterpeno

    presente na composição química de óleos essenciais de várias espécies aromáticas utilizadas na medicina popular como agentes anti-inflamatórios. O objetivo foi

    investigar a atividade anti-inflamatória do α-felandreno em modelos animais. Foram

    utilizados camundongos Swiss (25-30 g) e ratos Wistar (150-210 g), machos e

    fêmeas. A DL50 do  α-felandreno consta na literatura como sendo de 5700 mg/kg

    (v.o., em ratos). A avaliação da atividade anti-inflamatória do  α-felandreno foi

    investigada em modelos de indução de edema de pata por carragenina (1%; 0,1 Ml) em ratos e histamina (1 mg/mL; 0,05 mL), prostaglandina (1 µg/mL; 0,05 mL) e

    substância P (30 nmol/20 µL) em camundongos. Na avaliação tópica do  α-

    felandreno foram utilizados os modelos de edema de orelha por óleo de cróton (5%;

    20 µL); TPA (2 µg/20 µL) e ácido araquidônico (0,1 mg/µL; 20 µL) em camundongos.

    Investigou-se ainda o efeito do α-felandreno sobre a desgranulação de mastócitos

    mesenteriais induzida por composto 48/80 (0,4 µg/mL; 100 µL) (experimento ex vivo)

    em ratos, e na migração de leucócitos nos modelos de peritonite em camundongos e

    inflamação da bolsa de ar em ratos, ambos induzidos por carragenina (1%; 0,1 mL).

    Os protocolos experimentais utilizados foram aprovados pelo Comitê de Ética em

    Experimentação com Animais da Universidade Federal  do Piauí (CEEA/UFPI,

    Parecer Nº 010/2011). No edema de pata induzido por carragenina o α-felandreno

    (100 e 200 mg/kg, v.o.) reduziu o volume da pata da 1ª à 6ª hora. O α-felandreno

    (50, 100 e 200 mg/kg, v.o.) inibiu o edema de pata  induzido por histamina (64,93±10,95; 51,83±8,11 e 49,80±6,09, respectivamente) comparado ao veículo

    (94,48±11,18) e, na dose de 200 mg/kg (v.o.) foi capaz de diminuir os edemas por

    prostaglandina  (13,88 ± 2,15) comparado ao veículo (36,16±7,09) e por substância

    P (26,76±3,56) comparado ao veículo (47,83±3,60). Na avaliação da atividade

    tópica, o α-felandreno reduziu (0,2 e 0,4 mg/orelha) o edema de orelha por óleo de

    cróton (5,45±0,57 e 4,81±0,44, respectivamente) comparado ao veículo (12,80±1,11)

    e inibiu (0,4 mg/orelha) os edemas de orelha por TPA (6,30±1,63) comparado ao

    veículo (16,14±0,92) e ácido araquidônico (0,58±0,08) comparado ao veículo

    (0,91±0,03). O α-felandreno (50, 100 e 200 mg/kg, v.o.) foi capaz ainda de reduzir  a

    desgranulação mastocitária (63,50±2,14; 27,35±1,81 e 21,56±1,66, respectivamente)

    comparado ao veículo (85,43±1,84) e preveniu (50, 100 e 200 mg/kg, v.o.) a

    migração de leucócitos totais (3690,0±273,1; 2050,0±259,8 e 1480,0±155,4,

    respectivamente) comparado ao veículo (4416,6±239,6) na cavidade peritoneal. No

    modelo de migração leucocitária induzida por carragenina para a bolsa de ar, o α-

    felandreno em todas as doses testadas (50, 100 e 200 mg/kg, v.o.) reduziu a

    infiltração de leucócitos totais (440,0±57,87; 980,0±153,78 e 560,0±57,87,

    respectivamente) comparado ao veículo (2237,50±42,69). Os dados obtidos

    sugerem um efeito anti-inflamatório do  α-felandreno, possivelmente interferindo na

    fase inicial da inflamação. Estudos devem ser realizados na tentativa de esclarecer o mecanismo de ação deste monoterpeno no processo inflamatório.

  • JEORGIO LEAO ARAUJO
  •  

     

    TRIAGEM FITOQUÍMICA AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA DO EXTRATO ETANÓLICO DE Copaiferaluetzelburgii Harms SOBRE SISTEMA REPRODUTIVO DE RATOS

     

     

  • Orientador : ROZEVERTER MORENO FERNANDES
  • Data: 25/06/2012
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  • JOSÉ RIBAMAR DE CASTRO JÚNIOR
  • ATIVIDADEANTINOCICEPTIVAEANTIALODÍNICADAParkiaplatycephalaBenthEMROEDORESEPOSSÍVEISMECANISMOSDEAÇÃOENVOLVIDOS

     

  • Orientador : SALETE MARIA DA ROCHA CIPRIANO BRITO
  • Data: 31/05/2012
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  • ParkiaplatycephalaBenth(Leguminosae)éconhecidapopularmentecomofaveiranonordestedoBrasil.EstudosanterioresdemonstraramqueespéciesdogêneroParkiapossuicomprovadaaçãoanalgésicaeanti-inflamatória.Oextratoetanólico(E.EtOH)dasfolhasdaP.platycephalaapresentouefeitosantinociceptivosemroedoreseafraçãoacetatodeetila(F.AcOEt)teveaçãoanalgésicaemummodeloexperiementaldeneuropatiadiabética.OobjetivodestetrabalhofoiampliaroestudodopotencialterapêuticocomodrogaanalgésicadaP.platycephalaemmodelosexperimentaisdenocicepção,bemcomoelucidarospossíveismecanismosenvolvidos.CamundongosSwissmachos(20-30g;n=6-9animais/grupo)eratosWistarmachos(180-240g;n=6animais/grupo),foramutilizadosnostestesdenocicepção.OsresultadosobtidosdemonstraramsignificativaaçãoantinociceptivadoE.EtOHemtriagemfeitanotestesdecontorçõesporácidoacético(0,75%,i.p.)nasdoses(50e100mg/kg,v.o.),veículoemorfina(MOR5mg/kg,s.c.)eaplicaçãodoestímulo60minapós(v.o.)e30minapós(s.c.).Ocorreureduçãosignificativadoparâmetroobservadodurante20minnasdosestestadas.Estemesmoestímulonociceptivofoiutilizadoparaampliaroestudodasfraçõeseparatantoforamrealizadospré-tratamentoscomasfraçõesF.Hex,F.AcOEteF.Aq,nadosede25mg/kg,v.o,veículo,MOR(5mg/kg,s.c.)eoestimulofoiaplicadocomodescritoanteriormente.Osresultadosobtidosdemonstramqueasfraçõesapresentaramefeitosantinociceptivos,sendoasmelhoresrespostasobtidascomF.AcOEteF.Aq.PelofatodaF.AcOEtpossuirestudospreliminarescomefeitoantinociceptivonaneuropatiadiabética,estafraçãofoiescolhidaparaacontinuidadedosestudos.Paratraçaracurvadose-respostadaF.AcOEtfoiescolhidootestedoglutamato(porserumaviaseletivaeexcitatória),ondefoiquantificadootempodelambeduradapata(15min)estimuladacomglutamato(20μL,20μmol/pata),apóstratamentocomF.AcOEt(12,5;25;50e100mg/kg,v.o.),veículoouMK801(0,03mg/kg,i.p.).Asdosesde12,5e100mg/Kgnãotiveramrespostasignificativasobreanocicepção,enquantoqueasdosesde25e50diminuíramdeformasignificativaarespostanociceptiva.Naaveriguaçãodaaçãoantialodínica,utilizou-seomodelodedorneuropáticaporcompressãoparcialdonervociático(CPC),nestemodeloapóscomprovaçãodainstalaçãodadorneuropáticaepré-tratamentoscomF.AcOEt(12,5;25e50mg/kg,v.o),veiculoeMOR(5mg/kg,s.c.),verificou-sequeadosede50mg/kgaumentousignificativamenteolimiarmecânicodenocicepçãoavaliadopelosfilamentosdevonFreynostemposde60,90e120minutos.NoestudodospossíveismecanismosenvolvidosnosefeitosdaF.AcOEt(testedoglutamato),otratamentocomnaloxona(2mg/kg,i.p.),20minantesdaF.AcOEt(25mg/kg,v.o.),veículoouMOR(5mg/kg,s.c.),reverteuoefeitodaF.AcOEt;omesmoocorreuapósopré-tratamentocomglibenclamida(3mg/kg,i.p.);L-arginina(600mg/kg,i.p.)eatropina(0,1mg/kgs.c.).OsdadosindicamqueaF.AcOEtpossuiefeitosantinociceptivospossivelmentemediadospelosistemaopióidecomparticipaçãodoscanaisparaK+ATP,alémdosmecanismosnitrérgicoecolinérgico.

