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DHWLIANY SILVA MEIRELES
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IMPACTO DO PROGRAMA PADRONIZADO BELLY DANCE NA FUNCIONALIDADE DE IDOSAS
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Orientador : ANDERSON NOGUEIRA MENDES
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Data: 26/11/2020
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Introdução a senescência é uma fase da vida marcada por significativas mudanças nos âmbitos biológicos, fisiológicos, sociais e emocionais trata-se de um processo progressivo e irreversível, nesse temos o enfraquecimento do sistema músculo esquelético, dentre eles destaca-se o assoalho pélvico musculatura responsável pela manutenção do aparelho geniturinário evitando a ocorrência das incontinências e prolapsos de órgãos internos principalmente em mulheres. Justificativa: diante do envelhecimento das mulheres e da capacidade da dança do ventre ser uma atividade física que trabalha a musculatura da região pélvica e abdominal desenvolveu-se a pesquisa para verificar se a prática desta levaria a algum resultado satisfatório sobre a musculatura do assoalho pélvico e abdômen. Objetivo: Avaliar o impacto do programa padronizado “Belly Dance” na funcionalidade dos músculos do assoalho pélvico, sistema respiratório, controle motor, biomarcadores sanguíneos e no controle clínico de idosas de Parnaíba e teve como objetivos específicos traçar o perfil clínico e demográfico das voluntárias, avaliar o efeito, antes e após o estudo, do programa padronizado “Belly Dance” na (os):funcionalidade dos músculos do assoalho pélvico, na bioimpedância; sinais vitais, frequência cardíaca, saturação de oxigênio, glicemia capilar, circunferência abdominal, controle motor (eletromiografia de superfície e intracavitária) dos músculos do assoalho pélvico, estabilometria, força muscular respiratória; valores hematimétrico. Metodologia: O estudo realizado tratou-se de uma pesquisa tipo ensaio clínico, randomizado com abordagem quantitativa, com 32 idosas em Parnaíba-PI entre os meses de. Resultados: resultados mostraram que as voluntárias obtiveram redução da variáveis cardiovasculares (pressão arterial sistólica e diastólica, frequência cardíaca, saturação de oxigênio), dos valores hematimétricos avaliados(glicemia, TGO, TGP e HDL); melhoria dos valores do (a) metabolismo basal, força muscular do AP, além de resistência, repetição de contração e contrações rápidas, como também do LDH; melhoria do recrutamento de fibras musculares do AP (intracavitário) e acessória (glúteo) e da musculatura inspiratória; relaxamento nas demais musculaturas do AP nos diferentes tipos de contrações (rápida e sustentada); porém não houve efeito no equilíbrio, o que se mostrou independentemente de como estivesse a visão das voluntárias (olho aberto ou fechado), o que se presume ser devido ao tempo de intervenção. Conclusão: O programa Belly Dance, proposto como intervenção mostrou-se eficaz na força, resistência, contrações rápidas e repetidas da MAP, relaxamento dos adutores, redução de TGO e TGP, podendo ser implantado nos sistemas de saúde. Entretanto, sugere-se outras pesquisas que abordem os efeitos deste método nos parâmetros de estresse oxidativo, bem como, nos biomarcadores de inflamação e lesão endotelial.
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MARIA JANAÍLDA ARAÚJO FURTADO
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ESTRATÉGIAS PARA REDUÇÃO DA MORTALIDADE MATERNA EM PARNAÍBA-PIAUÍ: As evidências científicas como instrumento de intervenção.
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Orientador : LIS CARDOSO MARINHO MEDEIROS
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Data: 24/11/2020
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Introdução: A mortalidade materna constitui-se um grave problema de saúde pública, sendo os países em desenvolvimento os que apresentam maior número de mortes por nascidos vivos. O Brasil registra uma razão de morte materna ajustada de 106 mortes para cada 100 mil nascidos vivos, enquanto nos países desenvolvidos esses dados são menores, contabilizando 20 mortes para cada cem mil nascidos vivos. No cenário brasileiro as maiores taxas de mortalidade materna estão registradas nos Estados do Piauí e Maranhão, provocando nas equipes de saúde a necessidade de buscar medidas que visem a redução deste quadro. Portanto, para este estudo inicialmente analisou-se e definiu a principal causa relacionada à morte materna ocorridas na cidade de Parnaíba-PI entre os anos de 2008 a 2018, bem como identificou-se e propôs as melhores intervenções de prevenção a partir das evidências científicas. Objetivos: Análise e definição das causas de morte materna em Parnaíba-PI, identificando a partir das evidências científicas as principais estratégias de prevenção para sugerir ações de intervenção que contribuam diretamente com a redução dessa mortalidade na referida localidade. Metodologia: Se deu em três etapas: I análise e definição de causas de morte materna, onde utilizou-se os dados dos Sistemas de Informação sobre Mortalidade (SIM) e aplicação de questionário semiestruturado aos profissionais médicos envolvidos na assistência ; II Revisão Integrativa da Literatura, onde foram identificadas as principais estratégias de prevenção e redução da mortalidade materna; III foi traçado o Plano de ação de prevenção e redução da mortalidade materna em Parnaíba – PI, baseado nas evidências científicas encontradas. Resultado: A hipertensão arterial e suas complicações aparecem como a principal causa de mortalidade materna em Parnaíba. A frágil condução no pré-natal é apontada como fator importante no desfecho negativo dessa realidade. A necessidade de ações efetivas nessa base se torna emergencial, portanto, exigindo a implementação do Plano de ação de prevenção da mortalidade materna. Conclusão: O estudo poderá contribuir com redução da mortalidade materna em Parnaíba, uma vez que a utilização dos achados e a efetividade das propostas descritas demonstraram caminhos para a resolutividade da problemática em questão.
