Este trabalho analisa a relação entre os condomínios horizontais residenciais fechados (CHRFs) e o espaço urbano de Teresina, com foco nos impactos físicos e morfológicos gerados por esse tipo de empreendimento. A pesquisa parte da análise de como os CHRFs influenciam a configuração urbana e a dinâmica da cidade. O objetivo geral é analisar a relação entre os CHRFs e o espaço urbano de Teresina a partir da dinâmica e da morfologia urbana considerando os padrões de localização e os impactos físicos. É necessário também identificar os CHRFs; estudar a dinâmica e a morfologia urbanas teresinenses; analisar características que geram padrões de localização dos CHRFs; e diagnosticar os impactos físicos espaciais na cidade a partir da sua resiliência. A metodologia envolveu levantamento bibliográfico, análise documental, visitas de campo, observações da dinâmica espacial e aplicação de técnicas de análise qualitativa, quantitativa e sintaxe espacial. Foram selecionadas amostras representativas de CHRFs de pequeno, médio e grande porte. A fundamentação teórica aborda o surgimento e a expansão dos condomínios fechados no Brasil, seus padrões normativos e sua relação com a configuração urbana contemporânea. Os resultados indicam que os CHRFs contribuem para a fragmentação do espaço urbano, dificultam a conectividade e acentuam processos de segregação socioespacial, apesar de promoverem boas condições internas para seus moradores. Conclui-se que, embora inseridos no contexto urbano, esses empreendimentos tendem a se estruturar como enclaves, com impactos significativos sobre a morfologia da cidade, o uso do solo e a percepção do espaço urbano, exigindo do planejamento urbano abordagens mais integradoras e inclusivas.