     

     

  • RENATA XAVIER CHAVES
  • Efeito do peptídeo Dermaseptina 01 sobre Leishmania
    amazonensis e macrófagos peritoneais

  • Orientador : JOSE ROBERTO DE SOUZA DE ALMEIDA LEITE
  • Data: 31/05/2012
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  • As leishmanioses constituem um grupo de doenças parasitárias causadas por
    protozoários intracelulares do gênero Leishmania, cujo impacto na saúde pública
    mundial tem chamado a atenção devido ao difícil controle da doença. O tratamento
    convencional das leishmanioses é dificultado pelas reduzidas opções terapêuticas,
    com elevada toxicidade e resistência ao medicamento. Devido à importância da
    busca por novas substâncias com potencial antileishmania e de baixa toxicidade, o
    presente estudo avaliou efeito do peptídeo Dermaseptina 01 sobre Leishmania
    amazonensis e macrófagos peritoneais. Foram testadas diferentes concentrações do
    peptídeo, in vitro, para avaliar a citotoxicidade sobre macrófagos peritoneais, pelas
    técnicas de redução do MTT e aderência em lamínula. A ação antileishmania da DS
    01 foi avaliada sobre formas promastigotas e amastigotas de L. amazonensis.
    Também foi avaliada a influencia da DS 01 sobre a capacidade fagocitária de
    macrófagos utilizando a levedura Saccharomyces cerevisiae. A produção de
    peróxido de hidrogênio foi avaliada pela oxidação do vermelho fenol em presença de
    peroxidase. A produção de óxido nítrico foi avaliada pela reação de Griess. Os
    resultados mostraram que: citotoxicidade (MTT) – redução significativa dos níveis de
    função mitocondrial dos macrófagos na medida em que a concentração da DS 01 foi
    aumentada; citotoxicidade (aderência) - redução significativa no percentual de
    macrófagos aderidos em concentrações maiores que 16 µg/mL de DS 01 de forma
    concentração dependente; capacidade antileishmania (promastigota) - em cada um
    dos tempos analisados, foi observado que com o aumento da concentração da DS
    01 houve uma diminuição do número de promastigotas. Constatou-se que apenas as
    concentrações de 200 e 400 µg/mL mantiveram o efeito antileishmania sustentado
    nos três tempos observados; capacidade antileishmania (amastigota) - redução
    significativa da porcentagem de macrófagos infectados e do número de parasitos
    internalizados nas concentrações de 1, 8 e 16 µg/mL; capacidade fagocitária - houve
    um aumento significativo no número de leveduras fagocitadas por macrófagos nas
    concentrações de 1, 2 e 4 µg/mL. A proporção de macrófagos envolvidos na
    fagocitose aumentou nas concentrações de 0,5; 1; 2; 4 e 8 µg/mL, e diminuiu na
    concentração de 16 µg/mL; constatou-se também um aumento significativo do índice
    fagocitário nas concentrações de 0,5; 1; 2; 4 e 8 µg/mL, entretanto, houve redução
    do índice na concentração de 16 µg/mL; produção de peróxido de hidrogênio - a DS
    01 aumentou a produção de peróxido de hidrogênio, sendo esse resultado
    significativo nas concentrações de 4, 8 e 16 µg/mL.; produção de óxido nítrico - a DS
    01 ocasionou uma tendência de inibição na produção de NO, exceto na
    concentração de 0,5 µg/mL. Na concentração de 16 µg/mL essa diminuição foi
    significativa. Concluiu-se, portanto, que a DS 01 apresentou atividade citotóxica para
    macrófagos de forma dependente de concentração; ocasionou efeito antileishmania,
    sobre as formas amastigotas e promastigotas de L. amazonensis; estimulou a
    capacidade fagocitária de macrófagos; aumentou a produção de H2O2 nos
    macrófagos de forma dependente de concentração; não promoveu aumento
    significativo na produção de NO por macrófagos nas concentrações testadas.

  • PATRICK VERAS QUELEMES
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE
    NANOPARTÍCULAS DE PRATA ESTABILIZADAS COM GOMA DE
    CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.)