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EDMÉRCIA HOLANDA MOURA
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Tentativas de Suicídio Atendidas por um Serviço Móvel de Urgência
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Orientador : MARCIO DENIS MEDEIROS MASCARENHAS
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Data: 23/10/2020
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Introdução: A tentativa de suicídio é uma conduta suicida não fatal e representa o momento em que a pessoa realiza uma ação capaz de ameaçar a própria vida. Objetivo: Analisar as características das tentativas de suicídio atendidas por um serviço móvel de urgência de Teresina-PI. Métodos: Estudo transversal analítico, realizado na sede do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), na cidade de Teresina-PI. Foram revisados 838 registros de atendimento por tentativas de suicídio, realizados no período de julho/2015 a dezembro/2018. Os dados foram obtidos no Sistema de Atendimento e Gestão de Ocorrências. Utilizou-se formulário padronizado para coleta dos dados que foram analisados no Stata versão 12, por meio de estatística descritiva e do teste Qui-quadrado de Pearson (x²) ou teste exato de Fisher. Odds ratio (OR) e intervalos de confiança de 95% (IC95%) foram calculados utilizando regressão logística. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí. Resultados: A tentativa de suicídio foi predominante no sexo feminino (60,9%), nas pessoas com idade de 30 a 59 anos (46,8%), residentes na Região Centro/Norte (35,9%) e Sul (27,9%). A maioria das tentativas aconteceu nos dias de sábado (15,9%) e domingo (16,5%), durante os turnos tarde (32,9%) e noite (34,9%). Identificaram-se reincidências de tentativas (9,2%); histórico de atendimento psiquiátrico (14,1%); uso abusivo de álcool (17,5%) e outras drogas (4,6%). A incidência média de tentativas de suicídio foi de 29,2/100 mil habitantes. Os mecanismos mais utilizados foram intoxicação por medicamentos (51,4%), enforcamento (11,6%), intoxicação com pesticidas/veneno (9,4%) e objeto perfurocortante (9,4%). O encaminhamento para unidades de média complexidade foi predominante entre mulheres (55,4%). O percentual de óbito no local do atendimento foi de 3,6%, variando de 2,2% entre mulheres a 5,8% entre os homens. Houve diferença estatisticamente significativa (p<0,001) para o tipo de ambulância e a unidade de destino dos usuários. O transporte em ambulâncias avançadas e a transferência para unidades de alta complexidade foram mais frequentes entre os atendimentos de vítimas do sexo masculino. O tempo médio de resposta (da chamada à chegada ao local de ocorrência) foi menor nos atendimentos às vítimas do sexo masculino (média=34,5 min.; p=0,020), quando se utilizou ambulâncias avançadas (média=29,7 min.; p<0,001) e quando os chamados foram feitos nas zonas Sudeste (média=29,2 min.; p<0,001) e Sul (média=30,8 min.; p<0,001). Idade menor que 20 anos (OR=2,14; IC95% 1,02-4,49), autolesões por meio de medicamentos (OR=14,07; IC95% 1,63-121,73) e outras substâncias tóxicas (OR=30,00; IC95% 2,54-354,87), foram associadas à tentativa de suicídio no sexo feminino. Conclusão: Os atendimentos por tentativa de suicídio predominaram entre mulheres jovens e residentes na região Centro/Norte. Autolesão por intoxicação medicamentosa e outras substâncias tóxicas foram associadas ao sexo feminino. Além de prestar o atendimento de emergência, é fundamental a capacitação dos profissionais na assistência pré-hospitalar e Atenção Primaria à Saúde, para a identificação precoce de pessoas com comportamento suicida e promoção do adequado acompanhamento em serviços de atenção psicossocial.
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DANILO DA FONSECA REIS SILVA
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ESPIRITUALIDADE EM ONCOLOGIA E SUA INFLUÊNCIA NA QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES
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Data: 21/10/2020
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Introdução: Espiritualidade é um conceito que difere de religiosidade e tem sido cada vez mais implicada no processo de adoecimento, seja como fator de risco na prevenção de doenças, seja na fase de recuperação e cura. Além disso, espiritualidade está relacionada a qualidade de cuidados em saúde,a satisfação do paciente e possivelmente a qualidade de vida (QV). Assim, espiritualidade deve ser mensurada e avaliada como ciência. A relação entre necessidades espirituais não atendidas e QV é desconhecida na prática clínica. Objetivos: Avaliar e comparar necessidades espirituais, bem-estar spiritual (SpWB) e QV em pacientes com câncer que estão em tratamento com quimioterapia paliativa versus curativa, e identificar se necessidades espirituais ou bem-estar espiritual impactam em QV nestes pacientes. Métodos: Estudo transversal recrutou pacientes com câncer em quimioterapia, que foram arrolados em 2 grupos (quimioterapia curativa versus paliativa). Um questionário para avaliar o perfil religioso e espiritual dos pacientes foi coletado. Necessidades espirituais foram avaliadas pelo The Spiritual Needs Assessment for Patients (SNAP), SpWb pelo Functional Assessment of Chronic Illness Therapy - The 12-item Spiritual Well-Being Scale version 4 (FACIT-Sp-12, v.4), que inclui as subescalas paz/sentido e fé, e QV pelo Functional Assessment of Chronic Illness Therapy--Spiritual Well-Being Scale (FACIT-Sp) e Functional Assessment of Cancer Therapy-General (FACT-G, v. 4). Os resultados foram analisados por meio de estatísticas descritivas, teste de correlação de Pearson, teste não-paramétrico de Mann-Whitney, teste exato de Fischer e teste do qui-quadrado, conforme apropriado. Resultados: Participaram do estudo 77 pacientes, dos quais 40 no grupo paliativo e 37 no grupo curativo: 66,2% mulheres, 51,9% idosos, 47,5% com ensino superior completo, 72,7% com companheiro e 31,2% com câncer de mama. A maioria dos participantes eram católicos (88,2%), 88,3% gostariam de receber ajuda espiritual, 77,6% eram praticantes da religião antes do diagnóstico e 63,2% aumentaram a prática de orações após o início do tratamento. Além disso, 64,9% gostariam que seu médico abordasse sobre espiritualidade/religiosidade, porém 49,3% responderam que não ou apenas raramente a equipe de oncologia o faz. Os escores totais do SNAP não diferiram significativamente entre os dois grupos. No entanto, a dimensão espiritual revelou maiores escores no grupo curativo em relação ao grupo paliativo, indicando maiores necessidades espirituais para este grupo (35,73 versus 31,20, p=0,012). SpWB não foi significativamente diferente entre os dois grupos. Por outro lado, a QV foi melhor no grupo curativo (FACT-G 88,17 vs 80,16, p<0,04 ; FACIT-SP 130,04 vs 120, p=0,023). Houve uma correção forte positiva entre QV e SpWB em ambos os grupos (r=0,64 and r =0,56, p<0,001, respectivaqmente). Houve uma correlação negativa entre necessidades espirituais e QV em pacientes paliativos (r= -0,55, p<0,001). No cenário curativo, necessidades espirituais e QV não tiveram correlação significativa. Conclusão: Este estudo demonstra que pacientes com câncer em tratamento com quimioterapia curativa apresentam maiores necessidades espirituais e melhor QV do que pacientes em quimioterapia paliativa. SpWB contribuiu positivamente com QV em pacientes com câncer em tratamento quimioterápico. Necessidades espirituais não atendidas afetam negativamente a QV de pacientes no cenário paliativo.
