AVALIAÇÃOTOXICOLÓGICADOEXTRATOETANÓLICODASimaroubaversicolorSOBREPARÂMETROSREPRODUTIVOSDERATASWISTAR:ESTUDOINVIVOEINVITRO
- Simarouba versicolor, atividade anti-estrogênica
A Simarouba versicolor, conhecida popularmenrte por pau-paraíba, pertence à família simaroubaceae, encontra desde o Nordeste até o estado de São Paulo e em alguns pontos do estado do Pará e Mato Grosso do Sul. A escassez de estudos para a espécie e o conhecimento de que outras plantas do gênero apresentam atividades inseticidas, antiflamatória, antitumoral, anti-helmíntica, faz-se necessária a realização de pesquisas acerca de suas propriedades farmacológicas e segurança no seu uso. Nesse estudo, o extrato etanólico da casca do caule Simarouba versicolor (Sv-EtOH), foi avaliada quanto a toxicidades reprodutiva e fetal, além do seu efeito sobre o ciclo estral e das possíveis atividades estrogênicas e ou anti-estrogênicas, e sobre o perfil bioquímico de ratas wistar nulíparas. Para a avaliação de toxidade na prenhez, os animais foram divididos em três protocolos tratados diariamente com Sv-EtOH ; no 1º grupo, observou-se o efeito do extrato sobre a evolução da prenhez , os do 1º ao 20º dia, e no segundo grupo , do 1º ao 7º dia, e do terceiro, 8º ao 21º dia. Verificou-se que o Sv-EtOH não alterou a massa dos órgãos (fígados, rins, ovários e útero), o ganho de peso aumentou com a dose de 10mg/kg comparada com o grupo controle das ratas tratadas no período getacional; no entanto, reduziu a massa corporal das ratas tratadas com 20 e 40mg/kg comparando com o controle, nos períodos de pré-implantação e pós-implantação; o número de filhotes nascidos e a viabilidade da prole, não diferiu em nenhum dos protocolos. A progênie oriunda dessas progenitoras apresentou evolução ponderal e desenvolvimento normal. Para avaliação do extrato no ciclo estral os animais expostos aos tratamentos de 10, 20 e 40 mg/kg durante 30 dias, verificou-se que o Sv-EtOH não alterou o ciclo estral das ratas. No ensaio de (anti) estrogenicidade, utilizaram-se ratas impúberes Wistar, tratadas por 7dias seguidos com: Sv-EtOH. (10, 20 e 40 mg/kg); estradiol (E, 5 μg/kg); E + Sv-EtOH (10, 20 e 40 mg/kg); tamoxifeno (T, 4mg/kg); e T + E, verificando-se que, em relação ao controle, o Sv-EtOH. (10, 20 e 40 mg/kg) não apresentou atividade estrogênica por diminuir a massa relativa (%) do útero das ratas e, apresentou anti-estrogênica, quando associado ao estradiol, quando comparada com o grupo de Estradiol e tamoxifeno; *p<0,05. As mensurações de TGP, TGO, uréia, colesterol total, triglicérides e proteína total para os grupos controles e tratados com o Sv-EtOH nas doses 10, 20, 40 mg/kg não mostraram diferenças significativas.A dosagem de creatinina nas doses de 10, 20, 40mg/kg demostrou significância comparando com o grupo controle. O conjunto dos resultados sugere que Sv-EtOH apresenta baixa toxicidade por via oral, não modificando a capacidade reprodutiva das ratas. Não altera de forma a significativa o desenvolvimento pós-natal da progênie, mas houve alterações significativas no ganho de massas das progenitoras expostas as maiores doses (20, 40 mg/kg) do Sv-EtOH e um aumento significativo da creatinina das ratas tratadas durante 30 dias em todas as doses administradas.