  • Orientador : JOSE ROBERTO DE SOUZA DE ALMEIDA LEITE
  • Data: 30/04/2012
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  • Neste estudo,  foram avaliadas  as atividades antibacteriana e citotóxica de
    nanopartículas de prata estabilizadas com goma de cajueiro  (AgNPs).  Para  os
    ensaios antibacterianos foram utilizadas quatro  bactérias  Gram-positivas:
    Staphylococcus aureus  ATCC 29213;  Staphylococcus aureus  -  Col (meticilina
    resistente); Staphylococcus epidermidis ATCC 12228 e Enterococcus faecalis ATCC
    29212;  e quatro  Gram-negativas:  Escherichia coli  ATCC  25922;
    Escherichia coli
    ATCC 35218;  Pseudomonas aeruginosa  ATCC  27853  e  Klebsiella pneumoniae
    ATCC 700603.  Para tanto, foram determinadas as concentrações inibitórias e
    bactericidas mínimas  (CIM e CBM, respectivamente),  além da  observação de seu
    efeito antibacteriano sob um tempo de exposição de 1 e 3  horas.  Os resultados
    apontaram um maior efeito antibacteriano (bactericida) das AgNPs sobre
    bactérias
    Gram-negativas,  com CBM igual a  6,75 µgAg/mL.  Para a  Escherichia coli  ATCC
    25922,  o efeito bactericida foi constatado já na primeira hora de
    exposição.  Em
    relação às bactérias Gram-positivas,  também se observou atividade
    antibacteriana,
    com CIMs variando de 3,37 a 13,5 µgAg/mL. O efeito citotóxico foi
    avaliado sobre
    células VERO em placas de microdiluição de 96 poços, sendo observada a ação das
    AgNPs em um tempo de exposição de 48 horas. O corante azul de tripan
    foi utilizado
    para uma avaliação morfológica, na qual  foram coradas as células com
    alterações
    de membrana.   Posteriormente, aos poços das placas  foi aplicado o
    corante cristal
    violeta e, por meio de fotomicrografias das células  coradas aderidas
    ao fundo dos
    poços,  calculou-se o percentual de células viáveis após a exposição
    do agente. O
    ensaio sobre células VERO revelou  que, dentre as concentrações de AgNPs
    avaliadas,  a  de 27 µgAg/mL foi a que apresentou maior quantidade de células
    coradas pelo azul de tripan, além desta promover a redução da
    viabilidade celular
    para em torno de 25% em relação ao controle de crescimento, sendo a
    concentração
    que apresentou  o efeito citotóxico mais relevante.  Os resultados apontaram as
    AgNPs como um promissor agente antibacteriano, principalmente sobre bactérias
    Gram-negativas, em concentrações nas quais não foram observados efeitos
    citotóxicos. Constatou-se ainda que adequações em seu processo de síntese serão
    necessárias para que se possam produzir AgNPs com maior efeito antibacteriano e
    com reduzido efeito citotóxico.

  • JOELMA BARBOSA DE MOURA
  • “AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA DO MONOTERPENO TERPINOLENO EM ROEDORES E POSSÍVEIS MECANISMOS DE AÇÃO ENVOLVIDOS”.

  • Orientador : FERNANDA REGINA DE CASTRO ALMEIDA
  • Data: 27/04/2012
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  • Os óleos essenciais  são  formados por metabólitos secundários característicos de 

    plantas aromáticas. O monoterpeno terpinoleno (TPL) é constituinte químico do óleo 

    essencial de muitas espécies vegetais  que apresentam várias atividades 

    e morfina (5 mg/kg, s.c.). Nas doses de 1,56 e 25 mg/kg o TPL não exibiu efeito 

     

    antinociceptivo. Ainda no modelo da capsaicina foi observado o efeito da 

    administração local de TPL (50; 100 e 200 µg/pata, 20 µL), e nenhuma das doses 

    apresentou atividade. No teste do glutamato, foi quantificado o tempo de lambedura 

    da pata estimulada (15 min), após tratamento com TPL (0,78; 1,56; 3,125; 6,25 e 

    12,5 mg/kg, p.o.), veículo ou MK801 (0,03 mg/Kg, i.p.). TPL mostrou resposta 

    antinociceptiva p<0,05 nas doses de 1,56; 3,125; e 6,25 mg/kg, enquanto que nas 

    doses de 0,78 e 12,5 mg/kg esse efeito não foi observado. No teste da hiperalgesia 

    inflamatória (von Frey digital) induzida por carragenina em ratos, avaliou-se o índice 

    de hipernocicepção (g), após o tratamento com TPL (12,5; 25 e 50 mg/kg, p.o.), 

    veículo ou indometacina (10 mg/kg, p.o.), nos tempos de 1; 2; 3; 4; 5; 6h e 24 h após 

    o estímulo. O TPL (50 mg/kg) promoveu p<0,05 nos tempos avaliados na 2ª; 3ª; 4ª e 

    5ª hora. Nas demais doses o TPL não  demonstrou  efeito. Na investigação dos 

    possíveis mecanismos envolvidos nos efeitos do TPL (teste do glutamato), o 

    tratamento com naloxona  (i.p.) 20 min antes do monoterpeno (3,125 mg/kg, p.o.), 

    veículo ou morfina (5 mg/kg, s.c.), não reverteu o efeito do TPL; o mesmo ocorreu 

    após o pré-tratamento com glibenclamida  (i.p.), L-arginina (i.p.),  atropina (s.c.) e 

    Ioimbina (i.p).  Porém,  o pré-tratamento com  paraclorofenilalanina  (PCPA)  (i.p.)  e 

    farmacológicas, dentre as quais, as atividades analgésica e anti-inflamatória. Com 

    base no pressuposto de que o TPL pode vir a apresentar potencial terapêutico como 

    droga analgésica, o objetivo deste trabalho foi investigar a atividade antinociceptiva 

    do  TPL  em modelos experimentais de nocicepção, bem como prováveis 

    mecanismos envolvidos.  Camundongos Swiss machos (20-30  g,  n = 6-9 

    animais/grupo) e ratos Wistar machos (180-200  g,  n  = 6-9 animais/grupo) foram 

    utilizados nos testes de nocicepção (Comitê de Ética Animal/UFPI, No

      05/2011). 

    Estudos anteriores relatam a dose letal, via oral, em camundongos e ratos (DL50 de 

    3800/3790 mg/kg).  No teste da formalina, quantificou-se o tempo que o animal 

    lambia a pata estimulada durante 0-5 min (1ª fase) e 15-30 min (2ª fase), após  o 

    tratamento com TPL (6,25 e 12,5 mg/kg, p.o.) e veículo (salina, p.o.), 60 min antes,  

    e morfina (5 mg/kg, s.c.) 30 min antes. O TPL (6,25 mg/kg) foi efetivo em inibir todas 

    as fases do teste, enquanto na dose de 12,5 mg/kg inibiu apenas a segunda fase. 

    No teste da capsaicina quantificou-se o tempo de lambedura da pata estimulada (5 

    cetanserina (i.p.) foi capaz de reverter totalmente o efeito antinociceptivo do TPL. O 

    mesmo  apresentou efeito depressor central (teste campo aberto) quando 

    administrado  a maior  dose efetiva encontrada  (50 mg/kg). O TPL possui efeito 

    antinociceptivo, o qual parece envolver o sistema serotoninérgico.

     

  • JOSEANA MARTINS S DE RODRIGUES LEITÃO
  • “Investigação do potencial tóxico, citotóxico, genotóxico e mutagênico de Zanthoxylum rhoifolium lam. em células eucarióticas.”