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MARIA JOSÉ CASTRO DIÓGENES
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VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES UNIVERSITÁRIAS: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS
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Orientador : MARCIO DENIS MEDEIROS MASCARENHAS
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Data: 17/09/2020
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Introdução: A violência contra mulheres universitárias tem impacto direto na sua saúde, o que requer o desenvolvimento de estudos para a melhor compreensão desse fenômeno. Objetivo: Analisar a prevalência e fatores associados à violência contra mulheres universitárias. Metodologia: Estudo transversal analítico realizado com 458 estudantes do sexo feminino, na Universidade Federal do Piauí, campus Professora Cinobelina Elvas, em Bom Jesus-PI. Os dados foram coletados por meio de questionário adaptado da pesquisa Estudo Multi-Países sobre Saúde da Mulher e Violência Doméstica da Organização Mundial da Saúde. Investigou-se o relato de violência durante o curso (VDC) e violência por parceiro íntimo (VPI). A amostra foi descrita por meio de frequências absolutas e relativas. Associação entre as variáveis qualitativas foi realizada por meio do teste Qui-quadrado de Pearson (X2). Estimou-se a razão de prevalência (RP) e respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%) por meio de regressão de Poisson, com nível de significância de 5%. Resultados: Predominaram alunas do curso de Ciências Biológicas (29,3%), menores de 25 anos (83,1%), negras (84,3%), não moravam com pai/mãe (73,4%), não possuíam trabalho remunerado (88,4%), não tinham companheiro (52,8%) e ganhavam menos de um salário mínimo (67,3%). A prevalência de VDC foi de 44,5%, sendo que 43,7% relataram ter sido vítimas de violência psicológica, 9,6% de violência física e 3,3% de violência sexual. A VDC foi associada a ser aluna do curso de Medicina Veterinária (RP: 2,2; IC95% 1,6-2,9) e possuir cor de pele branca (RP: 1,3; IC95% 1,0-1,7). A prevalência de VPI entre as estudantes universitárias foi de 26,4%, sendo que 24,5% foram vítimas de violência psicológica, 7,9% de violência física e 2,8% de violência sexual. VPI sexual foi associada à idade ≥25 anos (RP: 6,9; IC95%: 1,3-36,8), enquanto a VPI física foi associada à cor de pele branca (RP: 2,8; IC95%: 1,1-7,2). Conclusão: Foram identificadas elevadas prevalências de violência contra mulheres universitárias, tanto de violência durante o curso como de violência por parceiro íntimo. A partir da magnitude do fenômeno e respectivos fatores associados, é possível subsidiar a elaboração de estratégias de atenção às vítimas e prevenção de novos casos de violência contra mulheres universitárias.
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GEÍSA MACHADO FONTENELE
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DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE UM SOFTWARE COM RECOMENDAÇÕES PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE NO CLIMATÉRIO
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Orientador : MALVINA THAIS PACHECO RODRIGUES
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Data: 31/08/2020
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Introdução: O climatério é um período marcado por alterações na função reprodutiva feminina com repercussões psicobiológicas e sociais e que demanda cuidados específicos. Apesar do envelhecimento populacional e aumento da expectativa de vida das mulheres, o climatério tem sido alvo de poucos estudos e a temática ainda permanece marcada por diversos tabus solidificados ao longo dos anos. Neste cenário, as tecnologias em saúde surgem como importantes aliadas no processo de cuidar tornando-se uma ferramenta importante para disponibilizar recomendações sobre promoção da saúde. Objetivo: desenvolver e validar um software com recomendações para promoção da saúde no climatério. Metodologia: Trata-se de um estudo metodológico onde se desenvolve, valida e avalia métodos e ferramentas de pesquisa. Para a elaboração do aplicativo foram seguidas três etapas: especificação, desenvolvimento e validação. O método de revisão integrativa foi utilizado para elaborar o conteúdo (especificação). O conteúdo foi validado por dez juízas especialistas em Ginecologia/ Saúde da Mulher (validação de conteúdo) e 11 mulheres selecionadas por conveniência (análise semântica). Foi calculado o Índice de Concordância (IC) e o teste binomial. Resultados: O conteúdo do software foi dividido em sete áreas: 1) Entendendo o Climatério; 2) Estilo de vida saudável; 3) Principais queixas do climatério; 4) Prevenção de doenças; 5) Saúde Bucal; 6) Sexualidade; 7) Terapia hormonal medicina natural e práticas complementares. O instrumento foi validado com IC geral de 86,4%. A aplicação do teste Binomial com n=10 e p=0,85 demonstrou que, todas as proporções de concordância para cada atributo das áreas foram consideradas maiores ou iguais a 85% (valores-p > 0,05). As juízas forneceram sugestões para que as informações pudessem ser aprimoradas. Na etapa de validação semântica foram alteradas palavras ou expressões de acordo com sugestões das mulheres. O software possui como funcionalidade um diário que possibilita anotar as situações-gatilho relacionadas a ocorrência das ondas de calor o que permite que a mulher possa reconhecer e evitar essas situações. Conclusão: O software “Climatério e Saúde” disponibiliza informações validadas sobre promoção da saúde no climatério. Acredita-se que a ferramenta possa contribuir para a saúde pública tendo em vista que enfoca o cuidado as mulheres fora do ciclo gravídico-puerperal, fase historicamente pouco contemplada pelas políticas de saúde em nosso país
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CARLA LARISSA MONTEIRO RAMOS PAZ
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Mortalidade Materna por hemorragia em um centro de referência de um Estado do Nordeste brasileiro
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Orientador : JOSE ARIMATEA DOS SANTOS JUNIOR
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Data: 20/08/2020
