Determinação da toxicidade in vivo de Punica granatum L.
Ciclo estral; Gestação, Romã; Toxicologia reprodutiva; Ratas Wistar
Punica granatum L., pertencente a família Punicaceae, popularmente conhecida como romanzeira, romeira e granado é amplamente utilizada pela medicina popular e estudos científicos demostraram suas propriedades antiinflamatórias, antioxidantes e antimicrobianas. O presente trabalho objetivou avaliar o potencial tóxico: agudo, subcrônico e reprodutivo do extrato etanólico das cascas do fruto de Punica granatum L., em roedores. A avaliação fitoquímica do EEPG foi realizada através de vários testes fitoquímicos que detectaram as classes de metabólitos secundários presentes nas casas do fruto P. granatum cultivada na cidade de Teresina- PI. Para o teste de toxicidade aguda, cinco grupos de camundongos Swiss fêmeas foram tratados por via oral (VO) com água destilada (controle) e com EEPG por VO, nas doses 1000, 2000, 3000 e 5000 mg/kg (n=5/grupo). O comportamento em geral e mortalidade dos animais foram observados por até 14 dias. Para investigar possível interferência do EEPG (150, 300 e 600 mg/kg), ratas Wistar, (n=8/grupo), foram submetidas à esfregaço vaginal diariamente para avaliação do ciclo estral durante trinta dias. Para o estudo de toxicidade gestacional, ratas Wistar gestantes (n= 7-8 /grupo) foram tratadas por VO do 1º ao 19º dia de gestação, nas doses de: 150, 300 e 600 mg/kg de EEPG. No 20º dia de gestação, os animais foram eutanaziados e laparotomizados para avaliação dos parâmetros reprodutivos. Contudo, os testes fitoquímicos do EEPG detectaram presença significativa de saponinas e taninos e quantidades intermediárias de alcaloides. A DL50 estimada após administração aguda, por via oral do EEPG foi de 3642 mg/kg de peso corporal. O EEPG não interferiu na duração das fases do ciclo estral de ratas Wistar e não alterou os parâmetros reprodutivos avaliados em ratas Wistar gestantes. Porém mais estudos são necessários, visando elucidar melhor esses efeitos.