  • Orientador : FERNANDO AECIO DE AMORIM CARVALHO
  • Data: 30/03/2012
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  • Zanthoxylum rhoifolium  Lam., popularmente conhecida como mamica de

    cadela,  árvore típica do cerrado piauiense com  atividade antileshmania

    comprovada, foi avaliada  neste trabalho quanto a sua possível  ação  tóxica,

    citotóxica, genotóxica e mutagênica em células eucarióticas através dos testes

    Allium cepa, ensaio cometa, micronúcleos e ação hemolítica, como também a

    presença de alterações numéricas e morfológicas  de DNA de formas

    promastigotas de  Leishmania  amazonenesis  em contato com o extrato

    etanólico (EEtOH) e fração  hexânica (F.HEX)  por espectrofotometria e

    citometria de fluxo preparados a partir da casca do caule da árvore, para os

    ensaios de atividade. Nos testes  A. cepa  e na  quantificação e análise

    morfológica de DNA de  L. amazonensis  foram utilizadas as concentrações

    7,96; 15,92 e 31,84 µg/mL tendo como base a CI50 e ± 2. Foi possível identificar

    ação tóxica e citotóxica, pela inibição do crescimento e do índice mitótico,  e

    ação mutagênica, pelo aumento das frequências  das  aberrações

    cromossômicas e  de micronúcleos,  nas maiores concentrações  utilizadas  do

    EEtOH (15,92 e 31,84  µg/mL), fato não  observado  para  a F. HEX.  Não foi

    observada intensa lise de hemácias humanas (< 10% na maior concentração

    testada, 400µg/mL) e em relação à citotoxicidade observada no  teste de  A.

    cepa, os dados corroboram com a ação citotóxica em células da medula óssea

    de camundongo, onde o EEtOH apresentou maior citotoxicidade que a F. HEX.

    Nossos resultados  sugerem que o extrato e a fração obtida de  Z.  rhoifolium

    Lam.  não exerce influência na divisão celular.  Observamos, também, que

    houve  maior índice de danos ao DNA em células de medula óssea de

    camundongos tratados com o EEtOH por 24 horas na dose de 100 mg/Kg

    quando comparado com células de sangue periférico de camundongos, sendo

    o maior valor encontrado para as fêmeas, uma vez que as células da medula 

    demonstraram-se mais sensíveis aos tratamentos, o mesmo não foi observado

    para a freqüência de  micronúcleos, indicando ausência de danos fixos ao

    material genético  para este teste, provavelmente  por  que os mecanismos de

    reparo foram suficientes para evitar a instabilidade genética nessas células. O

    DNA das formas promastigotas metacíclicas incubadas por 72h com o EEtOH e

    F. HEX quantificado espectrofotometricamente assim como análise morfológica

    por citometria de fluxo revelaram a intensa ação, em especial da F. HEX, frente

    a estas formas parasitárias sugerindo o  EEtOH e a F. HEX  de  Z.  rhoifolium

     

    Lam. como  candidatos em potencial a  fitoterápicos,  tendo a F. HEX

    apresentado baixa atividade tóxica, citotóxica, genotóxica e mutagênica quando

    comparado ao EEtOH.

  • FRANCILENE VIEIRA DA SILVA
  • “AVALIAÇÃO PRÉ-CLÍNICA E PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS

    DO CARVACROL”

  • Orientador : RITA DE CASSIA MENESES OLIVEIRA
  • Data: 16/03/2012
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  • Este estudo avaliou a atividade antinociceptiva, anti-inflamatória e

    antiulcerogênica do carvacrol, um monoterpeno fenólico constituinte do óleo

    essencial produzido por numerosas plantas aromáticas e especiarias. A atividade

    antinociceptiva foi investigada em modelos de dor orofacial induzidos por formalina,

    capsaicina e glutamato em camundongos. Carvacrol reduziu o comportamento

    fricção da face dos animais em ambas as fases do teste de formalina nas doses de

    25, 50 e 100 mg/kg (fase 1- 56, 61, e 90%, respectivamente; fase 2- 52, 72 e 93%,

    respectivamente), efeito este que não foi revertido com o pré-tratamento com a

    naloxona. Carvacrol também produziu efeito antinociceptivo significativo em todas as

    doses nos testes da capsaicina (43, 66 e 88%, respectivamente) e glutamato (58, 83

    e 95%, respectivamente), e a morfina utilizada em todos os testes como controle

    positivo, também foi capaz de reduzir de maneira significativa o comportamento de

    fricção da face quando comparado ao grupo veículo. Na avaliação da atividade anti-

    inflamatória utilizou-se os modelos experimentais de edema de pata induzido por

    carragenina, histamina, dextrana e substância P. Na tentativa de elucidar os

    possíveis mecanismos envolvidos no efeito anti-inflamatório do carvacrol, utilizou-se

    os modelos de edema de orelha induzido por TPA e ácido araquidônico, além do

    modelo de peritonite induzida por carragenina para avaliação da migração

    leucocitária. Carvacrol (25, 50 e 100 mg/kg) inibiu o edema de pata induzido por

    carragenina (46; 55 e 71% respectivamente) após 3h do tratamento, enquanto que a

    indometacina produziu 65% de inibição. Nos modelos de edema de pata induzido

    por histamina e dextrana, carvacrol só foi efetivo na dose de 50 mg/kg (46 e 35%

    respectivamente) e nos dois modelos, a ciproheptadina reduziu os edemas (61 e

    43%) quando comparado ao grupo veículo. No edema induzido por substância P,

    carvacrol (100 mg/kg) e o vermelho de rutênio (3 mg/kg) reduziram a formação do

    edema em 46% e 40%, respectivamente. Carvacrol reduziu de maneira significativa

    os edemas de orelha induzidos por TPA e Ácido araquidônico, na dose de 0,1

    mg/orelha (43 e 33%), de maneira semelhante a indometacina nas doses de 0,5

    mg/orelha e 2 mg/orelha (55 e 57%). Carvacrol também reduziu a migração

    leucocitária em todas as doses testadas (63; 71 e 67%), enquanto a dexametasona

    (2 mg/kg, s.c) reduziu em 76% a migração de leucócito para a cavidade peritoneal.

    Na avaliação da atividade anti-úlcera foi realizado o modelo crônico de lesões

    gástricas induzidas por ácido acético que revelaram uma capacidade de cicatrização

    do carvacrol nas doses testadas (60, 91 e 81%), após 14 dias de tratamento. Nossos

    resultados sugerem que carvacrol pode representar importante ferramenta para o

    tratamento da dor orofacial, além de sugerir que os receptores opióides possam

    estar envolvidos neste processo, bem como parece interferir com a liberação ou

    síntese de mediadores inflamatórios, como os prostanóides sugerindo uma atividade

    anti-inflamatória, que favorece o processo de cicatrização das úlceras.

  • CARLA KELLY BARROSO SABINO
  • Estudo das atividades cardiovasculares do monoterpeno α-terpineol em ratos hipertensos L-name; abordagem in vivoe in vitro”.