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INTRODUÇÃO E OBJETIVO: Morte materna é definida como óbito ocorrido durante a gravidez, no parto ou até 42 dias após o término da gestação, independentemente da duração ou da localização da gravidez, devida a qualquer causa relacionada com ou agravada pela gravidez ou por medidas tomadas em relação a ela, porém não devida a causas acidentais ou incidentais. A mortalidade materna é um importante indicador de saúde porque reflete as condições socioeconômicas do país e a qualidade de vida de sua população, assim como das políticas públicas que promovem as ações de saúde coletiva. No Piauí essa causa atinge taxas de 15%, sendo a terceira causa mais comum de morte materna. O objetivo deste estudo é avaliar as principais causas de morte materna por hemorragia e as intervenções realizadas durante internação destas pacientes na Maternidade referência no Estado do Piauí, Brasil no período de janeiro de 2008 a dezembro de 2017. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo observacional, retrospectivo e analítico, desenvolvido em um centro de referência em atendimento às gestantes de um Estado do Nordeste brasileiro. MÉTODOS: Os óbitos maternos por hemorragia ocorridos entre 2008 e 2017 foram identificados através das informações contidas no prontuário da instituição e na declaração de óbito, portanto, foram incluídos os óbitos decorrentes de gravidez ectópica, aborto incompleto complicado por hemorragia excessiva, hemorragia tardia ou excessiva consequente a aborto e a gravidez ectópica e molar, transtorno da placenta, placenta prévia, descolamento prematuro da placenta, hemorragia ante parto não classificada em outra parte, trabalho de parto e parto complicados por hemorragia intraparto, hemorragia pós-parto. Esses dados foram colocados em planilha através do Programa Excel e a análise estatística dos dados foi realizada através da aplicação de métodos estatísticos descritivos e inferenciais, utilizando o software IBM SPSS Statistics versão 20. RESULTADOS: O total de óbitos maternos no período de 10 anos foi de 215, destes, 31 ocorreram por hemorragia. A idade média das pacientes que tiveram como causa da morte hemorragia foi de 26,3 anos; 50% eram solteiras; 63,6% não tinha escolaridade ou fizeram fundamental incompleto; 67,9% foram submetidas à cesariana; 96,8% foram encaminhadas para UTI. As síndromes hipertensivas foram as comorbidades mais associadas à mortalidade materna por hemorragia. A hemorragia pós-parto foi diagnosticada em 70,9% dos casos de morte materna por hemorragia, seguida descolamento prematuro de placenta 9,6%. A atonia uterina foi mais frequente dentro das causas de hemorragia pós parto (HPP) com 59,1% dos casos, seguida dos distúrbios de coagulação com 22,7%. O uso de ocitocina foi observado em 50% enquanto 27,5% foram submetidas à histerectomia total e 21,4% à histerectomia subtotal. Em relação à utilização de hemoderivados, a associação mais usada foi o concentrado de hemácias mais plasma fresco em 40,7% das pacientes. CONCLUSÃO: A mortalidade materna por hemorragia ainda apresenta números elevados. A atonia uterina é a principal causa de óbito por HPP e evitável já que seus fatores de risco podem ser detectados ainda no pré-natal. A histerectomia foi realizada em 48,9%, mostrando uma falta de sistematização do atendimento destas pacientes, pois alguns procedimentos cirúrgicos mais conservadores não foram realizados. O manejo da hemorragia pós-parto já é bem estabelecido, portanto, para que ocorra a redução da mortalidade materna por hemorragia é importante a elaboração e execução de protocolos assistenciais, e capacitação dos profissionais de saúde.
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GRAZIELA DA CRUZ SAMPAIO
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Qualidade de vida dos usuários de psicotrópicos na atenção primária à saúde.
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Data: 19/08/2020
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A Qualidade de Vida (QV) pode ser compreendida por diversos conceitos dependendo de uma interpretação subjetiva, mas que insere o bem-estar mental, social, cultural sem necessariamente ter um estado total de ausência de doença. Dessa forma, falar em QV remete a diversos influenciadores e o uso de psicofármacos é um deles. O objetivo deste estudo foi avaliar a QV de pacientes que fazem uso de psicotrópicos e são atendidos pela Atenção Primária, em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) na zona rural do município de União/Piauí. Trata-se de estudo transversal com 76 pacientes adultos cadastrados na UBS. Utilizou-se um questionário contendo o instrumento WHOQOL-bref e perguntas sobre características sociodemográficas, além de consulta aos prontuários. Após apreciação descritiva, realizou-se a análise estatística. Quanto à prevalência dos medicamentos psicotrópicos, a prescrição mais frequente foi de antidepressivos (57,9%) seguido dos ansiolíticos (47,4%), e que destes 88,9% são benzodiazepínicos. Quanto aos transtornos psiquiátricos, o registro mais citado nos prontuários foi a ansiedade, seguido de registros inexistentes sobre qual transtorno o paciente teria para justificar a prescrição de psicotrópicos. As maiores médias de QV em três domínios foram apresentadas pelos pacientes que fazem uso de medicação fitoterápica, com escores acima de 70. Os pesquisados são em maioria do sexo feminino, faixa etária de 40 a 60 anos ou mais, casados e com o diagnóstico de ansiedade, as variáveis estatisticamente significantes foram estado civil e depressão. As maiores médias de QV foram observadas no domínio relações sociais e as menores médias no domínio meio ambiente. As mulheres apresentaram maiores médias de QV quando comparados aos homens. Considerando que nenhum domínio teve o valor máximo alcançado, são necessários esforços para a melhoria da QV em pacientes com adoecimento mental da Atenção Primária, por meio de ações promovidas tanto por profissionais de saúde quanto por gestores públicos. E foram elaborados por essa pesquisa materiais informativos como instrumento de suporte técnico para os profissionais e a assistência a essa população
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JOSELMA MARIA OLIVEIRA SILVA
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Desenvolvimento de um software de autocuidado e monitoramento da Gestação de Alto Risco: uma estratégia para redução da Mortalidade materna no Piauí
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Orientador : LIS CARDOSO MARINHO MEDEIROS
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Data: 06/08/2020
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ALVES, J. M. O. R.MEDEIROS, l.C.M. Desenvolvimento de um software de autocuidado e monitoramento da Gestação de Alto Risco: uma estratégia para redução da Mortalidade materna no Piauí. Dissertação (Mestrado em Saúde da Mulher). Universidade Federal do Piauí, Teresina, 2020.
