Introdução: A úlcera de pé diabético é uma complicação grave do diabetes mellitus, caracterizada por lesões de difícil cicatrização, suscetíveis a infecção e associadas ao risco de amputação. Globalmente, até 25% das pessoas com diabetes podem desenvolver essa condição ao longo da vida, representando importante causa de morbimortalidade e impacto econômico nos sistemas de saúde. No Brasil e em Portugal, o envelhecimento populacional e o aumento da prevalência do diabetes impõem desafios semelhantes, demandando estratégias efetivas de prevenção e autocuidado. Nesse contexto, compreender como fatores socioculturais influenciam as práticas de autocuidado é essencial para subsidiar políticas públicas e intervenções educativas capazes de reduzir complicações e promover maior autonomia dos pacientes. Objetivo: Avaliar as práticas de autocuidado em pessoas com úlcera de pé decorrente do diabetes mellitus nos contextos socioculturais do Brasil e de Portugal, identificando diferenças, determinantes e repercussões sobre a qualidade de vida. Método: Trata-se de um estudo observacional, analítico, transversal, multicêntrico e comparativo, desenvolvido em serviços de Atenção Primária à Saúde em Teresina (Brasil) e nos Cuidados de Saúde Primários de Évora (Portugal). A amostra, não probabilística, será composta por adultos com diabetes e úlcera ativa ou recente, submetidos a entrevistas e aplicação de instrumentos validados sobre autocuidado, qualidade de vida e variáveis clínicas e sociodemográficas. Os dados serão analisados por estatística descritiva e inferencial, garantindo rigor metodológico e ético.