  • Orientador : ALDEIDIA PEREIRA DE OLIVEIRA
  • Data: 02/03/2012
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  • A hipertensão arterial é um problema de saúde pública e está associado com anomalias

    estruturais no sistema cardiovascular. Estudos com modelos de hipertensão em ratos têm se

    mostrado bastante úteis no entendimento e tratamento das doenças cardiovasculares. Nesse

    contexto o presente estudo visa avaliar a resposta vasorelaxante e anti-hipertensiva induzida

    pelo monoterpeno α-terpineol utilizando uma abordagem in vivo e in vitro. Ratos Wistar machos

    (250-300 g) foram tratados através da adição de NG-nitro-L-arginina-metil-éster (L-NAME 0,5

    mg/mL) à água para consumo durante 7 dias, tempo suficiente para produção da hipertensão

    arterial. Para a realização dos testes bioquímicos os animais normotensos e hipertensos foram

    tratados com salina (controle) ou α-terpineol (100 mg/kg, v.o) por 8 dias. No último dia de

    tratamento, os animais foram anestesiados e o sangue da artéria abdominal foi coletado para a

    realização dos testes bioquímicos; os órgãos (pulmão, coração, fígado e rins) foram retirados e

    pesados. Os testes bioquímicos não apresentaram diferença significativa em relação ao grupo

    controle, exceto para os testes de catalase e GSH, que se apresentaram aumentados nos

    grupos hipertensos tratados com o monoterpeno α-terpineol (0,68 ± 0,010***) e nos grupos

    hipertensos tratados com salina (0,76 ± 0,08*), respectivamente. Não houve diferença

    significativa entre o peso dos órgãos dos animais tratados e o controle. Nos testes in vivo, após a

    indução da hipertensão, os ratos passaram por um processo de cateterismo da artéria femoral

    para a avaliação da pressão arterial (PA) e freqüência cardíaca (FC). O α-terpineol apresentou

    significativa atividade anti-hipertensiva em todas as doses administradas (25, 50 e 100 mg/kg,

    v.o.) em relação ao grupo controle. Nos testes in vitro, os ratos foram eutanasiados, a artéria

    mesentérica superior foi removida através de uma incisão no abdome do animal e depois foram

    obtidos anéis do primeiro segmento da artéria (1 - 2 mm). Em seguida, os anéis foram colocados

    em uma cuba para órgão isolado, contendo 10 mL de solução nutritiva de Tyrode a 37º C e

    gaseificada com uma mistura de 95% O2 e 5% CO2 (carbogênio), e suspensos por linhas de

    algodão fixadas a um transdutor de força acoplado a um sistema de aquisição para o registro

    das tensões isométricas. Os resultados foram expressos como média ± erro padrão da média e

    foram considerados significativos os valores *p<0.05 (teste t Student). Nos testes in vitro, após

    1h de estabilização os anéis foram contraídos com fenilefrina (10-5 M). A adição cumulativa de α-terpineol (10-10 – 10-2 M) induziu um efeito vasodilatador dependente da concentração e

    independente do endotélio (pD2 = 3,68 ± 0,17, 3,63 ± 0,13 M, com e sem endotélio,

    respectivamente, n = 5 ). Um efeito similar foi obtido por pré-contração induzida com KCl 80 mM

    (pD2 = 3,55 ± 0,11; n=5). Além disso, o monoterpeno α-terpineol (10-4 – 10-2 M) inibiu as

    contrações induzidas pela adição cumulativa de fenilefrina (10-9 – 10-5 M) de uma maneira

    dependente da concentração (Emax: Controle = 100,00 ± 0,00; 10-4 M = 95,44 ± 3,18%; 3x10-4

    M= 90,40 ± 10,25%; 10-3 M = 80,41 ± 3,09%*; 3x10-3 M = 47,88 ± 0,19%* e 10-2 M = 1,66 ±

    0,16%*, n=5). O α-terpineol (10-4 – 3 x 10-3M) também inibiu as contrações induzidas por um acréscimo cumulativo de CaCl2 (10-6 – 3 x 10-2 M) em solução despolarizante de Tyrode KCl 60 mM nominalmente sem Ca2+, de maneira dependete de concentração (Emax: Controle = 100,00 ±0,00; 10-4 M = 92,44 ± 3,63%; 3x10-4 M = 90,59 ± 5,56%; 10-3 M = 74,29 ± 5,32%*; e 3x10-3 M =12,68 ± 3,05%*). Em preparações pré-contraída por S-(-) BayK 8644 (0,1 M), um ativador CaVL,o α-terpineol também induziu um efeito vasorelaxante (pD2 = 3,22 ± 0,08 M; n=5). Em preparação com bisindolilmaleimida (10-7), inibidor da PKC, e TEA 1 mM, bloqueado não seletivo de canais para potássio, não houve alteração no relaxamento promovido pelo α-terpineol (pD2 = 3,96 ± 0,1 e pD2 =5,5 ± 0,04, respectivamente). O envolvimento de canais de K+ foi avaliada em solução despolarizante de Tyrode KCl 20 mM em pré-contração induzida por fenilefrina (10-5 M),mas o vasorelaxamento induzido por α-terpineol não foi alterado (pD2 = 2,94 ± 0,06; n = 5). Sugere-se que o α-terpineol apresente efeito antioxidante, hipotensor, além de induzir vasorelaxamento de forma independente do endotélio, provavelmente devido ao bloqueio de canais para cálcio sensíveis à voltagem (CaVL).

     

  • FLÁVIA DANNIELE FROTA MACHADO
  • ATIVIDADE GASTROPROTETORA DE Neoglaziovia variegata Mez. (BROMELIACEAE) EM RATOS E CAMUNDONGOS

  • Orientador : RITA DE CASSIA MENESES OLIVEIRA
  • Data: 02/03/2012
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  • Neoglaziovia variegata  Mez. é  conhecida popularmente como ”caroá”, sendo

    distribuída por todo o semiárido do Nordeste brasileiro. O perfil fitoquímico da

    espécie mostrou a presença de saponinas, taninos, flavonóides, esteróides e

    triterpenóides. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade gastroprotetora do

    extrato etanólico (Nv-EtOH) e das frações hexânica (Nv-Hex) e clorofórmica (Nv

    CHCl3) obtidas das partes aéreas de N. variegata em modelos agudos e crônico de

    lesões gástricas em camundongos e ratos, investigando seus possíveis

    mecanismos. No modelo de lesão gástrica induzida por etanol absoluto (0,2

    mL/animal), o pré-tratamento com o Nv-EtOH (200 e 400 mg/kg, v.o), Nv-Hex e Nv

    CHCl3  (50 a 400 mg/kg, v.o.) diminuiram a área de lesão gástrica de maneira

    significativa (p<0.05). No modelo de úlcera por HCl/etanol (0,2 mL/animal), Nv-EtOH

    (200 e 400 mg/kg, v.o), Nv-Hex e Nv-CHCl3 (100 a 400 mg/kg, v.o.) inibiram a área

    de lesão gástrica de maneira significativa (p<0,05). No modelo de úlcera por

    ibuprofeno (100 mg/kg, v.o.), o pré-tratamento com o Nv-EtOH (100 a 400 mg/kg)

    reduziu o número de úlceras de maneira significativa (p<0,05). As frações Nv-Hex e