Introdução: Atualmente, observamos uma ampliação na cobertura de consultas pré-natal, porém uma pequena parcela das gestantes consegue realizar o elenco mínimo das ações preconizadas. Nesse contexto, o acompanhamento pré-natal deve ser organizado para atender às reais necessidades da população de gestantes, mediante a utilização de ferramentas e estratégias baseadas em evidências científicas. Dessa forma definiu-se como objetivo contribuir com a assistência prestada à gestante de alto risco no estado do Piauí e desenvolver uma ferramenta de suporte e monitoramento para as gestantes classificadas como alto risco. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de desenvolvimento metodológico que envolve métodos de obtenção e organização de dados tais como: desenvolvimento, validação e avaliação de ferramentas e métodos de pesquisa. O método escolhido para o alcance dos objetivos propostos é o Desing Thinking, uma abordagem à resolução de problemas, que se baseia em três pilares principais: empatia, colaboração e experimentação. Para a coleta dos dados foram considerados três cenários: Maternidade Dona Evangelina Rosa, localizada em Teresinha (Referência estadual para serviços materno-infantil e neonatal; Estratégia Saúde da Família (ESF) do município de Piripiri e Centro de Saúde da Mulher (referência municipal de atendimento à gestante de alto risco em Piripiri-PI). Na etapa de desenvolvimento do software, foi levado em consideração: respostas do questionário via Google Forms enviado através de e-mail para profissionais selecionados com objetivo de levantar opiniões sobre conteúdos, momento de brainstorming (tempestade de ideias) e revisão da literatura. Para análise dos dados foi realizado o cálculo do Índice de Validade de Conteúdo. Resultados e Discussão: De acordo com a busca nos cenários do estudo, obedecendo os critérios de inclusão na pesquisa, foram identificados 48 (quarenta e oito) profissionais, destes apenas 10 (dez) responderam dentro do prazo solicitado. O software foi organizado em dois perfis: Profissional, em 05 (cinco) dimensões: 1. Definições, diagnóstico diferencial das Síndromes Hipertensivas na Gravidez; 2. Fatores de risco gestacional; 3. Condições clínicas, sinais e sintomas de alerta; 4. Recomendação de prática clínica; 5. Fluxo de atendimento à gestante de alto risco/Desenho da rede de atenção à gestante de alto risco; Gestante, em 04 (quatro) dimensões: 1. Sinais e Sintomas de alerta, valores de referência da pressão arterial média, exames laboratoriais; 2. Número de consultas de pré-natal; 3. Fluxo de atendimento à gestante de alto risco; 4. Desenho da rede de atenção à gestante de alto risco no Piauí/Estabelecimentos de saúde. Conclusão: O estudo possibilitou o desenvolvimento de um software para dispositivos móveis tendo como público alvo profissionais que atuam na atenção à saúde materna e para gestantes classificadas de alto risco, que além de proporcionar o auto monitoramento e autocuidado durante o período do pré-natal, conhecimento atualizado sobre recomendações de prática clínica e da forma como estão organizados os protocolos estaduais e os serviços de atenção à saúde materna, representa uma ferramenta de contribuição para a redução da mortalidade materna e melhorias na assistência prestada à gestante de alto risco no estado do Piauí.
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CAMILA DE SOUSA MOURA ALMEIDA
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DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE SOFTWARE SOBRE O CÂNCER DE MAMA
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Orientador : LUIZ AYRTON SANTOS JUNIOR
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Data: 30/07/2020
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O Brasil passou por um processo de envelhecimento de sua população, provocando o aumento da incidência de doenças crônicas, como o câncer de mama. Neste sentido, tem-se buscado possibilidades para melhoria das redes de atenção à saúde e auxiliar os profissionais a desenvolverem um trabalho mais eficiente e ágil. Diante deste cenário, o presente trabalho teve por objetivo desenvolver e validar um aplicativo móvel para profissionais de saúde que impacte na melhoria do acesso e no direcionamento dos pacientes com câncer de mama à rede de assistência oncológica. Para tanto, a pesquisa foi dividida em três etapas: revisão integrativa de literatura, utilizando-se artigos de plataformas de pesquisa como LILACS, CAPES, PUBMED, Scielo e BVS; desenvolvimento de software para plataforma Android e validação do mesmo, a partir da avaliação de especialistas da área da saúde, que analisaram características como funcionalidade, confiabilidade, usabilidade e eficiência, através da aplicação de questionário com Escala Likert de resposta, como também o cálculo do Índice de Validade de Conteúdo (IVC) para avaliação do aplicativo. Os resultados apontaram que a utilização de aplicativo é uma ferramenta viável, de baixo custo, capaz de colaborar para agilizar o atendimento das mulheres que tem sinais ou sintomas de câncer, apresentando conformidade em todos os parâmetros de análise e IVC global de 0,97; mostrando-se adequado para ser utilizado por profissionais de saúde.
