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Banca de QUALIFICAÇÃO: MICHEL MUALEM DE MORAES ALVES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MICHEL MUALEM DE MORAES ALVES
DATA: 20/12/2016
HORA: 09:00
LOCAL: Núcleo de Pesquisas em Plantas Medicinais - NPPM
TÍTULO: ÁCIDO GÁLICO E ÁCIDO ELÁGICO: TANINOS COM PROPRIEDADES ANTILEISHMANIA E IMUNOMODULADORAS
PALAVRAS-CHAVES: Produtos naturais, taninos, atividade antileishmania, Leishmania major, citotoxicidade, imunomodulação.
PÁGINAS: 63
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:

As leishmanioses são protozooses parasitárias causadas por mais de vinte espécies diferentes de parasitas do gênero Leishmania. Amplamente distribuída, a doença atinge cerca de 88 países, onde 2 milhões de pessoas estão infectadas atualmente e 1 a 2 milhões de novos casos surgem a cada ano. O parasita é digenético e apresenta duas morfologias distintas: uma forma flagelada, a promastigota, encontrada no inseto vetor e uma forma aflagelada, a amastigota, que se alberga e se multiplica no interior hostil de células do sistema fagocítico mononuclear do hospedeiro vertebrado. Os tratamentos convencionais são onerosos além de apresentarem uma gama de efeitos colaterais e já possuírem casos reportados de resistência a estes. Produtos naturais vêm sendo investigados como fonte de novas alternativas terapêuticas, por não apenas possuírem atividade sobre o parasita em si, como também serem capazes de agir em sinergismo com a resposta imune do hospedeiro para debelar a parasitemia. O ácido gálico (AcG) e ácido elágico (AcE) são compostos fenólicos derivados do metabolismo secundário de plantas que possuem atividades anti-inflamatórias, gastoprotetoras e anticarcinogênicas já conhecidas. Ainda não existindo relatos da exploração da atividade antileishmania. O objetivo deste trabalho foi de avaliar a atividade antileishmania, citotóxica e imunomoduladora do AcG e AcE. Nossos resultados mostraram que o AcG e AcE foram capazes de inibir 100% do crecimento de formas promastigotas, de L. major na concentração de 800 µg/mL, além de provocarem alterações morfológicas e degradação do DNA dos parasitas, bem como induziram também a morte das formas amastigotas nas mesmas concentrações. Resultando em valores de CI50 de 16,408 µg/mL para AcG e 9,812 µg/mL para AcE sobre as formas promastigotas e 29,527 µg/mL para AcG e 6,798 µg/mL para AcE sobre formas amastigotas. As concentrações médias de citotoxicidade sobre macrófagos murinos foram de 126,556 µg/mL para AcG e 23,811 µg/mL para AcE. O AcG e AcE também foram capazes de reduzir significativamente a infecção e infectividade de macrófagos parasitados por L. major bem como apresentaram elevada atividade imunomoduladora atuando sobre parâmetros de ativação de macrófagos aumentando sua capacidade fagocítica, seu volume lisossomal, induzindo a síntese de óxido nítrico e aumentando a quantidade de cálcio intracelular. Investigações futuras serão feitas para avaliar os efeitos terapêuticos do AcG e AcE em modelos experimentais.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1167750 - FERNANDO AECIO DE AMORIM CARVALHO
Interno - 2246074 - FRANCISCO DE ASSIS OLIVEIRA
Externo à Instituição - CLARISSA ROMERO TEIXEIRA - FIOCRUZ
Notícia cadastrada em: 13/12/2016 17:34
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