    Nv-CHCl  não foram capazes de reduzir a área de lesão neste protocolo. Nv-EtOH

    (200 e 400 mg/kg, v.o.), Nv-Hex e Nv-CHCl3 (100 a 400 mg/kg, v.o.) também foram

    eficazes em inibir as lesões induzidas por isquemia e reperfusão. Na avaliação da

    atividade antioxidante, Nv-EtOH (400 mg/kg, v.o.), Nv-Hex e Nv-CHCl3  (100 mg/kg,

    v.o.) aumentaram os níveis de NP-SH. Nv-EtOH elevou a atividade da catalase no

    modelo de lesão gástrica induzida por etanol. Além disso demonstrou-se um

    aumento na concentração de muco aderido à parede gástrica no modelo de ligadura

    de piloro em ratos tratados com Nv-EtOH (400 mg/kg, i.d.). Na tentativa de elucidar

    outros possíveis mecanismos envolvidos na gastroproteção de  Nv-EtOH (400

    mg/kg), Nv-Hex e Nv-CHCl3 (100 mg/kg) os animais foram submetidos à indução de

    lesão gástrica por etanol após pré-tratamento com, ibuprofeno, L-NG-nitro-arginina,

    e glibenclamida, demonstrando a participação das prostaglandinas, da sintase do

    óxido nítrico, e dos canais de potássio sensíveis ao ATP (KATP), respectivamente. Na

    avaliação da atividade anti-secretória, Nv-EtOH (400 mg/kg) e Nv-CHCl3 (100 mg/kg,

    i.d.) apresentaram redução na acidez titulável, mas não diminuíram volume de

    secreção gástrica e não elevaram o pH no modelo de ligadura de piloro em ratos.

    Nv-EtOH (400 mg/kg) reduziu a área de lesão gástrica no modelo crônico de úlcera

    induzida por ácido acético.

2011
Descrição
  • LUCIANE LIMA DA SILVA
  • EFEITOS ANTIPRURIGINOSO E ANTIEDEMATOGÊNICO
    DAS FOLHAS DE Lecythis pisonis Camb. (Lecythidaceae)

  • Orientador : FRANCISCO DE ASSIS OLIVEIRA
  • Data: 30/06/2011
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  • Lecythis pisonis  Camb. (Lecythidaceae)  é  popularmente  conhecida  como
    “Sapucaia”. Na medicina tradicional, suas folhas são utilizadas na
    forma de banho
    para o tratamento do  prurido.  O presente trabalho teve como objetivo
     avaliar o
    potencial antipruriginoso do extrato etanólico (EEtOH), frações
    hexânica (FH), etérea
    (FE), acetato de etila  (FAcOEt)  e  aquosa  (FA),  a mistura dos
    triterpenos  ácidos
    ursólico e oleanólico (MT),  e atividade antiedematogênica do EEtOH, FE e MT
    obtidos das folhas de Lecythis pisonis. Não se observou toxicidade
    oral do EEtOH
    até a dose de  2000 mg/kg.  EEtOH,  FH, FE e FAcOEt  (100 e 200 mg/kg,  v.o.)
    demonstraram (p<0,05) atenuação do prurido (45,88±10,74  e 31,13±6,44;
    26,12±1,89 e 19,23±1,59;  30,50±2,32  e  10,17±1,70; 35,20±2,60  e 27,83±3,10,
    respectivamente), induzido pelo Composto 48/80  (C48/80, 100μg/100μL).
    A FA (50,
    100 e 200  mg/kg,  v.o.), exibiu pronunciada atividade antipruriginosa (p<0,05)
    (38,67±4,34; 19,20±3,22 e 8,12±3,46, respectivamente). Da mesma forma a MT (25
    e 50 mg/kg,  v.o.), reduziu o prurido (37,80±3,77 e 24,0±4,51, respectivamente,
    p<0,001).  Na investigação da participação opióide no efeito
    antipruriginoso,  a
    naloxona (2 mg/kg, i.p.) foi capaz de  reverter  (p<0,05) o efeito do
    EEtOH  (200
    mg/kg)  (25,57±3,77 para 49,16±8,82), da  FE (200 mg/kg) (10,17±1,70 para
    42,80±2,80) e da MT  (50 mg/kg) (24,0±4,50 para 45,33±3,10). A morfina
    (5 mg/kg, s.c.) exibiu redução do  prurido (p<0,05) (3,22±1,64).  O
    pré-tratamento,  v.o.,  dos
    animais com  o EEtOH,  FE,  MT  ou cetotifeno (1  mg/kg)  reduziu (p<0,05) a
    degranulação dos mastócitos  por C48/80  (25,7±8,81;  41,82±4,18;
    36,33±1,40  e
    16,1±1,31%,  respectivamente).   No teste do campo aberto o EEtOH
    (50, 100, 200
    mg/kg) não interferiu na ambulação dos animais (36,0±2,86; 31,66±3,98 e
    32,57±6,43,  respectivamente).  Na avaliação da atividade antiedematogênica, o
    EEtOH  (100 e 200 mg/kg)  reduziu de forma significativa (p<0,05) o
    edema de pata
    por carragenina  até a  3ª  hora. A  FE  (50, 100 e 200 mg/kg)
    diminuiu  (p<0,05)  o
    edema em todas as horas avaliadas. No edema de pata induzido por histamina, FE
    (100 e 200 mg/kg)  promoveu inibição na 1ª hora (0,97±0,12 e 0,77±0,07,
    respectivamente,  p<0,001)  e  2ª hora (0,85±0,07,  p<0,01 e
    0,63±0,04,  p<0,001,
    respectivamente). FE (10 e 20 µg/µL) foram efetivas em inibir o edema
    de orelha por
    óleo de cróton (1,03±0,08, p<0,01 e 0,78±0,06, p<0,001,
    respectivamente) e MT (5 e
    10 µg/µL),  reduziram o edema de orelha  (1,08±0,07, p<0,01 e
    0,78±0,08, p<0,001,
    respectivamente).  Os resultados obtidos com  o  EEtOH,  FE e  MT  demonstraram
    ação antipruriginosa, sugerindo uma possível participação do sistema
    opióide e das
    células mastocitárias. Este é o primeiro estudo antipruriginoso e
    antiedematogênico
    com esta espécie, e fornece base científica para seu uso popular.