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DAMILA RUFINO DE HOLANDA E SILVA
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VIOLÊNCIA POR PARCEIRO ÍNTIMO NOTIFICADA EM SERVIÇOS DE SAÚDE TERESINA, 2011-2018
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Orientador : MARCIO DENIS MEDEIROS MASCARENHAS
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Data: 20/07/2020
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RESUMO: INTRODUÇÃO: Reconhecida mundialmente como um problema de saúde pública, a violência quando cometida contra as mulheres, geralmente ocorre em âmbito privado e tem como principal agressor o parceiro íntimo. A violência por parceiro íntimo (VPI) se refere ao comportamento de um parceiro ou ex-parceiro que causa dano físico, sexual ou psicológico, incluindo agressão física, coerção sexual, abuso psicológico e comportamentos controladores. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a VPI é o tipo mais comum de violência contra as mulheres em todo o mundo, afetando 30% das mulheres. OBJETIVO: Analisar os casos de violência por parceiro íntimo notificados em serviços de saúde de Teresina, no período de 2011 a 2018. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal analítico, realizado utilizando dados do Sistema de Informação e Agravos de Notificação (SINAN). Foram selecionados apenas os casos de VPI, sem identificação das vítimas, os quais foram analisados segundo estatística descritiva e identificação de associação entre variáveis exploratórias e o desfecho (VPI versus Não VPI). As associações estatísticas foram verificadas por meio do teste do qui-quarado e foram calculadas as razões de prevalência (RP) e respectivos intervalos de confiança de 95% (IC 95%), com nível de significância a 0,05. RESULTADOS: No munícipio de Teresina foram notificados 3977 casos de violência contra a mulher no período de 2011-2018, sendo 1731 casos de VPI, o que corresponde à 43,5% do total de casos. A maior ocorrência de VPI aconteceu com mulheres na faixa etária de 20-29 anos de idade (40,67%), seguida pela de 30-39 (31,54%). Quanto à escolaridade, 50,16% das vítimas tinham até 8 anos de estudo , se autodeclararam pretas/pardas (42,32%) e sem companheiro (53,6%). Na maioria dos casos a VPI foi desferida por apenas um agressor (97,4%) e teve como principal local de ocorrência o domicílio (77,7%). Em 59,7% dos casos a violência era de repetição e ocorria durante a noite (65,6%). Segundo as características do agressor, a maioria era do sexo masculino (98,8%), havia suspeita de ingestão de álcool em 58,2%. Sobre o tipo de agressor a maioria era o cônjuge (60,2%),seguido pelo ex-cônjuge (21,2%), namorado (10,8%), e ex-namorado (7,8%). De acordo com os tipos de violência, a que se apresentou mais frequente foi a física (85%), seguida pela psicológica/moral (8,1%) e sexual (5,7%).CONCLUSÃO: Os dados apresentados mostram uma significativa prevalência de usuárias vitimadas, e que fatores sociodemográficos, comportamentais ou de experiência de vida e pessoal podem tornar a mulher mais vulnerável à violência cometida pelo parceiro íntimo. Espera-se que os resultados aqui apresentados contribuam para a ampliação dos debates e na formulação de estratégias de promoção, prevenção, detecção e monitoramento das violências
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AMANDA COSTA PINHEIRO
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PERFIL EPIDEMIOLOGICO DA MORTALIDADE NEONATAL NO PIAUÍ
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Orientador : LIS CARDOSO MARINHO MEDEIROS
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Data: 19/06/2020
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PINHEIRO, AMANDA COSTA; MEDEIROS, LIS CARDOSO MARINHO. Perfil Epidemiológico da Mortalidade Neonatal no Piauí. Dissertação de Mestrado em Saúde da Mulher. Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI, 2020
RESUMO
Introdução A redução da mortalidade infantil é ainda um desafio para os serviços de saúde. Insere-se como meta dos objetivos de desenvolvimento sustentável e no compromisso do Brasil com a referida meta. Apesar do declínio observado no Brasil, a mortalidade infantil permanece como uma grande preocupação em saúde pública. No Piauí com a implantação da Rede Cegonha e do componente neonatal nos últimos anos pode-se perceber um declínio no índice de mortalidade materna, infantil e neonatal, mas ainda continua-se perdendo mães e bebês por causas evitáveis. Apesar dos avanços que o estado teve após a implantação da rede cegonha esse desenvolvimento não se deu por igual em todas as regiões de saúde, ficando a maior parte da assistência centralizada ainda na capital. Assim determinou-se como objetivo da pesquisa, avaliar o perfil epidemiológico da mortalidade neonatal no estado do Piauí confrontando os resultados obtidos com outras pesquisas realizadas a nível nacional e de outras regiões. Metodologia foi realizado um estudo retrospectivo, descritivo, abordagem quantitativa, e os dados foram coletados de 2008 a 2017 no SISWEB, ferramenta de transparência aos ODS pelo método direto tendo como fonte SIM e SINASC. Após a coleta foram tabulados utilizando o TABWIN e TABNET. Resultados observou-se uma redução do número absoluto total de óbitos entre os anos 2008 a 2015, havendo um aumento entre os anos de 2015 e 2016 (gráfico 1). A mortalidade neonatal precoce compreendeu mais de 3/4 dos óbitos neonatais. Os achados revelaram as principais características dos óbitos neonatais no Piauí na série temporal (2008-2017). Observou-se também, uma diferença importante na mortalidade neonatal considerando os territórios de saúde do estado, com maior número para os territórios: Carnaubais, Entre Rios e Cocais com um número baixo para Planície Litorânea. Conclusão concluiu-se que o estudo evidenciou uma concentração do atendimento nas regiões mais populosas do estado, bem como um maior número de óbitos e que estratégias devem ser apresentadas para melhor atender recursos, capacitação dos profissionais do atendimento básico de maneira mais incisiva, educação da população alvo (gestantes) por toda equipe multiprofissional.