  • ELISANGELA FATIMA DA SILVA
  • IMUNOGENICIDADE DE NANOPARTÍCULAS DE ALBUMINA 
    SÉRICA BOVINA ASSOCIADAS AOS QUATRO SOROTIPOS DE 
    Dengue vírus INATIVADOS E POTENCIALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO DE IgG POR
  • Data: 27/06/2011
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  • O  Dengue vírus (DENV) é um vírus envelopado pertencente à família Flavivíridae com
    simétria icosaédrica e diâmetro de 40-50 nm. Possui quatro sorotipos denominados de DENV
    1,2,3 e 4. A Organização Mundial da Saúde estima que entre 50 a 100 milhões de pessoas se
    infectem anualmente. A maneira mais eficaz para reduzir estas enfermidades e mortes por 
    doenças infecciosas é vacinar as populações em risco. Infelizmente, não existem vacinas para
    um grande número de doenças e, além disso, algumas  das vacinas existentes não são 
    completamente protetoras. Neste estudo avaliou-se a resposta imune produzida por 
    nanopartículas (NPs) biodegradáveis de albumina sérica bovina, associadas aos quatro 
    sorotipos de DENV inativados, assim como o efeito adjuvante do extrato aquoso de Lawsoni
    inermis L.. A avaliação deste sistema carreador preparado  pelo método de coacervação 
    demonstrou estabilidade com valores de potencial zeta de -35,8 mV. As NPs de BSA 
    apresentaram uma liberação controlada de antígenos e quando inoculadas em camundongos 
    Swiss foram capazes de ativar o sistema imune e induzir a produção de anticorpos IgG anti-
    DENV (p = 0,0002).  Interessantemente, quando o extrato aquoso de  Lawsonia inermis  (1
    mg/mL)  é adicionado durante a preparação das nanopartículas, ocorre um efeito adjuvante 
    caracterizado por uma produção mais intensa de IgG anti-DENV. 
  • BERNARDO MELO NETO
  • Efeito do extrato e frações de Zanthoxylum rhoifolium Lam. e da resina de Protium heptaphilum March. sobre a infecção de macrófagos por Leishmania amazonensis
  • Orientador : FERNANDO AECIO DE AMORIM CARVALHO
  • Data: 16/06/2011
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  • As leishmanioses são um conjunto de doenças parasitárias causadas por protozoários intracelulares do gênero Leishmania, afetando cerca de dois milhões de pessoas a cada ano e portanto classificadas como um problema de saúde pública. A descoberta de novas substâncias com promissor potencial leishmanicida e reduzida ação tóxica contra células de mamíferos tem fundamental importância para o controle e prevenção da leishmaniose. Sabendo que derivados vegetais estão entre as novas possibilidades para a obtenção de compostos bioativos, objetivou-se avaliar as atividades anti-leishmania, citotóxica e  o efeito do extrato bruto etanólico (EEtOH) e frações acetato de etila (F. AcoEt), aquosa (F. AQ) e hexânica (F. HEX) obtidas da casca do caule de Zanthoxylum rhoifolium Lam. e da resina de Protium heptaphilum March (R. ALM) sobre a infectividade in vitro de macrófagos murinos por Leishmania amazonensis. Para tanto, formas promastigotas metacíclicas foram incubadas na presença dos extratos nas concentrações de 400, 200, 100, 50, 25, 12.5, 6,25 e 3,125 µg/ml em triplicatas, após 24, 48 e 72h os parasitas foram contados em câmara de Neubauer e a concentração inibitória média (IC50) calculada. A concentração citotóxica média (CC50) foi mensurada pelo tratamento de macrófagos com os extratos nas concentrações descritas, posterior incubação com MTT (brometo de 3-[4,5-dimetiltiazol-zil]-2,5-difeniltetrazólio) e leitura por absorbância em 550 nm do formazan produzido pela redução do MTT. A investigação de parâmetros de resposta à ativação de macrófagos como a variação do volume lisossomal e a capacidade fagocítica frente os tratamentos foi realizada utilizando-se o corante vermelho neutro e partículas de zimosan coradas. Avaliou-se ainda o estimulo à produção de óxido nítrico pela dosagem de nitrito e a influência do pré-tratamento de macrófagos ou de formas promastigotas sobre a infecção por leishmanias. Verificou-se que o extrato, frações e resina ocasionaram notável inibição dose e tempo dependente no desenvolvimento de formas promastigotas de Leishmania amazonensis, com valores de CI50 em 72h de 9,57; 10,21; 11,06; 7,96 e 6,18 µg/ml para EEtOH, F. AcoEt, F. AQ, F. HEX e R. ALM respectivamente. Os valores de CC50 obtidos para macrófagos foram maiores que 100 µg/ml para EEtOH, F. AcoEt, F. AQ e F. HEX, e de 53,99 µg/ml para R. ALM superando, portanto os valores de CI50 para promastigotas. O extrato, frações e resina estimularam a atividade fagocítica, sem portanto incrementar o volume lisossomal e a produção de nitrito. O pré tratamento de macrófagos ou formas promastigotas revelou expressiva queda, tanto no percentual de infecção, quanto no número de amastigotas por macrófago de forma concentração dependente. Conclui-se portanto que o extrato, frações e resina apresentam significativa ação anti-leishmania e propriedades na redução da infectividade de macrófagos in vitro.

     

  • IRISDALVA SOUSA OLIVEIRA
  • POSSÍVEIS MECANISMOS ENVOLVIDOS NA AÇÃO GASTROPROTETORA DO CARVACROL.

  • Orientador : RITA DE CASSIA MENESES OLIVEIRA
  • Data: 11/04/2011
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  • Carvacrol  é um monoterpeno fenólico predominante em muitos óleos
    essenciais de espécies de plantas pertencentes às famílias Labiatae,
    Euphorbiaceae, Verbenaceae e Poaceae. Alguns terpenos fenólicos presentes
    em óleos essenciais têm demonstrado atividade inibitória sobre a ulceração
    gástrica induzida por diferentes agentes, por exemplo, o monoterpeno terpinen-
    4-ol e sesquiterpeno elemol.  Não há relatos sobre a atividade antiúlcera do
    carvacrol na literatura. Neste estudo avaliou-se o  efeito do carvacrol sobre
    lesões gástricas agudas induzidas por  etanol absoluto, etanol acidificado,
    ibuprofeno e isquemia seguida de reperfusão, além de investigar os possíveis
    mecanismos de ação envolvidos em sua ação  gastroprotetora.  Avaliou-se o
    percentual de inibição da área de lesão em relação ao controle. No modelo de
    lesões induzidas por etanol absoluto, carvacrol nas doses de  25 e 50 mg/kg
    reduziu as lesões em 48% e 41%, respectivamente. O mesmo foi observado
    para as lesões gástricas induzidas por etanol acidificado, com redução de 28%
    (12.5 mg/kg), de 70%  (25 mg/kg) e de 63%  (50 mg/kg). Nas  lesões  induzidas
    por  ibuprofeno, o percentual de inibição  foi de 66 % (25 mg/kg) e de 64% (50
    mg/kg).  O carvacrol também foi  eficaz em  inibir  as lesões induzidas por
    isquemia e reperfusão  em  51% e 38% para as doses de 25 e 50 mg/kg,
    respectivamente. Na tentativa de elucidar os possíveis mecanismos envolvidos
    no efeito gastroprotetor do carvacrol,  os animais  foram  submetidos à indução
    de lesão gástrica por etanol  após pré-tratamento  com N-etilmaleimida, L-NG-
    nitro-arginina, ibuprofeno e glibenclamida, demonstrando a participação dos
    grupos sulfidrilas, da sintase do óxido nítrico, das prostaglandinas e
    dos canais
    de potássio sensíveis ao ATP  (KATP), respectivamente.  Além disso,
    demonstrou-se o envolvimento da enzima catalase na gastroproteção
    evidenciada. Na avaliação do efeito do carvacrol na secreção ácida gástrica e
    na produção de muco, utilizando-se o modelo de ligadura de piloro, não foram
    observadas  alterações  no  volume,  no  pH e  na  acidez  total do
    suco gástrico,
    mas  houve um aumento significativo do muco.  Estes dados indicam que o
    carvacrol apresenta atividade gastroprotetora, com participação da  sintase do
    óxido nítrico,  das  prostaglandinas,  dos  canais KATP, do  sistema
    antioxidante
    (grupos sulfidrilas não protéicos  e catalase)  e do aumento na
    produção de muco.