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LUCELIA SOARES DA SILVA
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PELFIL CLINICO EPIDEMIOLOGICO DE GESTANTE COM HIV E SIFILES ATENDIDAS NA ATENÇÃO BÁSICA NO MUNICÍPIO DE PARNAÍBA-PI
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Data: 15/06/2020
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A coinfecção de Sífilis/HIV no período gestacional é um grave problema de saúde pública, pois ambas são Infecções Sexuais Transmissíveis (IST) e o impacto se dá na transmissão vertical (TV). A TV de gestantes infectadas não tratadas ou inadequadamente tratadas para neonatos é o que se busca reduzir devido sua magnitude e transcendência. Devido a problemática, a Organização Mundial da Saúde (OMS) traçou estratégias para reduzir a morbimortalidade que estas produzem. Dessa forma, o presente estudo objetiva analisar a prevalência da sífilis e infecção pelo HIV e seus fatores associados em gestantes no Município de Parnaíba-PI. A coleta de dados foi realizada por meio da análise de dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação e de prontuários Unidades Básicas de Saúde (UBS) e o Centro de Testagem e Aconselhamento/Serviço de Atenção Especializada (CTA/SAE), ou seja, a partir de diagnósticos notificados entre os anos de 2014 a 2018. A amostra total do estudo foi composta de 80 gestantes, que dessas 88 % foram notificadas com Sífilis, 10 % HIV positivas, e 2 % com coinfecção HIV/Sífilis. Destas, evidenciou-se uma maioria de mulheres pardas e na faixa entre 20 a 34 anos. Observou-se ainda que a maioria das mulheres apresentou de 6 ou mais consultas, no entanto, o número de consultas não contribuiu efetivamente na qualidade do pré-natal. Além disso, identificou-se que cerca de 50% do tratamento às gestantes com Sífilis realizou com dose de 7200000 UI de penicilina. Por fim, percebeu-se que cerca de 46% dos parceiros não trataram concomitantemente com a gestante, sendo um dos fatores que mais contribuem para a transmissão vertical. Concluiu-se que o estudo detectou que a coinfecção HIV/SÍFILIS é prevalente entre as gestantes assistidas pela assistência básica do município, que a vulnerabilidade social predominou nas gestantes e que o tratamento do parceiro foi um dado impactante. Portanto, sugere-se que o tempo entre início do pré-natal e do diagnóstico contribuiu para oportunidades perdidas de diagnóstico e tratamento oportuno, bem como a importância de uma classificação clínica adequada.
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RAQUEL MARIA DE JESUS SOUZA CUNHA
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ANÁLISE FISIOFUNCIONAL: EFEITOS DO EXERCÍCIO AERÓBICO E ANAERÓBICO NA MELHORIA DE PARÂMETROS FISIOLÓGICOS E FUNCIONAIS NO CLIMATÉRIO E MENOPAUSA.
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Orientador : ANDERSON NOGUEIRA MENDES
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Data: 22/05/2020
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A presente pesquisa está pautada na importância que os sistemas de saúde atuais têm em relação à promoção de saúde da mulher, tendo em vista que estas representam mais da metade da população total do Brasil. Para isso, faz-se necessária uma avaliação minuciosa de cada etapa do ciclo vital feminino, considerando as modificações sofridas em todas as fases. Dentre estas, destacaremos o período do climatérico e da menopausa, onde estas modificações afetam tanto as estruturas físicas como emocionas da mulher. Neste sentido, importa às equipes de saúde desenvolver estratégias terapêuticas eficazes de tal forma a devolver a esta população conforto fisiológico favorável à boa qualidade de vida. De certo, a prática de exercícios físicos regulares pode trazer inúmeros benefícios nesta fase, porém é necessário que os profissionais da área estabeleçam programas apropriados, respeitando a individualidade biológica e os distúrbios fisiológicos e funcionais deste período, justificando o estudo. Objetivo: Análise das disparidades de eficácia entre o treino aeróbico e anaeróbico na melhoria de parâmetros fisiológicos e funcionais no climatério/menopausa para com isso disponibilizar um material informativo impresso que possibilite a população o acesso às informações pertinentes aos principais distúrbios acometidos no período do climatério e menopausa, bem como, indicações das melhores estratégias de exercícios físicos para cada grupo específico de mulheres de acordo com os resultados encontrados. Metodologia: foi realizado um ensaio clínico randomizado unicentrico na cidade de Parnaíba–PI, entre os meses de julho a setembro de 2019 que incluiu 36 mulheres sedentárias, não histerectomizadas, não fumantes e não alcoólatras. Resultados: Os achados da pesquisa demonstram efeitos benfeitores similares na maioria das variáveis destacadas. A prática contínua de exercícios aeróbicos ou resistidos promove ganhos satisfatórios na saúde fisiofuncional de mulheres no climatério/menopausa, destacando os exercícios resistidos ou anaeróbicos com maiores vantagens em comparação aos exercícios contínuos quando consideramos IRCQ, Resistência abdominal e força, bem como, em compensação, os exercícios aeróbicos atingem melhores resultados no desenvolvimento da flexibilidade. Conclusão: A prática regular de exercícios físicos promove benefícios plausíveis à saúde da mulher no climatério/menopausa, todavia, os exercícios anaeróbicos se manifestaram com maior eficácia na manutenção e controle dos parâmetros de composição corporal e resistência física, bem como os aeróbicos nos níveis de flexibilidade.
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GISELE BEZERRA DA SILVA
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ESTUDO ETNOFARMACOLÓGICO DE PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS POR MULHERES NO PERÍODO PÓS - PARTO NA PLANÍCIE LITORÂNEA
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Orientador : MARIA DAS GRACAS FREIRE DE MEDEIROS
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Data: 13/03/2020
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Este estudo objetivou realizar um levantamento etnofarmacológico das plantas medicinais utilizadas no puerpério, por moradoras dos municípios que compõem a Planície Litorânea – Piauí e contribuir com o uso racional de plantas medicinais. É um estudo exploratório, analítico, observacional do tipo levantamento de campo, realizado com uma amostra de 411 mulheres, cujos partos ocorreram em 2017 e com 06 pessoas reconhecidas como detentoras de conhecimento sobre plantas medicinais, denominadas neste trabalho de Sementes. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas utilizando dois formulários semiestruturados, e de acordo com as respostas para o uso de plantas com utilidade no puerpério foi analisado quanto a Frequência Relativa de Citação (FRC), o Valor de Uso de cada espécie (VUs), Concordância de Uso Principal (CUP) e Concordância corrigida quanto aos Usos Principais (CUPc). Para a espécie vegetal que apresentou um maior valor de uso foi coletada uma exsicata, em local indicado por informantes, identificada e catalogada no Herbário Afrânio Gomes Fernandes da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e realizada uma prospecção científica nas bases Pubmed, Scielo e ScienceDirect e uma prospoecção tecnológica nas bases de dados de patentes: Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), United States Patent and Trademark Office (USPTO), European Patent Office (EPO) e World Intellectual Property Organization (WIPO). Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética da UFPI, CAEE: 78869817.4.0000.5214. Os dados foram catalogados em planilhas do Excel e realizadas análises descritivas e inferenciais através do PASW (SPSS – Statistical Package for the Social Sciences) versão 21. Os resultados evidenciaram associação entre o uso de plantas medicinais no puerpério com a faixa etária 20-35 anos (p:0,009), presença de um parceiro intimo (p: 0,016), tipo de parto (p: 0,032), fonte do conhecimento sobre plantas medicinais (p: 0,007) e número de gestações (p: 0,001). 37 espécies vegetais foram mencionadas com uso no puerpério, sendo a ameixa, aroeira, cajueiro, cidreira, mastruz, hortelã, erva doce, amburana, capim limão, jucá, algodão, arruda e camomila as que obtiveram maior CUPc, com destaque para Ameixa (Ximenia americana) com os maiores valores de FRC (0,167), VUs (0,192) e CUPc (67,14) e cuja prospecção científica e tecnológica identificou 85 publicações, a maioria estudos etnofarmacológicos, realizados em países africanos e no Brasil e 8 depósitos de patentes, quatro nacionais, com inovação na área de preparações medicinais e cosméticas. Conclui-se que existe o uso de plantas medicinais no puerpério, que está associado a fatores culturais e sociais, há consenso entre os usos populares descritos e a literatura, com grande influência de crenças culturais na forma de uso das plantas medicinais. A Ximenia americana tem grande potencialidade para cuidados no puerpério, por sua grande aceitabilidade na Planície Litorânea e, sobretudo por suas propriedades terapêuticas.
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JOEL ARAUJO DOS SANTOS
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Taxas de cesárea baseado na classificação de Robson : um estudo de 2014-2017
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Data: 06/02/2020
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Introdução: As taxas de cesárea estão aumentando em todo o mundo, mas existe alguma preocupação com essa tendência, por causa do seu potencial ao risco materno e perinatal. A classificação Robson é o método padrão para monitorar e comparar as taxas de cesárea. Nosso objetivo foi avaliar as taxas de cesárias segundo a Classificação de Robson em um período retrospectivo (2014-2017) em três estabelecimentos de saúde do município de Parnaíba-Piauí. Categorizamos os dados pela Classificação dos grupos de Robson e descrevemos o tamanho relativo de cada grupo, a taxa de cesáreas em cada grupo e as contribuições absolutas e relativas de cada um para a taxa global de partos cesáreos. As diferenças foram analisadas por média e desvio-padrão e analisados pelo teste ANOVA seguido do pós-teste de Bonferroni utilizando o software Statistical Packcage for the Social Sciences. Aplicou-se estatística descritiva para a verificação da associação entre as variáveis do estudo. Os resultados foram considerados estatisticamente significativos quando p ≤ 0,05. O risco relativo foi calculado com um intervalo de confiança de 95%. Resultados: Os grupos Robson com maior impacto na taxa de cesáreas foram o G1, G2, G3 e G5. As maiores taxas de cesáreas no grupo 1 (nulípara, feto único, cefálico ≥37 semanas e trabalho de parto espontâneo) foram encontradas na Maternidade Marques Bastos com média global dos 4 anos de 39,77%. Já no grupo 2 (nulípara, feto único, cefálico, ≥37 semanas, trabalho de parto induzido ou cesárea antes do trabalho de parto) a média geral de cesáreas com maior expressão se deu na SANTA CASA com 99,11%. Observou-se altas taxas de cesárias no grupo 3 na Maternidade Marques Bastos com média de 20,22% , essa taxa aponta provavelmente relacionada a incorreta classificação da gestante. É notório o constante crescimento das taxas de cesáreas no grupo 5 em todas as instituições pesquisadas: HEDA de 53,13% (2104) para 63,89% (2017); MMB de 85,08% (2014) para 86,34% (2017) e SANTA CASA de 96,33% (2014) para 97,41% (2016) com leve declínio em 2017 com 96,18%. Identificou-se uma tendência a multiparidade da população, altos índices no processo de indução e realização de parto cesárea por agendamento sem tentativa prévia de parto vaginal e consolidação da cultura de que “uma vez parto cesáreo sempre cesáreo”. Conclusões: As políticas públicas devem ser dirigidas a reduzir as taxas de cesáreas em gestantes, especialmente através da redução do número de partos cesáreos eletivos nestas mulheres e, incentivar o parto vaginal após cesariana para reduzir a taxa de cesarianas de repetição. É necessário construir e aplicar um projeto de intervenção nessas instituições com a finalidade de desenvolver um olhar crítico, reflexivo e construtivo como ferramenta de empoderamento ao protagonismo dos profissionais obstetras em construir e/ou modificar suas realidades mediante a transformação do processo de trabalho, potencializar a escuta qualificada e as boas práticas de atenção ao parto e nascimento.
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