2010
Descrição
  • MAURO FURTADO CAVALCANTI
  • Avaliação da Atividade Antinociceptiva e anti-inflamatória da fração hidroalcoólica e da fração rica em biflavonas das folhas de Cenostigma macrophyllum.

  • Orientador : FERNANDA REGINA DE CASTRO ALMEIDA
  • Data: 04/11/2010
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  • Avaliação da Atividade Antinociceptiva e anti-inflamatória da fração hidroalcoólica e da fração rica em biflavonas das folhas de Cenostigma macrophyllum.



Dissertações/Teses Antigas
2013
Descrição
  • DOUGLAS DOS SANTOS LIMA
  • QUITOSANA E NANOPARTÍCULAS DE PRATA ESTABILIZADAS COM QUITOSANA: AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTILEISHMANIA E CITOTOXICIDADE EM CÉLULAS DE MAMÍFEROS.
  • Orientador : JOSE ROBERTO DE SOUZA DE ALMEIDA LEITE
  • Ano: 2013
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  • As leishmanioses são enfermidades caracterizadas por lesões cutâneas de cura espontânea até o acometimento visceral que pode levar a morte. Causadas por uma das várias espécies de parasitas protozoários do gênero Leishmania, que mantêm o seu ciclo de vida digenético. A pesquisa para o tratamento, controle e prevenção dessa patologia insere-se em um campo da pesquisa ainda recente, porém em franco desenvolvimento, a nanotecnologia, uma realidade presente nos mais diversos campos, que vão desde desenvolvimento de materiais até o seu empreendimento na saúde. Para os experimentos foram utilizados três camundongos BALB/c, 5 a 8 semanas de vida, machos e fêmeas, com peso variando de 20 a 25 g, provenientes do biotério do Núcleo de Pesquisas em Plantas Medicinais (NPPM) da Universidade Federal do Piauí. Para a coleta de macrófagos foram inoculados por via intraperitoneal 1,0 mL de tioglicolato 3% e após 3 dias foram eutanasiados, utilizando-se o anestésico tiopental, prévio ao deslocamento cervical. A atividade leishmanicida das nanopartículas foi avaliada pela inibição do crescimento de formas promastigotas de L. amazonenses. O uso de nanopartículas de prata reduzidas com quitosana (AgNPCs) demonstra ação leishmanicida e potencial uso farmacológico, principalmente nas concentrações de 27 µg/mL e 13,5µg/mL. Foi encontrada ainda ação citotóxica, passível de novas pesquisas para diminuição de seus atributos não benéficos. A avaliação da citotoxicidade em eritrócitos humanos corresponde a capacidade hemolítica das substâncias em estudo, para tanto foi utilizado sangue humano com tipagem O+. A possível atividade imunomoduladora das AgNPCs, e suas constituintes isolados, foi avaliada através da atividade lisossomal, bem como a capacidade fagocítica, as quais foram realizadas utilizando-se macrófagos que foram plaqueados e incubados com as substâncias em teste nas doses padronizadas. Investigações futuras serão feitas para avaliar os efeitos terapêuticos das AgNPCs em modelos experimentais.
2011
Descrição
  • BERNARDO MELO NETO
  • EFEITO DO EXTRATO E FRAÇÕES DE ZANTHOXYLUM RHOIFOLIUM LAM. E DA RESINA DE PROTIUM HEPTAPHILUM MARCH. SOBRE A INFECÇÃO DE MACRÓFAGOS POR LEISHMANIA AMAZONENSIS
  • Orientador : FERNANDO AECIO DE AMORIM CARVALHO
  • Ano: 2011
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  • As leishmanioses são um conjunto de doenças parasitárias causadas por protozoários intracelulares do gênero Leishmania, afetando cerca de dois milhões de pessoas a cada ano e portanto classificadas como um problema de saúde pública. A descoberta de novas substâncias com promissor potencial leishmanicida e reduzida ação tóxica contra células de mamíferos tem fundamental importância para o controle e prevenção da leishmaniose. Sabendo que derivados vegetais estão entre as novas possibilidades para a obtenção de compostos bioativos, objetivou-se avaliar as atividades anti-leishmania, citotóxica e o efeito do extrato bruto etanólico (EEtOH) e frações acetato de etila (F. AcoEt), aquosa (F. AQ) e hexânica (F. HEX) obtidas da casca do caule de Zanthoxylum rhoifolium Lam. e da resina de Protium heptaphilum March (R. ALM) sobre a infectividade in vitro de macrófagos murinos por Leishmania amazonensis. Para tanto, formas promastigotas metacíclicas foram incubadas na presença dos extratos nas concentrações de 400, 200, 100, 50, 25, 12.5, 6,25 e 3,125 µg/ml em triplicatas, após 24, 48 e 72h os parasitas foram contados em câmara de Neubauer e a concentração inibitória média (IC50) calculada. A concentração citotóxica média (CC50) foi mensurada pelo tratamento de macrófagos com os extratos nas concentrações descritas, posterior incubação com MTT (brometo de 3-[4,5-dimetiltiazol-zil]-2,5-difeniltetrazólio) e leitura por absorbância em 550 nm do formazan produzido pela redução do MTT. A investigação de parâmetros de resposta à ativação de macrófagos como a variação do volume lisossomal e a capacidade fagocítica frente os tratamentos foi realizada utilizando-se o corante vermelho neutro e partículas de zimosan coradas. Avaliou-se ainda o estimulo à produção de óxido nítrico pela dosagem de nitrito e a influência do pré-tratamento de macrófagos ou de formas promastigotas sobre a infecção por leishmanias. Verificou-se que o extrato, frações e resina ocasionaram notável inibição dose e tempo dependente no desenvolvimento de formas promastigotas de Leishmania amazonensis, com valores de CI50 em 72h de 9,57; 10,21; 11,06; 7,96 e 6,18 µg/ml para EEtOH, F. AcoEt, F. AQ, F. HEX e R. ALM respectivamente. Os valores de CC50 obtidos para macrófagos foram maiores que 100 µg/ml para EEtOH, F. AcoEt, F. AQ e F. HEX, e de 53,99 µg/ml para R. ALM superando, portanto os valores de CI50 para promastigotas. O extrato, frações e resina estimularam a atividade fagocítica, sem portanto incrementar o volume lisossomal e a produção de nitrito. O pré tratamento de macrófagos ou formas promastigotas revelou expressiva queda, tanto no percentual de infecção, quanto no número de amastigotas por macrófago de forma concentração dependente. Conclui-se portanto que o extrato, frações e resina apresentam significativa ação anti-leishmania e propriedades na redução da infectividade de macrófagos in vitro.
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